História Para Sempre Sua Lady - Reencontro

  Abro meus olhos lentamente em uma tentativa de me acostumar com a luz intensa presente do lugar onde me encontrava, mas, que lugar? Onde estou? Tudo é tão claro, eu mal consigo enxergar.

Tive um sonho terrível onde perdia meu bebê e todos riam de mim, Tom me olhava com desgosto...eu mal consegui me conter, estou suada e desesperada, para saber se Damon está bem, se ele está vivo.

 Tento me levantar para sair do móvel macio em que estou deitada, olho atenta para tudo em minha volta, era um quarto de hospital, um hospital trouxa já que tem uma televisão no cantinho, sem entender nada da situação, meus olhos vagueiam até encontrar Tom, meu Tom dormindo tranquilo sentado em uma poltrona do quarto, por Merlin, ele deve estar tão desconfortável nessa posição...ah meu lorde, como queria toca-lo.
 Meu amor, eu só queria desesperadamente toca-lo, me levanto pegando o carrinho de soro, e me dirijo até onde ele estava, parando em sua frente, com medo de tocar e ele sumir, ser apenas uma alucinação do meu cérebro, eu tive muitas durante esses meses.
 Estendo minha mão tremendo para tocar em seu belo rosto e para minha felicidade sinto sua pele quentinha sobre meus dedos, fazendo lágrimas de felicidade caírem dos meus olhos, eu sonhei tanto com isso, que ele me salvaria...que estaríamos juntos novamente para sempre.
- Amor - sussurro baixinho com um fio de voz, vendo seus olhos instantaneamente se abrirem e seus lindos olhos verdes esmeraldas, finalmente deixam de ser um sonho para mim.
- Liebe - ele se levanta no mesmo instante e me abraça delicadamente - eu te amo, me desculpe, eu te amo Hermione, eu nunca mais vou te deixar, não vou mais te perder...nunca mais, eu te amo - ele beija minha boca com carinho, em um selar singelo de seu desespero.
 Meu coração, meu coração batia fortemente, ele me ama, Voldemort me ama assim como eu amo ele...eu achei que ele nunca me amaria...mas ele me ama. Eu estou tão feliz, não havia me sentindo tão feliz assim em meses...tudo está bem agora.

- Eu senti...eu senti tanto a sua falta, meu lorde Vold - seguro seu rosto com lágrimas contidas, beijando cada pequeno pedaço de pele do seu rosto tão bem desenhado, ganhando um riso de Voldemort, como eu senti saudade de seu riso melodioso.
- Eu também, minha senhora, senti muita saudade sua, todos os dias e em todas as horas - beija o meu pulso com suavidade - agora venha se deitar, o...médico disse que você e o nosso pequeno lordezinho precisam de descanso - me leva para a cama, me sentando na mesma.
- Damon, Damon Black Lestrange Riddle - falo sorrindo ao acariciar meu ventre.
- Damon...é um nome forte, para um bebê forte - beija o meu ventre avantajado, que prontamente chuta pelo contato, me dando a certeza de que nosso filho está bem - papai ama você, Damon...você cuidou direitinho da sua mamãe, eu estou muito orgulhoso garotão - acaricia meu ventre por cima do vestido hospitalar.
 Damon só faltava rasgar minha barriga para ir com o pai de tanto em que chutava, dores  fortes sempre vinham quando ele se animava, ele também sentia, sentia que todo o sacrifício havia sido valioso para que estivéssemos juntos novamente, como uma família, a nossa família.
- Amamos muito você, Voldemort - passo minha mão em seu rosto cansado.
- Vamos para a casa, milady - beija o dorso da minha mão demoradamente.
Parecendo ler meus pensamentos, o idoso médico trouxa aparece em meu quarto me olhando feliz.
- Até que enfim, senhorita Lestrange, passou uma semana inteira desacordada - fico instantaneamente chocada, uma semana é muito tempo - sua recuperação foi excelente, sua anemia foi curada e todas as suas vitaminas foram restabelecidas, seu bebê está saudável...posso te liberar hoje mesmo, senhorita, após o seu almoço...claro - ele preenche algo em sua prancheta, se voltando para nós sorridente.
- Muito obrigada, doutor - falo realmente agradecida pelos cuidados.
- Não há de que, minha querida, seu noivo é um bom homem...não saíu do seu lado um segundo sequer, as coitadas das enfermeiras quase sedaram ele com tantas perguntas que ele fez para elas...foi engraçado - o homem troca um riso com Tom, que fica um tanto corado...uma graça - escolheu bem senhorita, formam um lindo casal, espero que tenham um lindo futuro pela frente, como uma família.

 Aperto com mais força a mão de Tom, olhando apaixonada para ele...eu realmente escolhi bem, é o meu companheiro de almas, eu sinto suas emoções...que correspondem exatamente iguais as minhas...amor, muito amor.

                     [...]

- Está pronta, liebe? - ele me questiona ao chegarmos na porta da mansão Malfoy.
 Após nós dois almoçar-mos no hospital, voltamos para a mansão, eu estou nervosa, fazem cinco meses em que eu não via minha família.
- Estou meu amor...mas antes - me viro para ele novamente pegando o anel em minha antiga roupa e colocando em meu dedo, o verdadeiro lugar dele - eu sou imensamente grata por você, Voldemort, você é lindo para mim, lindo por dentro e por fora amor, você é o amor da minha vida, você é a única coisa que eu jamais me arrependerei de ter...você é  único, Tom, meu diamante - beijo seus lábios com toda a saudade que sentia em meu peito.
 Nosso ósculo é lento e proveitoso, sentíamos cada gosto, cada sensação que se fazia presente, fico na ponta dos pés para puxa-lo para mim, eu queria mais dele, eu queria me fundir a ele... eu sou tão dele, estou tão entregue ao nosso amor.
- Eu te amo - falamos ao mesmo tempo ao nos separarmos sorrindo confidentes um para o outro.
 Seguro sua mão e adentramos a porta da casa pronta para reencontrar a minha família.
 Tom fecha a porta e encaro tudo de novo como se fosse a primeira vez, como eu sentia falta daqui, da minha casa.
 Escuto vozes na cozinha e me direciono para lá puxando Tom pela mão, que passa a me mandar ir mais devagar porque eu ainda estou me recuperando.
- Mamãe - chamo desesperadamente pela mulher ao adentrar o cômodo.
 A mulher de cabelos negros cacheados e todos os presentes se viram para nós e meus pais vem correndo até mim, até onde estou.
- Minha filha...minha linda, filha...meu bebê - eles me abraçam com força, chorando intensamente e eu senti...que tudo valeu a pena, cada tortura, cada fome em que passei, cada tapa em que levei, cada dia em desespero sem dormir... no final, tudo valeu a pena.