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História Paparazzi - Ajeite o foco e tire a melhor foto


Escrita por: Dassa_C0

Notas do Autor


Capitulo polêmico! Boa leitura. ❤️

Capítulo 10 - Ajeite o foco e tire a melhor foto


Fanfic / Fanfiction Paparazzi - Ajeite o foco e tire a melhor foto

Os dias estavam passando voando. Jen me ligou algumas vezes mal, dizendo que não conseguia dormir e que as coisas estavam mais difíceis do que ela esperava, fiz o possível pra ela se sentir melhor mas sabia que não era de grande ajuda. Ela dizia que só precisava conversar com alguém, mas a minha vontade era de arrancar essa dor dela. Justin não aparecia a dias, as vezes ele me mandava um SMS, mas era algo sempre muito rápido. E na maioria das vezes dizia que estava ocupado, ele andava cheio de compromissos com a gravadora, e quando não estava por lá estava dando uma força para o Chaz, que estava péssimo. O pouco que o Justin disse não era nada bom, de acordo com ele Chaz estava com uma noia de sair pra beber todos os dias, e vinha faltando muito no trabalho, que por sorte era a empresa do pai, se fosse diferente ele já teria sido demitido. Eu até tentei falar com ele algumas vezes, mas todas as minhas ligações foram ignoradas, o que dá para compreender perfeitamente já que eu sou a melhor amiga da pessoa que causou isso a ele.

Era segunda-feira eu acordei com calma e me espreguicei. Estava me sentindo bem essa manhã mas ao olhar para o relógio senti um certo desespero.

Eu estava atrasada! Levantei em um pulo, prendendo os pés nas cobertas e as arrastando por todo o quarto, não tinha tempo de arrumar isso agora. Fiz toda a minha higiene matinal, arrumei meu cabelo e me concentrei em passar apenas um corretivo e um batom. Peguei a minha bolsa e sai dali rapidamente, peguei uma maçã na minha fruteira, e peguei as minhas chaves saindo do apartamento.

Nunca tinha corrido tanto com um carro em toda a minha vida, torcia mentalmente para não ter tomado uma multa no caminho. Assim que as portas do elevador se abriram dei de cara com a Dora, que estava em pé próxima a sua mesa com um copo de café na mão.

- Está atrasada! – ela disse quando passei por ela, esticando o copo de café para que eu pegasse. Peguei.

- Obrigada! Me diz que ela ainda não chegou. – dei um gole no meu café e me mantive andando rápido, com a Dora andando ao meu lado.

- Por sorte não, mas foi por pouco dessa vez.

Entrei na minha sala e já joguei minha bolsa em uma das cadeiras, me sentando confortavelmente na minha.

- Fui dormir tarde ontem. – passei a mão pelo o meu rosto.

- Me diz que pelo menos escreveu algo nesse fim de semana. – ela fez uma pausa. – Emily vai te matar se você não tiver escrito nada.

Massageei minhas pálpebras enquanto suspirava por essa falsa preocupação da Dora comigo. Eu sabia bem que ela estava forçando uma amizade só para ter alguma informação exclusiva para passar pra Emily. Sabia que isso era um plano das duas, mas não ia rolar. A minha confiança a Dora não teria.

- Fique tranquila, do meu trabalho cuido eu. – disse num tom calmo para não soar tão rude.

- Eu sei. Só quis te alertar. – Claro que sim. – Você sabe como a Emily é. – ela deu de ombros.

Bufei. Dora saiu dali me deixando em paz para enfim focar na merda do meu serviço. A matéria sobre o Justin já continha bastante informações, nada que o prejudicasse de fato, pois não queria difamá-lo de forma alguma. Emily estava me cobrando bastante, queria que eu dissesse algo mais polêmico mas eu não tinha o que dizer, e mesmo se tivesse eu não diria. Reli tudo o que tinha escrito, senti um aperto no meu coração por estar escrevendo isso.

(...) 

Um tempo havia se passado, eu estava mais enrolando do que escrevendo algo de fato. A porta se abre e por ela passa uma Emily agitada. 

- O que você já tem?

Olhei confusa para a minha chefe.

- Oi?

- A matéria, quero ler o que você já escreveu. – todos os dias ela vinha até a minha sala e pedia a mesma coisa, e eu sempre dava a mesma resposta.

- Ainda não está pronta.

Ela parou em frente a minha mesa e inclinou seu corpo na minha direção. Emily era uma mulher alta, ela devia ter por volta de 1,80m.

- Você não vai querer ter problemas comigo, vai? – ela esticou a mão para mim.

Engoli seco, sabia que ela se referia a maldita multa. Muito contragosto a entreguei o macbook, com a matéria já aberta. Emily passou os olhos rapidamente por todas as linhas e quando seus olhos encontraram com os meus eu soube, não estava do jeito que ela queria.

