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História Para se tornar possível - A espera da tempestade


Escrita por: Velarisgirl

Notas do Autor


Sadie está insegura quanto a admitir todos os seus sentimentos para o irmão, mas no momento terá que dar prioridade a outros acontecimento.

Capítulo 3 - A espera da tempestade


Sadie Kane ~ 

Pluguei o iphone na caixinha de música e deixei que Maroon 5 cantarola-se ao fundo enquanto tomava iniciativa na tradução dos hieróglifos, precisava entrega-los no domingo afinal. E foi assim que as horas passaram rapidinho, mais do que eu esperava. Sim eu gostava de trabalhar com os hieróglifos pois era a parte em que me diferenciava do Carter sabe tudo, ao menos teria sempre algo na manga para esfregar na cara do meu irmão caso ele bancasse o babaca como ultimamente andava fazendo. Outra coisa que ficou martelando em minha cabeça desde que comecei a traduzir aqueles textos foi o que diabos a casa da vida estava pensando, pedir aos iniciados que discutissem um feitiço de possessão? Oi? Eu teria que passar por aquilo também? Ou por acaso me pediriam como criar vinho a partir da água? Enfim, perguntaria ao meu irmão quando o encontrasse. Algo que até fiquei tentava a fazer por ser tão tarde da noite e saber que Carter dormia feito um bebê na mesa de estudos, seria um excelente flagrante.

Suspirei satisfeita e fiz um pequeno rolo com as cinco folhas que acabei enfiando no bolso assim que levantei. Caminhei um pouco pelo quarto enquanto amarrava o cabelo em um rabo de cavalo alto, prestes então a desligar Taylor Swift que em algum momento da noite havia substituído o Marron 5, notei o frio que estava fazendo com mais um calafrio. 

– Saco – Resmunguei alto. Aquilo não acontecia com frequência. 

Fui até o armário e peguei um moletom de cor vermelha que por sinal combinava com os coturnos. Eu deveria estar usando pijamas, Carter com certeza me mataria por isso. Agora era somente encontra-lo e fazer a boa menina. Cruzei o quarto em uma tentativa de sair e provavelmente encontrar a mansão em silêncio, mas a verdade é que um zumbido estava perturbando o silêncio naquela madrugada. Este vinha do lado de fora, da janela para ser mais exata. O vento chicoteava o ar em todas as direções, uma possível tempestade estava  a caminho. Ergui mais olhos através das janelas para observar melhor e fiquei surpresa, nunca antes havia visto nuvens como aquelas. Um trovão rugiu alto e quase pude sentir meu corpo se encolher, não que eu tivesse medo sabe. Mas o clarão de 'cor vermelha' no céu me perturbou um pouco.

Curiosa, ou talvez atiçada, corri para fora do quarto e subi as escadas do terraço no mesmo instante em que toda energia da mansão simplesmente acabou. Para ser mais exata, as luzes foram se apagando aos poucos até que não restasse nada além do celular que precisei usar para não acabar tropeçando em nada e ainda o fiz duas vezes. 

- Mais que diabos.. - Hoje era o dia, mas eu não sabia ainda de que. 

Do lado de fora as coisas estavam um caos do tipo perturbadoras. Parecia que a tempestade estava prestes a cair mas por algum motivo se segurava, e eu não estava gostando nada disso. Entendam, pelo tanto de desastres que eu e meu irmão passamos, você meio que passa a julgar tudo, inclusive relâmpagos cor de sangue.  Não havia uma gota se quer de água, apenas um vento gelado que me fez apertar ainda mais o moletom em volta de mim. Hesitante caminhei até a baluastra para conferir a rua lá em baixo.

- O que ? – Exclamei. As pessoas nem pareciam notar o que estava prestes a cair sobre suas cabeças. Caminhavam tranquilamente e mal olhavam para o céu. Mal percebiam que....

- DROGA!!!! – Corri o mais rápido que pude para a mansão tentando chegar a porta de acesso para os andares inferiores, mas aquela voz tenebrosa e fria me fez mudar de ideia no mesmo instante.

- Eu não faria isso se fosse você. – Soou em diversas direções. Até parecia que vinha do próprio vento e eu não gostei nada disso. Algo que se aprende quando você é um mago, se a energia vir de diferentes pontos, como naquele mesmo instante, o seu dono era poderoso e nossa... eu odiei admitir isso depois de perceber que estava completamente ferrada. 

