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História Paradisum - Park Jimin - Aberração


Escrita por: sisterx

Notas do Autor


Hello, hello meus amores! Como vocês estão? Espero que bem! 💜 <br /> <br />Vim aqui trazer o primeiro capítulo de Paradisum, repleto de personagens novos e sensações boas e ruins. Claro que eu iria atualizar ontem essa fanfic, mas terminei o capítulo muito tarde e decidi que seria melhor postar no dia seguinte, no caso, hoje. <br /> <br />Espero muito que gostem do capítulo, pois dei muito duro para escrevê-lo! Perdoem os erros de português, prometo dar uma revisada melhor depois. <br /> <br />Boa leitura e até as notas finais 🌸

Capítulo 2 - Aberração


Fanfic / Fanfiction Paradisum - Park Jimin - Aberração

A jovem garota de fios brancos e olhos púrpuros olhava pela janela de seu quarto a imensa rua de Olerion. Havia muitos comerciantes com suas lojas físicas, assim como havia aqueles que mantinham uma tendinha em frente a muros, tendo seus produtos distribuídos de diferentes formas. Ouvia-se alguns deles gritando uma frase atrativa, com o intuito de chamar fregueses e, ela concordava, eram bem convincentes.

Ao longe avistou as pontas do castelo, onde a realeza ficava. Se permitindo soltar um suspiro, ela se lembrou da sua casa e a saudade a tomou por inteira, mas ela compreendia muito bem que estava ali por um bem maior. Sim,  tudo aquilo era por um bem maior.

— Princesa Erina. — movendo seus olhos para a porta de entrada do quarto, encontrou Yoongi curvado.

O soldado havia sido escolhido para acompanhar e viver com a jovem até que fosse a hora de retornar para Aliandra, mas os dois quase não trocaram muitas palavras, uma vez que ele só lhe dirigia a fala quando ia informar algo ou quando estava na hora das refeições. Era pouca coisa maior que a princesa, tinha cabelos loiros e uma pele bem pálida.

— Aconteceu algo, Min? — virou-se por completo e deu alguns passos, para não ficar muito distante do rapaz.

— Irei sair para comprar mantimentos, — se levantou e olhou nos olhos da menina — precisa de algo?

— Deixe-me pensar. — colocou o dedo indicador no queixo e fechou os olhos, tentando se lembrar se estava faltando algo ou se precisava de alguma coisa — Ah! Você poderia me dar algumas moedas para comprar um buquê de flores para poder enfeitar meu quarto?

— Eu posso ir, se assim for o seu desejo.

— Não precisa, eu vou ficar bem. — ele a olhou por alguns segundos, apreensivo — Não se preocupe, prometo que vou e volto mais rápido ainda. — tentava persuadi-lo com todas as frases que fazia diminuir o medo que ele sentia dela se machucar enquanto estivesse sozinha.

— Veja quanto tempo levou para chegar até o lugar onde irá comprar as flores e volte na metade do tempo que levou para ir até lá. — tirou algumas moedas de prata de uma bolsinha de pano marrom e as entregou nas mãos da menina — Se achar que não é seguro, volte o mais rápido possível.

— Está bem. — mesmo que estivesse muito apreensivo com relação a isso, ele cedeu ao pedido dela com o pé atrás, já que não tinha muita certeza se tudo ficaria bem.

— Com sua licença. — se curvou rapidamente e saiu do quarto, deixando-a sozinha no cômodo.

Quase que de imediato, trocou o vestido lilás que usava por um rosa bem simples, sem muitas camadas e nenhum pouco com detalhes, apenas tinha algumas rendas brancas no final da manga comprida e na barra da saia. Calçou uma sapatilha da mesma cor do vestido e pegou um lenço rosê para poder esconder seus longos fios brancos, fazendo um nó para que não caísse de jeito nenhum de sua cabeça.

