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História Paparazzi - Nada saiu como o planejado


Escrita por: Dassa_C0

Notas do Autor


Boa leitura meu amores!! E não odeiem o Justin ❤️

Capítulo 20 - Nada saiu como o planejado


Fanfic / Fanfiction Paparazzi - Nada saiu como o planejado

O louro permanece ali parado, imóvel. Ele não esboça reação nenhuma ao me ver ali, na verdade, sinto como se ele nem estivesse presente aqui mais. Só existe um corpo. O quê será que está passando por sua cabeça agora? Será que ele está me insultando mentalmente, está pensando em ir embora? Não sei. Nada na sua feição esclarece as minhas dúvidas.

A situação começa a ficar constrangedora para todos que estão presentes, a Jen fica inquieta enquanto o Alfredo encara o louro, esperando por uma reação, qualquer uma. Mas não vem nada, absolutamente nada. Juro que ficaria feliz se ele gritasse algo, mas ele não faz.

- Bro, achei que estivesse no Canadá. – Alfredo diz, tentando quebrar o climão que fica ali. Ele chega até a soltar uma risada, que todos ali percebem que é falsa.

Justin desvia os olhos de mim em câmera lenta, ele parece raciocinar o que está acontecendo agora. Pelo visto, ele também não esperava me ver tão cedo.

- Voltei ontem. – é o que ele diz.

Sim, é só isso que ele fala. Vejo seu maxilar travar e ele fechar o punho. Bom, parece que é agora que a bomba estoura.

- Não sabia que vocês dois eram tão amigos. – ele comenta, intercalando seu olhar entre mim e o Alfredo.

Apesar de sua frase soar um pouco ciumenta, percebo pelo tom que ele usa que o sentimento vai muito além de ciúmes. Justin está se sentindo traído pelo Alfredo.

- A Lucy é uma garota legal. – Alfredo diz.

Justin solta uma risada alta e nega diversas vezes com a cabeça. Nunca tinha visto esse seu lado mas já estava detestando.

- Legal? Ela é uma falsa, isso sim.

Sua frase me atinge como um soco, e tenho uma certa impressão de que talvez o soco doesse bem menos.

Jen se levanta e olha feio pra ele.

- Não ouse dizer isso da Lucy, você não a conhece. – ela diz irritada.

- Não mesmo. E nem quero conhecer. – ele me olha com desdém.

Sinto meu mundo desmoronar, mas não quero que ele veja isso. Mordo meu lábio com força pra tentar manter o controle, não posso chorar aqui.

- Não fala assim, Bro. Você a conhece, sabe como ela é incrível. – Alfredo tenta amenizar a situação a todo custo. – Lembra do serviço que você pediu pra mim arrumar pra ela? Ela conseguiu! – ele diz animado.

Justin não esboça nada, ele simplesmente olha pro amigo e dá de ombros. Meu deus, eu achei que amaria todas as versões do Justin mas a versão indiferente realmente me irrita e me entristece no mesmo nível.

- Que bom! Um paparazzi a menos pra me infernizar. - ele diz ácido.

- Você devia pelo menos escutar o que tenho pra dizer. – digo alto, ganhando a atenção dele e de nossos amigos.

- Pra quê? Pra você vir com toda essa ladainha clichê de que se arrepende, que não queria me magoar e blá, blá, blá? Prefiro me poupar disso.

- Você está errado, eu não me arrependo de nada. – digo séria, o louro me olha surpreso. Parece que ganhei a atenção dele agora.

- Não? – sua pergunta sai como um sussurro.

- Não! – falo convicta. Jen abre espaço para que eu possa passar, paro bem em frente a ele. – Não me arrependo porque fiz o que fiz por sobrevivência, estava passando dificuldades e esse serviço foi a minha única opção. Algo que você jamais entenderia! Nem todo mundo tem milhões numa conta como você! A maioria passa necessidades se não tiver um salário mensal.

O olhar do louro sobre mim é de superioridade, e não importa quais são as circunstâncias aqui, isso não se faz.

