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História Para Todos Os Garotos Que Eu Ja Amei (hashimada) - CAPÍTULO 3


Escrita por: shipper-crazy

Capítulo 4 - CAPÍTULO 3


Estamos nos últimos dias de verão. Nossos últimos dias com Tobirama. Talvez não seja tão ruim ele ter terminado com Josh; assim temos mais tempo só para nós, os irmãos. Tenho certeza de que ele deve ter pensado nisso. Tenho certeza de que era parte do plano.

Estamos saindo do nosso bairro de carro quando vemos Josh passar correndo. Ele entrou para a equipe de atletismo no ano passado, e agora está sempre correndo por aí. Itama grita o nome dele, mas as janelas estão fechadas, e não ia adiantar mesmo, porque ele finge não ouvir.

— Vamos dar a volta — pede Itama para Tobirama. — Talvez ele queira vir com a gente.

— Este dia é só dos irmãos Senju — digo a ele.

Passamos o resto da manhã na Target, comprando coisas de última hora: mix de nozes e frutas secas com mel para o voo e desodorante. Deixamos Itama empurrar o carrinho, para ele poder fazer aquele negócio de dar uma corridinha e subir na parte de trás como se estivesse conduzindo uma carruagem. Mas Tobirama só o deixa fazer isso umas duas vezes antes de mandá-lo parar, para não irritar os outros clientes.

Em seguida, voltamos para casa e almoçamos salada de frango com uvas verdes, e então está quase na hora da competição de natação de Itama.

Preparamos sanduíches de presunto e queijo e salada de frutas e levamos o laptop de Tobirama para assistirmos a uns filmes, porque competições de natação podem demorar bastante. Também fazemos um cartaz com a inscrição Vai, Itama!. Desenho um cachorro nele. Papai acaba não conseguindo chegar à competição a tempo porque está fazendo um parto, e, quando se trata de desculpas, essa é uma das melhores. (Era menina, e escolheram o nome Patricia Rose, em homenagem às duas avós. Meu pai sempre descobre os nomes para mim. É a primeira coisa que pergunto quando ele chega em casa depois de um parto.)

Itama está tão empolgado por ter ganhado dois prêmios de primeiro lugar e um de segundo que se esquece de perguntar por Josh até estarmos no carro, voltando para casa. Ele está no banco de trás com a toalha enrolada no cabelo como um turbante e as fitas do prêmio penduradas nas orelhas como brincos. Então se inclina para a frente e diz: 

— Ei! Por que Josh não foi à competição?

Posso ver Tobirama hesitar, então respondo por ele. Talvez a única coisa em que eu seja melhor do que Tobirama é em mentir.

— Ele teve que trabalhar na livraria hoje. Mas queria muito ter vindo. 

Tobirama estica a mão por cima da caixa de câmbio e aperta a minha com gratidão.

Itama faz beicinho.

— Essa foi a última competição da temporada! Ele prometeu que ia me ver nadar.

— Foi de última hora — explico. — Ele não conseguiu fugir do trabalho porque um dos colegas teve uma emergência.
Itama assente, contrariado. Por mais novo que seja, ele entende de emergências.

— Vamos tomar sorvete — declara Tobirama, de repente.

Itama se alegra, e a emergência imaginária de Josh é esquecida.

— Isso! Quero uma casquinha! Posso pedir casquinha com duas bolas? Quero de menta com pedaços de chocolate e de amendoim crocante. Não, tutti-frutti e brownie. Não, espere… 

Eu me viro no banco.

— Você não consegue terminar as duas bolas e a casquinha. Talvez até consiga comer as duas bolas, mas não a casquinha. 

— Consigo sim. Hoje eu consigo. Estou morrendo de fome. 

— Tudo bem, mas é melhor você comer tudo. 

Eu balanço o dedo para ele e falo como se fosse uma ameaça, o que o faz revirar os olhos e rir.

Quanto a mim, vou pedir o de sempre: cereja com pedaços de chocolate e casquinha recheada. 

Tobirama entra no drive-thru e, enquanto esperamos nossa vez, eu digo:

— Aposto que não tem essa sorveteria na Escócia. 

— Não deve ter mesmo — responde ele.

— Você só vai voltar aqui no Dia de Ação de Graças. 

Tobirama olha direto para a frente.

— Natal — corrige ele. — O feriado de Ação de Graças é curto demais para um voo tão longo, lembra?

Itama faz beicinho.

— O Dia de Ação de Graças vai ser um saco. 

Eu fico em silêncio. Nunca tivemos um Dia de Ação de Graças sem Tobirama. Ele sempre prepara o peru, os brócolis gratinados e as cebolas cremosas. Eu faço as tortas (de abóbora e de noz-pecã) e o purê de batatas. Itama experimenta tudo e arruma a mesa. Não sei assar peru. Além disso, nossas duas avós estarão presentes, e Nana, a mãe do nosso pai, gosta mais de Tobirama. Ela diz que Itama a deixa exausta e que eu sou sonhador demais.

De repente, entro em pânico e fica difícil respirar. Não estou dando mais a mínima para o sorvete de cereja com pedaços de chocolate. Não consigo imaginar um Dia de Ação de Graças sem Tobirama. Não consigo imaginar nem a próxima segunda-feira sem ele. Sei que a maioria dos irmãos não se dá bem, mas sou mais próximo de Tobirama do que de qualquer outra pessoa no mundo. Como poderemos ser os irmãos Senju sem Tobirama?



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