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História Paper - Babochki


Escrita por: Beeyu

Notas do Autor


200 favoritos merece um capítulo diferente, certo?
Obrigada a todos que leram/favoritaram/comentaram. Eu amo vocês.

Eu quero que vocês prestem MUITA atenção na diferença de narrativa entre Yuri, Otabek e Yuuri. Não foi algo feito sem querer, esse capítulo foi planejado para ser completamente oposto aos outros. Eu até posso falar que eu exagerei nas palavras né ficou uma leitura mais difícil que o q eu gosto de escrever
Mas foi apenas para tentar deixar bem na cara o jeito do Yuuri ver as coisas.
Não tenho a menor intenção de escrever um monte de baboseira inútil com palavras difíceis só para pagar de inteligente. Isso aí.
Vai parecer que é apenas encheção de linguiça com safadeza. E é mesmo. HAHAHAH Mentira, tem coisa importante aqui.

Babochki é "Borboletas" em russo.

Beeyu is off now.

Capítulo 15 - Babochki


Fanfic / Fanfiction Paper - Babochki

Não, tudo menos isso, por favor.

...

Yuuri POV

 

Os lençóis brancos e finos são confortáveis ao meu toque. O corpo pálido que abraça o meu ressona tranquilamente soprando o ar morno em minha nuca. Aperto meus olhos, bocejando e sentindo o amargo sabor das bactérias que habitam o interior de meu corpo. Viktor beija a pele que seus lábios encontram, fazendo-a arrepiar e eriçar.

 

Seus toques me fazem bem, fazem cócegas gostosas em meu interior.

 

Contorcendo-me, estico os braços para cima e então os desço, para conseguir virar e fitar a face do homem platinado a quem chamo amor. Sorrio ao encarar seus cílios compridos, parecendo plumas sobre a pele felpuda do alto de suas bochechas. Tremem e abrem, deixando-me ver o azul ciano das borboletas de seu olhar. Os dentes perfeitamente alinhados cobertos pelo cobertor de germes usuais do ser humano formam as curvas de um coração desalinhado. Viktor é lindo.

 

Selamos as bocas, os toques rápidos e raspagens constantes são ternos, sem línguas, não é agradável ao paladar. Seus braços fortes agarram-se ao meu corpo, as unhas curtas apertam as gorduras. Já é dia, devemos acordar, portanto.

 

— Bom dia, Vitya. — Minha voz embargada em sono faz seus olhos apertarem em riso.

 

Beijou a minha testa, e ergueu o próprio corpo. Os ombros penderam-se para frente, a mão fechada sobre a boca que soltava uma grande lufada de ar. Suspirou, respirou e arfou. Bocejou lentamente. Viktor é lindo em demasia. Virou a face para mim. Seus olhos me sugam, tento prender-me no nariz, nos lábios, mas os olhos intensos tragam meu olhar como um fumante desesperado.

 

— Bom dia, Yuuri. — Vira novamente o rosto para encarar a janela, apoiando-se na cama com apenas um braço, pende para trás e relaxa. A densidade do ar pesa-me o peito. A luz que entra ainda é fraca, está cedo.

 

Os cabelos cinzentos como fumaça balançam. Lindo, repito. Levantou-se, caminhou tal quais fadas em um mar de toxicidade. Os quadris batem no ar como suas mãos na pele, o balançar dos ombros são ritmados com meu coração. Lindo.

 

O anjo a quem sirvo chama-me para o banho, e eu vou para o mesmo, sendo confortado pelas mãos quentes que se embrenham e entranham em mim. Não há salvação. Estou afogado. O xampu desce nas costas, segue o resto. Minhas mãos apertam firmes os azulejos, os olhos apertados. O pegajoso branco que escorre das pernas sai de dentro do corpo do homem à minha frente, ambos embargados em prazer. O meu não é diferente, o jato branco de encontro com o piso. O vapor inunda o banheiro e cobre-me as vistas já cobertas pelo azul das borboletas.

 

Após o banho, penteia meus cabelos e penteio os dele. Cuidadosamente escolhemos as roupas. Visto um suéter amarelo claro. As calças jeans também claras, com um tênis também amarelo claro. Viktor já faz uso de uma belíssima camisa azul. A calça preta justa, mas bem alinhada, uma bota de cano curto também preta. Lindo.