Dando uma boa olhada no espelho, concluiu que estava pronta para ir até o final daquela enorme rua a qual estava observando pela janela, já que era lá onde a mulher, cujo nome era Maria, se encontrava com suas belas flores de diferentes tipos. Saiu do quarto após pegar as moedas de prata e desceu as escadas, indo até a porta de entrada. Respirou fundo com seus olhos fechados e, após abrí-los, girou a maçaneta, puxando suavemente a porta e vislumbrando a rua de lajotas de pedras retangulares. Não havia muitas pessoas transitando na frente da sua casa, mas assim era melhor.

Depois de passar pela porta e fechá-la, caminhou rapidamente pela rua, tendo que virar uma esquina para encontrar a que estava olhando da janela de seu quarto. Ela se sentia animada quando ia ali, até porque tinha tantas coisas diferentes, umas que ela nem sabia para que servia ou se servia realmente para algo. Sempre que alguém passava os olhos por ela, Erina abaixava a cabeça para não verem seus olhos que continham uma cor muito diferente da que o povo de Olerion estava acostumado. Também por esse motivo, após a chegada da menina a essa cidade, ela foi alvo de muitos olhares carregados de preconceito e, em alguns casos, até chegaram a falar coisas horríveis para a jovem princesa. Mas isso não era motivo para ficar triste ou ir até seu quarto chorar, pelo menos foi isso que Yoongi disse a ela quando a  mesma recebeu olhares cruéis. Claro que no primeiro dia ela ficou abalada e triste, mas foi se acostumando e decidiu não deixar com que aquilo a atrapalhasse durante o tempo que ficaria na cidade, mesmo que não tivesse certeza sobre o tempo.

Desviando de algumas pessoas e tomando cuidado para não ir ao chão, chegou até seu destino. Maria arrumava algumas rosas vermelhas que estavam postas em um grande disco feito de folhas.

— Com licença. — falou para que a mulher mais velha notasse sua presença, o que foi realizado com sucesso — Essas flores — apontou para as que ela estava arrumando — é da nova remessa? — perguntou.

— Erina, que bom te ver por aqui! — exclamou e veio envolver a menina em um abraço caloroso.

Maria era uma das poucas pessoas que a tratavam como uma pessoa normal, sem olhar feio e, muito menos, dizer coisas cruéis para ela.

— Meu marido as colheu cedinho! Não são lindas?! — a princesa sorriu e concordou.

— Poderia preparar um buquê com elas? Não precisa ser muito grande.

— Mas é claro! — escolheu algumas rosas, parecia estar pegando as melhores — Fique aqui, logo irei trazer seu buquê.

— Está bem.

Após Maria entrar dentro de sua loja para preparar o pedido da jovem, ela ficou olhando outras flores que estavam expostas na frente. Ali ficavam as novidades e as reposições das mais procuradas, atraindo assim seus clientes.

A princesa não era uma amante de flores como a dona da loja, mas sabia apreciar uma beleza quando via uma e, com toda a certeza, flores eram obras primas com um aroma maravilhoso. As últimas que havia levado tinham morrido, deixando seu quarto completamente sem graça, então agradecia mentalmente a Yoongi por ter deixado ela ir comprar novas. Não era por nada, mas o Min tinha péssimo gosto e, por mais que todas fossem lindas, ele pegava as mais murchas, o que resultava em uma morte bem rápida delas.

— Aí. — levou sua mão esquerda até o braço direito, já que repentinamente tinha sentido uma dor de repente naquela parte — Aí. — falou novamente, mas agora a dor estava vindo da sua cabeça.

— Acha mesmo que esse lenço consegue esconder o quão horrível é? — olhou para o lado, vendo dois garotos e uma garota a encarando com um sorriso no rosto e algumas pedras nas mãos — Vá embora aberração! — o garoto mais alto jogou a pedra na menina, acertando sua testa, fazendo com que ela caísse no chão.

— Esse cabelo estranho. — falou a menina.

— Esses olhos de cor roxa, com certeza você deve ter mexido com coisa errada. — o outro menino que completava o trio, disse.

