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História Parabatai - Paradise


Escrita por: unicornj2 e MraMands

Notas do Autor


*Jared bombeiro sofreu um acidente quando tentava resgatar uma família de um incêndio
*Jensen acreditando que Jared estava morto, acaba optando por uma alternativa não muito fácil
*Jared não morreu, apenas sofreu algumas escoriações, mas conseguiu salvar Charlie a filhinha do casal onde teve o incêndio. Seu pai fez com que Jared prometesse cuidar dela já que eles não tinham parentes próximos
*Jared volta pra casa a tempo de impedir que Jensen cometa uma tragédia
*rola um amorzinho gostoso e Jared conta a novidade ao Jensen
*Os dois vão visitar a garotinha no hospital e acabam esbarrando em um impasse na parte da adoção
Agora será que a Charlie fica ou não com o casal? Vamos descobrir

Capítulo 8 - Paradise


****ANTERIORMENTE, MUIIITOOOO ANTERIORMENTE DESCULPEM******

Jared saiu em direção ao estacionamento, eles precisava tomar um pouco de ar puro. Era inacreditável, tudo estava indo tão bem agora, eles já tinham planejado uma nova vida com a chegada das Charlie em suas vidas pra então essa centelha de felicidade ser tirada deles assim por uma lei estúpida. Ele podia sentir Jensen o seguindo sabia como o marido devida estar triste também.

Ficaram um bom tempo observando o nada sem falar uma palavra, Jared pôde sentir o abraço do marido que se aconchegava em suas costas. Jared se imaginou chegando em casa do trabalho e encontrando essas duas pessoas maravilhosas que agora significavam a vida pra ele. Se virou dentro do abraço do loiro e o envolveu em um abraço de urso, Jensen tinha chegado a pouco tempo em sua vida mas tinha sido seu porto, seu forte, um lugar pra onde voltar.

- O nosso amor já venceu tanta coisa Jen, ele vai vencer essa também - falava o moreno enquanto dava beijinhos no topo das cabeça do marido. Sentiu o abraço de Jensen se apertar ainda mais em volta de si. - Vamos nosso pedacinho de gente deve estar esperando nossa visita. Vem cá - Jared passava os polegares sob as maçãs do rosto de Jensen que estavam manchadas de lágrimas - Confia em mim?

- Sempre - o loiro passou a costa das mãos nos olhos pra limpar as lágrimas. Ergueu-se um pouco e deixou um beijinho na testa do marido - Obrigado Jay.

******FINALMENTE AGORA********

Entrando no hospital novamente, dessa vez mais recompostos o casal pediu pra visitar a garotinha. Eles tinham passado em uma lojinha antes e haviam comprado uma lembrancinha pra ela, esperavam que ela gostasse de pandas.

Batendo na porta do quarto da loirinha, os dois foram recebidos pelo companheiro de brigada do Jared, Mark Pellegrino, que parecia visivelmente chateado.

- Tudo bem com ela Mark? – Jared perguntou sentindo a aflição do amigo.

- Com ela sim, o problema é a chata da assistente. Ela deveria querer o melhor para as pessoas e não se deixar levar por qualquer religião. – Mark falava em tom baixo, provavelmente a megera estava lá dentro.

- Mas, ela tá dificultando nossa relação por quê? Ela ainda nem nos conheceu – Jensen que tinha reconquistado um pouco de compostura já começava a se irritar. Ele não ia deixar uma homofóbica decidir o futuro da família dele.

- Ela está com a Charlie desde de manhã, perguntando sobre a família da garota mesmo eu tendo dito que ela não tinha mais ninguém, o que você pode imaginar que deixou a menina abalada – Pellegrino era um cara de gênio forte, mas tinha leveza dentro de si, raramente Jared o via bravo com alguém como ele estava agora. Essa menina significava muito para o Jared e como todos eles se tornaram uma família ao passar dos anos, não suportariam ver o amigo passar por essa situação, ele e Jensen eram tão capazes de amar como qualquer outro ser humano...exceto essa tal de Amara.

Jensen lutou muito pra se aceitar e ser aceito, nunca duvidou do seu caráter ou opção sexual e não era de deixara ninguém pisar em cima dele, mas dentro desse empasse ele se via diminuído. Porque as pessoas ainda eram daquela maneira? Porque essa ideia arcaica de “família” ainda permanecia a ideal até os dias de hoje? Ele e Jared se amam e tem amor de sobra pra dividir com outra pessoinha assim como um casal hetero, assim como uma pessoa solteira, droga! família poderia ser considerado até ele, seu marido e seus cachorros e não era uma lunática que poderia apontar defeito nisso.

Jensen saiu dos devaneios e frustrações quando sentiu Jared retirar o pandinha das mãos do loiro que estavam esmagando o ursinho em seu peito e o abraçou bem forte beijando o topo da cabeça do marido. Segurou o rosto de Jensen em suas mãos olhando dentro daquelas piscinas verde esmeralda passando todo conforto que podia.