 

Um café da manhã reforçado, ele insiste. Iogurtes, queijos, leite e cereais. Tudo bem alinhado. Viktor era extremamente preocupado com essas coisas. Não gostava de meu peso, e deixava isso claro. Me compara com Yurio a todo o tempo. “Olhe o peso dele”. “Olhe como é delicado”. “Olhe como ele está magro”.

 

Estamos caminhando em direção à porta, e paro para observar.

 

Sua casa assusta-me, não me acostumarei. É muito branca. Falta-me cores. Uma desgraça, ouso dizer. Digo, ser branca assim. Tem madeira, tem cores, mas não tem vida. É fria.

 

É curioso pensar nisso, certo? Não há qualquer desgraça. Nunca houve. Então por que me sinto tão amargurado? Talvez sejam os cantos escuros. Talvez sejam as borboletas.

 

Não o sinta, diz-me Viktor. Então eu o faço. Ele sabe o que é melhor. Não sou nada sem ele. Não há do que sentir amargura, a voz repete.

 

Os bolinhos multiplicam-se em meus dedos, alimentando meus órgãos. E outro, e outro. Como mais um e mais outro. As calorias entranhando em meu tecido adiposo. A balança não sorri, nem Viktor o faz. Diz que não arrumarei outro, que eu não tenho corpo para ele.

 

Me manda parar de comer.

 

O corpo é tão importante, leitor? Não. Nunca foi. Não ao menos para mim. Tudo isso foi construído, conceituado. Não sou pior por não ter o corpo de Viktor, queria que ele entendesse isso.

 

Ele diz que entende, mas que se preocupa com minha saúde. Diz que eu como comidas ruins em excesso, que faz mal a meu corpo. É verdade, concordo. Não vou parar de comer. O pote de sorvete é minha única companhia.

 

As borboletas que acompanham Viktor pousam ao meu lado no carro. Parece uma estátua grega, os músculos bem definidos e o cabelo fino bem penteado.

 

Eu falo muito de Viktor? Não o suficiente. Ele é perfeito, merece todo o reconhecimento que minhas palavras podem dar.

 

Eu me sinto uma fraude perto dele.

 

Ele dirige até nossa faculdade. É como se ele fosse um tipo de deus, e eu tenho muita sorte de tê-lo ao meu lado. Perfeito. Sim, perfeito.

 

Ele é bom, ele é esforçado. Ele consegue tudo que ele quer. Eu tenho o que eu tenho por sorte, inclusive o amor dele.

 

Sim, ele me ama. Isso me faz sorrir. Ele me ama, ama de verdade. Nunca me trocaria.

 

As aulas passam de maneira lenta. Logo estou sentado com Viktor no refeitório, ao lado de Yuri. Conversávamos com ele a algum tempo. Parece que sua mãe havia o mandado uma carta. Eu nem sabia que ele tinha mãe.

 

— Minha mãe sumiu a muito tempo, não sei muita coisa sobre ela. Vovô não gosta muito dela. Estou confuso.

 

— Yurio, você não pode pensar coisas ruins da sua mãe. Mesmo que ela tenha dito aquilo na carta, você tem que dar uma chance. — A voz de Viktor como sempre abraçando uma frase perfeita.

 

—Além do mais, é uma boa oportunidade de esquecer o Otabek. — Minha voz é confusa pelo salgadinho que entra na minha boca.

 

— Ah sim, claro. Ele some a semanas e eu estou ótimo para esquecer ele. Uau. — O loiro está bravo.

 

— Mais um motivo para você esquecer ele.

 

— Viktor, não é como se você fosse a melhor pessoa para aconselhar. — Yurio riu da minha frase, chamando o platinado de velho. Logo começaram a brincar de se xingar em russo.

 

Eu não sei direito o que acontece com ele, mas após ver o menor tendo um ataque de pânico, eu quero arrancar todos os sorrisos dele. Ele não merece Otabek. Otabek é um zero à esquerda, só é bonito e é bom em matemática. Mais nada. Um fútil.

