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História Para sempre, meu amor ( SPANICPAZ) - Chapter nine - Perdoando as mágoas do passado


Escrita por: Cafezito_

Notas do Autor


Oi leitores!
Gente, confesso que eu tive um bloqueio para desenvolver esse capítulo, mas a história tinha que continuar e então postei.
Vamos ler!

Capítulo 9 - Chapter nine - Perdoando as mágoas do passado


Fanfic / Fanfiction Para sempre, meu amor ( SPANICPAZ) - Chapter nine - Perdoando as mágoas do passado

Emperatriz havia acordado bem disposta, pois havia dormido muito bem em sua casa nova. Ela estava muito feliz com os novos acontecimentos em sua vida, finalmente estava alcançando tudo que tanto almejou.

Embora Emperatriz estivesse feliz por poder estar na casa nova, sua maior alegria era de que iria ao interior buscar sua mãe, ela não saberia qual seria a reação dela ao vê-la, mas pensava bastante positivo para esse reencontro.

- Você parece ótima. – Observa Elisa ao ver Emperatriz entrar na cozinha.

Elisa teve que ir também dormir na casa nova, já que Arthur fez o maior choro para que ela fosse.

- Não consigo disfarçar a alegria de poder ver minha mãe outra vez. – Fala Emperatriz se sentando à mesa.

- Imagino. Eu preparei o café com o que a gente comprou ontem.

- Está bem. Elisa, penso em te fazer novamente a proposta. Você quer morar aqui com a gente? – Pergunta Emperatriz degustando do café.

- Ai amiga...

- Elisa, você paga aluguel e agora vai ficar mais caro porque não vou dividir com você. Aqui, eu jamais irei te cobrar, em nada. Você é minha família. – Diz Emperatriz sincera.

- Mas, eu não quero dar trabalho amiga, você sabe.

- Que trabalho? Eu que sempre te dei trabalho e você sempre ajudou, e eu quero te ajudar.

- Eu te agradeço, mas acho que...

- Olha, o Arthur é louco por você, você viu ontem o show que ele fez para você poder vim com a gente. Ele vai adorar se você puder morar conosco.

- Eu sei, mas a sua mãe já vem pra cá e...

- Ah não, Elisa, isso não é desculpa. Essa casa é enorme, cabe até mais pessoas. Por favor amiga, você é minha irmã, e eu e Arthur não queremos te ver longe. – Emperatriz fala com voz penosa.

Elisa também não queria ter que ficar longe deles, era a única família que tinha e considerava. E, seria muito bom não ter que pagar mais aluguel.

- Bom, você tem certeza que não vai haver problemas se eu vir para cá, não é?

Emperatriz a olhou com reprovação.

- Pelo amor de Deus, Elisa. Não vai haver problema nenhum. E então? Se muda hoje mesmo? – Pergunta esperançosa.

- Está bem, vou ficar com vocês.

Emperatriz salta de sua cadeira e dar um forte abraço na amiga.

- Eu fico tão feliz, e Arthur então, esse vai ficar bastante alegre.

- Ah, amiga, obrigada. – Elisa diz devolvendo o abraço.

- Obrigada a você por tudo, sempre esteve do nosso lado, você é nossa família, não poderíamos viver separadas.

- Amo muito você e Arthur.

- Te amamos também.

Elas se abraçaram uma outra vez, era um momento de emoção.

Depois de algum tempo, Emperatriz já se preparava para sair.

- Espero que dê tudo certo amiga, e não se preocupe com Arthur, hoje só trabalho pela manhã, vai dar tempo de pegar Arthur na creche e ficaremos aqui te esperando. – Falou Elisa acompanhando a amiga até seu carro.

- Está bem, ainda voltarei hoje mesmo, avisei no escritório que só trabalharia amanhã. Enfim, espero poder convencer minha mãe de vim comigo. – Ela diz dando partida no carro. – Até mais amiga, qualquer coisa me liga.

Emperatriz rodou as chaves e arrancou dali, indo em direção ao interior de sua mãe.

Com apenas algumas horas dirigindo, Emperatriz finalmente havia chegado ao interior. Ainda era o mesmo de quando saiu dali.