- Ah é? Me conte mais sobre essa sua vida sofrida? Quero muito saber como uma pessoa como você sobrevive nessas condições terríveis, mantendo um carro e tendo um apartamento num bairro de classe média. – seu tom é irônico.

Tudo o que sinto é ódio, nada a mais. Sinto que poderia socar ele aqui mesmo, nesse instante. Mas me controlo.

- Você age como se soubesse de alguma coisa, olhe pra você! É a merda de um famoso. Sua realidade é completamente distorcida. – digo com raiva. Agora tudo o que eu quero é deixá-lo irritado. Mas parece que o que eu digo não causa efeito nenhum nele. Seu olhar sobre mim é de puro deboche, e isso me irrita ainda mais. - As pessoas lambem o chão que você pisa, te bajulam, nunca são sinceras sobre o que acham de você. Você tem tudo na sua mão sem precisar dizer um A. - ele permanece imparcial.

- Graças a mim você teve a primeira página, deveria me agradecer. – ele diz, parece que não ouviu absolutamente nada do que eu disse. Ele cruza os braços e me dá um sorriso de lado.

- Graças a você? Não se iluda a tal ponto. – solto uma risada desesperada.

- Lucy, você é o pior tipo de ser humano! Acho desprezível todas as atitudes que você toma. – ele diz isso pra me afetar, sei disso quando ele sorri. No fundo, isso me afeta. Mas não demonstro, não vou deixar que ele me humilhe assim.

- Ah é? – chego bem perto dele. - A sua opinião não vale de nada pra mim, não considero opiniões de pessoas que mal me conhecem. – digo baixo, só para que ele me ouça.

Assim que termino de dizer saio andando em direção ao bar, eu sabia que estava errada, mas estava cansada de todas as acusações do Justin contra mim, ele não sabe de nada! E eu tenho plena consciência que a minha intenção nunca foi fazer mal a ele, ou a qualquer pessoa. Não preciso provar isso. Estou cansada de apertar nessa tecla, o que eu podia fazer eu já fiz, tentei ter uma conversa civilizada como dois adultos que somos. Ele não quer ouvir, então é isso! Não tem o que ser dito e muito menos provado.

- Acha mesmo que eu não te conheço, Lucy? Acha mesmo que não sei nada sobre você? – ele questiona alto.

Paro de andar mas não me viro para ele, vejo que a atenção de todos naquele bar estava em nós, e nessa discussão patética.

- Se você me conhecesse metade do que acha que conhece, estaria disposto a me ouvir. Entenderia que tive meus motivos, e que em hipótese alguma faria mal a uma pessoa assim. – digo alto, ainda de costas para ele.

O bar inteiro está em silêncio, não é possível ouvir uma voz sequer, todos pararam pra assistir este espetáculo.

- É muito fácil dizer isso depois de ter feito tudo o que fez. – sua voz não soa tão confiante quanto antes. Talvez a ficha esteja caindo.

- Você está enganado! – me viro para ele, vendo que sua respiração está bem acelerada. – Nada nessa história foi fácil! Digo isso com pesar, porque eu realmente não queria magoar você.

- Não aja como se importasse. – seu tom rude volta.

- Eu me apaixonei por você, merda! – digo verdadeiramente irritada, essa forma babaca dele agir estava me tirando do sério. Se pra ele é tão difícil de acreditar em mim, então simplesmente me ignore. – Se isso não for o suficiente pra você, então nosso assunto se encerra aqui!

Viro as costas novamente e dessa vez consigo terminar meu percurso sem ser interrompida por sua voz. Confesso que queria ser interrompida dessa vez, mas acho que estou começando a entender que eu e o Justin talvez nunca fiquemos bem novamente.

Paro em frente ao bar e chamo a atenção do barmen:

- No que posso ajudar? – ele me olha atento.

- Quero a bebida mais forte que você tiver aí.

Sim, é o que eu peço. Não sei o que deu na minha cabeça, o que sei no momento é que quero esquecer dessa noite e se pra isso eu precisar encher a cara, então bom, é isso que farei. Jen não demora a surgir ao meu lado, sei que ela ouviu o meu pedido mas não diz nada para contestar, seu olhar completamente acusatório já diz tudo. Ela não aprova a minha atitude mas sei que não vai me impedir.

