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História Paparazzi - Larry Stylinson - Curly Man


Escrita por: nahls28

Capítulo 5 - Curly Man


Já haviam se passado duas semanas, e nada. Nada! Nenhum boato sendo comentado, matéria, nem mesmo algum paparazzi incoveniente perguntando sobre. Nada.

Não sei exatamente o que deve ter acontecido naquele dia, porém provavelmente não foi nada do que eu pensei. Mesmo ainda achando que tenha sido um paparazzi, eu agradeço à qualquer coisa que possa ter acontecido para que algo íntimo não fosse exposto, como eu apostei comigo mesmo que seria.

Não consigo imaginar como estaria sendo caso alguém além do Liam e minha família ficasse sabendo sobre minha sexualidade, piorou se esse "alguém" decidisse espalhar a notícia para o mundo todo, procurando lucrar em cima disso. Eu provavelmente nem poderia estar na rua agora, como estou, sem que houvessem dezenas de câmeras apontadas para mim.

Claro que sempre tinha uma ou outra, só que o número de pessoas que ainda têm o interesse em me perseguir diminuiu desde que parei de me envolver em polêmicas. E enfim, é como se eu pudesse respirar novamente, apenas andar pela calçada a procura de um lugar bom para parar e tomar um chá.

Meu segurança, Paul, teve que ir até a escola de sua filha urgentemente, já que sua mulher estava em uma viagem a trabalho. Alberto, meu motorista, se ofereceu para me acompanhar, porém eu não vi necessidade já que não iria tão longe e os paparazzis pararam de me atacar com tanta freqüência.

Agora eu estou andando, apenas querendo decidir se paro na mesma cafeteria de sempre ou entro em qualquer outra que me pareça confortável. Antes de virar o quarteirão, sinto uma mão me parar, segurando meu braço. Sei que provavelmente é um fã, colocando em consideração que os fotógrafos apenas me cercam com flashs instantaneamente.

Me virei para quem estava querendo minha atenção, encontrando duas garotas sorrindo grandemente e com os globos oculares quase saltando do rosto de surpresa. Sorri para elas, um pouco preocupado com a possibilidade delas mal estarem respirando. — Beatrice, é ele mesmo! – põe uma mão contra os lábios entreabertos.

— Caralho, Louis Tomlinson! Você é mais gostoso pessoalmente, como faz isso? – exclama, parecendo indignada e ao mesmo tempo feliz.

Elas decidem que eu não tenho o direito de falar ainda, logo continuando os surtos. Me deram vários abraços e repetiram diversas vezes o quanto são orgulhosas de mim. E, sinceramente, eu não sabia exatamente do quê elas tinham tanto orgulho, já que minha reputação não é nem um pouco boa na mídia. Entretanto, eu sei que quem realmente gosta de mim não acredita ou simplesmente não se importa com o que sai na mídia. E eu agradeço a eles por isso.

Falei mais um pouco com as garotas, logo me despedindo delas com um abraço e recebendo um tapa na bunda, depois um par de bochechas vermelhas da mesma menina, que sussurrou um "foi mal" e saiu correndo. Tudo bem, eu não tenho fãs normais mesmo.

Continuei andando pela calçada, olhando para as vitrines e tentando achar um local que me agrade, quando meu corpo se choca com um visivelmente maior, fazendo com que eu praticamente seja arremessado em direção ao chão. Antes que isso aconteça, a pessoa segura meu braço com firmeza e o puxa rapidamente. Foi tão rápido que talvez meu coração não tenha entendido tanto quanto eu.

Eu já estava com os pés no chão, mas não tão firmes como deveriam, e parece que o outro se deu conta disso, já que não o largou ainda. Respirei fundo, ainda sem olhá-lo diretamente, observei os lados para ter certeza de que nenhum paparazzi veria aquilo.

Sem conseguir avistar ninguém suspeito, eu viro em sua direção novamente, olhando para sua mão em meu braço. Uma mão realmente grande e cheia de anéis, além de uma tatuagem de cruz. Talvez meio brega, mas combinou com essa mão. Tentei me tirar do seu aperto, nisso eu sinto uma dor forte subindo pelo meu ombro e solto um gemido dolorido, fechando os olhos rapidamente.

Ele parece perceber, mas mesmo assim não me larga, apenas me segura mais levemente. E isso me irrita profundamente, o que ele acha que está fazendo, afinal? Puxo meu braço com mais força, fazendo a dor triplicar e eu mesmo segurá-lo com a outra mão, por reflexo. Meus lábios pressionados um no outro enquanto eu tento não fazer nenhum som estranho.

Pisco meus olhos algumas vezes, impedindo que lágrimas se formem por ali. Não ia chorar, por causa disso, muito menos na frente de um cara desconhecido. Respiro fundo e finalmente olho na direção de quem ainda tinha a mão perto de mim, quase me segurando novamente.

Ao mirar para cima, encontro dois olhos verdes intensos me encarando, o rosto do homem estava sério e concentrado, com o maxilar marcado. Seus cachos se moviam lentamente com o pouco vento que fazia presença ali, mas ele não parecia se incomodar com isso.

Um rapaz bonito, tenho que admitir.

— Você está bem? – uma voz rouca e baixa soou perto demais, o que me fez perceber o quão próximo estávamos. Minha respiração me entrega facilmente, ao mesmo tempo que minha boca não conseguia se mover e meus olhos pareciam presos no moço alto.

— E-Eu... – Ele me fez gaguejar! Meus olhos se abriram um pouco mais, ao que eu dei uma distância do corpo alto, apenas um passo desengonçado para trás. Eu odeio gaguejar, me faz parecer fraco, coisa que eu não sou. — Sim, claro, eu estou bem. Tirando a parte que um brutamontes acabou de me atropelar querendo levar meu braço junto, nunca estive melhor. – Ironizar era a melhor arma que eu tinha para momentos como esse. Enfim, pareceu funcionar, já que ele franziu a testa.

