1. Spirit Fanfics >
  2. Para sempre, meu amor ( SPANICPAZ) >
  3. Chapter eleven - Entrando em acordo

História Para sempre, meu amor ( SPANICPAZ) - Chapter eleven - Entrando em acordo


Escrita por: Cafezito_

Notas do Autor


Ou genteeee!
Ainda há alguém interessado nessa história?
Trouxe mais um capítulo para vcs!!!
Vamos ler!

Capítulo 11 - Chapter eleven - Entrando em acordo


Fanfic / Fanfiction Para sempre, meu amor ( SPANICPAZ) - Chapter eleven - Entrando em acordo

- Isso sim que é uma surpresa. – Diz Alejandro ao ver Henrique tão determinado.

- Por que diz assim?

Alejandro semicerrou os olhos como quem tenta descobrir a verdadeira intenção de alguém só pelo o olhar.

- Me responda algo. – Começa a dizer calmamente.

- Pergunte.

- Qual a sua intenção com Emperatriz?

Henrique ficou mudo, não estava preparado para responder esse tipo de pergunta.

- Não entendi. – Disfarçou.

- Ah, você entendeu. – Diz Alejandro se levantando. – Você entendeu e muito bem.

- Olha, só estou aqui, por que me ofereci em ser o advogado dela nesta causa, então...

- Será que é só isso mesmo? – Pergunta Alejandro o encarando.

Henrique seguiu o seu exemplo e também se levantou, não gostando nenhum pouco do rumo em que estava levando aquela conversa.

- Por que isso? Por que perguntar algo que não tem nada a ver com a situação?

- Me responda você. – Disse se aproximando dele. – Você que veio aqui por uma causa, sendo que nós dois sabemos que não é sobre isso a que você se refere.

Logo, Henrique se aproximou ainda mais de Alejandro, o olhando sério.

- E segundo você, a que realmente eu vim?

- Oras, Henrique, comigo não precisa fingir. Eu sei que você tem interesse pela Emperatriz.

Henrique franziu o cenho, ele sabia que era verdade, mas não queria ficar falando sobre isso com Alejandro.

- E isso o que importa?

Alejandro esboça um sorriso de canto irônico, e caminha até a sua janela.

- Me importa muito. – Respondeu sem o olhar.

- Por que te importaria? – Henrique perguntou receoso.

Alejandro se virou para ele e o encarou ainda mais sério.

- Por que eu ainda amo Emperatriz, e seria extremamente desagradável se você se colocasse entre nós.

Henrique suspirou, ele queria que Alejandro não estivesse tão perto de Emperatriz, pois entendia que isso seria perigoso em poder conquistar ela.

- Ela não te ama. – Ele rebateu, e o olhou com ironia. – Pelo contrário, te odeia.

Alejandro solta um riso.

- Sim, é verdade. Mas, isso é o que ela aparenta e não o que ela realmente sente.

- Como pode saber? – Pergunta Henrique se irritando com aquilo.

-  Quando chego perto, ela fica nervosa, sua respiração acelera e embora tenta disfarçar, sei que seu corpo clama pelo o meu. – Alejandro o diz, tranquilo.

Os dois se calaram por alguns minutos.

- Bom, se veio falar da audiência, diga a sua cliente que estou aberto a qualquer acordo favorável, se ela quiser resolver algo antes de irmos ao tribunal. Já estou indo.

Ao passar por Henrique, o mesmo o fez parar ao pronunciar algo.

- Você sempre acha que pode ganhar todas, não é? Mas, saiba que com Emperatriz vai ser diferente, ela irá se apaixonar por mim.

Alejandro rapidamente o olhou.

- O que você está pensando? Emperatriz não é um troféu em que temos que ganhar.

- Exatamente, e por isso te digo que dessa vez você não vai tê-la. Você sempre conseguiu todas as garotas da faculdade, até as que eu me interessava. – Desabafou Henrique.

- Então é isso, seu problema é comigo. Quer se aproximar de Emperatriz para me atingir. – Alejandro disse como se fosse uma descoberta.