- Eu deixei muito claro que eu queria o Justin queimado nessa matéria, e pelo o que vejo, ele não está! – ela estava me fulminando com os olhos.

- Emily, não tem nada de ruim que eu possa falar sobre o Justin.

- Inventa. – ela me devolveu o macbook. – Você precisa le...- Emily não teve chance de terminar sua frase já que a porta foi aberta com uma certa agressividade.

Rapidamente ela virou o pescoço para ver quem era.

- Você não pode entrar aqui. – ouvi a Dora dizer.

Emily se moveu um pouco para o lado, me tampando completamente. Por conta do seu corpo estar bem em minha frente, eu não conseguia ver quem estava ali.

- Precisamos conversar! – quando ouvi sua voz senti todo o meu corpo ficar tenso. Agora entendi porquê Emily me tampou.

- Bieber, você não podia estar aqui. Estou no meio de uma reunião. – Emily disse aflita. Ela sabia que se o Justin me visse ali todo o plano iria por água abaixo.

Me encolhi um pouco. Eu deveria deixar que ele me visse, não é? Mas ele teria tanta raiva de mim. Eu estava sendo covarde, mais uma vez.

- Eu sei, mas é urgente. – ele parecia mais calmo.

- Ok. – Emily disse. – Vamos até minha sala. – vi quando ela se moveu um pouco para a direita, fazendo com que eu me movesse junto. Conhecendo o Justin eu sabia que ele estava tentando ver quem estava atrás dela.

Emily demorou para se mover de onde estava, mas quando saiu pude ver que só estávamos nós duas ali. Ela nem olhou para trás antes de sair, só fechou a porta e me deixou ali sozinha. O que o Justin queria falar com ela afinal?

No mesmo dia Emily voltou a minha sala, ela parecia calma e feliz.

- Temos que conversar. – ela se sentou bem em minha frente.

- Ok.

- Já sei exatamente as fotos que você vai tirar do Justin. – ela fez uma pausa. – Não preciso te dar detalhes, só quero que esteja lá quando acontecer para bater as fotos. – assenti. – Você vai mandar uma mensagem pro Justin pedindo para almoçar com ele amanhã, mas você não vai aparecer, só vai fazer ele ir até lá para ser flagrado.

- Precisamos mesmo fazer isso?

- Sim. – ela disse animada. – Esteja pronta amanhã! – ela se levantou e saiu.

Agora o pesadelo começa.

Ac ordei sem pique algum, sabia o que aconteceria hoje e não estava nada disposta a fazer parte dessa sujeira. Peguei meu celular e mandei a mensagem pro Justin, como Emily tinha mandado. Ele topou na hora já dizendo em qual restaurante iriamos, mandei um ok e de imediato mandei todas as informações para a Emily. 

Levantei fiz tudo o que precisava ser feito e não demorou muito para dar a hora de ir até o restaurante. Me arrumei, peguei a câmera e sai. Peguei meu carro e logo estava parada perto do restaurante, do outro lado da rua, para ser mais exata. Observando atentamente as pessoas chegarem e saírem do local. Não demorou muito para que um carro esportivo parasse ali em frente, só podia ser ele. Ele não saiu do carro, achei estranho

Meu celular apitou, era uma mensagem dele. Será que ele tinha me visto aqui? Peguei o aparelho com as mãos trêmulas e acendi a tela.

A mensagem dizia o seguinte:

Acabei de chegar aqui. Quer que eu te busque? 

Soltei todo o ar que estava prendendo e mandei:

Não, não precisa. Estou saindo daqui agora! Beijo.

Assim que eu mandei, vi ele saindo do carro entregando a chave para um manobrista. Qual era o plano da Emily afinal? Justin estava prestes a entrar e nada havia acontecido ainda, eu espero que ela não tenha armado para que tudo acontecesse lá dentro do restaurante. Porque se for, vai ser difícil tirar as fotos.

