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História Paradise or Warzone (ZIAM MAYNE) - Capitolo tre; come on then


Escrita por: gsoline

Notas do Autor


69 favoritos e 41 comentários em apenas três capítulos, puta merda, OBRIGADA de verdade, vocês são incríveis <3

+ Sinto muito pelo atraso, nas notas finais explicarei melhor.
+ Gostaria de me desculpar se as coisas parecerem estar indo rápido demais, tenho a contagem certa de cada capítulo, e pra nada sair da linha, seguirei a risca o cronograma que fiz.
+ Muitos estão me perguntando se o Zayn será o tops ou o bottom, e a resposta é sim para bottom.... Acho que haverá revezamento, isso depende muito do meu humor rs
+ Também tem Larry <3

Tenham uma boa leitura meus amores e até lá embaixo.

Capítulo 4 - Capitolo tre; come on then


Fanfic / Fanfiction Paradise or Warzone (ZIAM MAYNE) - Capitolo tre; come on then

Zayn arrastava seus pés propositalmente contra o piso sujo a barro, seus dedos alisavam compulsivamente a barba rala em seu rosto, enquanto seus olhos analisavam com cautela as expressões do homem a sua frente. Este parecia desnorteado com os golpes que a pouco havia levado, sua cabeça pesava e pendia hora ou outra para o lado, dando-o a sensação de desmaio.

Tentando se acostumar com o cheiro de mofo e mobília velha antiquada, o jovem líder fungou baixo ao que a voz de suplica alheia ecoava pelos cômodos.

Aquele era para ser mais um trabalho rápido, mas Zayn se deixou seduzir com os sonoros pensamentos que o perturbou agonizantemente por duas semanas. Nesse recurso, o trabalho que era julgado pelo moreno por ser simples, deixou de ser tão "prazeroso", quando em sua mente haviam assuntos mais importantes a serem resolvidos.

Quero que você mate o filho de D'Angelo. – a voz do pai não ousava a abandonar o seu subconsciente, atormentando-o noite e dia, o deixando acordado por madrugadas a fio.

Quais eram os motivos para Fabrizio querer Liam morto? Nem o próprio Zayn poderia saber. Se bem que não precisava de um, já que ambas famílias eram rivais. Para o moreno matar alguém era mais um tipo de brincadeira insana, que ele gostava de praticar. Mas quando o assunto se dirigiu a Liam, alguma coisa parecia ter mudado, e era isso que deixava o moreno acordado.

Zayn queria o matar, certo? Ambos se confrontaram em uma batalha quase trágica que, por pouco, não levou ao final alheio.

Houve uma sensação esquisita em Zayn, como se metade das coisas que ele tinha intenção de fazer fossem somente ditas da boca pra fora. Mas não eram, certo? Quando o pai soube que ambos haviam se encontrado, e toda bagunça que fizeram, riu humorado jogando a cabeça para trás. Zayn o estranhou, só que não ousou a dirigir uma palavra se quer.

Quero que você se aproxime dele, filho. – foi então que Zayn começou a temer. As intenções do velho não era somente matar Liam, simples e rápido. Fabrizio queria atrair Liam a uma ratoeira, deixá-lo se seduzir pela isca e depois prendê-lo, torturando-o pouco a pouco enquanto a vida o abandonava. A isca era Zayn, a sedução seria a amizade que o moreno foi obrigado a criar. Como faria isso? Todas as vezes que parava para pensar naquilo o seu estômago embrulhava, a cabeça girava e novamente, uma sensação esquisita e descomunal o incomodava.

O que diabos é isso? – o homem pensou consigo mesmo, só que nenhuma resposta o veio. Eram diversos caminhos que prometiam diversos finais, porém nenhum final seria diferente. Não enquanto Fabrizio estiver no controle da missão, não enquanto ele cobrar do filho mais velho que quer ver o inimigo comendo na palma de suas mãos. O dever de Zayn é atrair Liam, descobrir tudo que puder sobre o império inimigo, e como acordo de início a guerra, o sangue derramado de Liam seria a assinatura.

Era um mar negro agitado e nervoso, mas Zayn estava disposto a arriscar-se a navegar.

— Por favor, me dê mais tempo, eu vou lhe pagar – a voz do indivíduo amarrado a uma cadeira cortou a sua concentração de seus pensamentos. Zayn voltou lento a realidade na mesma velocidade que analisava as palavras do rapaz. Ao abaixar suas mãos próximas ao seu corpo, o jovem moreno jogou a cabeça para trás inalando o máximo de ar que poderia.

— Eu ouvi a mesma ladainha a seis meses atrás, antes que você sumisse – proferiu calmo até para surpresa de si mesmo – e fui muito claro ao dizer que se o fizesse, que não fosse burro de voltar – continuou desinteressado.

Zayn recuperou o maço de cigarros no bolso de sua calça jeans justa e tirou de lá apenas um, guardando o restante em seu antigo lugar, pediu para que um de seus homens acendesse enquanto a voz alta do indivíduo se arrastava e ecoava por seus ouvidos. Zayn tendo os primeiros sinais de estresse, puxou o máximo de nicotina que pode para dentro dos pulmões, soltando em seguida a fumaça sobre seus lábios lento e despreocupado. 