- Claro que não. O fato de a vida ter nos reunido assim, não tem nada a ver com eu querer te atingir. Eu só digo, que Emperatriz eu amo, e não vou permitir que você a tire de mim.

- Eu não vou tirar ela de você, por que ela não te ama e mais cedo ou mais tarde, estaremos juntos outra vez.

Alejandro jogou as palavras e se retirou dali antes de Henrique argumentar algo mais.

Henrique, bastante irritado também se retirou dali e as pressas chegou até o estacionamento, onde estava seu carro.

Ele entrou em seu veículo e ficou ali com os pensamentos na conversa com Alejandro. Sabia o quanto Alejandro era astuto e galante, ele sempre conseguia o que queria, a mulher que quisesse, ainda se lembra de como com poucas palavras ele havia conquistado a garota de que Henrique estava ficando nos tempos de faculdade. Era uma péssima lembrança, pois o fazia se sentir insuficiente para conquistar uma mulher. Depois da faculdade, ele sabia que poderia encontrar Alejandro pelos tribunais da vida, como tem sido até agora, mas sempre fingiu não ter guardado mágoa desse pequeno fato e apenas falavam normalmente como colegas de curso, mas a verdade é que ele jamais pôde esquecer essa vergonha de ter perdido uma mulher para Alejandro. Mas, com Emperatriz seria diferente, apesar de apenas ter conseguido ser um dos seus melhores amigos, teria certeza de que conquistaria seu coração como homem, um homem que a ama. Lutaria por ela, e ela seria dele.

........

No dia seguinte, Emperatriz havia se preparado e preparado seu pequeno para o dia. E depois do café da manhã, antes de ir trabalhar, ela se encontrava um momento na sala com sua mãe, Elisa e o pequeno Arthur que esperava o carro escolar.

- Filha, não é melhor você conversar direito com esse Alejandro, e tentarem resolver isso da melhor maneira? – Perfecta pergunta ao ficar a par de toda a situação.

- Não há outra maneira mamãe. Eu não quero que meu filho conheça Alejandro. – Fala Emperatriz olhando para o filho que brincava pela sala com uns carrinhos.

- Te entendo, eu também sinto raiva desse Alejandro, por causa dele você e eu ficamos um tempo longe, mas filha, ele explicou toda a situação. E não é por que estou do lado dele, mas ele tem direito sobre o menino.

- Não tem mamãe, ele não tem. – Diz ela emburrada.

- Oras, minha amiga. Você como uma conhecedora da lei, sabe que sim, que ele tem direito. E outra, sabe que as chances dele ganhar essa causa, é grande.

- Isso filha, é esse o meu medo, de que ele ganhe. Suponhamos que ele ganhe, e aí terá de levar o menino. Agora pense em Arthur, como vai ficar a cabecinha dele, quando descobrir que tem um pai e que foi morar com ele, com outra família. Será tudo estranho, isso pode atrapalhar o emocional dele. – Diz perfecta.

- Sua mãe está certa. Você não deveria pensar nessa vingança, ou nesse ódio que tem pelo Alejandro, tem que pensar no Arthur, por que é esse pequeno que está em jogo aqui. – Finaliza Elisa.

Emperatriz se permitiu a pensar com calma nessa situação. E chegou a uma conclusão de que elas estavam corretas. Arthur era muito novinho para passar por um processos desses, ele não entenderia e reagiria mal, se não fosse preparado. Era triste ter que admitir, mas agora vendo por outro ângulo, viu que Alejandro teria grande vantagem nesse processo. Ela olhou seu pequeno que brincava distraído com seu carrinho.

- Talvez vocês tenham razão. Acho que vou falar outra vez com Alejandro e propor um acordo sem ter que levar isso a um tribunal. – Reconheceu ela.

- Isso filha, faça isso. – Disse a mãe mais tranquila com essa decisão da filha.

- Mas, que fique claro que é só pelo bem estar de Arthur, por que minha vontade é de sumir com ele onde Alejandro não nos encontraria nunca. – Ela disse um pouco irritada por ter que ceder a Alejandro.