Quando ele estava prestes a passar pela porta, surgiu uma mulher, muito bonita por sinal. Era loira e usava roupas bem justas. Ela estava saindo do restaurante e deu de cara com o louro, que não se conteve e analisou todo o corpo da mulher. Ela disse algo para ele, parecia animada por estar na frente de alguém famoso. Eles mantiveram a conversa por um tempo. Já estava com a câmera na mão, e observava toda a cena pela lente da mesma. Alguns minutos se passaram, estava começando a acreditar que aquela moça não tinha nada a ver com o plano da Emily, mas algo na conversa mudou. Justin não parecia tão animado, e ela movimentava as mãos de um jeito estranho, como se estivesse começando a ficar brava. Vi quando o maxilar do Justin travou e um frio percorreu toda a minha espinha nesse instante, sentia que algo de muito ruim estava pra acontecer. Ela começou a gritar, não conseguia ouvir o que ela dizia, mas era notório que ela gritava. Justin permanecia parado e parecia tentar se controlar, observava toda a cena pela lente da câmera enquanto fazia os cliques, me sentindo um pouco melhor por ver o momento que Justin deu um sorriso mínimo, como se estivesse dando o seu máximo pra ser simpático, e dando um breve aceno. Ele se virou para entrar no restaurante, mas a moça parecia disposta a falar asneiras. Tudo ocorreu em questão de segundos, ela gritou algo do nada, a expressão do Justin mudou e pude ver o momento exato que ele perdeu o auto controle, Justin grudou no braço dela e a chacoalhou algumas vezes, enquanto dizia algo. Seu semblante era irritado, algo que era desconhecido por mim até então, nunca tinha o visto assim. Não demorou muito para que alguém viesse apartar, Justin pareceu cair em si quando foi obrigado a soltar a moça, mas pareça tarde demais pra isso. Ele saiu dali ouvindo xingamentos de todos os tipos de algumas pessoas que estavam por ali, seu carro não demorou para surgir ali, assim que o manobrista saiu, Justin entrou em seu carro e saiu dali em alta velocidade. Tirei a câmera da frente do meu rosto e dei um longo suspiro, comecei a ver as fotos. Parece que a Emily tinha mesmo a polêmica perfeita.

Peguei meu celular, com a conversa do louro já aberta e rapidamente digitei: 

Meu carro não está querendo pegar, não conseguirei ir!

Não recebi nenhuma resposta. Meu coração estava apertado, Justin tinha caído direitinho nessa armação e eu contribui com isso, me sentia extremamente mal pelo ocorrido e a culpa já estava me consumindo. Guardei a câmera e dirigi até a minha casa, entrei na garagem do prédio e fui até o meu andar com um sentimento péssimo. Entrei no meu apartamento e me joguei no meu sofá, passando as mãos pelo rosto. Eu podia dizer que perdi as fotos, que o cartão de memória estava ruim e que nenhuma foto foi salva. Eu podia reverter isso, certo? Olhei para a câmera que estava em minha mão e bufei, a jogando no sofá. A campainha tocou, guardei a câmera e fui atender, era o Justin. Assim que abri a porta ele passou por mim.

- Desculpa pelo bolo, meu carro deu problema não tive culpa –disparei a falar e fechei a porta. Me sentia péssima por estar na frente dele agora tendo consciência que tinha o prejudicado.

Ele começou a andar de um lado para o outro pelo meu apartamento, o que me deu um certo pavor.

- O que aconteceu? – perguntei. Mesmo já sabendo a resposta.

- Me meti em uma confusão. – ele me olhou. Justin parecia uma criança indefesa, seu olhar passava um certo desespero.

Não consegui formular uma frase, não consegui dizer nada.

- Não foi minha intenção. – ele disse, mas parecia estar falando pra si mesmo. O louro não parava de andar de um lado para o outro.

- Justin. – chamei calma, parando em sua frente fazendo o parar.

Ele me olhou e por um momento vi seus olhos brilharem, os olhos dele estavam lacrimejando.

- Eu fiz uma merda gigantesca. – passou as mãos pela cabeça. – Eu jamais encostaria a mão em uma mulher. – a culpa estava o fazendo mal.

- Eu sei disso. – digo com o fio de voz que ainda me sobra. Estou com o choro preso na minha garganta.

- Vou embora. – ele disse com um olhar perdido. 

- Tem certeza? – perguntei baixo.

- Sim. É melhor! Depois nos falamos. – Justin passou por mim rapidamente e em questão de segundos eu estava sozinha.

Justin estava tão perdido que não conseguiu notar o quanto o meu comportamento era estranho e suspeito, se eu não estivesse envolvida nisso jamais deixaria ele sair assim, sabendo que ele corre um sério risco de sofrer um acidente. A verdade é que a minha culpa não permitia que eu ficasse perto dele sem me sentir um verdadeiro lixo. Peguei meu celular e sem pensar muito abri a conversa com o Chaz, sei que ele não me responderia, a prova disso é as milhares de mensagens que haviam minhas ali, e todas visualizadas, sem nenhuma resposta. Só precisava que ele visse:

Eu sei que não quer papo comigo, mas Justin acabou de sair transtornado daqui, ele tá péssimo. Por favor, fale com ele. Ele precisa de você!

Cliquei em enviar, e bufei. Me odiava por tudo isso!

(...)