Ela via os olhares curiosos a observando passar lentamente pela as ruas sem asfalto, alguns pareceu reconhecê-la e cochichavam algo, mas dentro do carro ela não conseguia saber do que falavam.

Alguns minutos rodando, ela finalmente encontrou a casa onde morou, ainda era a mesma, só que mais velha e com algumas deterioração.

Ela desceu do veículo e se aproximou, dando algumas batidas na porta. Seu coração acelerava muito rápido, tamanha era sua ansiedade.

Depois de um tempo ninguém abriu a porta, e com poucas esperanças ela rodou a maçaneta que felizmente abriu. Emperatriz não chamou pela sua mãe, apenas foi entrando em silêncio.

Ela caminhou pela sala que estava exatamente igual, era como se ela nunca estivesse ido embora dali. Olhou tudo em volta, tudo em seu devido lugar como era antes. Caminhou mais um pouco e chegou até a cozinha, mas ali também não havia ninguém e se perguntou se a sua mãe havia saído. Viu que na cozinha também, tudo ainda permanecia desde quando ela foi embora, sua mãe não mudou nada. Ela olhava a escassez de alimentos na geladeira quando alguém entrou pela porta do quintal.

- Eu acho que ouvi alguém bater, será que...

Emperatriz se virou rapidamente com aquela voz que ela conhecia perfeitamente. Ela observou com os olhos marejados, a senhora que estava a sua frente. Ela usava roupas gastas e um avental bastante molhado. A senhora, mãe de Emperatriz não poderia acreditar no que via.

- Emperatriz? – Perguntou buscando confirmar. Não poderia acreditar que aquela moça tão bem vestida era a sua filha.

- Sim, mamãe. Sou eu, Emperatriz. – Responde ela com os olhos brilhando de lágrimas.

Emperatriz não dar tempo para que sua mãe reagisse, correu para seu abraço, a abraçando muito forte e chorando muito. A senhora realmente não teve reação, mas envolveu seus braços pelas costas da filha, a abraçando também.

- Filha! – Disse enfim com voz embargada e logo caindo em prantos também.

Ambas ficaram assim por um longo tempo, elas tinham muito a dizer uma para a outra só naquele abraço.

Já não havendo mais lágrimas, elas pararam com o choro e se reuniram na sala.

- Eu pensei que jamais iria te ver. – Diz Perfecta se recompondo.

- Se eu não vim antes, foi por que tive medo de que não me aceitasse. – Fala Emperatriz baixando a cabeça.

- Filha. – A mãe pede sua atenção, Emperatriz a olha. – Eu quero te pedir perdão por agir daquela maneira com você, foi errado, você não sabe o quanto eu me amaldiçoei por ter dito tudo aquilo pra você.

- Esquece isso mamãe, saiba que você me dizer tudo aquilo até foi bom, pois só me tornou a ser mais madura e me incentivou a lutar. – Diz segurando as mãos envelhecida de sua mãe.

- Por que diz isso filha? Eu fui bruta com você, disse coisas horríveis e te deixei lá naquela cidade grande e grávida sem nenhum apoio.

- Mamãe, de verdade, esquece isso. Você é minha mãe, sei que tudo que falou foi pela decepção que te causei por que pensava que eu estava estudando, mas na verdade eu não estava, você queria que eu fosse alguém na vida, mas eu naquele momento eu só pensava em me casar com...

Emperatriz se interrompe ao lembrar do quanto tinha um pensamento imaturo, Pois pensava em se casar com Alejandro e construir família, agora percebe que casamento não daria futuro para ela, ainda mais com Alejandro que pensava que não a amava de verdade.

- Enfim, esquece. Eu já esqueci tudo. Desde aquele dia, eu jurei que seria alguém, que estudaria e conseguiria uma vida melhor para te ajudar. E aqui estou mamãe. – Disse Emperatriz com um brilho nos olhos.

Perfecta, observou a filha mais a fundo e se perguntava o que ela teria feito, e a criança. O que teria acontecido?

- A propósito, o que aconteceu com você todos esses anos? Vejo que está bem vestida e parece ter dinheiro. – Ela pára e rapidamente lhe passa algo na cabeça. – Por acaso, você realmente se casou com aquele rapaz?