Queime-o.– fora sua ordem final antes de virar de costas para o homem e caminhar até a saída.

Com os gritos que eram misturados ao desespero e a dor, o moreno tragou mais uma vez seu cigarro e se ligou no automático, pensando em como colocaria o seu plano em prática.

❱❱❱❱

— Eu tenho a leve sensação que você irá para o inferno – Harry voltou a tagarelar após que adentraram a casa onde o moreno vivia.

— Estou apenas fazendo o meu trabalho – o outro respondeu-lhe simples, tão calmo perante ao assunto como se matar para Zayn, fosse algo tão normal quanto caminhar.

— O seu trabalho é colocar fogo em um homem vivo?

— Não vejo graça em colocar fogo em um morto – Zayn deu de ombros, rindo quando se jogou sentado no sofá da sala de estar, fazendo o britânico parecer desacreditado do que tinha acabado de ouvir.

— Você não tem pena? – o moreno de covinhas perguntou baixo, amaldiçoando-se por ter o feito logo depois. Harry chegava a ser tão ingênuo a ponto de irritar a si próprio.

— Pena? – Zayn perguntou ao rir com desdém – olhe bem para mim Harry e tente encontrar alguma pequena sombra de pena.

— Você é um monstro – os olhos do de cachos brilharam pelo asco que tais palavras fizeram a si ao serem pronunciadas. O homem sentado à sua frente, cujo ele tinha o infeliz prazer de chamá-lo de melhor amigo, conseguia ser mais frio que todas as montanhas do Nepal. Harry se perguntou como ele, um garoto comum e de coração tão simples e puro, poderia ter se tornado amigo de um crápula como Del Frazi.

— Não, apenas um homem justo – Harry riria, mas escolheu a sábia decisão em continuar calado – se alguém me deve é bom que me pague... não gosto de fazer cobranças, mas se é isso o que tenho que fazer – deu de ombros ao que falava – não vejo outra escolha e se me acha um monstro pelo o que viu, me consideraria o próprio rei das trevas se lesse os meus pensamentos. 

Harry continuou em silêncio em segundos, pelo o que a ele se tornou horas, Zayn continuava sorrindo de lado como se o que contasse fosse algo extramente comum.

— Por que faz isso? – Harry perguntou.

— Eu sou um mafioso Harry, ter o sangue frio e de um assassino faz parte da minha linhagem familiar – começou a explicá-lo, levantando-se e parando em frente ao garoto que fita o rosto moreno sem realmente vê-lo – sou um missionário e honro a tradição do meu pai, seguindo os seus passos.

— Você não precisa ser igual a ele – a segunda voz saiu baixa, como se estivesse com medo que alguém mais pudesse o ouvir – você pode mudar.

Zayn notou algo desmoronar dentro de si ao analisar com cuidado o rosto suplicante do melhor amigo, seu coração se apertou, mas não o suficiente para fazê-lo dar um passo atrás. O italiano ponderou aquelas palavras, que pareceu ser pela primeira vez que o fazia.

O moreno poderia mudar, mas isso somente aconteceria se ele quisesse, só que Zayn não queria.

Sempre houve algo naquilo que realizava em suas missões que o fazia se sentir diferente. Como se a adrenalina e a boa quantidade de poder o fizesse se sentir único, o que de fato era, e invencível.

Mas toda maldita vez que Harry contracenava, Zayn se remoia por dentro. Harry é um amigo que tinha a estúpida fé que Zayn um dia poderia ser melhor, e que poderia se enjoar de todo trabalho sujo que fazia.

Como Zayn contaria a Harry que se ele estava destinado ao inferno, iria para lá com um baseado preso nos dentes honrando sua estádia?

— Senhor? – como se um verdadeiro anjo houvesse caído dos céus, Melinda, a cozinheira da família, chamou pelo mafioso.

— Sim? – o homem aproximou-se feliz da jovem mulher que o livrou da conversa que estava preso. Estranhando, a governanta da família deu uma leve coçada na garganta antes de dar as notícias ao chefe.

— Bom senhor, hoje, depois que voltei das compras, encontrei um homem parado em frente aos portões da casa... – a mulher de cabelos castanhos escuros amarrados em um coque, soou profissionalmente aos olhos de Zayn que admirou-a. O moreno gostava que as pessoas não se sentissem ameaçadas ao falar com ele, se elas não devessem, não tinham pelo o que temer.

Talvez tenha sido esse o fato que o caso Liam, se tornou o seu favorito... mas Zayn não assumiria isso para ninguém.

— Então ao me perguntar se eu morava aqui, ele me pediu para que lhe entregasse isso – afastando os pensamentos que giravam em torno a Liam, o homem viu a mulher estender um envelope dourado em frente aos seus olhos. Perguntando-se mentalmente como não havia notando-o antes, pego-o inquieto.

— Ele não disse mais nada? – o homem analisou a mulher em sua frente que maneou a cabeca.

— Não senhor.

— Tudo bem, pode se retirar.

