História Para Siempre Tú (Zurena) - Capitulo XXII

Macarena se desfez do toque de Zulema de forma rápida, mas não rápido o suficiente para deixar de  sentir o quanto ela precisava daquela mulher, mas ela não podia cair nos encantos de Zahir como da ultima vez que ela esteve naquela casa, ela não podia ignorar o fato de que Carla Rosón tinha que sair dali viva com ela, ela queria de todos os jeitos não pensar em como seria ir pra cama com Zulema mais uma vez, mas sua sanidade gritava em alto e bom som para ela ir embora de uma vez por todas com Carla e deixar Zulema para um outro momento

-Ela vai comigo Zulema -Macarena virou as costas para a mais velha percebendo como o tempo não havia melhorado em nada e em como seria uma merda dirigir de volta devido as condições da estrada

-rubia rubia...-Zulema balbuciou e uma pancada foi se ouvida

Macarena virou rapidamente para a morena a vendo fechar os olhos e cair feito uma pedra no chão, logo atrás estava Carla com uma frigideira em mãos, a mulher estava tremula e com os olhos arregalados, jogou o objeto em qualquer canto e olhou para Macarena que tinha um leve sorriso nos labios e as duas sobrancelhas arqueadas

-Eu matei ela?-Carla indagou nervosa e Macarena gargalhou com a delicadeza e inocência de sua secretaria

-Não você não matou, elas só esta desmaiada-Macarena disse se aproximando de Zulema e sacudindo a cabeça negativamente para a mulher que estava de barriga para cima completamente alheia no chão- Vamos, eu não quero nem ver como ela vai ficar quando acordar.

O caminho até a casa de Carla foi em extremo silencio dentro carro, enquanto a secretaria de Ferreiro olhava a paisagem que continha arvores e uma chuva forte a loira estava séria e pensativa sobre o volante, era como se trair Zulema fosse sempre o Karma de Macarena, não importava qual fosse a situação chegava a ser tóxico como ambas sempre ficavam em lados opostos e em como Macarena sempre dava um jeito em fazer com tudo não saísse de acordo com os planos de Zahir, a loira suspirou pesado e olhou rapidamente para Carla que ainda estava fixada em olhar a paisagem

-Não quer entrar?-Carla perguntou assim que o 

veiculo parou em frente aos portões da mansão Caleruega

-Não, eu não sei si é uma boa ideia e eu preciso voltar -Macarena disse mordendo rapidamente os lábios enquanto encarava Carla

-Voltar? pra Zulema?-Carla indagou tirando os cintos de segurança de forma um tanto quanto nervosa -Achei que depois...

-Achou oque Carla? que eu iria seguir minha vida como se nada tivesse acontecido? que amanha cedo a gente ia se encontrar na empresa e trabalhar juntas nos próximos projetos? ou transar depois do expediente? você sabe que depois de hoje tudo isso é passado, eu, você a empresa -Macarena disse trincando o maxilar

-como assim a empresa? você não vai voltar pra empresa? você é dona dela Macarena não pode abandona-la -Carla indagou alterando seu tom de voz

-Meu irmão esta tomando conta dela no meu lugar, Rebecca esta na nossa casa de campo, afinal a sua mãe ameaçou matar minha filha -Macarena disse virando seu rosto e olhando para o para brisa -Eu e Zulema temos coisas pra acertar e infelizmente os planos que eu tinha antes de saber que ela esta viva serão adiados

-Impressionante...ela sempre te manipula não é mesmo? estando morta ou viva Zulema Zahir sempre consegue entrar na sua cabeça e fazer você viver em torno dela -Carla disse abrindo a porta do carro e saindo do mesmo, sem olhar para trás caminhando em direção ao portões

-Talvez Rosón...-Macarena resmungou ligando o veiculo e acelerando o mesmo, sem perceber que outro carro havia começado a lhe seguir.

O caminho de volta pra casa de Zulema foi mais tranquilo daquela vez, a chuva havia diminuído um pouco e a estrada já não estava tão lamacenta, Macarena aumentou o volume do som do carro quando uma musica calma e melancólica começou a tocar na radio, e olhou rapidamente pelo retrovisor percebendo que outro carro estava fazendo o mesmo caminho que ela

Achou estranho por um momento tendo em vista de que ninguém sabia na onde Zulema estava, pegou seu celular do bolso do casaco e ligou para Árabe, algo estava errado

-Rubia eu juro que quando eu por minhas mãos em você ... -A voz brava e firme de Zulema do outro lado da linha não assustou a loira, ela já imaginava que aquela seria a reação de Zahir

-Zulema eu estou sem tempo para as suas ameaças, eu estou indo pra sua casa e só queria te dizer que tem um carro me seguindo, você esta esperando visita? -Macarena indagou e Zulema bufou do outro lado da linha

-Obvio que não rubia -Zulema falou e  um estrondo foi se ouvido- Rubia?

O carro de Macarena foi encurralado pelo carro que a seguia, encurralado o suficiente para sair da estrada e capotar em uma ribanceira, Zulema chamava a loira pelo outro lado da linha mas o celular de Macarena já estava longe de seu alcance, assim que o carro parou de rolar e ficando completamente de cabeça para baixo o veiculo de trás que o seguia parou, a mulher desceu do mesmo e pegou seu celular

um minuto e trinta segundos depois a explosão clareou o céu da estrada, chamando a atenção de Zulema que ainda estava com o celular em mãos, ela caminhou rapidamente até sua janela e olhou para o horizonte cinzento  vendo que uma fumaça preta começava a se formar não muito longe dali, seu corpo gelou e seu peito apertou, seu celular caiu de suas mãos e Zulema ficou petrificada em sua sala

-esta feito, da forma como você pediu, tudo vai parecer que foi um acidente -A mulher falava enquanto acendia um cigarro-Como assim? porque não me disse antes? 

-algum problema senhora? -Um homem se aproximou assim que viu sua patroa desligar seu aparelho celular e bufar

-A missão era pra ter sido abortada -A mulher tragou seu cigarro -Mas Beatriz não nos avisou então....

-Acha que teremos problemas? -O homem disse olhando exatamente para onde sua chefe olhava, o carro capotado de Ferreiro completamente em chamas no morro abaixo rodeado de arvores

-Beatriz vai depositar o nosso dinheiro e nós vamos sumir do mapa, mesmo que a missão era pra ter sido abortada, agora já esta feito, Macarena Ferreiro esta morta.