- Eu tenho a você e você me tem, okay. Somos nós contra o mundo lembra? – disse Jared dando um beijinho na testa do mais velho.

Eles agradeceram e se despediram de Mark, que disse que se precisassem dele ele estaria lá novamente. Ele e Charlie haviam feito amizade desde que ficaram bastante tempo juntos naquele hospital.

Jared e Jensen entraram no quarto onde Charlie estava e a doçura com a qual ela olhou pro Jared derreteu o coração de Jensen e fez ele se esquecer momentaneamente das intempéries que estava vivendo.

- Hey princesa! – Jared parou do lado da cama da garotinha e tocou seu cabelo. Mas ela subiu na cama pra se nivelar a altura do moreno e jogou os bracinhos em volta do pescoço de Jared afundando o rosto no pescoço dele.

Jensen se viu querendo essa menina como sua filha, a forma como os dois ali na sua frente se relacionavam emocionava ele, ele não tinha planejado ter filhos com o marido com a vida corrida que eles dois tinham, mas definitivamente ele sentia que essa parte que estava faltando nele e em sua casa havia sido preenchida. Jensen teve seus pensamentos interrompidos quando ouviu um pigarro vindo do outro lado da cama, devia ser a mulher que Mark citou Amara, ou amarga pra estar incomodada com uma cena dessas. Jensen não pôde controlar seu revirar de olhos quando viu o olhar apreciativo dessa mulher sob o corpo do marido. Devia bem ser aquelas falsas puritanas, que por fora se fingiam de santa, mas por dentro tinham pensamentos mais sujos que os esgotos.

Jared se sentou na beirada da cama e colocou a garotinha em seu colo. Na TV atrás de Jensen estava passando algum desenho que a menina estava assistindo, seus olhinhos azuis se desviaram da TV para Jensen e logo em seguida ela pôs as mãozinhas no rosto do moreno e cochichou algo pra ele o que deixou Jensen inseguro, será que ela se incomodara com a presença dele ali? Se sim ele poderia sair, por mais que isso lhe magoasse. Mas deixou essas inseguranças de lado depois de ouvir o riso do marido, se Jared estava rindo então não devia ser algo ruim.

- Sim, ele é meu príncipe encantado. O nome dele é Jensen você quer conhece-lo? – Jared falava em um tom mais alto para que Jensen pudesse ouvir a conversa, conhecia praticamente todas as expressões do seu loiro sabia que ele estava apreensivo com o que a Charlie ia achar dele.

- Claro, ele parece um boneco – Charlie disse e riu baixinho como se fizesse uma confissão pro Jared.

- Jen, venha aqui deixa eu te apresentar uma pessoa especial – Jared estendeu a mão pra que o loiro pegasse e fez com que ele também sentasse na cama colocando a garotinha entre eles dois.

- Charlie, Jensen. Jensen, Charlie – Jared apresentou os dois. Viu o marido estender a mão e apertar as mãozinhas da garota, quando ela olhou pro Jared e pediu

- Posso abraçar seu príncipe, Jay?

- Claro que pode minha princesa, não é Jen? – Jared viu o marido acenar que sim com a cabeça e viu a menina se levantar e abraçar ele do mesmo jeitinho que fizera minutos atrás com ele. Os olhos marejados do marido o encaravam e Jared não pôde deixar de se juntar a esse abraço, abraçando os dois loirinhos, que agora faziam parte da sua vida.

- Eu comprei uma coisa pra você, não sei se você vai gostar. – Jensen deu o pandinha pra Charlie que apertou ele junto ao peito e agradeceu a ele dizendo ter amado.

Jensen e Charlie ficaram na cama tentando decidir qual nome ela deveria dar ao pandinha enquanto Jared foi conversar com a assistente social Amara no canto do quarto.

- Eu sei que você prometeu que cuidaria dela, mas você tem que entender que é meu dever garantir que ela tenha um lar decente e seguro...

- O que você quer dizer com decente? E você tem noção que eu sou um bombeiro e meu marido um fisioterapeuta? Como nosso lar é inseguro, diga pra mim  por que eu realmente não compreendo. – Jared não podia aceitar que a guarda de Charlie fosse concedida a um par de estranhos incapazes de saber lidar com a dor que ela deveria estar sentindo agora.

- Um lar normal, com um pai e uma mãe. Ela é uma garota e tem que ter auxilio feminino em sua vida...

- Eu não consigo entender sua lógica, a lei permite que qualquer pessoa adote crianças, você não é a lei. Se você é incapaz de fazer seu trabalho sem envolver aspectos religiosos eu vou ter que me dirigir a alguém aqui que saia fazer. – Jared a deixou falando sozinha e foi até os outros dois.

- Jen, eu tenho que resolver uns probleminhas sobre a liberação da Charlie, volto já ta bom? – Jared beijou a cabeça dos dois e saiu do quarto.

- Ele vai voltar não vai? – Charlie olhava com uma carinha chorosa para o loiro, ainda agarrada ao pandinha.

- Ele disse que sim não é? Ele sempre volta. – Jensen tentou tirar as preocupações daquela cabecinha que já tinha um milhão de coisa.