Assistindo a mulher vira-lhe as costas, Zayn voltou ao melhor amigo que encontrava-se tão curioso a ponto de ter uma convulsão pela ansiedade.

— O que tem nesse envelope? – o de cachos perguntou.

— Não sei Harry, ainda não o abri para descobrir – os olhos claros rolaram pela ironia que fora lhe lançado. Após um momento de puro suspense desmerecido da parte do italiano, Harry se irritou e puxou das mãos do amigo o envelope dourado, que estava lacrado com um selo vermelho.

Dentro do selo a letra A era destacada.

Enrugando a testa por tamanha referência, o mais alto puxou o selo e retirou do envelope um pequeno convite escrito a mão, em letras bem desenhadas e elegantes.

— É um convite.

— Para quê? – estranhou o moreno juntando suas sobrancelhas. Harry lhe daria uma resposta a altura como troco pela última que receberá, porém a sua ansiedade estava tão grande em descobrir o que aquelas letras bonitas diziam, que resolveu relevar.

— A família Gini Bastazini, orgulhosamente lhe envia esse convite para que o senhor Zayn Del Frazi, compareça ao baile de máscaras que será realizado nessa sexta feira. Esperamos ansiosamente pela sua presença. Atenciosamente, A.

— A? Quem diabos é A? – Zayn perguntou confuso ao outro homem que deu de ombros.

❱❱❱❱

— Você conhece alguém que tenha esse sobrenome? – Louis perguntou confuso, ao que acabará de ler o convite que o melhor amigo havia recebido. O moreno analisou Niall que jogava uma bolinha de beisebol para cima e caía em suas mãos antes de voltar a encarar Liam, parado em frente a uma janela.

— Já ouvi em algum lugar – deu de ombros o castanho – apenas não me lembro quem possa ser.

— Você vai? – o irlandês deixou de lado a bolinha e se sentou na cama. Liam se virou para o loiro.

— Tenho cara de alguém que gosta de bailes? – perguntou o filho de Lorenzo, sentando-se ao lado do loiro que arqueou a sobrancelha.

— Não – negou ao balançar a cabeça – tem cara de um retardado testudo, que aceita ir a qualquer festinha pra encher a cara e transar com alguém – Liam riu ao que ouviu a brincadeira do garoto, dando um soco leve no ombro de Niall, o fazendo sorrir de lado. O castanho jogou-se deitado em meio aos seus travesseiros, confortando-se.

— Se bem que não seria uma má ideia ir nesse baile – comentou Tomlinson, livrando-se do cigarro que antes fumava – só vai ser uma pena se Del Frazi também aparecer por lá. Liam e ele não trocam um a, sem antes sacar as armas – o moreno bufou alto, incomodado com a lembrança do último encontro que havia se tornado em um holocausto.

Liam por outro lado apenas continuou em silêncio, remoendo as palavras do mais velho em sua mente. Niall começou a dizer algo que D'Angelo deixou de prestar atenção, sua mente divergia para longe e seus olhos se fecharam suáveis ao perder-se nas linhas de seus pensamentos.

O castanho mal se lembrava o que era ter um dia de folga, ou até mesmo alguns minutos de relaxamento. Sua vida era tão agitada e cheia de dividas a fazer, que o rapaz mal se via tendo tempo de respirar. Porém, em duas semanas as coisas só pareceram piorar.

O que de pior poderia acontecer a um mafioso, se não for nada mais que ele ser pego ou morto? Eu lhes digo: Zayn. Aquele era o único problema que Liam considerava importante até o momento.

Depois que o moreno entrou em sua vida, tudo desabou. Em duas semanas, quatro encontros e em nenhum deles  teve um único homem que não saiu da zona de combate sem ter, pelo menos, um nariz quebrado. Não importava onde eles se encontravam, qualquer lugar viraria um cenário de luta livre para aqueles dois. 

Liam ficava tão fodidamente irritado, o moreno de olhos âmbar havia se tornado uma praga em sua vida, uma verdadeira maldição que foi lhe lançado.

O castanho não via escapatória para se livrar de Zayn, a não ser que o matasse. Mas Liam não queria, não por enquanto. Liam gostava de brincar um pouco com suas presas antes de descarta-las ou elimina-las, e com Del Frazi não seria diferente.

— Nós vamos a esse baile de merda – Liam anunciou ainda de olhos fechados, trazendo a atenção dos amigos que o encarou por alguns segundos, tentando entender o motivo daquela mudança de opinião tão repentina.

— Tudo bem – Louis deu de ombros. O moreno tinha suas dúvidas, mas não as diriam em voz alta, até que tivesse certeza do que Liam realmente estive tramando.

— Ok, mas não posso voltar tarde para casa, sábado tenho treino – comentou o irlandês, desanimado com o fato de ainda frequentar os treinos de golfe que seus pais o obrigaram a participar.

— Nós te levamos para casa antes da meia noite, Cinderela – brincou Louis, fazendo Niall o mostrar os dedos do meio.

❱❱❱❱


Harry alisou delicadamente os contornos em dourado da máscara que seu nariz fino sustentava, os olhos esverdeados analisavam cada pequeno detalhe no espelho a sua frente, checando se tudo estava perfeitamente no lugar.