- E quando pretende falar com ele? Seria bom que fosse antes da audiência. – Sugeriu Elisa.

- Sim, vou ver se falo com ele hoje. – Disse ela revirando os olhos, Elisa e a mãe sorriram. – Bom, já está na minha hora. O carro da escola já deve está chegando pra pegar Arthur. Filho, vem cá dar um abraço na mamãe.

O menino largou o brinquedo e correu para o abraço que sua mãe o esperava.

- Você já vai mamãe? – Ele pergunta.

- Sim meu anjinho. Você espera aqui o carro da escola com a vovó, está bem?

- Sim, mamãe.

Ele a beija no rosto e lhe dar outro forte abraço.

- Você quer uma carona Elisa?

- Sim.

- Pois então, vamos.

As duas se despediram de Arthur e Perfecta que ficaram ali à espera do carro escolar.

........

Esther se encontrava no escritório de seu pai, foi ao seu encontro na intenção de saber das informações pedidas por ela, a respeito de Emperatriz.

- Oi filha, que bom te ver. – Disse o pai de nome Armando Mendonça ao ver a filha.

- Oi papai, é bom ver você também. – Ela diz se sentando frente a ele. – E então, o que descobriu sobre a tal Emperatriz?

- Bom, é uma jovem advogada que se formou há pouco tempo, trabalha no escritório de advocacia Del Real, em poucos meses em que começou a trabalhar lá se tornou uma das advogadas mais eficiente do escritório e há pouco ganhou também o cargo de co-diretora, dizem que é porque o Sr. Justo a considera bastante e por ela ser muito eficiente em seu trabalho, ela mora em uma casa que fica em uma área nobre, com sua mãe, uma amiga e um garotinho de cinco anos que é seu filho.

- Filho? Cinco anos? – Ela tenta confirmar.

- Sim, falei tantas coisas sobre ela e você só se interessou nisso?

Esther se pôs a pensar. Ela tinha um filho, um garoto de cinco anos e há cinco anos ela está casada com Alejandro, logo ela tem o infeliz pensamento de que se Alejandro tivesse um caso com ela, isso queria dizer que se conheciam há cinco anos e que o menino poderia ser filho dele. Ela afastou essas idéias de sua cabeça.

- E quem é o pai?

- Não tive essa informação, ao parecer, ela não tem um relacionamento e tampouco está com o pai da criança.

- E tem informações da relação dela com Alejandro?

- Bom, pelas investigações que chegaram até mim, Alejandro só a conheceu há pouco tempo porque estão envolvidos em um mesmo caso e ambos são representantes do escritório de que trabalham.

- Tem certeza?

- Sim filha, minhas fontes são eficazes. – Assegura o pai.

- Ótimo.

Esther respirou aliviada, talvez fosse somente coisa da cabeça dela, em ligar Emperatriz com Alejandro, talvez só foi mesmo um ciúmes sem fundamento.

- Quer que eu continue a investigando?

- Não precisa pai, muito obrigada.

- Mas, porque esse interesse nela?

- Por nada pai.

- Filha, não minta para mim.

- É sério pai, só senti uma insegurança em relação a ela com Alejandro, mas já está tudo esclarecido. – Ela tenta tranquilizar o pai.

- Está bem, qualquer coisa me procure.

Ela assentiu e se despediu do pai. No caminho para a mansão, se sentia mais tranquila por Alejandro não a está traindo, mas ainda assim ficou uma incógnita que começou a perturbá-la quando voltou a pensar no assunto. O garoto. Ela tinha um filho, e o fato de não saber quem é o pai a perturbava, embora achasse que ela não tinha mais nada a ver com Alejandro, isso a perturbava. Tentou afastar essa imaginação e seguiu para a mansão.

.....

Horas mais tarde, Emperatriz já havia terminado seu expediente. Ela se encontrava com Coco, onde guardavam alguns processos para irem embora.

- Pronto, agora já podemos ir. – Ela diz para Coco ao guardar o último processo.