 

Yurio merece coisa melhor.

 

Já eu não posso reclamar. Viktor é perfeito. Incrível. O máximo que algum dia eu conseguiria.

 

Eu não faço nada direito. Não sou bonito, nem inteligente. Logo, eu tenho que me esforçar ao máximo para poder ter Viktor ao meu lado sempre.

 

Para sempre.

 

— Eu vou lá trabalhar, até mais para vocês. — Yuri se despede e levanta, seu semblante ficando triste.

 

Será que acontece algo no trabalho dele? Eu sei que a família é praticamente junta da minha, mas eu nunca gostei muito do meu tio. Ele olha as pessoas estranho.

 

Resolvi ignorar, e fui terminar de ver minhas aulas.

 

Na saída, Viktor já me esperava em frente ao carro. Estava escuro e o estacionamento estava vazio.

 

— Como foi hoje, meu amor?

 

— Foi ótimo, Vitya. Eu tirei oito naquela prova de osteologia.

 

—Graças a quem? — Sorriu e me deu um beijo. Abraça meu corpo pela cintura, e eu sorriu junto.

 

— Aos seus livros? — Me faço de difícil, e ele faz uma careta.

 

— Aos livros, Yuuri? E eu não passei madrugadas te ajudando? — Beijou meu pescoço.

 

— Obrigado por isso, amor. — Ele solta um risinho abafado.

 

De repente, um carro passa com alguns calouros, e Viktor me solta de uma vez, entrando no carro.

 

— Vamos.

 

— Viktor, você quebrou o clima legal, viu. — Resmungo, entrando na outra porta.

 

Ele tem vergonha de mim?

 

Não parece que tem.

 

Suas mãos ágeis tiram a minha blusa ainda na porta. As bocas se encostam, os dedos firmes apertando minhas gordurinhas. Ele ri, beijando meu rosto e então meu pescoço. Os dentes firmes na minha pele. Gemo no processo, e ele me guia para o quarto.

 

Enquanto eu lavo meu corpo, ele espera pacientemente. Diz que me ama enquanto eu me preparo para a noite que iremos ter. Volto para o quarto, sem as roupas.

 

Apaga as luzes.

 

A boca volta a tocar a minha, as línguas se roçam e se esfregam. Deita na cama, por cima de mim. Aperta com as mãos no meu tronco, os quadris entre minhas pernas, nossos pênis encostando por cima da sua calça.

 

O esfregar é gostoso, as mãos espalmadas nas minhas coxas dão tapas ritmados, e seu quadril se impulsiona simulando uma penetração. O beijo se intensifica, tendo que ser interrompido diversas vezes para meu arfar poder sair. Levanta as minhas pernas, acariciando a região.

 

A boca desce para lá, lambendo e mordendo cada centímetro de pele que encontram. Morde, suga e belisca a flacidez, apertando de forma firme com as mãos.

 

É como diz a música, todo homem gosta de pele para apertar a noite.

 

Ver ele tão entregue ao meu corpo me faz bem. Eu não deveria ser assim. Eu sei que ele tem vergonha de mim em público, mas ele me ama.

 

Seus dedos correm pela região onde minhas estrias formam linhas. Dou um sorriso quando sua boca encontra as mesmas, beijando como traços de um desenho.

 

Ele me encara, e sorri. As borboletas se fitam com minha vista, e sou sugado para dentro de sua alma ao mesmo tempo que sua boca desce por minha virilha. Os olhos não saem dos meus.

 

Ele é lindo.

 

O cabelo arrepia-se e voa, já úmido pelo suor, enquanto a boca desce e sobe em meu membro.

 

Eu gemo alto, sufocando o cabelo de Viktor entre meus dedos. O pescoço pende minha cabeça para trás, o prazer irradia de meu membro até as extremidades do meu corpo.

 

O fisgar da genitália quando a língua pressiona minha glande, sinto o músculo pulsar. O barulho molhado acompanha o zíper da calça de Viktor.

 

Sua boca estala em meu membro mais algumas vezes, antes do maior se deitar sobre mim. Beija-me, e eu sinto sua mão tocar meu membro junto ao próprio.