Jared conhecia a diretora do hospital, eles estudaram juntos durante o ensino médio e eram amigos, ele tinha certeza que Jo não iria compactuar com a atitude de uma prestadora do hospital. Jared tinha estado ali antes de ir pra casa atrás do Jensen, se despediu da amiga e contou o que havia acontecido com ele e com a menininha. Esperou que Jo fosse liberada e entrou em seu escritório nos últimos andares do hospital.

- Você de novo? não vai me dizer que já se acidentou de novo Jared -  ela brincou com ele, mas sentiu que ele tinha ido lá por algo muito mais sério.

- Jo, eu tô vivendo uma situação que nunca me imaginei passando, sabe a menina que eu salvei do incêndio? – Jared se sentou em frente a mesa da amiga e explicava o que estava acontecendo. Jo tinha sua expressão chateada, como poderia alguém que trabalha pra ela estar tratando os pacientes assim sem que ela tenha ciência dessas atitudes? Jo explicou ao moreno que por mais que a Amara tivesse influência na decisão da adoção essa não era uma questão de autonomia do hospital. Ela ia indicar uma amiga chamada Donna pra acompanhar o caso de adoção da órfã. Ela não poderia liberar a paciente sem que o assistente social agisse, mas prometeu que iria designar outro assistente para o quarto da garotinha. Alfie era ótimo com crianças e saberia entender as necessidades da Charlie naquele momento. Com uma ligação dela estava praticamente tudo resolvido, ela prometeu que iria cuidar do caso homofóbico da assistente.

Jared chegou no quarto e seu coração pesou um tantinho ao ver os rostinhos aflitos do marido e da loirinha na cama. Jensen se levantou e foi em sua direção abraçando ele e olhando pra cima, esperando pelo que quer que Jared tenha resolvido la em cima.

Jensen viu seu marido sair do quarto horas antes e logo depois a assistente social foi chamada ao escritório da diretória, passavam mil coisas pela cabeça do Jensen. Seria perfeito se eles pudessem levar a menina hoje mesmo, ela não tinha nenhuma lesão grave e seus pulmões já estavam em perfeito estado faltando apenas a liberação do assistente pra que lugar ela iria.

- Deu tudo certo baby, eu disse que daria – Jared apertou ele bem forte cheirando o morango do shampoo de Jensen. Jared explicou tudo pra ele e eles só estavam esperando a visita do Alfie para irem ou não pra casa. Já passava das 18:00 da tarde quando um jovem, magro e baixo entrou pela porta do quarto com uma pranchetinha, pediu para que os dois se retirassem para que pudesse conversar com a garota sozinho sem interferências, eles se despediram da menina e prometeram que não iam embora só estariam do lado de fora da porta.

No final das contas Alfie percebeu que a menina falava com saudades e tristeza ao se lembrar dos pais, mas também com carinho do tal herói que ela ganhou e do príncipe do novo herói. Viu que não tinha problema nenhum em conceder a guarda temporária da menina ao casal. Conversou com os dois do lado de fora e explicou que inicialmente seria difícil para a Charlie lidar com a perda dos pais, mas que superaria com o tempo.

Eles chegaram em casa já era de noitinha e a Charlie estava dormindo nos braços do Jensen. Eles passaram no shopping pra comprar algumas roupas para menina entre outras coisas básicas para a sua higiene.

Jared carregava as compras enquanto Jensen colocava ela no quarto de hóspede, eles já tinham jantado na praça de alimentação do shopping, enquanto Jared colocava a roupa nova na maquina e secadora, Jensen tomava banho. Jared subiu e se juntou ao marido no banheiro também.

Eles deixaram a porta do quarto de hóspedes aberta assim como a sua, caso a garotinha quisesse colo durante a noite.

Durante os meses seguintes Donna havia os ajudado a conseguir a guarda definitiva da Charlie e os amigos de Jared fizeram uma festa surpresa para a nova adição à família Ackles-Padalecki.

Charlie tinha conquistado a todos com aquele jeitinho extrovertido dela, ela era igualzinha a Jensen e tinha adquirido algumas manias do Jared também como deixar roupas jogadas por onde passa. Jared e Jensen fizeram questão de não assumir o lugar dos pais da Charlie, isso nunca seria apagado da sua memória, os bombeiros conseguiram resgatar algumas coisas que estavam na casa da menina dentre elas algumas fotos dela com seus pais. Ela sempre falava deles com carinho. Amava seus pais de sangue e seus pais adotivos.

Era quase garantia que toda vez que entrasse pela porta de casa Jensen seria atacado primeiro pelos cães, depois pelo Jared e Charlie. Eles se uniam pra fazer cocegas nele até ele chegar ao ponto de chorar de tanto rir.

Jensen se sentia a pessoa mais sortuda tendo a família perfeita que ele tinha. Eles sofreram pra estarem todos unidos aqui hoje e o ditado “Deus escreve certo por linhas tortas” se aplicava totalmente a eles. 


Notas Finais


Fim <3


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