O barmen não demora a colocar um copo bem em minha frente com um líquido meio esverdeado, não sei que merda é essa, mas não preciso de mais alguns segundos com aquele copo perto do meu rosto pra saber que aquilo é realmente forte. O cheiro é de puro álcool.

- Não sei se você se lembra mas é fraca para bebidas. – a morena ao meu lado comenta ranzinza.

- Não me importo. – dou um gole generoso na minha bebida, sentindo o gosto amargo. Não controlo a careta que vem, esse negócio é horrível!

- Lucy, você não é assim.

Solto uma risada triste.

- Eu só preciso esquecer dessa noite, esquecer que ele disse as coisas que disse. Eu não quero me lembrar disso! E tenho a impressão que o jeito mais fácil disso acontecer é enchendo a cara.

Seu olhar sobre mim é piedoso, e só eu sei o quanto isso me incomoda agora, não quero que ninguém sinta pena de mim. Não preciso disso!

- Podemos simplesmente ir embora.

- Eu não vou embora, Jen!

Termino a bebida em um gole só e peço pro barmen encher o copo novamente, de longe avisto o Justin e o Alfredo conversarem em pé. Justin faz algumas caretas enquanto ouve atentamente o que o moreno diz a ele, conhecendo bem o Alfredo posso supor que ele está dando uma dura no Justin por ter sido tão babaca. Bom, pelo menos é o que eu espero.

Vejo a Jen ficar tensa ao meu lado, ela abaixa a cabeça e tampa o rosto com as mãos, parece querer se esconder de alguém.

- O que foi? – questiono.

- O Chaz está aqui! – ela diz abafado.

- O quê? Onde? – começo a olhar em volta, não encontrando o Chaz em lugar nenhum. Talvez minha melhor amiga esteja doida, ou eu estou ouvindo coisa.

- Na porta. – ela ainda tenta se esconder, mas é em vão. Se o Chaz realmente estiver aqui veria ela facilmente.

Olho para trás, na onde estava a porta e dou um longo suspiro quando avisto Chaz ali, conversando com um rapaz que eu nunca vi na vida. Ele parece animado, seu sorriso está grande, sinto um embrulho no estômago. Não tem como essa noite ficar pior.

- Eu nunca mais deixo você dirigir meu carro quando viermos nesse bar. – digo perto do ouvido dela. Jen disse tanto que isso daria sorte que acho que o efeito foi o contrário. Ninguém está com sorte nessa noite, eu nunca desejei tanto ter ficado em casa, como estou desejando agora.

- Ele vai me ver aqui, Lucy. – sua voz sai de uma forma desesperada.

- Acho melhor irmos para o banheiro. – me levanto.

- Tá bom, mas antes de irmos vê se ele está vindo.

Me viro novamente para trás, vendo que o Chaz já não estava onde eu tinha o visto antes, um alívio toma conta de mim só de pensar na ideia de que ele possa ter ido embora. Mas as minhas esperanças vão embora quando vejo ele andando em nossa direção, sim, Chaz está vindo até mim e a Jen. Ele não viu ela ainda, sei disso porque ele está sorridente demais, tenho certeza que isso seria diferente se ele tivesse sequer notado a presença dela.

- Jen, ele está vindo até aqui. – mantenho um sorriso falso no rosto, olhando fixamente para o Chaz, que a cada segundo fica mais próximo.

- O quê? Não, não, não. Não deixe ele vir. 

- Tarde demais. – é o que consigo dizer antes do Chaz estar parado bem em minha frente.  

- Lucy! Não sabia que você viria, achei que você e o Justin estivessem brigados. – ele dispara a falar.

Passo as mãos pelo rosto e solto um longo suspiro.

- Na verdade foi uma grande coincidência, não sabia que vocês viriam.

Não sei o que Jen tenta fazer, mas sei que dá errado quando vejo os olhos do Chaz se desviar de mim e encarar algo que está bem atrás do meu corpo. Sigo o seu olhar vendo a Jen olhar fixamente para o Chaz.

Que merda! Que momento estranho.