- Que bom que terminamos. E você ligou para o Dr. Alejandro, para falarem do processo de guarda?. – Pergunta Coco.

Emperatriz já havia lhe dito o que havia decidido com sua mãe e Elisa em relação ao caso de Arthur. Coco, era como sua amiga e confidente naquele ambiente de trabalho.

- Não, fiquei de ligar hoje, mas com tanto trabalho, me esqueci. Ligarei amanhã. Agora tenho que ir para casa, me sinto muito cansada. – Ela disse pegando sua bolsa.

Ambas se dirigiram até o elevador.

- Você parece mesmo cansada. – Observa Coco, ao selecionar o botão no elevador.

- Sim, estou. – Diz passando a mão pelo o pescoço. – E você vai a algum lugar ? Percebi quando colocou um batom.

- Ah. – Coco esboça um sorriso tímido. – Bom, é que estou saindo com alguém.

- Sério? Que bom. – Emperatriz diz, demonstrando alegria.

- Sim. – Coco parou a fala e  timidamente baixou a cabeça, Emperatriz percebeu.

- Algum problema?

- Bom, é que...

- Fala logo Coco, está me deixando preocupada.

- É que ele é amigo do Dr. Alejandro.

Emperatriz ficou sem reação, mas logo tentou suavizar ao ver que Coco se sentia constrangida quanto a isso.

- Ah, que bom. Eu não o conheço muito, mas me parece uma boa pessoa.

- Mesmo? Não tem problema?

- E por que teria?

- Bom, ele é o melhor amigo do Dr. Alejandro, e você pode pensar que Frederico poderia querer se aproximar de mim para descobrir sobre você.

- É dessa maneira?

- Não, tenho certeza que não. Ele nem sabia que eu era sua secretária. – Ela responde ligeiramente.

- Então, não há motivos para você ficar assim. Eu desejo que vocês possam dar muito certo. – Diz Emperatriz.

Coco respirou aliviada e Emperatriz deu um leve sorriso com a reação dela. Em alguns segundos mais, o elevador se abriu e elas caminharam até a saída do prédio.

- Qualquer coisa, pode contar comigo, você tem sido muito boa comigo, tem me ouvido. Então, não se acanhe quando precisar de algo. – Diz Emperatriz.

- Ah, obrigada. Eu já me sinto privilegiada por você ter me considerado como uma amiga, geralmente, os chefes não querem ter laços com os funcionários e você é tão diferente. É realmente uma boa pessoa. – Coco fala contente.

Elas conversavam um pouco mais distraídas, e não haviam percebido quando Alejandro e Frederico se aproximaram delas.

Ao vê-los, Coco olhou preocupada para Frederico que lhe lançou um olhar de quem dizia “ Não pude evitar”. Eles chegaram mais perto e Frederico beijou a face de Coco.

- Olá, tudo bem Emperatriz? – Diz Frederico estendendo sua mão para Emperatriz que as apertou.

- Tudo sim, obrigada. – Respondeu ignorando Alejandro.

- Oi Emperatriz. – Ele a cumprimentou.

- Oi. – Disse seca. – Bom, eu estava me despedindo, preciso ir. Até amanhã, Coco.

E antes que ela pudesse realmente se retirar, Alejandro a segurou firme pelo o braço.

- Hoje você não vai fugir. Vamos conversar.

- Outro dia. – Ela disse sentindo o nervosismo. – E nosso assunto está encerrado.

- De forma alguma. Isso apenas começa. Eu tenho sido bastante paciente diante de suas evasivas, mas hoje não pretendo ser se continuar irredutível.

Emperatriz olhou para Coco e Frederico que estavam um pouco constrangidos, e resolveu contemporizar. Alejandro tinha um brilho nos olhos decidido que a fez evitar uma discussão, ela estava em frente seu local de trabalho e não queria dar motivos para fuxicos ao seu respeito. E pensando bem, ela teria mesmo que falar com ele, então que fosse o quanto antes.

- Está bem, me solte e vamos a um lugar discreto para conversarmos.

Coco e Frederico se despediram rapidamente deles.

