História Palavras não ditas (RamKing) (My engineer) (Reescrita) - Capitulo 4

King on
Acordo no meio da madrugada, algo esta errado, mas não sei oque é.
Esfrego meus olhos tentando afastar o sono, ouço um barulho bem baixinho ao meu lado.
Viro para onde Ram esta deitado, fico de frente com seu rosto, ele deve se mexido enquanto dormia.
Percebo uma lagrima escorrer dos olhos de Ram. Sinto um aperto no coração, por algum motivo vê-lo mal, me deixa mal.
Ele não é tão durão como aparenta ser, parece uma criança. Sorri com meus próprios pensamentos.
Quando me dou conta estou passando minha mão sobre os cabelos de Ram para o acalmar. 
O observo abrir os olhos devagar, mas não fiz menção de me afastar, e nem quero isso.
-Você esta bem?  -Pergunto tirando minha mão de seus cabelos, e limpando a lagrima que escorria em seu rosto.
-Você teve pesadelos, não foi?  -Falei de forma baixa, atenciosa e compreensiva.
Ele assenti.
Seus olhos estavam vermelhos por causa do sono, mas pude ver que ele precisava de alguém, e eu quero que esse alguém seja eu.
Me aproximo mais um pouco e o abraço, Ram excitou por um momento. Mas se aconchegou em meu abraço, encostando a cabeça em meu peito.
Ele adormece assim. Eu posso dizer com toda certeza que eu gostaria de viver assim com ele para sempre, mas acho que isso não vai ser possível, afinal isso é um amor incorrespondido, sorri comigo mesmo afinal acabei de descobrir o que era aquele sentimento que eu não entendia, amor. Com esses pensamentos eu adormeço também.
~no outro dia~
Eu acordo com o sol no meu rosto, abro os olhos em busca de Ram, mas ele não estava na cama junto a mim.
Me levanto esfregando o sono dos olhos indo na direção da cozinha.
Ram on
Eu acordei ainda deitado no peito de King, sei que ele fez isso, não por gostar de mim. Me levantei da cama e deixei King dormir.
Eu tinha que agradecer oque ele fez e esta fazendo por mim, então decidi fazer café da manhã.
Eu estava quase terminando de por a mesa, quando vejo King esfregando os olhos vindo em direção a cozinha.
-Bom dia Ram. -Ele diz sonolento.
-Bom dia -Respondo em um tom baixo, mas auto o suficiente para que ele pudesse ouvir.
E sei que ele me ouviu, pois sorriu, ele fica feliz quando o respondo, as vezes penso até que tenho chances com ele, mas sei que não é possível.
Ele se senta na mesa e começa a comer, eu fico apoiado na bancada, apenas o obcervando.
-Umh, isso aqui esta ótimo! -Elogia King
-Minha mãe que me ensinou a cozinhar.
-Sua mãe cozinha bem!
Assenti com a cabeça.
-Sabe você não precisa me agradecer. -King diz assertivamente.
Fico surpreso por ele saber que tinha feito o café para o agradecer. Mas King tem essa peculiaridade, ele consegui me entender, sem mesmo eu ter falado nada. Ja cogitei de ele ter telepatia, mas isso não é possível.
Acho que ele é o único que me entende bem assim, a cada dia estou me apaixonado mais, e me entregando mais.
Tenho medo de me machucar.
Depois do café, fomos assistir tv, é sábado e não temos muito a fazer. Nesse momento estamos no sofá, assistindo sessão da tarde.
O filme é bom, mas o protagonista é muito burro.
"Quero matar ele!" Frase dita pelo cara do filme.
Não me diga, eu nem percebi. Pensei comigo mesmo, e faço uma sutil cara de deboche praticamente imperceptível.  Quando olho para o lado King esta olhando para mim, e esta rindo.
-Cara você é engraçado! -Ele diz
Fico impressionado com a facilidade que King tem de me ler, como um livro aberto, por um momento chego rever a possibilidade dele ler mentes, mas logo paro de pensar no assunto, afinal o sorriso dele era bem mais interessante.
-Ei Ram!  -King esta me chamando, acho que por um momento sai do ar.
-Vamos ao parque? -Pergunta com expectativa.
Assenti com a cabeça.
-Eba!  -Ele rapidamente desliga a tv, e me puxa para fora de seu prédio, indo em direção ao parque.
Nos sentamos em um lugar calmo, e afastado das crianças barulhentas que corriam pelo parque.
Olho para King, e o vejo aéreo aparentemente sentindo a natureza, o ar, ou algo do tipo.
Olho em volta, e vejo um cachorro descansando na sombra de uma árvore ao longe.
Sinto uma pequena tristeza, estou com saudades dos meus cachorros, não pude traze-los comigo na confusão daquela noite. Tenho medo que aquele louco faça alguma coisa com eles, mas não posso voltar para casa, agora não.
Uma mão toca meu ombro.
-Esta com saudades de seus caachorros não é?
Como ele sabia?, eu nem mencionei que eu tinha cachorros!
-Como eu sei? - Novamente King adivinha oque Ram esta pensando.
-Bem você ama cachorros, é claro que teria ao menos um.!
-Então eu simplesmente chutei que teria mais de um, e visto sua reação parece que acertei.  -King ri.
-Ei, porque não vamos la? - Sugere King.
-Sério!?  -é impossível conter minha animação.
Seguro o braço de King e o arrasto comigo. Ele trava assim que chegamos perto do cachorrinho.
Ele é um cachorrinho salsicha preto, e inofensivo.
 Me viro para King, que esta encarando o cãozinho. Chego mais perto dele.
Me viro mais uma vez para o cãozinho, puxo os braços de King, o fazendo me abraçar por trás.
Ele se agarra em mim, e eu me aproximo do cão, finalmente me permito sorrir enquanto acaricio o animal. Sinto que King ja não esta mais tão tenso, então...
Seguro uma das mão de King, que esta na minha barriga, e a levo lentamente até a cabeça do cachorrinho salsicha, claro isso nos deixou mais grudados um no outro, se é que fosse possível.
Vejo que ele esta com medo, então aperto de leve a mão dele para transmitir segurança.
Fico um tempo segurando a mão dele sobre a cabeça do canino, esse que farejava a mão dele, vou gradativamente a soltando e King involuntariamente agora esta acariciando o peludo, mesmo eu achando que ele ainda não se deu conta que eu não estou mais segurando sua mão.
Sorri largo, ao ver aquela cena.
O cachorrinho de levanta e sai correndo pelo o parque.
Vejo King se assustar com o movimento brusco do animal. Pois King se agarrou em minha cintura novamente!
Toco na mão dele, e acho que ele percebeu que ainda estava grudado em mim, ja que me largou rapidamente.
Me viro de frente para ele, e ele esta com um sorriso radiante.
-Cara eu fiz carinho naquela coisa! -King diz animado.
-Até que ele não é uma criatura tão má assim. -Constata King, oque acabou me fazendo rir de leve.
-Obrigado Ram!