Após arrumar corretamente a máscara em seu rosto, seus dedos voltaram a trabalhar no cabelo longo que estava amarrado em um coque alto, afrouxando-o minimamente e soltando alguns fios para dar aquele ar mais despojado.

Ao notar que tudo estava em seu perfeito lugar, o britânico suspirou exausto e relaxou os ombros. A semana ao qual passou não foi gratificante, e nem mesmo chegou perto de ser relaxante.

Seu corpo inteiro implorava pelo repouso e uma longa noite de sono. Harry era sempre cercado por toda rivalidade e contrabando que o melhor amigo tinha o orgulho de praticar, aquilo de fato o cansava.

O garoto não conseguia entender como um homem com tão pouca idade poderia ter um coração tão duro feito pedra. Mal conseguia entender como ele, Harry Styles, conseguiu e ainda consegue, ser amigo de um homem igual a Zayn.

Existiam diversas e infinitas diferenças entre os amigos, os dois eram como imãs negativos, ambos não se atraem, porém Harry ponderava a gratidão que tinha pelo o moreno, e talvez, seja isso que tenha os tornado unidos.

O jovem britânico se lembrava muito bem de ter fugido de casa aos dezesseis anos de Redditch, por ter sofrido abusos do padrasto, e que apenas com seis meses tentando se virar sozinho nas ruas, um homem de aparência comum o sequestrou e o levou até Nova Iorque, onde o vendeu a preço de banana para um mafioso que fez Harry como sua meretriz.

Foram dois anos de sofrimento, enquanto Harry era feito de escravo sexual a um rolha de poço, tendo que ouvir badernas intermináveis sobre La Cosa Nostra.

Até que a mansão onde fora obrigado a viver, foi invadida por um grupo inimigo, sendo assim, colocando todos que ali dentro estavam de reféns. Styles se lembrava perfeitamente daquele dia de pura agonia, ele realmente cogitou a hipótese que morreria e o seu sofrimento terminaria, porém ali, ao ver os homens baterem boca com palavras que ele não conseguia prestar atenção, ele fez um pedido a Deus.

Harry não pediu somente para ser salvo, como também para que Ele o enviasse um de seus anjos, e assim, instantes depois, o líder do grupo invasor apareceu.

"Quem é esse garoto? – o mafioso americano perguntou após visualizar um homem mais novo, aparentando ter seus dezoito a dezenove anos, adentrar a sala de jantar com um cigarro preso nos lábios. "Eu sou Zayn meu velho. E o meu pai, Fabrizio Del Frazi, me mandou até aqui." 

Styles ainda se lembrava da grande merda que aquela noite havia se tornado. Zayn havia vencido a batalha, apenas perdeu pouco de seus homens na troca de tiros, e após tudo suavizar, e Zayn conseguir roubar todo o dinheiro que havia escondido na casa, ele finalmente notou a presença de Harry que estava escondido atrás da mesa jogada no chão.

"Ei garoto, o que faz aqui?" – o moreno perguntou agachando-se a sua frente, Harry suspirou fundo, ainda assustado. "Eu... eu..." – Styles amaldiçoou-se após notar sua gagueira, sentindo-se incomodado com aquilo, resolveu ficar em silêncio e dar de ombros ainda temeroso. Tinha um mafioso a sua frente, as mãos dele ainda seguravam as suas armas de combate. Zayn por outro lado pareceu achar divertido aquele deslumbramento, e sem pensar duas vezes, chamou para que Harry o acompanhasse."

— Harry? – o garoto deu um pulo quando reconheceu a voz do amigo adentrar o seu quarto, o trazendo de volta do pequeno passeio ao passado – você me ouviu? – perguntou risonho Zayn quando notou a confusão nos olhos verdes.

— Não, desculpe. O que disse? – o mais alto coçou a garganta, tentando disfarcar que havia sido pego desprevenido. Hazz encarou o rapaz apoiado em seu batente, um sorriso divertido brincava nos lábios rosados e acima deles, a máscara em tom vermelho vinho contornava em volta dos olhos âmbar.

— Eu perguntei se você estava pronto, estamos atrasados – alertou Zayn, olhando o relógio de pulso.

— Sim, eu estou – o garoto sacudiu a cabeça freneticamente, abrindo um sorriso largo em seus lábios. Del Frazi ao ouvi-lo acenou e retribuiu o sorriso do melhor amigo, fazendo com que o coração do mesmo se aquecesse. E ali estava um dos raros momentos que faziam Harry ainda permanecer perto do moreno. O fato que, com sorrisos doces e sinceros, gestos quase gentis, tornava Zayn quase humano - não que já não fosse, apenas era obcecado pelo poder -, e Harry sempre gostou daquele lado, mesmo que fosse quase impossível de vê-lo.

O britânico sempre se perguntou, como o destino havia trajado o caminho dos dois. Ele estava em território americano e Zayn, havia saído da Itália para poder resolver "negócios". Depois de tirá-lo de lá, o moreno o ofereceu roupas limpas, comida e um novo lar. Zayn se ofereceu para ser sua família e em troca, não havia pedido nada. Então Styles o considerou como um anjo. Um anjo da escuridão, mas que bem no fundo, tem um coração de ouro.

