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História Paper Souls - Calum Hood - Capitulo 33


Escrita por: theycallmeju

Capítulo 34 - Capitulo 33


Faith

O dia foi baseado em silêncio, mesmo que até Luke, Michael, Ashton e Ariel tentassem cortar este clima. Certamente Michael já tinha na ideia que algo de mais superior à nossa amizade tinha acontecido. 
Há hora de almoço tivemos de conviver com Tracy e Abigail, que pareciam bastantes animadas. As loiras tagarelaram por todo o café. A Tracy agarrada ao Calum e Abigail, quando se lembrava ia até Michael. Não sei se isto é para eles não se cansarem um do outro, se é algo planeado, ou não passa de uma relação relâmpago que serve apenas para sexo e não sentimentos. Maior parte das pessoas da nossa idade só pensa em coisas como estas, então eu levo a cabo esta teoria.

  O pior disto tudo é que ele consegue totalmente reagir como se nada se tivesse passado. Consegue olhar para mim e sorrir como se os nossos lábios não se tivessem tocado num ato de amor.

- E se amanhã desse uma festa em minha casa? Os meus pais vão estar fora o fim-de-semana todo. - Guinchou Tracy exaltada, atirando uma madeixa de cabelo para trás das costas enquanto tagarelava, mais uma vez, sobre a ideia que tivera.

Ariel logo voltava a cara para trás, e eu olhava para ela vendo-a torcer o nariz à proposta de Tracy. Foi impossível não me rir, e quando o diz todos ficaram a olhar para mim. Claro que Calum me julgava interiormente porque ele não é burro e notou que eu estava a gozar com a sua querida namorada.

- Estou fora. Tenho de estudar para o teste de filosofia. - Disse-lhe.

Por sua vez a loira lançou-me um sorriso vitorioso acompanhado pelas palavras: - Ainda bem. Não ias fazer falta, querida.

Respirei fundo. Mas quem é que esta cabra pensa que é? Nunca me viria a faltar ao respeito para além dos olhares que me mandava e as possíveis bonecas de vudo que faz de mim. 
Luke, que fazia bolhas na coca-cola com a palhinha, encontrava-se aluado ou descontraído como sempre ele gostava de se identificar. Michael preparava-se para ir fumar um cigarro. Ashton divertia-se a ver uns videos no telemóvel, que também os mostrava a Calum e Ariel. Abigail apenas se demonstrava interessada no assunto de Tracy, mas será que ela estaria? Todos param de fazer o que estariam a fazer quando ouviram a deixa de Tracy. 
Ariel, que estava ao meu lado, deve-me ter pressentido a ficar vermelha que nem um tomate de nervosa que ficava. Nestas situações o sangue sobe-me sempre à cabeça e eu dou graças por nunca ninguém me ter visto no meu estado de confusão mais aguçado, mas agora... agora atingi o meu ponto de saturação. Sou muito meiga por vezes, mas não consigo tolerar mais as bocas e olhares desta loira filha da puta. 
Quando, com um recuo com a cadeira, fiz um barulho estridente no chão - causado pelas pernas na cadeira serem arrastadas com força - todo o café, maioritariamente frequentado por pessoas da nossa escola, parou para ver o que se passava.
Alexis, Meggie e Jessie estavam a almoçar, juntamente com Bea, também da nossa turma, na mesa atrás da nossa. Creio que Meggie também me viu ficar vermelha que nem um diabo, pois ela levantou-se logo em seguida, tendo em conta o meu reflexo.

- Quem pensas que és, sua chupista de dinheiro? - Grito de forma não menos que violenta. - Tu não és nada a não ser mais uma daquelas bonecas falsas que não servem para nada. - Arqueio-me sobre a mesa cuspindo-lhe as palavras para a cara, enquanto ela se limitava a recuar o busto.

Atrás de mim estava Michel e Meggie. Ela possuía uma expressão chateada e pronta para me defender, como sempre dissera que faria se fosse preciso.

- Calma, Faith. Não faças nada. - Sussurra-me ela ao ouvido.

Michael, por sua vez, segurava-me pela cintura, puxando-me de perto da mesa. Esperneei-me. Ele estava a tratar-me como se de uma maluca me tratasse, mas eu isso não o sou. Apenas me estou a defender daquilo que não gosto. Talvez não seja a melhor maneira, mas qual é que eu iria usar se nada é eficaz com esta rapariga sem sanidade mental?

- Oh... Tu és daquelas bonecas sexuais, sabes? Eles usam-te só para isso. Ou mais do que isso. Talvez sejas mesmo uma puta já que esperas sempre por dinheiro em troca, não é mesmo? - Novamente me arqueei sobre a mesa, ainda que Michael me estivesse sempre a puxar. Apoiei-me em ambas as palmas das mãos e prossegui, dizendo: - E, querida, espero que saibas que tu é que não fazes falta porque sem ti fazemos mais do que uma festa. - Disse irónica.

- Tu só estás a dizer isso porque andas a comer o meu namorado! - Gritou ela, levantando-se da cadeira.

Ao mesmo tempo que ela o faz, e se posiciona mais ao lado da mesa, já sem nada que nos impedisse o contacto corporal, eu também me coloco em frente a ela.

- Realmente deves pensar que eu sou como tu, mas eu não sou. - Disse totalmente impassível. - Se eu o quisesse fazer já o tinha feito e a esta hora ele não estava contigo, meu anjo. Porque isto... - Apontei de cima a baixo para o meu corpo. - É real. E o que é verdadeiro dá sempre mais prazer, sabes.