— Saia de nossas terras seu verme! — o mesmo garoto que havia atirado a primeira pedra, quase gritou a frase carregada de ódio.

Erina protegia seu corpo e rosto com seus braços, mas não cobria muita coisa. Sentia o sangue da testa escorrer por seu olho direito, fechando-o no mesmo instante. As pedras — que, por mais que fossem pequenas, machucavam — acertavam seu corpo, causando dor e, nas mãos, fazendo pequenos cortes.

Aguente mais um pouco, logo isso vai acabar. Repetia essa frase várias vezes em sua mente, para que a dor não fosse tanta e não saísse abalada demais daquilo.

— O que pensam que estão fazendo?! — uma voz grave e forte soou atrás da princesa, a fazendo dar um pequeno pulo no chão por ter se assustado.

Levantando sua cabeça lentamente, olhou para os três que, até então, estavam jogando pedras nela, com uma expressão de espanto. A menina que os acompanhava abria e fechava a boca na tentativa de dizer algo, mas parecia em vão já que nenhum som era emitido. Os outros tremiam, mas Erina não entendia o motivo de todo aquele espanto.

— Vamos! Qual de vocês irá me responder o que é que estavam pensando quando decidiram apedrejar essa jovem?! — a voz era autoritária, até mesmo a princesa ficou com medo de olhar para trás e ver quem era o dono dela — Estou esperando!

— E-ela… — o garoto mais alto apontou para a princesa, tremendo — Ela deveria i-ir embora daqui!

— Sim! — a garota complementou, mesmo que estivesse tremendo mais que o outro garoto — Ela é uma aberração!

— Aberração? — questionou o homem atrás de Erina — Vocês, por acaso, sabem o que é uma aberração?!

— Ela é uma! — por fim, o último garoto disse, mas logo deu um passo para trás, se arrependendo do que havia falado.

— Aberração é o que vocês estão fazendo com ela. — ouvia-se os passos do homem soarem por aquela rua, que não tinha muita gente, mas as que tinham observavam a cena — Aberração é quem se acha melhor do que outra pessoa. — Erina podia ver o homem que antes estava atrás de si, caminhando em direção aos três.

Não podia ver seu rosto, mas conseguia visualizar seus fios pretos, a blusa perolada que usava e a calça escura que vestia, juntamente com um sapato preto nos pés. Acompanhando sua roupa, uma espada estava em sua cintura, com sua bainha na cor preta.

— Vocês — voltou a sua atenção para o homem, notando que ele estava em frente aos três — são aberrações. — Erina viu os olhos da menina se encherem de água e logo lágrimas deslizavam pelo seu rosto — Sumam daqui! — tanto a garota, quanto os outros dois saíram correndo na mesma direção.

A princesa estava paralisada no mesmo lugar, não sabendo muito bem o que fazer.

— Erina! — Maria saiu de sua loja com o buquê em mãos e correu até a menina, pegando um pano branco e passando no corte de sua testa, permitindo assim que ela abrisse o olho direito — Você está bem?! Quem fez isso com você? — lançava uma pergunta atrás da outra, não dando tempo para que ela respondesse.

— Não se preocupem, eu já mandei aqueles encrenqueiros para bem longe.

Os olhos da princesa vislumbravam a figura masculina que estava vindo em sua direção. Ele era dono de uma beleza estonteante, com traços impecáveis e lábios rosados e pouca coisa volumosa. Vendo agora, no pomo de sua espada havia uma pedra preciosa e brilhante, fazendo a jovem admirá-la por alguns instantes, mas logo desviando seu olhar para observar Maria reverenciar o homem que continuava encurtando o espaço entre eles. De primeira ela não entendeu muito bem o que estava acontecendo, até porque era a primeira vez que o via desde que tinha chegado a Olerion.

— Você me conhece, Maria. Não precisa de toda essa formalidade. — deixando sua coluna ereta, a mulher sorriu.

— Mesmo assim eu insisto nos protocolos e, principalmente, nas formalidades.