Depois de longos minutos dentro de um carro em silêncio, que de vez em quando era preenchido por alguma conversa paralela entre os dois amigos, finalmente haviam chego em frente a casa da família Bastazini. Os dois se entreolharam após descerem do automóvel, deslumbrando a casa enorme que havia em frente aos seus olhos.

— Nervoso? – perguntou Zayn após darem os primeiros passos pelo tapete vermelho estendido no chão, levando-os até o salão.

— Por que eu estaria? – perguntou confuso.

— Você não parecia tão seguro a querer vir – continuou o moreno, ajeitando o traje ao qual usava, sorrindo para algumas mulheres que lhe direcionavam o olhar.

Harry rolou os olhos, não por sentir ciúmes e sim por considerar aquelas mulheres oferecidas demais, talvez esse seja o fato de não gostar delas.

— Apenas estou cansado – declarou o britânico – a semana foi agitada – deu de ombros, suspirando mais uma vez cansado.

Zayn olhou Harry de relance, subindo os poucos degraus que eram dispostos.

— Então iremos nos divertir hoje, e lhe dou o fim de semana de folga – o mais velho sugeriu - lesse; ordenou -, ao melhor amigo que como resposta, sorriu como agradecimento – agora melhore essa cara amigo, você pode encontrar a mulher da sua vida ai dentro. 

Ou homem.– a mente travessa de Harry gritou, o fazendo soltar um risinho divertido as costas de Zayn que apressou-se a adentrar o local.

❱❱❱❱

Os olhos do mafioso analisavam atentamente cada movimento que eram feitos a sua frente, os convidados dançavam e cantavam ao som que Liam reconheceu como Bee Gees. Todos coreografavam perfeitamente o refrão de Stayin Alive, como se antes de tal momento, houvessem se encontrado e ensaiado durante horas.

Os lábios carnudos e avermelhados mostravam sorrisos divertidos, prensados contra o cristal do copo que levou até a boca, onde bebericou sem delongas uma boa quantidade de uísque escocês.

A máscara que o castanho usava contornava ao redor de seus olhos, escondendo metade de seu rosto, deixando apenas a bochecha esquerda, os lábios umedecidos pelo drinque, e os olhos brilhantes a mostra.

— Algum sinal de um retardado que trata-se como A? – resmungou Louis, apoiando os cotovelos no bar atrás de seu corpo.

— Nada – bufou Liam, ainda fixo nos convidados que agora dançavam YMCA.

— Eu gosto dessa música – murmurou o irlandês quando o refrão começou – eu quero ir dançar, venham comigo – pediu com um brilho inocente nos olhos.

— Não – os mais velhos responderam juntos.

— Tomara que o pau de vocês não suba na hora da transa – retrucou ácido o garoto, fazendo os mais velhos rirem alto – eu estou indo dançar essa porra, sem vocês bastardos – o loiro mostrou-lhes o dedo do meio ao levantar-se e seguir até o meio da pista de dança improvisada.

Antes mesmo que pudesse procurar alguém para poder se enturmar, um grupo de garotas histéricas se jogaram em cima dele. Por um momento, Niall teve as bochechas quentes pela vergonha e de certo modo, timidez, mas o quanto mais ia se soltando, para ele o resto do mundo que explodisse.

— Será um desperdício esse cara ser gay – comentou Louis ao analisar o amigo em um "sanduíche" humano com duas garotas, que se esfregavam nele descaradamente.

— Pra elas, não pra mim – pensou o castanho em voz alta, atraindo as risadas do mais velho que o empurrou pelo ombro.

— Você não tem jeito mesmo, Liam – Tomlinson continuou a rir – que merda – Louis resmungou para si mesmo, tomando em um só gole o drinque que havia pedido em cerca de alguns minutos atrás. Liam olhou-o perdido sobre a máscara, estranhando a recente mudança de comportamento.

— O quê?

— Tem um garoto ali, que... eu sei lá.

Liam observou Tomlinson ficar de frente para o bar, onde se esquivou sobre o mesmo, enquanto pedia outra dose. Tentando raciocinar as palavras do menor, Liam passou os olhos curiosos pelo local, até que finalmente, entendeu o motivo do desconforto.

— Estava olhando o Harry? – Liam perguntou quando notou o garoto o outro lado do salão, com a máscara na mão. Harry segurava um copo em uma das mãos e o garoto ria, parecendo se divertir ao lado de algumas garotas.

— Talvez? – Louis sentiu suas bochechas ruborizarem violentamente por receber a conclusão do melhor amigo. Liam era rápido demais para sacar as coisas, e certamente notou o desconforto alheio.

— Por que não vai falar com ele? – Liam sugeriu e Tomlinson riu debochado de si mesmo, e até do amigo que encarou-o confuso.

— Me poupe Liam, o cara é hétero.