- Não! – Disse bruscamente. – Jamais me casaria com ele.

- E então, não entendo. O que houve?

Emperatriz conta tudo para a sua mãe nos mínimos detalhes. Perfecta estava maravilhada com a força de superação de sua filha, e se sentia culpada, pois ela poderia está ao lado dela a apoiando, mas suas crenças de mulher do interior não a permitiu a apoiar a única filha.

- Eu sinto tanto por você ter tido que passar por tudo isso sozinha. E sinto também por não poder estar em sua formatura. – Ela suspira triste.

- Não sinta, mamãe. Eu não lhe avisei nada, por que achei que você precisava desse tempo, e eu também queria poder lhe dar orgulho quando voltasse a me ver.

- E você não sabe o quanto estou orgulhosa, mas ainda com o coração triste, por que felizmente deu tudo certo, mas poderia ter dado tudo errado, sozinha, com um filho, eu realmente não me perdoaria se algo ruim te acontecesse naquela cidade grande. Mas, irei agradecer ao meu senhor e a Virgem de Guadalupe por terem te guardado e protegido. – A mãe diz acariciando o rosto macio da filha.

- Você orou por mim? – Pergunta Emperatriz emocionada.

- Todos os dias, você era a primeira em minhas orações.

Emperatriz abraçou a mãe outra vez.

- Obrigada por ter me perdoado. – Diz ela saindo de seu abraço.

- Eu que agradeço por você ter vindo e poder me perdoar.

- Você e Arthur são as pessoas mais importantes da minha vida, eu seria incapaz de não te perdoar, até porque, eu não tenho nada que perdoar.

- Arthur, é o nome... Do seu...

- Sim, meu filho, seu neto.

Perfecta não aguentou a emoção e caiu em prantos outra vez, ela estava ciente de que o abandonou quando deixou a filha sozinha, mas desejava o conhecer todos os dias.

- Meu neto. – Repetiu controlando as lágrimas. – Ele veio com você? Onde está?

- Não veio, ele ficou com minha amiga Elisa, aquela que te falei que me ajudou bastante. Está um rapazinho lindo, completou recentemente cinco anos. – Respondeu Emperatriz orgulhosa.

- E quando poderei conhecê-lo?

- Precisamente para isso eu vim até aqui. – Emperatriz se aproxima da senhora. – Você iria comigo para a capital?

- Mas, é claro! – Disse sem pestanejar.

- Mas, estaria disposta a morar com a gente?

Emperatriz esperou por uma resposta, mas sua mãe não a respondeu, apenas se levantou e ficou pensativa.

- Tudo bem, eu sei que você não gosta da cidade grande, mas eu gostaria muito que você pudesse viver com a gente, sabe? A casa que comprei é grande e tem espaço para todos, contratarei alguém para cuidar da limpeza e comida, você não fará nada disso, por que eu quero te dar todo o conforto, eu...

- Emperatriz. – Perfecta falou séria e Emperatriz ficou receosa.

Perfecta pensou em realmente não aceitar, mas ela já havia abandonado a filha uma vez e não cometeria o mesmo erro de ficar longe dela novamente.

- Filha, eu vou morar com vocês.

- Mesmo? É sério mesmo? – Pergunta surpresa.

Perfecta meneou a cabeça positivamente e Emperatriz não conseguia conter sua alegria. Correu para os braços de sua mãe, muito contente.

- Obrigada mamãe, Arthur ficará imensamente feliz. – Ela diz lhe dando um beijo no rosto.

- Eu não irei mais sair do seu lado.

- Estou tão feliz. Vamos, troque de roupa e iremos agora mesmo.

- Espera filha, hoje? Ainda tenho que organizar tudo aqui e ver como fica a casa.

- Não se preocupe com isso. Não precisa levar nada daqui, apenas algumas roupas e lá comprarei outras para você. E a casa se você não quiser vender, podemos deixá-la fechada ou podemos alugar. E isso eu resolvo, podemos ir agora mesmo. – Diz Emperatriz com euforia.