- Vamos no seu carro, eu vim com Frederico no carro dele.

Ela concordou e então foram juntos até o estacionamento em silêncio. Uma vez no carro, Alejandro quis quebrar o silêncio.

- Onde deseja ir?

- Não sei, para mim já estava ótimo se pudéssemos ficar aqui no carro mesmo.

- Não, vamos ao um restaurante, assim comemos algo.

- Não estou com fome. Fale logo o que deseja por que eu não posso demorar e estou muito cansada.

Ele rir de canto.

- Bom, então vamos a um bar, eu conheço um que é bem tranquilo, podemos conversar lá sem ser interrompidos.

Ela concordou, apesar de que se sentia bastante inquieta ao lado dele.

- Está bem, me diga o endereço e eu coloco no GPS. – Ela diz séria.

Ele passa o endereço que ela digita no GPS. E assim dar partida no carro. O silêncio causava um grande desconforto, então para aliviar a tensão, Alejandro resolveu dizer algo.

- É muito interessante ver você dirigindo. Você lembra que uma vez eu tentei te ensinar e você sentia muito medo?

- Não lembro de nada do passado. E mesmo assim, eu paguei uma auto escola. – Ela fala friamente sem tirar o olho do trânsito.

- Pois eu lembro de tudo. Nos últimos tempos, o passado tem ficado cada vez mais vivo nas minhas lembranças.

Ela não respondeu. Só queria chegar logo no tal lugar, propor o acordo e não ter mais que encontrar assim com ele.

- Sabe? Quando vi você naquele dia no restaurante com Henrique, pensei que eram namorados. – Ele diz se lembrando da conversa com Henrique.

- Henrique é um homem bom, bonito e inteligente, mas é apenas meu amigo.

- Ah, isso é bom. – Ele diz satisfeito. – Digo, bom que são amigos e podem contar um com o outro. – Ele refaz seu comentário quando Emperatriz o olha ligeiramente.

- Acho que chegamos. – Ela diz certificando o lugar no GPS.

- Sim, é esse mesmo. – Confirma Alejandro.

Então, ela estaciona por ali e em seguida eles adentram o ambiente.

Eles se sentaram em uma das mesas, e Alejandro pediu uns coquetéis de frutas apenas. Logo em seguida, o garçom trouxe o seu pedido e posicionou frente a eles, se retirando rapidamente.

- Eu nem acredito que estamos aqui.

- Concordei em vir, por que já estava com planos de falar com você e mesmo assim queria evitar um escândalo na frente de meu trabalho.

- Me desculpe por aquilo, eu não ia fazer nada que a prejudicasse, só queria falar com você.

- E precisava me segurar daquela forma, na frente da Coco e Frederico? Eles estavam constrangidos.

- Fred é meu amigo, e a Coco é a pessoa com quem ele está saindo, não acho que estavam constrangidos. A propósito, eles formam um belo casal, não acha?

- Sim. Espero que eles dêem certo. – Ela disse séria.

- Tenho certeza que sim. Eu não sabia que ela era sua secretária, e não pense que fui lá de propósito, acontece que Fred havia me dito que ia ver a pessoa que estava conhecendo no trabalho dela, e eu apenas peguei uma carona porque meu carro foi para o conserto, e...

- Tudo bem, não me explique nada. Mas, então o que quer falar? – Ela o interrompe.

- As vezes sua intransigência me tira do sério. Eu sei que errei, mas não sou tão errado, você também errou quando decidiu afastar meu filho de mim.

- Quando você escolheu casar com outra, eu tive que aprender a lidar com essa situação. Estava grávida e sozinha, minha mãe não havia me aceitado, e claro hoje em dia ela e eu estamos bem. Mas, naquela época foi difícil, então tive que me levantar sozinha. Resolvi tudo perfeitamente e hoje estou levando minha vida muito bem. Arthur é um menino saudável, alegre, educado e de repente você aparece e quer fazer parte da vida dele, terei de dizer a ele sobre você, e por ser muito pequeno ele não irá entender nada e quem sabe Deus como irá reagir. – Ela desabafa.