- Desde quando é que extra gordura dá mais prazer? - Ela indagou, ironicamente, e eu juro que ia fazer algo, se tal coisa não me afetasse por completo.

Todos os argumentos que ela utilizara, desde o eu fazer falta até o eu andar a comer o namorado dela, foram superficiais para mim. Não valiam de nada, eu conseguia suportá-los, mas ela usou o meu ponto fraco. O meu corpo. O meu peso.

- Sua puta! - Ouço Meggie gritar e vejo um estalo ser dado na cara de Tracy, só que não tenho percepção de nada.

A minha respiração falha e lágrimas são formadas nos meus olhos, pretendendo elas cair. Paro de ouvir tudo o que está à minha volta e agora o que ouço é unicamente a minha respiração. É tão incomodativo. 

Tudo acontece em câmara lenta. O eu pegar na minha bolsa e sair, ser agarrada por Calum e Michael , logo a seguir a chegada de Ariel perto de mim e a minha fraqueza bem em frente à escola. Caiu no chão, perco os sentidos. Quando desperto, minutos depois, quem está lá é o Ashton e a Ariel. 
O Ashton mantinha a calma e eu sei o porquê. Ele sabe como isto é, e como reagir. - Não é preciso uma ambulância. Ela está bem.- Grita ele para o outro lado do passeio. Quando consigo ver está lá Calum e Michael. Ao lado deles está Tracy. Vejo Michael a agitar as mãos bastantes vezes, ele parecia gritar. Calum estava instável. Logo a seguir ele olha para mim e eu nem sei como reagir. Viro a cara e encaro Ashton e Ariel. 
Com dificuldade levanto-me, ficando sentada no chão de paralelo onde havia tido o meu mais recente ataque. 

- A Meggie? - Pergunto. Ariel aponta com o queixo e um sorriso de alivio para trás de mim. Lá estava ela. Não tinha nada, nenhum arranhão, nem sangue. Apenas um sorriso na cara. 

- Eu avisei-te muitas vezes que ninguém se metia contigo. Nem com a minha alma. - Ela diz num tom engraçado.

- Obrigado, Meggie. - Estico os braços para ela, e ao meu lado ela senta-se abraçando-me. 

- Será que esta cabra aprende a lição desta vez? 

- Não. Ela nunca vai aprender. - Ashton responde e agora estávamos os quatro a ver uma nova discussão diante dos nossos olhos.

Calum cruzava os braços, Tracy chorava. Nos lábios de Calum eu vejo o arrependimento, em Tracy eu não vejo nada. Michael tentava com que ela fosse uma pessoa melhor, no entanto nunca conseguira e ele começava a perder a esperança de que ela poderia ser uma boa pessoa. Tantas vezes Luke dissera que ela não era uma boa pessoa.

- O Luke? - Por me lembrar dele, nem sei onde ele está.

- Oh, lá dentro a jogar Fifa com os putos do 5º ano. - Responde Ariel num encolher de ombros.

Repentinamente a imagem de ele a gritar com as crianças de 5º ano, enquanto estes lhe ganhavam os jogos da Fifa, passou-me pela cabeça. Soltei uma gargalhada discreta, embora não me conseguisse rir muito. Estava cansada. Parecia ter corrido a maratona, mas na verdade apenas tive um ataque de ansiedade. 

Isto só acontece quando... bem, quando algo corre mal com Calum.

- Eu odeio aquela cabra. Ela está a roubar o nosso melhor amigo. - Subitamente ouvimos o tal rapaz por quem perguntávamos. - E eu estou aqui. - Afirmou a sua posição perto de nós.

Ao olhar para ele reparo na sua expressão chateado, com uma sobrancelha franzida.

- Ela tem de aprender uma lição, não é Ashton? - Indaga ele. 

A expressão do rapaz aloirado foi surpreendente quando este deixou um sorriso um tanto malicioso abrir-se na sua cara. Ele, que não gosta de problemas e se pretende manter afastado deles, parece criar na sua cabeça uns mil conflitos para com Tracy.

- Não é só o Ashton que concorda. Eu também. - Meggie diz, estalando os dedos.

- E eu. - Foi a vez de Ariel assinar esta petição oral.

- Aquela cabra devia de pagar pelos boatos que criou sobre mim no oitavo ano. - Bea, a morena de olhos escuros, interrompe dizendo.

- E por se ter feito ao meu namorado antes de começar com o Calum. - Reforçou Alexis com um olhar de raiva. 

Pelo que parece esta rapariga, Tracy Montgomery, tem uma legião de inimigos atrás dela.
Tem uma Meggie revoltada que, embora já a detestasse por olhar para ela de lado nos intervalos, com aquilo que a loira falsa me disse, Meggie ainda a passou a odiar mais.

Tem um Luke e um Ashton, ambos em concordância de que a rapariga lhes está a roubar o melhor amigo.

E por fim tem umas quantas pessoas, das quais Ariel, Bea e Alexis fazem parte, prontas para se vingarem de Tracy por tudo aquilo que esta lhes viria a fazer durante estes anos de escola.
Foi preciso uma discussão de tal tamanho que abrangesse metade do café onde nos encontravamos, para que as pessoas contra Tracy ganhassem voz e a enfrentassem. Pelo menos que o tentassem fazer.

Mas eu tenho outros planos para ela. Não vou fraquejar para sempre. Muito menos agora. 

- Não se preocupem. Eu já sei o que fazer. - Respondo-lhes, arranjando uma melhor posição. - Tracy Montgomery, diz adeus aos teus minutos de fama. - Murmuro.
 



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