- Tem certeza filha? Bom, não quero vender e nem alugar.

- Então deixaremos fechada, e quando quiser você pode vim e ver como está sempre que quiser.

- Assim me parece bem.

- Bom, então vamos. Arthur não ver a hora de te ver.

- Eu também sinto uma grande vontade de vê-lo. Bom, espera um minutinho, irei me trocar.

Perfecta, se apressou em se organizar para ir com a filha, elas estavam bastante animadas.

Emperatriz se sentia realizada, agora estaria com sua mãe, parecia tudo tão perfeito para ela que não ousaria a pedir mais nada no momento para Deus em suas orações, apenas agradecer.

*Mansão dos Miranda*

- E essa casa parece ser muito boa, não acha? Esther? – Alma Rosa tenta ter a atenção da filha que parecia longe. – Esther?!

- Oi?! O quê? – Pergunta se despertando de seus pensamentos.

- Em que está pensando? Parece longe. Estou te mostrando a horas as melhores casa desse catálogo e você não mostra nenhuma reação.

- Desculpa mãe, esquece essas casas, Alejandro já deixou claro que não vai sair daqui, não tenho outro remédio, tenho que aceitar. – Diz Esther.

Ela se levanta do sofá que havia na grande sala onde estava com sua mãe e se dirigindo para uma varanda, de onde avistava o belo jardim daquela mansão. A mãe a acompanhou.

- Bom, se é assim, então tudo bem. – Ela se aproxima da filha. – Mas, o que você tem? Parece distante. Em que está pensando?

- Eu lhe chamei até aqui para que me ajudasse em algo. – Diz ela em tom baixo, olhando para os lados.

- O quê?

- Preciso que peça para o papai levantar informações sobre uma advogada.

- Para quê? – Pergunta Alma Rosa surpresa.

- Eu preciso de informações sobre uma pessoa.

- Não entendo nada Esther, seja mais clara.

- Ontem, eu e Alejandro finalmente saímos para jantar fora e antes de virmos embora, eu fui ao banheiro e quando retornei, Alejandro conversava com uma mulher que se apresentou como advogada. Alejandro disse que ele conversava com ela sobre uma causa em que ambos estão trabalhando juntos. – Explica.

- E qual o mistério?

- Eu não sei, mas eu senti algo estranho entre o Alejandro e essa mulher, é como se algo me dissesse que a relação deles não era só sobre trabalho.

- Você acha que ele está te traindo?

- Não sei dizer, mas a verdade é que eu fiquei com essa mulher na cabeça, e a forma como ele a olhava, e ela o olhava com algo de raiva, não sei explicar.

- E como ela é?

- Ela é muito bonita, alta e corpo esguio. Sua pele é branca e seus cabelos ruivos descem em ondas até o meio da cintura. Ela tem um rosto angelical e ainda fica mais bonita com seus olhos esverdeados. Ela é bonita mesmo.

- Pelo o que você descreveu para ser realmente muito bonita. Mas, filha não coloca isso na sua cabeça, talvez é como Alejandro disse, estão apenas trabalhando juntos em um caso. E outra, Alejandro não parece desse tipo que trai.

- Talvez, mas a verdade é que é muito estranho, e eu não vou conseguir ficar quieta, senão descobrir mais informações.

- Bom, vou falar com seu pai para ver se ele sabe de algo dessa advogada. A propósito, como se chama?

- É um nome diferente. – Esther força a se lembrar. – Emperatriz, Emperatriz Jurado.

- Está bem, falarei com ele. Bom, e você vai mesmo desistir das casas?

- Sim, é inútil tentar. Já que o pai de Alejandro impôs essa condição de vivermos aqui. Mas, ele não vai ter o neto tão desejado, essa é minha condição. – Disse Esther com gosto de vingança.

- Bom, você sabe o que penso a respeito. Sou totalmente contra, acho sim que você deveria dar esse filho a Alejandro, você disse que é o sonho dele ser pai, tenho certeza que um filho faria Alejandro a prestar mais atenção em você.

- Que seja, eu não vou estragar meu corpo. Alejandro já é meu, com ou sem um filho.