- Não foi de repente. Se eu soubesse, eu jamais teria saído da vida de vocês. – Ele a olha com carinho. – Eu já te expliquei como tudo aconteceu, então porque me odeia tanto?

- Você me trocou por conveniência.

- Não te troquei, por Deus eu te amava, eu te amo.

- É mentira! – Ela levantou-se indignada. – Essa conversa já deu, vou embora.

Ele segurou rapidamente na mão dela a impedindo de levantar.

- Por favor, não vá. Vamos continuar conversando. – Pediu ele calmamente. – Tome, beba um pouco e se acalme.

Ela bebeu do seu coquetel que ele oferecia.

- Eu não quero a prejudicar e muito menos prejudicar meu filho. Eu sei que pra você foi difícil, e isso me deixa triste por não ter  tido a coragem em ir atrás de você.

- Nesse caso, deixe as coisas como está, não nos cause problemas. – Ela pede um pouco mais calma.

Ele respira fundo.

- Apesar de tudo Emperatriz, é injusto negar a um pai, o direito de conhecer seu filho. Eu não queria muito, só queria chegar perto dele, o abraçar, poder levá-lo a escola, ao parquinho. Você também não tem o direito de negar a ele que tem um pai, não pensou em como ele reagiria se descobrisse do nada que tem um pai e que você o omitiu todo esse tempo?

- Arthur ainda é muito criança, há pouco fez cinco anos, não tem discernimento de nada.

- As crianças podem sentir muito mais do que você imagina, não pense que só porque ele ainda é uma criança que não sente suas necessidades básicas, e uma delas é o amor de pai e mãe. – Ele se ajeita na cadeira. – Olha Emperatriz, eu sempre quis ser pai, você sabe porque eu sempre mencionei isso com você e talvez por isso está me castigando. E agora, agora que sei que esse filho existe, eu não quero outra coisa a não ser, poder estar com ele.

- Olha, você não precisa se preocupar com nada, não irei te incomodar com pensão ou algo do tipo, eu nunca fiz isso quando precisava e agora que tenho, jamais faria isso. Eu sou mãe e pai dele.

Alejandro sentiu que aquela conversa não daria em nada, ela continuava irredutível. Ele bufou, e se encostou na cadeira inquieto.

- Está bem. Você quer realmente tornar isso difícil? Quer mesmo seguir adiante com um processo que poderá afetar o garoto? Realmente pensa nele? Ou será que só pensa em se vingar de mim por um erro estúpido meu do passado?

Emperatriz não respondeu. Ela baixou a cabeça e ficou pensativa por alguns instantes. Se sentia fragilizada e desejava esquecer esse assunto. Alejandro esperava uma resposta dela, mas para ela, ele a estava jogando a culpa, e realmente isso, ela não poderia aceitar.

Logo, levantou a cabeça com altivez.

- É covardia de sua parte querer me fazer sentir culpada, quando é você que causou tudo isso.

- É verdade, eu assumo a culpa que eu tenho, mas não posso aceitar toda a culpa, você também errou ao me esconder sobre ele. Você fez isso comigo durante cinco anos e agora que eu os encontrei e reclamo os meus direitos, você ainda me ignora e ignora o meu direito. Se realmente analisar bem, vai perceber que é mais culpada do que eu.

Emperatriz não aguentou mais segurar, o cansaço e a sensibilidade se juntaram e ela caiu em lágrimas.

- Por favor Emperatriz, vai continuar me castigando? Eu sinto que já paguei esse preço muito mais alto do que realmente era, perdi a mulher que amo, me casei sem amor e não sou feliz, e agora devo perder o meu filho?

 Havia muita tristeza na fala de Alejandro, ambos estavam fragilizados. Emperatriz continuou aos prantos, era muito dolorido para ela ter que enxergar as coisas daquela maneira. Ela não conseguia conter as lágrimas e então Alejandro pousou suas mãos delicadamente sob as dela. Ele também havia se emocionado.

- Sua mão está gelada.

- Eu quero ir embora. – Ela disse enfim, tirando suas mãos e enxugando as lágrimas.

