1. Spirit Fanfics >
  2. Para Toda Vida >
  3. Triângulo amoroso

História Para Toda Vida - Triângulo amoroso


Escrita por: ilovyz

Capítulo 7 - Triângulo amoroso


O sinal tocou, foram para classe e tudo correu normal, inclusive, a amizade do trio inseparável formado por Mário, Paulo e Kokimoto. Eles estavam bem e o Guerra parecia ter levado na brincadeira o ocorrido de mais cedo, o que tranquilizava a pobre Marcelina.

Com tudo aparentemente bem, ao som do sinal que anunciava o término da aula e o início do intervalo, os alunos saíram da sala, exceto o trio que esperava Kokimoto pegar o seu lanche para levar ao pátio. Aproveitando o momento, Paulo que estava pensativo, sentou-se sobre a própria mesa e encarou o Ayala.

⸻ Vem cá, ô Mário. O que você tava fazendo com a Marcelina naquela hora?

Mário encostou-se no quadro branco e riu irônico.

⸻ Vai me dizer que você não sabe?

O Guerra sentiu-se provocado pela resposta do amigo, mas tentou não esboçar reação alguma. Apenas não queria soar como um irmão ciumento para dar a trágica notícia para o Ayala. Kokimoto já havia pego sua lancheira enquanto o assunto estava rolando.

⸻ Eu sei bem, mas fico preocupado com você. Sabe como é, meu pai é bastante bravo.

⸻ É, eu sei. Mas não estou namorando a Marcelina, não preciso do pai dela pra poder beijar, não é mesmo? 

⸻ Você que pensa... — Paulo murmurou e desceu da mesa em um pulo.

Paulo estava sim com ciúmes, só não queria admitir, nem pro amigo, nem para si mesmo. A verdade é que ele não queria perder a irmã pra nenhum outro garoto, mesmo que durante anos não soubesse valorizar a Guerra como deveria, sempre lhe fazendo passar por suas brincadeirinhas sem graças. Agora, vendo que Marcelina poderia deixar de lhe dar a devida atenção, para apenas amar um outro menino, Paulo sentia-se ameaçado.

Precisava fazer alguma coisa para afastá-los, só não sabia o que. Não queria colocar nenhum dos dois em perigo eminente, como faria se estivesse com o coração cheio de ódio, afinal, gostava dos dois, mas de sua irmã um pouquinho mais. Talvez a solução estivesse justamente em seu pai, este que brigava durante anos, poderiam muito bem se juntar para uma causa maior: manter Marcelina intacta, sem nenhum namoradinho.

Mas antes disso, Paulo precisava entender quais eram as intenções de Marcelina com o Ayala. Assim como lhe perguntara, Paulo seguiu para o pátio se dispersando da companhia dos amigos. Marcelina encontrava-se, como de costume, ao lado de Alícia, Carmen e Valéria, papeando sobre a volta de Maria Joaquina para o Brasil.

⸻ Poderíamos dar flores e comprar uns chocolates, acho que...

⸻ Você não acha nada, Carmen. — Paulo invadiu a conversa. Ele apoiou o pé no banco, ao lado da Carrilho, fazendo com que a menina se levantasse um pouco assustada. ⸻ Quero conversar com você, Marcelina. 

Todas as meninas franziram o cenho e se encararam completamente confusas com a atitude do Guerra. Ele? Conversar com Marcelina? Só poderia ser encrenca.

⸻ O que você quer, Paulo? — Marcelina questionou.

⸻ Você vai ficar sabendo assim que suas amiguinhas nos deixar sozinhos. — Encarou uma por uma. Estava claramente irritado.

As garotas se entreolharam e receberam um aceno de Marcelina, confirmando que estava tudo bem e que elas poderiam sair dali para que a conversa com o irmão iniciasse, afinal, também estava curiosa sobre o que seria. Paulo mantinha uma cara fechada, o que tornava a situação ainda mais assustadora, fazendo com que Valéria, Carmen e Alícia saíssem dali o mais rápido possível, cogitando entre si sobre o que se tratava a conversa.

⸻ E então? — A Guerra cruzou os braços, encarando o irmão a espera de uma explicação.