Esther se sentia prazerosa em ir contra o desejo de Alejandro, uma vez que ele se recusava aos desejos dela de sair daquela mansão.

Esther era uma mulher que sempre conseguia o que queria, e embora ela não tivesse conseguido convencer Alejandro em se mudar, ao menos o teria ali para sempre. Mas, agora algo a incomodava, Emperatriz, sentia que algo havia e como ela sempre conseguia o que queria, irá descobrir a todo custo o que realmente acontece entre Alejandro e Emperatriz. Poderia está errada em pensar que eles tinham algo, e realmente desejava está errada, mas se realmente houvesse algo, ela iria fazer de tudo para acabar com o que eles tinham.

No dia seguinte, Emperatriz se sentia bastante disposta o suficiente para estudar todos os casos que deixou pendentes do dia anterior. Ela desceu rapidamente, e ao chegar na sala de refeição, já estavam a mesa o pequeno Arthur, Elisa e sua mãe.

- Você já acordou rapazinho? Passei no seu quarto e me assustei em não te ver. – Diz ela indo até ele lhe depositando um beijo na bochecha.

- Vovó arrumou eu, olha mamãe. – Disse Arthur.

Emperatriz o viu todo pronto para a escolinha, mas havia pensado que ele demoraria a acordar, já que na noite anterior quase não dormia, curtindo a avó.

- Foi mesmo? Obrigada mamãe. – Disse ela se virando para a sua mãe que estava bastante contente.

- Ah, é um prazer cuidar do meu neto, não acredito que perdi tanto tempo, ele é a coisinha mais fofa. – Perfecta diz coruja para o neto.

- Bom, eu já irei indo. – Se pronunciou Elisa se levantando da mesa.

- Ah, vamos juntos. Já terminou neném? – Emperatriz pergunta ao filho.

- Sim.

- Vem, vamos limpar os dentinhos e pegar a mochila. Espera só um pouco Elisa.

- Está bem amiga.

Emperatriz ajudou o filho com a escovação e em seguida foi se reunir com Elisa e sua mãe.

- Vocês, vão trabalhar e eu ficarei sozinha nessa casa grande.

- Não se preocupe mãe, logo Arthur estará em casa, o ônibus da escola irá trazê-lo, e a pessoa que contratei para cuidar da faxina e comida, chegará em poucas horas. Você a receba e se quiser dê as ordens.

- Ordem? Não sei dar ordem filha.

- Ela já sabe o que fazer e por onde começar, mas se você tiver alguma objeção ou quiser algo diferente, é só dizer a ela que ela fará como você quiser.

- E o que eu vou fazer, já que essa pessoa já vai fazer tudo?

Emperatriz se aproximou de sua mãe e a olhou docemente.

- Descansa minha mãe, já disse que você não precisa trabalhar, isso eu faço, e essas coisas de casa você não precisa se preocupar, é só pedir para a funcionária e ela lhe atenderá. No final de semana, vou te levar em alguns lugares. – Ela beijou a face de sua mãe. – Estou indo e não se preocupe com nada. Arthur, se despeça de sua vó.

O menino veio correndo e abraçou a avó.

- Tchau vovó, até mais tarde. – Disse ele docilmente.

- Até meu anjinho. Vão com Deus!

Elas se despediram. Emperatriz deixou seu pequeno na creche e Elisa em seu trabalho, e em seguida dirigiu para o escritório.

Ela havia chegado e Coco já lhe mostrava os casos pendentes. Emperatriz ficou em sua sala estudando cada um deles. Depois de algum tempo, Henrique entrou em sua sala.

- Olá, está muito ocupada?

- Não muito, sente-se. – Ele a obedeceu.

- E então, como foi com sua mãe? – Ele pergunta.

Emperatriz o relata tudo o que havia acontecido no dia anterior.

- Fico feliz que ela esteja morando agora com vocês.

- Também estou muito feliz, e o Arthur nem se fala. – Ela dizia arquivando algo no computador.

Henrique a observa.

- E como vai o caso com o escritório Miranda? Aliás, o que o Alejandro falou sobre isso naquele dia?

Emperatriz parou o que fazia e o encarou.