Os dois mantém um olhar estranho, não dá pra saber o que ambos estão sentindo, desvio meus olhos deles pra algo que se move rapidamente em nossa direção, engulo seco quando percebo o que é, ou melhor, quem é.

- Amor achei que me esperaria na porta. – Melanie diz parando ao lado do Chaz.

Merda! Merda! Merda! Péssima noite pra sair de casa, Lucy.

 Péssima noite!

Chaz parece sair de um transe, ele olha para a garota parada ao seu lado, que agora intercala seu olhar entre mim e a Jen, ela deve estar se perguntando o que estava acontecendo aqui para o clima estar tão pesado.

- Eu ia, mas vi a Lucy aqui e decidi vir cumprimentá-la. – Chaz tenta sorrir, mas o que sai me parece mais uma careta.

Eu não esboço reação alguma, me mantenho ali com uma cara de tacho.

- Oi, Melanie. Bom te rever! – tento soar simpática.

Ela apenas dá um sorriso sem mostrar os dentes e volta a olhar para o Chaz.

- Podemos nos sentar? – soa mais como uma ordem do que um pedido.

Chaz assente e volta a olhar pra mim e pra Jen.

- Foi bom te ver. – sei que ele não se refere a mim.

Olho para a Jen vendo ela engolir seco, ela assente e tenta sorrir.

- Digo o mesmo.

Logo os dois somem da nossa vista. Solto o ar que nem sabia que estava prendendo.

- Meu deus, essa noite está terrível! – passo a mão pelo rosto.

Vejo a Jen bater no balcão, tentando chamar a atenção do barmen.

- O que está fazendo? – paro bem ao seu lado.

- Eu disse que nós íamos nos divertir essa noite, e nós vamos! – seu tom é carregado. Jen está se segurando pra não desmoronar aqui.

- Não sei se acho isso uma boa, acho que devíamos ir embora. Essa noite está uma bosta pra nós duas!

Sei que era eu que não queria ir há alguns minutos atrás, mas acho que nós duas estamos em situações péssimas aqui e ficarmos em um bar definitivamente, não é uma boa.

- Eu não vou embora agora e dar o gostinho pra ele, Lucy. Não quero que ele pense que estou sofrendo.

- Jen, se ele soubesse que você está sofrendo largaria da Melanie na hora.

- Melanie? Esse é o nome daquela vadia? Há quanto tempo eles estão juntos? – vejo seus olhos se encherem de lágrimas.

- Desde a festa do Justin, acho. – seguro firme a mão dela.

O barmen surge ali, Jen desvia seu olhar de mim e foca nele.

- Preciso de uma garrafa de vodca.

Meus olhos se arregalam na hora.

- Uma garrafa? Jen, você endoidou?

- Não. Eu vou me divertir! – ela dá um sorriso que soa meio psicótico pra mim.

O barmen nos observa em silêncio, sem pegar a garrafa que ela havia pedido, devia estar achando um absurdo também, assim como eu.

- Eu realmente quero a garrafa! – ela diz para ele.

O cara não demora a colocar a garrafa bem em frente a ela, ele até deixa um copo ali, mas ela ignora completamente quando pega a garrafa e bebe do bico mesmo.

- Preciso dançar. – ela diz e já começa a ir em direção a pista de dança, segurando firmemente a garrafa na mão esquerda enquanto dá alguns goles.

Sigo ela, passamos pela mesa onde o Chaz está, ele encara a Jen com um olhar triste. Pediria que ele me ajudasse nisso, mas sei que o melhor é que ele fique na dele.

Ela para bem ao lado do Alfredo e o abraça de lado. Justin a encara de cenho franzido.

- Alfredo, dança comigo? – ela pede.

Alfredo me encara, tentando buscar alguma resposta para o comportamento estranho da Jen. Apenas faço um movimento com a cabeça indicando a direção onde o Chaz está com a nova namorada. Ele rapidamente desvia seus olhos de mim para o casal, e de imediato entende o que está acontecendo.

- Claro, Jen. Vamos lá! – ele segura na mão dela e logo eles se afastam.