Aquele foi o momento de Liam rir e não havia sido pouco, foi alto o suficiente para chamar atenção de algumas pessoas ao arredor. Claro, as mulheres que o secava com olhares de predadores e duplos sentidos, apenas apreciavam a bela visão e a risada contagiante que aquele homem compartilhava. Mas nenhuma delas tinha noção que aquilo que elas gostavam de chupar, aquele homem estava disposto a fazer o mesmo, e até melhor se duvidar.

— Do que está rindo?

— Da sua ingenuidade, idiota – Liam deu um soco no outro homem, o fazendo soltar um "Hey" desanimado. Então o primeiro voltou a encarar Harry, que por pura ironia, olhou-os de volta – ele está olhando pra cá, ande logo, vá falar com ele.

— Não – relutou Louis quando sentiu ser empurrado pelo peito, Tomlinson riu de como Liam parecia um urso grande e mau-humorado – eu já disse, ele é hétero.

— Até o cabelo daquele cara é gay Louis, deixa de ser tonto – Niall caiu feito paraquedas no meio dos dois, expondo sua sincera opinião que fez Liam rir. O irlandês tinha as bochechas coradas, e uma fina camada de suor sobre a testa.

— Talvez possa ser gay...

— Talvez não, ele é – Niall retrucou rápido; pedindo em seguida outro drinque no bar.

— Ok, ele é gay – respirou fundo e olhou mais uma vez Harry, que para a sua surpresa, continuava a lhe encarar. O garoto de cachos ao notar ser retribuído, sorriu gentilmente para o mais baixo.

— Cara ele 'tá tão na sua – Niall riu por notar o mesmo, fazendo o britânico encolher-se por timidez.

— Vai falar com ele – pediu Liam.

— Não. Ele deve estar com o Zayn e eu não quero causar encrenca....

— Vai logo, porra – Liam rosnou pro melhor amigo que assustou-se com a recente mudança de humor. Louis encarou-o por alguns segundos, antes de assentir e tomar uma boa lufada de ar, resolvendo seguir o caminho até Harry.

Niall e Liam sorriram ao notar que o garoto de cachos afastou as garotas as quais conversava para receber Louis, e sem muitas delongas, iniciaram uma conversa animada.

❱❱❱❱

Liam já havia perdido a conta dos copos vazios que saíram de seus dedos e depois voltavam cheios. Havia perdido totalmente a noção do tempo enquanto se divertia com os amigos no meio da pista improvisada, onde cantaram, gritaram e até mesmo arriscaram a dançar.

Era um pouco mais que meia noite, e D'Angelo havia prometido que levaria Niall para casa antes disso, os pais do loiro deveriam estar furiosos, só que Liam não tinha culpa se o garoto irlandês resolveu se esconder em algum quarto da casa, com uma garota desconhecida.

Louis e Harry já haviam sumido de seu ponto de vista, muito antes do homem notar o seu estado de embriaguez. Liam ria para qualquer um, dava atenção desmerecida a quem ele achava, quando sóbrio, não merecer. E até mesmo se aventurou a ficar com algumas mulheres nos banheiros espalhados pela casa.

Liam era um charme até mesmo tropeçando nos próprios pés - não que tivesse chego aquele ponto -, era apenas sorrir e aquelas meretrizes abriam suas pernas.

A beleza daquele homem era uma verdadeira arma fatal, e se ele quisesse ver qualquer mulher implorando aos seus pés por uma noite consigo, ele veria. Mas Liam tinha em sua cabeça que nenhuma mulher naquela festa, ou no mundo inteiro, poderia o satisfazer.

Não da forma em que ele queria.

Liam analisou o local mais uma vez, seus olhos sedentos atrás de uma nova presa que poderia o fazer passar o tempo. Uma morena de olhos claros passou a sua frente, o vestido vermelho justo contornava todas as suas curvas, um decote enorme havia na região das costas, e Liam apenas olhou para aquela região por um breve momento, até que seus olhos encontrassem os da jovem que moveu os lábios, o chamando.

Sem hesitar o castanho tomou em um único gole o restante de seu drinque, colocando o copo vazio em cima do bar, se levantou meio hesitante. Ajeitando o terno preto que fora feito a medida certa para seu corpo, ousou-se a seguir a jovem morena, mas somente ousou.

Seu corpo havia voltado para trás em um empurrão, e Liam estava novamente sentado em seu antigo lugar.

Querendo xingar quem fora o irresponsável que havia cogitado a hipótese que sairia vivo após empurra-lo, o acento pelo qual possuía foi girado e os seus olhos se arregalaram.

— Você é um homem difícil de ser encontrado – Liam não sabia distinguir o que havia acontecido consigo, mas aquele timbre de voz rouco e arrastado, por causa da bebida, despertou algo como chamas em seu corpo – estranho, não é? Você é um homem grande, deveria ser mais fácil localiza-lo – completou Zayn ao soltar uma risadinha forçada.

— O que quer? – Liam olhou sobre os ombros de Zayn na tentativa de localizar a mulher que antes seguiria... mas quem  Liam queria enganar? A nova presença o deixou muito mais animado.

— Conversar – novamente o moreno riu, somente então Liam notou que o hálito de Zayn era de uma mistura de bebidas doces.

— Conversar? – D'Angelo soou surpreso – não trocamos duas palavras sem antes tentarmos puxar o gatilho.