- Quem esta ai? Não seja covarde. Apareça! – Gritei de volta erguendo os olhos para observar mais uma vez aquelas nuvens, estas que estavam somente sobre a mansão. Como eu havia sido toda a ponto de não ter notado isso antes. 

Como exigido por mim, uma figura adiante começou a tomar forma. Na verdade sua tentativa era nata de tentar se estabilizar, mais um furacão de massa preta foi tudo que consegui distinguir além dos olhos vermelhos e brilhantes como placas de motel em neon. A criatura era grande e parecia mudar sempre que um braço ou uma perna tentava se movimentar. Estava vindo em minha direção.

- Sadie Kane. Você é inteligente –  Disse e nossa, até aceitei bem o elogio porém não baixei a guarda.

- Háaa, Obrigada. – E só então percebi que foi apenas uma saudação por tê-lo obedecido. Bufei em seguida e a criatura notou o meu desconforto.

- Não tenho muito tempo – Continuou como se aquilo fosse um problema meu. – Quero que me dê essas escrituras que carrega no bolso agora mesmo. Será que pode fazer isso ? – ELE ACHAVA QUE EU TINHA QUANTOS ANOS? OITO? há, deduzi que fosse 'homem' pela voz grossa, firme, autoritária, e de causar arrepios até mesmo nos mais corajosos. 

- COMO QUE VOCÊ...? – Eu havia esquecido completamente que estava com os textos de Carter no bolso até ele me lembrar, somente não entendi o porque do seu desejo e é claro que eu jamais os entregaria. Se havia algo ali que aquele idiota queria, então deveria ser mesmo de grande importância. Maldito Carter, porque não me contou que eu poderia me meter em problemas? talvez nem mesmo ele soubesse. 

- Acho que vai ficar querendo. – Tentei soar firme recuando em curtos passos em direção a porta. 

Talvez eu não deveria ter feito aquilo. Talvez alguma chance me surgisse caso eu ganhasse tempo com a conversa, mas era evidente que a figura não tinha mesmo tempo. Provou isso quando voou em minha direção formando um redemoinho de sombras ao meu redor que me deixou em completa escuridão.

 Parecia que centenas de lâminas cortavam meu corpo em diferentes partes. Tentei me agitar de qualquer forma, mas sempre que me esticava para qualquer dos lados sentia que mais cortes eram feitos. 

- Não!!! – Gritei percebendo que estava perdendo e que a criatura estava prestes a alcançar os pergaminhos. Me arrastei para fora daquele turbilhão como pude segurando os papéis em mãos. – Você jamais vai ter o que quer – Vociferei ainda atordoada não querendo nem saber o que era aquele líquido vermelho quente que escorria por meus braços. Meu corpo estremecia, meu cabelo ocultava parte da minha visão, eu sentia que ia cair a qualquer momento, mas antes...

Estragar algo nunca foi de tão bom grado quanto antes. Com as mãos firmes sobre o papel conjurei um dos hieróglifos mais fáceis que conhecia. Este que surgiu no ar antes de incendiar as escrituras por completo sobrando apenas cinzas em minhas mãos, o próprio vento tratou de afastar aquela maldição para longe e claro, a criatura não gostou nadinha disso mas eu estava satisfeita. Ferrada, mas satisfeita. 

Escutei um grunhido e fiquei bastante contente com a situação, isso antes da tempestade finalmente cair e mil coisas acontecerem ao mesmo tempo. Oque? 

...Como Carter surgindo entre os clarões dos raios e gritando meu nome para me avisar de algo. Da criatura é claro que ao meu lado agarrou meu punho de alguma maneira bastante bizarra.  Aquela droga era feita de sombras e fumaça, como que..?

Gritei tão alto que com certeza entraria para o guinnees book.  Sentia como se um corte profundo estivesse sendo feito no inicio da minha mão, lentamente para me proporcionar a maior das agonias. Aqueles olhos vermelhos encontraram os meus e foi como se eu visse ao mesmo tempo fúria e prazer. E em menos de três segundos eu estava sendo arremessada sobre o parapeito, caindo em direção a cidade lá em baixo.

As pessoas costumam dizer que antes de morremos um clipe com nossas maiores lembranças nos vem a cabeça. Isso não aconteceu comigo. Meu corpo tremeu por conta do frio que aumentou depois que a tempestade molhou cada célula que me pertencia e em seguida fui abraçada pelos ventos escuros que tiraram a minha consciência.  Não havia vozes, não havia luzes, apenas... sombras. 


Notas Finais


Sadie is alive?


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