Somente eu e o Justin ali, em outro momento isso seria acolhedor, nesse momento é aterrorizante.

- Você dizer que não se arrepende porque fez o que fez por sobrevivência é ridículo. – ele diz quebrando o silêncio. – Acha que isso justifica alguma coisa?

- Não acho. A minha explicação justificaria, mas você não quis ouvir nada. Apenas criou teorias e acreditou nelas

 - Eu não criei teorias, estava tudo muito claro. As fotos estavam em seu notebook, e você mesma disse que é uma paparazzi. Não tem o que explicar.

- Claro que tem! Pra tudo nessa vida existe uma explicação.

- Você vai ter que me convencer de que vale a pena te ouvir. – ele cruzou os braços.

Solto uma risada.

- Justin, eu não vou te convencer de nada. Minha consciência está tranquila quanto a isso, eu sei que nunca tive a intenção de te magoar, se você não acredita, tudo bem. Cada um acredita naquilo que quer! Não sou eu que te farei mudar de ideia.

- Qual é a sua com o Alfredo?

O olho visivelmente confusa. O que ele está supondo?

- Eu realmente não sei onde você quer chegar, e sinceramente, não estou afim de ficar aqui pra ver.

Tento me afastar mas ele segura o meu braço levemente.

- Eu estou de olho em você, Lucy. E não vou permitir que você faça mal a um dos meus amigos, como fez comigo. – ele sussurrou bem próximo do meu ouvido.

Sinto todos os meus pelos da nuca se arrepiarem, mesmo depois de tudo, o louro ainda causa efeitos em mim.

- Terminou? – me solto dele e o encaro com a cara mais fechada que eu tenho.

- Espero que saiba que essa cara não intimida ninguém. – ele aponta para o meu rosto. – Você parece um ursinho fofo com a cara fechada.

Por incrível que pareça ele diz isso sério, mesmo soando como uma brincadeira ou como uma de suas implicâncias. Mas parece que o louro cai em si, e se dá conta que disse algo que não era o planejado. Ele abre a boca pra dizer algo, mas não tem tempo de dizer.

- E aí, casal. – Chaz diz se aproximando de nós dois.

- Não somos um casal! – Justin rebate.

- Tá, mas até uns dias atrás vocês eram. – Chaz intercala seu olhar entre mim e o Justin.

- As coisas mudam. – Justin me olha sério. – As vezes as pessoas não são o que a gente pensa que elas são.

Engulo seco.

- Ok, o que aconteceu? – Chaz questiona.

- Conta pra ele, Lucy.

- Não tenho o que contar. – suspiro.

- Ela é paparazzi, Chaz. A droga de uma paparazzi! – Justin diz irritado. – Não é irônico?

- Como assim? Isso é verdade, Lucy?

- Sim, mas eu posso explicar.

- Não, você não pode. Conta pra ele sobre as fotos que você tirou de mim. – Justin estava realmente nervoso agora.

- Eu fui obrigada! – disse mais alto do que gostaria.

- Então é verdade, Lucy? – não estava olhando pro Chaz, mas pelo tom que ele usou sabia que ele estava chateado.

- Sim, mas...- Chaz começou a negar freneticamente.

- Ela mentiu o tempo todo! – Justin disse irritado. – Sinceramente não sei porque ainda perco o meu tempo com você.

Ele saiu de perto de nós, me deixando confusa com o seu comportamento. Era como se ele quisesse e não quisesse estar perto de mim ao mesmo tempo.

Chaz continuava me olhando seriamente com os braços cruzados, parecia um pai esperando a explicação da filha.

- Eu juro que tem uma explicação, Chaz. O problema é que o Justin não me ouve de jeito nenhum.

- Por que você não disse isso desde o início? Que era uma paparazzi?

- Eu não podia. – bufei e passei a mão pelo o cabelo.

- Eu estou me esforçando pra acreditar que você tem um motivo, mas está difícil. Ele é famoso, você é uma paparazzi. Não precisa ser um gênio pra entender.

- Eu sei que parece ruim vendo dessa forma, mas antes de tirar conclusões ouça a minha explicação.

- O problema é esse, Lucy. Eu já tirei conclusões.