- Vamos nos acalmar. Estamos muito nervosos, vamos esperar um pouco mais para sairmos. – Ela não disse nada apenas enxugou suas lágrimas insistentes. – Não tem sido fácil para mim também. Eu queria poder te contar tudo o que sinto, mas no momento tenho medo de ser mal interpretado. Gostaria que mudasse seus conceitos ao meu respeito e que entenda que, apesar de tudo, eu posso ser um bom pai para o Arthur.

Emperatriz se recompõe e o olha com firmeza.

- Eu quero que me dê um tempo para preparar Arthur e dizer a ele que tem um pai.

- Então, você vai permitir que eu o conheça?. – Ela meneia a cabeça positivamente. – É claro que sim, o tempo que você quiser.

Alejandro sentia uma grande alegria.

- Estou reconhecendo que não devo tirar o direito de Arthur em conhecer o pai, apesar de você ter errado, eu também errei assim como você disse, eu te ocultei sobre ele. Irei falar com ele, prepará-lo para te receber.

Ela diz com muito pesar.

- Que bom que ouviu a razão Emperatriz, e não sabe o quanto isso me deixa feliz. Mas, Emperatriz, antes de você o contar sobre mim, eu posso o conhecer melhor? Você me permitiria chegar perto dele e falar com ele?

Emperatriz pensou um pouco.

- Não sei como fazer isso.

- Só quero conviver com ele um pouco antes de você o contar. Tenho certeza, que se nos conhecermos melhor antes, vamos nos entender muito bem.

Por um momento, Emperatriz ia dando marcha atrás, mas deu por si de que seria melhor resolver logo esse problema da melhor maneira, mesmo ainda sentindo uma certa mágoa por Alejandro.

- Está bem. – Ela pensou um pouco. – Na sexta, ele tem uma festinha na escola. Se você quiser pode nos acompanhar.

- Sério mesmo? – Ele respondeu com alegria.

- Sim.

- Então, irei sim.

- Mas, não quero que fale nada para ele. Deixa que eu mesma o prepare.

- Prometo.

- E sobre o processo? – Ela pergunta receosa.

- Não se preocupe, amanhã mesmo irei cancelar a essa solicitação, não iremos mais precisar, já que entramos em um acordo.

- Está bem. Agora temos que ir. Quer que eu te deixe em casa? – Ela pergunta se levantando.

- Não é preciso, vou pegar um táxi para oficina e pegar o meu carro, antes que feche. – Responde se levantando também.

- Está certo.

- Emperatriz, quando me perdoará? – Ele pergunta de imediato.

- Eu não quero falar mais disso, vamos nos focar agora somente com Arthur, é por ele que estamos em conversação. – Diz firme.

- Sim, mas eu gostaria muito que pudéssemos nos entender, e que você não me visse como um cara que destruiu seus sonhos.

- Vamos embora. – Ela diz se virando rapidamente, mas ele a segura.

- É tão desagradável assim está na minha presença? Não pode me suportar por alguns minutos mais? – Ele suspira triste. – Emperatriz, se eu pudesse eu te reconquistaria todos os dias, eu...

- Mas, não pode. Não sei por que está me dizendo essas coisas, você é casado e homem casado para mim, é homem morto. – Ela diz e se solta das mãos dele indo em direção a saída.

- Sou um homem casado, mas não com a mulher que eu amo. – Ela ia dizer algo, mas ele a interrompeu. – Está bem, não se fala mais nisso, não quero irritar você.

Ela não responde sobre isso.

- Bom, até sexta. E, sobre aquele outro processo temos que agilizar uma outra reunião. Por favor, eu agradeceria que consultasse minha agenda com Coco, e marcasse um melhor dia.

- Está bem, vou fazer isso.

Ela não diz mais nada e segue em direção ao seu carro. Alejandro a viu partir, a ficou olhando até que ela desaparecesse, depois chamou um táxi e seguiu para oficina a buscar o seu carro...


Notas Finais


E então, o que acharam desse capítulo?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...