— Acha que eu me bati com você de propósito? – ri, um tanto debochado, porém sem abandonar o tom rouco e baixo. — Quem é você, afinal? – agora eu não sabia se era uma pergunta para me afrontar, ou se ele realmente não sabia meu nome.

Como assim, ele não me conhecia?

Ficamos em silêncio, o homem continuava sério e com as sobrancelhas franzidas, esperando uma resposta minha. — Você realmente não faz ideia de quem eu sou?

— Desculpe-me, eu deveria? – faz uma careta mínima, pressionando os olhos.

— Oh... – então ele realmente não sabia! Era estranho, porque as pessoas normalmente me conheciam, mas mesmo assim me fez sentir algo bom por dentro, como se eu fosse uma pessoa normal finalmente.

— Olha, eu sinto muito por ter me batido com você. Meu nome é Harry Styles. – parecia real, sem ironia, deboche, muito menos interesse por... eu ser eu! No fim de contas, ele nem tinha motivo para ter interesse, mal me conhecia.

Tinha esquecido a diferença que isso faz ao se conhecer alguém. Normalmente eu conheço as pessoas, enquanto elas já sabem metade da minha vida, e é complicado conversar sem achar que só estão falando comigo por eu ser famoso.

— Me chamo Louis. – digo, simplesmente, sorrindo pequeno. Meu braço ainda dói, mas quem se importa? Harry é bonito, parece simpático, além de tudo nem me conhece! Eu realmente queria ter mais um tempo de conversa com ele.

Não falamos mais nada por alguns segundos. Na hora que o outro parecia querer se despedir, eu fui mais rápido. — Você sabe onde tem uma cafeteria agradável por aqui? – pergunto, mais rápido do que deveria.

— Eu... uh- acho que sim. – pensa um pouco, olhando ao redor. — Se eu não estiver enganado, tem uma virando a esquina, do outro lado da rua. – explica, me indicando a direção com as mãos.

Eu suspiro derrotado, minha ideia de ter uma conversa mais duradoura com ele foi por água abaixo. Claramente as pessoas só se interessavam por mim quando tinham noção de quem eu sou. Não havia motivo para ele continuar perto de mim.

— Tudo bem... Quero dizer, obrigada. – aceno com a cabeça, suspirando. A cafeteria que ele havia apontado era exatamente a que eu sempre ia, então não fez tanta diferença no fim das contas. Seria a mesma rotina chata, só que agora sem Paul.

— Eu posso te levar até lá, se estiver perdido. – se oferece e olha minha reação. Claro, acabamos de nos conhecer na rua, não era totalmente normal eu aceitar sua companhia.

— Claro! Vamos. – um tanto empolgado demais. Se controla, Tomlinson.

Nós andamos pela calçada em silêncio, mas não era desconfortável. Não tínhamos sobre o quê falar, afinal, não nos conhecíamos. Pela primeira vez em muito tempo, alguém que eu havia acabado de me encontrar na rua não perguntava sobre meu "relacionamento" com alguma modelo, ou alguma polêmica que eu me meti, muito menos procurava por paparazzis para tirarem fotos de nós dois e espalharem na mídia. E isso era incrivelmente bom!

E então, chegamos na cafeteria, e eu agradeci por nenhum fã ter me parado na rua e pedido foto comigo. Não é por mal, mas eu só queria ser o Louis agora, não o Louis Tomlinson mundialmente famoso.

— Chegamos. – ele avisa ao que atravessamos a rua, chegando no local realmente confortável. Não era exatamente onde eu queria ir, estava tentando mudar um pouco a rotina, porém pelo menos também não era surpresa para nenhum funcionário eu estar ali, então nenhum era inconveniente.

Agradeci novamente, dando-lhe um sorriso pequeno e indo em direção à porta um tanto pesada, esquecendo totalmente da condição do meu braço ao tentar empurrá-la. Assim que sinto a dor tomar novamente meu corpo, afasto o lugar dolorido dali, me preparando para abrir a porta com a outra mão.

Antes disso, vejo uma mão grande e cheia de anéis ao lado de minha cabeça, chegando na madeira em minha frente. Seu corpo estava bem perto, então não me movi para evitar constrangimentos. A porta continua fechada, apenas dando apoio ao corpo do cacheado, que ainda estava perto demais. — Deixe isso comigo. – murmura mais rouco e grave, causando arrepios em mim.

Respiro fundo e o deixo empurrar a entrada, apenas esperando quieto e sem dizer uma palavra. Quando seu corpo se desvencilha do meu, viro para ele pronto para agradecer a gentileza novamente, mas ele não estava tão longe, ainda estava segurando a porta para ela não se fechar sozinha.

— Sinto muito pelo seu braço, não queria ter feito isso. – não podia ser, ele fazia de propósito? Ninguém falava tão rouco e lentamente assim por nada.

— Está tudo bem, vou cuidar disso mais tarde. – ele afirma, com os olhos nos meus. Novamente, calados e parados. Sorte nossa que aquela cafeteria não costumava ser movimentada, pois senão estaríamos sendo xingados agora mesmo.

— Me deixe pagar algo para você, como um... Outro pedido de desculpas. – eu ri baixo com a sua tentativa. Aquilo parecia um flerte para mim e eu iria encarar daquela forma até que me provassem o contrário.

— Não acho realmente necessário, foi sem querer. – digo, sem tirar o sorriso idiota do rosto.

— Mas eu faço questão. – aquela voz de novo, droga!

— Então, tudo bem... Eu aceito tomar um café com você.



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