- Bom, ficamos de marcar uma reunião para uma outra conversa sobre o caso. – Desconversa ela.

- Ah, certo. Espero que Alejandro proponha logo um acordo de sua parte.

- Sim, eu espero. Por que você fala com ele informalmente?

- Ah, é que estudávamos na mesma faculdade, e éramos colegas de classe. – Explica ele.

- Mesmo? – Emperatriz se via surpresa.

- Sim, mas não éramos próximos. Acontece que participamos de muitos casos juntos, então deixamos o formal de lado.

- Entendi.

Ela não imaginava que eles eram tão conhecidos assim desde a faculdade.

- Eu fiquei surpreso em ver que Alejandro realmente ainda estava casado, pois na época da faculdade ele parecia tão mulherengo.

Emperatriz engoliu em seco, realmente sentiu que só havia sido mais uma nas mãos de Alejandro.

- Ah, mesmo? Então, parece que se endireitou, está casado. – Diz ela sem graça.

- Sim, parece. – Henrique a olha com curiosidade. – Você já o conhecia antes?

Ela congela com a pergunta e pigarreia.

- Não! Antes desse caso não. – Diz sem o olhar, disfarçando no computador.

- Hum, é que notei uma tensão entre vocês ontem. Você parecia irritada com ele – Ele diz.

- Ah, é que ali não era lugar para discutirmos sobre assuntos de trabalho, então acho que me irritei um pouco sim.

Henrique não acreditou muito, pois ela parecia nervosa, assim como estava no restaurante.

- Sabe de uma coisa? Acho que está mentindo para mim. – Ele diz esfregando o queixo com o polegar.

- Por que eu mentiria? – Ela pergunta ainda sem o olhar.

- Por que não está olhando em meus olhos.

- Estou trabalhando, e não quero me desconcentrar no que estou fazendo. – Rebate, assinando alguns papéis.

Ele então, segurou as mãos dela, na intenção de fazê-la parar.

- Não confia em mim?

- Henrique, eu não sei por que está dizendo essas coisas, mas minha vida pessoal não interessa a ninguém.

Ele a solta e se encosta na poltrona, cerrando os olhos do tipo que estava certo.

- Pessoal? Então, Alejandro é um assunto pessoal?

Emperatriz se arrependeu de falar sem pensar.

- Não foi o que quis dizer... Eu... Olha Henrique, eu preciso trabalhar, por favor se retire. – Ela fala um pouco nervosa.

- Eu só quero entender, por que está escondendo de mim? Sou seu amigo, não? – Pergunta.

- Sim, mas o que você está dizendo não tem cabimento, eu e o Dr. Alejandro não temos nada.

- Está mentindo. – Ele dispara e ela o olha surpresa.

- O que você tem a ver com isso? Olha, estou achando você muito atrevido, eu...

- Eu ouvi você falando com o Sr. Justo, você o contou sobre seu relacionamento com Alejandro. – Ele confessa.

- Você ouviu? Como ousa a escutar as conversas alheias? – Indaga ela um pouco alterada.

- Eu não ouvi porque estava bisbilhotando, mas por que eu ia entrar na sala do Dr. Justo, mas aí ouvi sua voz falando que o pai do seu filho era o Alejandro, e então evitei entrar e acabei ouvindo tudo.

Emperatriz ficou boquiaberta, não queria que mais ninguém soubesse disso. Ela passou as mãos nervosas pelo os cabelos sedosos, e olhou para Henrique que esperava ela dizer algo. Ela viu que não teria mais jeito, e então resolveu confessar de uma vez.

- Então você já sabe, é isso. – Diz ela indiferente.

- Por que também não me contou?

- Achava que não teria necessidade.

- Mas, sou seu amigo e eu posso lhe ser útil.

- Por que diz isso? – Ela pergunta curiosa.

- Ouvi quando dizia que Alejandro pensa em entrar na justiça para ter os direitos sobre seu filho. Se ele realmente insistir nisso, eu serei seu advogado e farei de tudo para que ele perca causa, embora ele tenha grande chances de ganhar.

Emperatriz suspira.