Paulo desfez a cara de mau e sentou-se ao lado da irmã. Ele agora parecia um pouco medroso, como se sua expressão tivesse mudado da água pro vinho.

⸻ Preciso te fazer uma pergunta e quero que seja sincera. — Marcelina não respondeu, esperou que o irmão fizesse a tal pergunta. ⸻ Tá rolando... você e o Mário...? 

A Guerra franziu o cenho com a dúvida. Ela relaxou os braços e continuou encarando o menino, um pouco desconfiada.

⸻ Ia rolar se você não tivesse nos atrapalhado. Por que isso agora, Paulo?

Ele balançou a cabeça negativamente, indicando que não era nada de importante. Com isso, simplesmente levantou-se e saiu, voltando a companhia de seus amigos.

[ • • • ]

Televisão e pipoca, um programa de irmãos que Marcelina tanto amava, mesmo que fosse algo bobo, ter um momento com Paulo significava muito para si. Eles estavam tranquilos no sofá, quando o progenitor chegou. Roberto caminhou calmamente pela sala e sentou no braço do sofá, admirando o momento de amizade dos filhos, sendo recepcionado pela cabeça de Marcelina deitada no seu colo.

Ele sorriu e Paulo revirou os olhos.

⸻ O que vocês estão vendo?

⸻ Comédia romântica, pai. — Marcelina respondeu, levando os olhos para o seu rosto.

⸻ Que fique bem claro que foi a Marcelina quem escolheu. — Paulo murmurou, meio bravo.

Marcelina revirou os olhos e voltou a atenção para o irmão.

⸻ Com a Alícia você quer assistir esse tipo de filme, né? Mas comigo não.

⸻ Eu hein, assiste com o Mário, garota.

Sim, a resposta de Paulo foi sem querer. Marcelina congelou, porque bem, falar de namoradinho com o seu pai era um assunto proíbido. Geralmente, falava sobre sentimentos com sua mãe, não com o Sr. Roberto, justamente por medo.

⸻ Mário? Que Mário?

Paulo segurou o riso, não queria fazer a famosa piada do armário ou apanharia.

⸻ Ah, paizinho. É o Mário, Mário da escola, lembra? Ele voltou. 

Roberto pareceu não ter gostado nada daquela história e Marcelina sentiu isso. Ela elevou o olhar de repreensão em direção ao irmão e ele fez aquela mesma cara de desentendido, tentando não levar a culpa — que de certo modo, não tinha. Falou aquilo sem querer, mas já planejava contar sobre o namorinho da irmã para o pai, aquilo só saiu de uma maneira espontânea diante a conversa.

O Guerra mais velho levantou-se do sofá, e caminhou pensativo pela sala, até estar de volta a visão dos irmãos. Ali, em frente a televisão, o interrogatório começaria.

⸻ Você está namorando esse moleque, Marcelina? — Cruzou os braços.

⸻ Claro que não, papai. Ele é só meu amigo... — Marcelina voltou seu olhar para o irmão. De raiva.

⸻ Não gosto dele. Ele causou muitos problemas na escola, você sabe, não sabe? — Ele franziu o olhar. Embora duro, estava sendo muito doce com a filha e Paulo sentiu inveja.

⸻ E ele ainda foi expulso de mais três escolas antes de voltar para a nossa. — Paulo completou, deixando a Guerra ainda mais angustiada.

⸻ Gente, não é nada disso! Não estou namorando ninguém, por favor, parem!

Antes que Roberto pudesse contestar a caçula, a campainha tocou. Ali, abrindo a porta, Alícia e Carmen adentraram no apartamento, cada um com sua mochila, tal ação fizera Paulo revirar os olhos. Teria que aguentar mais três meninas na sua casa durante aquela noite — se bem que, para o Guerra, aturar Alícia não era uma má ideia.


Notas Finais


finalmente atualizei, mas gente, me perdoem! as minhas aulas presenciais voltaram essa semana e eu estava tentando organizar meus horários (principalmente porque costumo escrever durante a noite, que é meu horário da escola).

enfim, capítulo curto, o que não era minha intenção pro planejado, mas precisamos lidar com o fracasso às vezes HSJEJSJSJS


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...