— Hoje eu vim aqui apenas para encher a cara, mas se você quiser brigar – Zayn se levantou, tropeçando sobre os sapatos e quase caindo de cara no chão.

Liam havia o segurado a tempo e o ajudou a se manter de pé. O moreno continuou rindo, e mesmo Liam não estando em um estado tão diferente que o alheio, ele se considerava um pouco mais consciênte agora. Era uma zona de perigo, toda atenção era o mínimo.

— Vamos lá cara, vamos brigar – o moreno puxou as mangas de sua camisa social branca, até a altura dos cotovelos, posicionou as mãos em frente ao rosto, como se soubesse o que estava fazendo.

O castanho encarou-o com as sobrancelhas erguidas, um claro sinal de deboche expressava em suas feições, porém Liam soube que o moreno estava bêbado demais para notar.

— É tentador, só que no estado em que você se encontra, é mais provável acertar um soco no próprio nariz, do que em mim – Liam zombou do inimigo, segurando os pulsos do mesmo na intenção de afastá-lo. Só que Zayn não o fez.

— Está duvidando das minhas habilidades, D'Angelo? – Liam não conseguiu conter o riso ao ouvir o moreno – você está com medo, não é?

— Eu não tenho medo de você – o castanho afirmou ao morder o lábio inferior, contendo o riso debochado. Zayn ponderou aquelas palavras, levando-as como um desafio, sorrindo arteiro.

— Venha, venha então – Zayn chegou mais perto de Liam e se moveu como se estivesse encenando uma luta.

O castanho voltaria a rir se fosse o caso,  chamaria Zayn de idiota e até poderia cogitar a hipótese de ajudá-lo a procurar alguém pra levá-lo para casa. Zayn estava ridiculamente bêbado e de fato, divertia Liam de algum modo. Por mais que os instintos de Liam fossem opostos, e queriam atacar o inimigo de um modo ou de outro, o castanho soube se conter, até porque para Liam seria covardia entrar em uma luta com um homem que não aguentava nem ficar de pé.

O mais alto espremeu os lábios ao pensar em algo que pudesse retrucar, mas a sua mente se calou no mesmo instante que Zayn simplesmente se inclinou e o beijou.

Não havia sido nada mais que um encostar de lábios, que havia parecido durar por infinitos segundos de puro êxtase. O castanho teve a intuição de empurrar Zayn, suas mãos se posicionaram no peito do outro prestes a impulsiona-lo e afastá-lo, mas algo em seu corpo o impediu de fazer, mantendo-o naquela conexão formigante e perigosa.

— Esse foi o melhor jeito que encontrei em agradecer por ter salvo a minha vida, aberração – o moreno sorriu largo ao se afastar, suas pupilas teimavam em querer se fechar, o fazendo travar uma pequena batalha em mantê-las abertas e muito bem acordado, já que lúcido estava muito longe de estar.

Liam continuou imóvel após ouvi-lo, ainda os rostos estavam próximos, poderiam sentir as respirações pesadas se misturarem e consequentemente formigarem as peles expostas.

— Um simples obrigado, não faria cair seus dentes – Liam retrucou na defensiva, se sentindo incomodado de certo modo pela sensação que sentiu no estômago, quando os lábios alheios estavam nos seu. Irritado por não ter o afastado e, principalmente, por se sentir tão estranho com a distância dos outros lábios.

— Não seja mal agradecido, Liam – Zayn riu do homem mais velho que sentiu as bochechas esquentarem. Timidez, raiva, excitação. Liam poderia cogitar uma das questões, só que nenhuma delas no final seria boa coisa.

— Ow, querido – Liam colocou as mãos no peito, se fingindo de ofendido – eu não deixarei que nenhum outro homem tenha o prazer de tirar a sua vida antes de mim.

— Eu lhe digo o mesmo – mesmo bêbado, o moreno pôde notar o desconforto alheio.

Aquela era uma situação diferente na qual estavam acostumados a ter que lidar, Zayn nunca imaginária na sua vida que estaria no meio das pernas de um outro homem, o encarando como um predador - bêbado e sonolento -, analisando cada expressão a procura de entender o que poderia estar passando nos pensamentos alheios e, até mesmo, encarando os lábios de Liam que naquela noite pareciam ter tomado um tom mais rosado.

Certas coisas, com certeza não viriam a acontecer se Zayn estivesse sóbrio.

— Posso te contar um segredo, moreno? – o garoto de olhos âmbar não soube distinguir o que havia acontecido com o seu corpo, quando dos lábios inimigo soou aquele tipo de provocação, sua mente divergia para longe junto a sua sanidade. Se é que lhe restava mais alguma.

Hesitante o moreno acenou com a cabeça, dando permissão a Liam de prosseguir.

— Eu nunca quis matar tanto um homem, como quero matar você – Liam sorriu sorrateiro ao mesmo tempo que um tipo de pensamento maligno se apossou de sua mente. Cravando seus olhos nos de avelã, Liam correu seus dedos longos e grossos até a cintura do moreno, puxando e o prendendo no meio de seus braços musculosos.