- Ele pode ter grande vantagem se realmente apelar para a justiça, pode dizer que o ocultei e que ele não sabia da criança, o que é verdade. – Fala ela triste.

- Mas, não se preocupe, podemos levantar outras questões, e se você confiar em mim eu posso te ajudar. – Henrique diz animado.

- Você faria isso mesmo?

- Claro, sou teu amigo.

Emperatriz o lança um belo sorriso, ela realmente precisava de pessoas amigas para ajudá-la naquele momento caso Alejandro complicasse tudo, e Henrique poderia lhe ajudar bastante.

Por sua vez, Henrique estava bastante contente por Emperatriz ter confiado nele, mas algo lhe atormentava.

- E você ainda sente algo por ele? – Ele pergunta sem preâmbulos.

Ela o olha com surpresa, não esperava essa pergunta.

- Que pergunta Henrique. Não sinto nada por ele, quando o vejo tenho vontade de matá-lo por haver me enganado quando eu era uma inocente inútil. – Diz com raiva.

- Mas, ele ainda te deixa nervosa. Percebi isso no restaurante. Realmente não sente mais nada por ele? – Insiste.

- Eu acho que essa conversa já deu. Eu agradeço a sua ajuda, mas agora por favor, se retire, preciso terminar de assinar esses papéis. – Ela disfarça.

Henrique não protestou, apenas atendeu ao pedido dela e se retirou dali. Para ele seria muito ruim que ela ainda tivesse sentimentos por Alejandro, suas chances com ela diminuiria e não queria perdê-la. Ele estava disposto a lutar por Emperatriz, e não deixaria que os fantasmas de Alejandro o atrapalhasse em conquistá-la.

Emperatriz não conseguiu mais trabalhar naquela tarde, pois a pergunta de Henrique a perturbava e a desconcentrava.

- Pára com isso, você sabe muito bem que o odeia, então por que isso te incomoda tanto? Você o odeia e fim. – Ela tentava convencer a ela mesma.

Ela se encostou em sua poltrona, e fechou por uns segundos os olhos tentando relaxar e abstrair aqueles pensamentos para poder trabalhar. Minutos depois, o telefone toca a tirando de seu descanso mental.

- Escritório Del Real, Emperatriz falando. Pois não?

- Emperatriz, preciso falar com você. – Disse Alejandro do outro lado da linha.

Emperatriz não respondeu, ficou se perguntando como ele havia conseguido o número do telefone de sua sala e logo pensou na conversa com Henrique. Não obtendo resposta, Alejandro continuou:

- Por favor, precisamos encontrar uma solução.

- Se você se refere ao caso, eu só tenho a dizer que...

- Esquece esse caso, você sabe muito bem do que estou falando. – Ele a interrompe sério.

- Eu realmente não sei. Então, se você não deseja falar sobre o caso, irei desligar.

- Espera, espera! – Ele disse rapidamente antes que ela realmente desligasse.

- Diga logo, eu estou ocupada.

- Vamos jantar hoje juntos e conversaremos. – Pediu ele calmamente.

- Impossível, preciso estar em casa para meu filho. – Disse rigorosa.

- Não seja assim, estou te pedindo numa boa, para sairmos hoje e conversarmos sobre nossa situação.

- Não temos nenhuma situação e por favor não me incomode mais com isso.

- Eu sei que não sou digno de seu perdão, mas por favor me dê uma chance de me explicar. – Ele pede desolado.

Emperatriz suspirou fundo, ficou pensativa, ela sabia que ele foi errado com ela, mas ela queria ver até onde iria a falta de escrúpulos dele, decidiu que o ouviria.

- Está bem. Me passa o endereço do restaurante e então nos encontraremos lá mais tarde.

Alejandro ficou bastante contente e rapidamente passou o endereço de um restaurante para ela.

- Certo, estarei lá. – Ela disse sem interesse e desligou.

Ela ficou pensativa, não saberia o que Alejandro a diria, mas não se deixaria levar pelas conversas dele outra vez. Emperatriz estava disposta a ouvi-lo, mas também estava preparada para despejar muitas coisas em sua cara, ela não deixaria que ele a usasse dessa vez...



Notas Finais


O cap ficou muito ruim?


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