 

Esfregam-se um no outro, ele me encara nos olhos. Aperta as bases, enfia a cabeça em meu ombro. Morde por lá mesmo, gemendo.

 

Abraço suas costas, e quando ele volta a me encarar, seguro seu rosto. Ele é lindo.

 

Seu rosto iluminado pela luz fraca da fresta da janela faz parecer que sua pele tem milhares de pequenos fractais de gelo, prontos para quebrar em pedaços ainda menores.

 

Eu já falei das borboletas?

 

Beija-me tão intensamente, como se fosse uma tábua de salvação. Não o sou.

 

Ele levanta, pegando um pote qualquer de lubrificante na nossa gaveta. Abre, molhando seu membro e a minha entrada.

 

Um dedo é enfiado, e em seguida outros dois. Arcam-se para cima, pressionando e massageando minha próstata. Sussurro “mais para a esquerda”, e então fica perfeito, e gemo de forma alta. Ele parece estar satisfeito, investindo mais algumas poucas vezes dentro do meu canal.

 

Retira os dedos, que logo são substituídos por algo maior. O rasgar não é incomum, embora doa. Ele limpa as lágrimas que meus olhos soltam por reflexo, beijando o topo de minhas maçãs do rosto.

 

Começa a estimular meu membro com os dedos finos para tentar desconcentrar-me da dor que ainda é latente. Viktor é incrível. Seu corpo se embrenha tão bem ao meu.

 

Ele investe assim que rebolo, dando permissão. Minhas pernas são erguidas para abraçarem sua cintura, e ele começa a investir.

 

A dor logo é apaziguada, e o esfregar de seu membro dentro de mim começa a ser prazeroso com o massagear do meu ponto de prazer.

 

Segura firme as minhas coxas, investindo forte. Os movimentos começam a ficar rápidos, e minha visão turva. As borboletas azuis estão cobertas pelos olhos quase se fechando, os cílios se mexendo desesperadamente enquanto sua boca abre em “O”, gemendo alto. Ele arfa, erguendo o corpo para ir mais fundo, e eu arfo junto. Os corpos suados e grudados fazem barulhos de choque molhado, as mãos grudentas batem na minha coxa, enquanto a minha pele macia e flácida salta de um canto para o outro.

 

Ele sai de dentro de mim, fechando minhas pernas e me virando de lado. Começa a penetrar novamente, dessa vez do meu lado, por trás. A dor volta, essa posição é um pouco desconfortável. Mas logo o gemido de Viktor me faz relaxar e tentar aproveitar o prazer. Resmungo e ele sai de dentro de mim, perguntando se estou bem.

 

— Eu não gosto assim...

 

Vira-me novamente, dessa vez de quatro, e começa a estocar. Dói menos, e então consigo gemer. Investe mais rápido, apertando com as unhas curtas na pele das minhas costas.

 

Inclina-se por cima de mim, massageando meu membro com sua mão. Não consigo aguentar muito mais, e gozo por todo o lençol. Ele investe mais algum tempo, meus olhos nublados pelo suor e pelo prazer que continua a ser desferido após meu orgasmo. Logo goza, saindo de dentro de mim e caindo na cama. Meu corpo ainda está bambo e sensível, mas consigo mover-me para abraça-lo.

 

Nossas respirações descompassadas combinam com o coração disparado que sacode em meu peito. Acaricio seu cabelo, e ele sorri. Olha para mim, arfando. O suor está escorrendo, ele respira alto e cansado.

 

— Eu amo você. — Sorri, os dentes alinhados e o rosto avermelhado dando a ele uma aparência de pua luxúria. Abraça-me, aninhando-me em seu corpo.

 

— Eu também te amo, Vitya.

 

E eu sei que é verdade. Embora tenhamos nossas divergências, Viktor nunca me faria mal.

 

Não dá muito tempo e sua respiração se torna calma e pesada, os olhos fechados. Eu bocejo, e o cansaço me vence, e me encolho melhor no corpo do platinado.

 

A noite estrelada zela nosso sono.

 

 


Notas Finais


Comentem pfv nunca pedi nada UHASUASHUAS


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