Zayn por outro lado pareceu assustado com o recente ato, prestes a agir na defensiva, fechou os dedos em punhos fortes, pronto a dar um soco no rosto bonito de Liam.

— Porém, eu lhe dou o poder de escolher a forma que deseja morrer – ao ouvir aquelas palavras serem sussurradas ao pé de seu ouvido, Del Frazi paralisou. Cada fibra do corpo pareceu entrar em algum estilo de convulsão, ao mesmo tempo que o seu sangue pareceu evaporar para fora de suas veias.

— Como é? – as palavras soaram confusas junto a expressão de espanto. 

Merda Zayn, apenas se afaste, é tão difícil assim? – a mente do garoto gritou e antes que pudesse responder a si mesmo, Liam retomou.

— Eu posso lhe matar de diversas formas, meu caro – Liam manteve a intensa conexão... de seus olhos, de seus corpos – posso te jogar na frente de um trem, posso tortura-lo, como também posso arrancar sua cabeça fora – o moreno riu nervoso por ouvir aquelas sugestões. Estranhando as próprias reações do seu corpo, engoliu em seco ao ouvir o outro dizer: – ou posso usar o meu favorito, que é te matar de prazer, enquanto você grita o meu nome.

Um segundo de silêncio, as pernas do moreno ficaram bambas. Zayn pela primeira vez, finalmente conseguindo resgatar as sobras de seu raciocínio, encontrou forças para se afastar do corpo quente e másculo de Liam.

— Você é louco? – sua voz voltou fria banhada a ódio. O Zayn que Liam conhecia, e que gostava de brincar de gato e rato, estava de volta – se esqueceu de quem sou?

— Por saber quem você é, lhe dei o direito de escolher – remendou o castanho, após uma leve gargalhada – você não é tão diferente de mim, Del Frazi.

— Não me compare a você, aberração – Zayn riu da forma mais incrédula que pode, trajando novamente a ignorância que tomava forma de sua carcaça. Liam reprimiu um sorriso engasgado ao analisa-lo, levantando e encarando o moreno de forma zombeteira.

Novamente o silêncio se fez, não porquê não tinha ofensas a dizer. Porque tinham, até demais. Mas suas mentes apenas se esforçavam em trabalhar um pouco mais nas emoções que aquela conexão de olhares os transmitiam. Era ódio misturado a algo que ambos desconheciam ou talvez, apenas fingiam não conhecer.

O moreno notando novamente que as pupilas pesaram pela enorme quantidade de álcool que enxeriu, deduziu que era melhor se afastar ou faria uma besteira.

Zayn pensou em apenas ignorar o outro mafioso a sua frente, pelo menos por aquela noite, estava se sentindo diferente demais para poder continuar uma conversa ou o bate-boca que estavam acostumados a ter, só que não obteve tempo de dizer qualquer coisa para desfazer aquela encenação quando Niall apareceu e se jogou nos braços do castanho, totalmente bêbado e balbuciando palavras desconexas a todos os cantos.

Quando o moreno reconheceu Louis, que também compareceu ao lado dos amigos, com as máscaras dele e Niall nas mãos e com os cabelos e roupas todas fora do lugar, Zayn logo se deu a entender que aquele era o momento de ir embora, antes que fosse reconhecido pelos demais.

Saindo de cena e passando pelos demais convidados, os empurrando e gritando para que saíssem da sua frente. Zayn passou pelas enormes cortinas que lhe deram passassem ao corredor principal, seguindo o tapete vermelho estendido no piso, até que se visse do lado de fora.

— Já vai? – o moreno reconheceu a voz do melhor amigo quando finalmente chegou aos portões da grande casa.

— Estou cansado desse lugar – rosnou o moreno ao passar pelos seguranças.

— Eu vou com você então – disse Harry, seguindo o mafioso. Sem proferir mais nenhuma palavra, os dois encontraram o motorista que os levariam até a casa onde viviam, entraram no carro quando as portas foram abertas, e seguiram o caminho em silêncio.

Naquele carro existia dois garotos com sensações nunca sentidas por eles antes, os corações se aceleravam constantemente e enquanto um se continha para não sorrir abobado para não obter perguntas que não conseguiria responder sem gaguejar, ou mentir. O outro tentava ignorar o motivo do seu corpo ter reações tão descomunais, perto do homem que jurou ao pai que mataria.

Ao encostar a cabeça na janela do carro e sentir novamente o estômago embrulhar, Zayn convenceu a si mesmo que tudo aquilo era efeito do exagero do álcool e não por uma infeliz atração que passou a nascer.


Notas Finais


Me desculpem pelo capítulo meio bosta, eu fiquei sem tempo para a postagem, minha semana foi realmente muito corrida. E eu refiz esse final umas três ou quatro vezes, tentando chegar em algo que me agradasse e acho que esse ficou legalzinho, mas quem me diz isso é vocês. O que acharam? Digam suas opiniões, adoro saber o que estão pensando.

Me desculpe por qualquer erro, como eu disse minha semana foi meio corrida e, novamente, não tive tempo de beta-lo.

Tentarei postar outro bem rapidinho,
obrigada pelo carinho.
All the love.


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