Não precisei ir até a revista, passei todas as fotos para o notebook e vi uma por uma. Elas eram patéticas! Para não dizer outra coisa. E pior, deixavam muito claro que uma confusão grande havia acontecido ali, a mente diabólica de Emily poderia inventar milhares de coisas. Uma pior que a outra.

Bufei ao ver aquilo, odiava fazer parte dessa sujeira. Mas não é como se eu tivesse opções, a maldita multa era a minha prisão. Mandei todas as fotos para a Emily por e-mail com dor no coração. Meu celular tocou em cima da mesa de centro, o peguei e vi o nome da Jen bem destacado ali.

- Oi. – disse ao atender.

- Oi. – sua voz parecia cansada.

- Como se sente hoje? – era a pergunta que eu lhe fazia todos os dias.

- Com saudade...- ela deixou no ar. A resposta era sempre essa, e eu nunca sabia a o que exatamente ela se referia. Era a mim ou ao Chaz? A saudade dela englobava tudo? Ou era algo especifico? – Você tem falado com ele? – era a primeira vez que ela perguntava algo sobre o Chaz, estava evitando ter alguma noticia.  

- Não. Ele está me evitando. – soltei uma risada seca. – Eu devo trazer lembranças ruins a ele.

- Claro. A melhor amiga. – ela disse e suspirou. – É lógico que ele te evitaria.

- Mas pelo o que o Justin disse ele está se recuperando bem. – que mentira! Chaz estava péssimo. Mas não queria que ela se sentisse ainda mais culpada.

- Não minta para mim! – Jen disse baixo. – Ele me liga de madrugada, e quando não atendo deixa recados. Em todos, ele está bêbado e sempre diz a mesma coisa, que me odeia por ter feito o que eu fiz, que ele me amava de verdade. – sua voz estava começando a falhar. – E eu quero dizer a ele que também o amo. Mas sabe, eu não posso. – podia sentir a dor na voz dela.

- Eu sinto muito! Queria evitar que soubesse do estado dele para não se sentir ainda pior.

- Eu sei. Mas prefiro que me diga a verdade. – ela suspirou. – É muito ruim?

- Sim! Chaz não é de beber, Jen. Nunca foi! E agora sai todos os dias e enche a cara, ao ponto de sair carregado de todos os bares, baladas, que vai. Ele tem deixado de trabalhar inclusive.

- É só uma fase! Ele vai se recuperar. – apesar de sua frase soar fria eu sabia que era só uma forma que ela tinha encontrado de falar sobre o assunto sem desmoronar.

- Como passou essa noite?

- Chorando..- ela riu. – Como tem sido todas as noites. É horrível! Me sinto fraca e vulnerável. E é ainda pior estar admitindo isso em voz alta.

- Jen, você não precisa ser forte o tempo todo!

- Preciso sim. Porque se eu não for forte por mim, ninguém mais vai ser!

- Você sabe que não é bem assim.

- As coisas são como são. Quer você queira, ou não. E agora minha realidade é essa, eu escolhi assim. Tenho que ser forte e lidar com as consequências.

- Você devia ter passado mais uns dias aqui.

- Você sabe o que teria acontecido se eu tivesse ficado. – ela fez uma pausa. – Chaz teria ido atrás de mim cobrando satisfações. Eu não iria aguentar, sei que não.

- É, isso realmente teria acontecido.

- Vamos mudar o assunto, esse está chato! – podia sentir de longe o esforço que ela estava fazendo para ficar bem. – Como está sua relação com o Justin?

- Normal. – não quis entrar em detalhes.

- Normal? É só isso que tem pra me dizer?

- Tirei as fotos hoje.- soltei de uma vez.

Jen ficou em silêncio. Foi por alguns segundos mas para mim, pareciam horas.

- Eu não sei o que te dizer. – pausa. – Quer dizer, realmente achei que você não faria isso.

- Não diga isso. Torna tudo pior!

- Tudo ficou pior quando você se apaixonou por ele, Lucy! E isso já tem bastante tempo. – engoli seco.

- Não estou apaixonada por ele!

- Sim, está! Só não quer enxergar. E é justamente por isso que achei que você iria ser sincera e dizer a ele o que estava acontecendo.

- Você sabe que eu não tinha escolhas.

- Escolhas a gente tem, só que sempre optamos pelo pior.

Fechei meus olhos com força, algumas lágrimas caíram.

- Eu fiz merda, né?

- Você já sabe a resposta.

Jen não estava me julgando nem nada do tipo, ela só queria que eu tivesse ido pelo caminho mais simples. Ela sabia bem o que isso causaria, eu também sabia. Só não queria pensar nisso, não agora, não hoje. A ligação não durou muito, Jen tinha muitas coisas pra resolver em torno do seu próprio negócio.  



Notas Finais


Me digam o que acharam!! ❤️


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