Antes que eu possa rebater o que ele diz algo nos chama a atenção. É Jen. Ela está agindo como uma louca, dançando e gritando, enquanto se agarra em algum cara, já deve estar bêbada. Chaz olha pra ela também e consigo entender o que ele sente só pela feição de angústia que ele faz.

- Ela ainda bebe bastante. – ele comenta e solta uma risada triste.

- Alguns hábitos não mudam.

- Eu acho melhor eu ir embora, não vou aguentar ficar vendo ela a noite toda.

- Mas, Chaz...- ele apenas faz um pare com a mão, me interrompendo.

- Eu realmente estou chateado, Lucy. Chateado por ter visto ela, chateado por saber que você é uma paparazzi. Acho melhor não conversarmos agora, se não as coisas podem piorar.

Apenas concordo com a cabeça, vendo ele se virar e sair de perto de mim em passos rápidos.

Fico parada ali por longos minutos, realmente não sei quantos. Mas sei que é o bastante quando a terceira música termina.  

Tinha até me esquecido o motivo pelo qual eu vim aqui essa noite, olho em volta vendo a Jen completamente chapada dançando com um rapaz desconhecido, Alfredo conversa algo com uma garota próximo aos banheiros e o Justin, bom, o Justin está sentado em uma das mesas acompanhado, sim, acompanhado. Tem uma loira, muito bonita por sinal, que está colada em seu cangote, eu sei que ele não dá a mínima pra ela, pois percebo seu olhar distante, enquanto ela tagarela algo. Mas ainda assim a situação me incomoda em níveis gigantescos.

Todos estão se divertindo de alguma forma e a única que está aqui parada, sem fazer nada, sou eu. Tinha desistido da ideia de encher a cara quando a Jen resolveu fazer o mesmo, depois de ver o Chaz, mas quer saber? Que se dane! Posso muito bem pegar um táxi pra ir embora e tudo resolvido.

Vou até o bar e peço a mesma bebida de antes, ele não demora a me entregar, bebo tudo em um gole e peço para que ele encha o copo novamente.

Essa noite é pra ser divertida, não é? Pois bem, vou fazer valer a pena.

(...)

Eu realmente não fazia ideia de quantas doses eu havia bebido, só sei que estava dançando bastante. Sentia algumas gotículas de suor descendo pelas minhas costas na medida em que eu me movia no ritmo da música. Meus olhos estavam fechados e meus braços estavam para o alto, tinha perdido a noção do tempo, da onde estava e principalmente, com quem estava. Tinha um completo desconhecido colado em mim a alguns minutos. Em uma situação comum, isso estaria me incomodando muito, mas agora, nesse instante, não me incomoda em nada.

O cara dá um aperto forte na minha cintura e isso me machuca.

- Se afasta de mim! – me viro de frente pra ele e o empurro leve, o que faz ele me soltar.

Saio dali e vou novamente para o bar, para pegar outra dose de bebida. Quer dizer, eu já estaria lá se não fosse um corpo que entra na minha frente do nada, impedindo que eu ande.

- Sabemos no que resultou a última vez que ficou chapada, tem certeza que quer ir por esse caminho de novo? – Justin parecia estressado.

- Achei que você não se importasse. – solto uma risada exagerada. Eu não estava mesmo no meu estado normal.

- E não me importo.

- Ok, então me deixe em paz! – passo por ele tranquilamente dessa vez.

O barmen me dá outra dose, depois outra e outra. Ok, acho que estou muito bêbada agora.

Tento me levantar do banquinho no qual estou sentada, mas não consigo. O mundo ao meu redor não demora muito para começar a girar, começo a sentir uma tontura repentina. Tento achar algum rosto conhecido para pedir ajuda, mas não consigo enxergar ninguém, minha visão está completamente embaçada. Seguro firmemente o banco sentindo meu corpo amolecer, perco o controle total dele quando sinto minhas pálpebras pesarem e meus olhos se fecharem sem meu consentimento, a última coisa que sinto é meu corpo caindo, depois tudo vira um completo borrão.



Notas Finais


Eitaaaaa!!
Comentem ❤️


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