— Se insiste. — Erina agora tinha sua atenção, mas abaixou a cabeça para que seus olhos não encontrassem os seus — Você está bem? — era notável seu tom de preocupação — Se quiser eu te levo até um curandeiro caso esteja se sentindo mal.

— Eu vou ficar bem, não se preocupe. — se colocou de pé e limpou o vestido rosado — Obrigada por ter… bom, me salvado.

— Apenas fiz o que qualquer um faria.

Não era verdade, ela sabia muito bem disso, já que muitos tinham medo dela por sua aparência e a abominavam, então não iriam impedir aqueles três de jogar pedras nela.

— Tem razão.— por fim disse — Vou para casa agora, desculpe por essa confusão na frente de sua loja, Maria.

— Eu irei te acompanhar. — o rapaz proferiu, fazendo Erina arregalar levemente seus olhos — Não quero que você tenha outro encontro com aqueles três novamente, mesmo que eu saiba que eles não irão atormentá-la de novo.

— Não precisa, eu vou ficar bem. — tentou transparecer o máximo de confiança que conseguiu, mas foi falho.

— Não se preocupe, ninguém vai mexer com você enquanto estiver comigo ao seu lado. — entendeu a mão em sua direção — Confie em mim.

— Vá com ele, Erina. — Maria incentivava — Tome, fique com esse buquê. — ela tentou entregar as moedas de prata que ainda estavam em sua mão, mas viu a mais velha negar com a cabeça — Está tudo bem, eu estou te dando essas flores. Até porque você sempre vem comprar na minha loja, então fique com isso como uma forma de agradecimento. — meio hesitante, ela pegou o buquê de rosas — Agora vá para casa e descanse. — Erina apenas assentiu, virando para o jovem que ainda mantinha sua mão esticada em sua direção e, da mesma forma que hesitou para pegar o buquê, pegou na mão dele, logo vendo ele enganchar seus braços.

Após se despedirem de Maria, andaram a passos lentos pela rua movimentada. Estranhamente, ela recebia olhares, mas não eram os mesmos que eram lançados quando andava sozinha. Afinal de contas, quem era esse rapaz ao seu lado? Acreditava que era uma boa pessoa pelo fato de tê-la salvado daqueles três, mas também se lembrava do quão autoritário ele tinha sido momentos antes, então ficava com o pé atrás quanto a isso.

Foi um tanto desconcertante a forma como os olhares de espanto lhe atingiam, juntamente com os murmúrios que se formavam por onde passavam. Poderia esse jovem ser alguém importante? Se lembrava de Maria fazer uma reverência, então… ele era da realeza? Assim como ela? Claro que em Olerion sua posição não contava, mas ainda sim continuava sendo uma princesa, mesmo que tivesse que mentir para todos sobre sua vida de antes, ela era e sempre seria Erina D'layn, a princesa de Aliandra.

Quando chegaram em frente a casa da jovem, ouviram a porta ser aberta bruscamente e Yoongi sair em disparada em direção a menina.

— O que houve Erina? — Min tentava ver qual era a origem do sangue seco em seu rosto — Pare de olhar para baixo. — em um movimento muito rápido, as mãos dele desfizeram o nó que prendia o lenço e, em um puxão, descobriu por completo o rosto da garota.

Seus fios brancos balançavam no ar após terem sido tirados da proteção do lenço, aquietando-se alguns segundos depois. Em um movimento impensado e muito menos calculado, a princesa virou em direção ao rapaz — que por sinal ainda estava ali observando toda a cena — olhando em suas orbes castanhas, notando o espanto dele quanto a cor de seu cabelo e, principalmente, de seus olhos.

— Vossa alteza. — Erina arregalou seus olhos, mas foi puxada por Yoongi para que se curvassem — Perdoe pelo trabalho que minha irmã possa ter dado.

— Não se preocupe com isso. —  o Min se levantou e a princesa fez o mesmo, desviando o olhar do rapaz a sua frente — Tome cuidado com aqueles três e não ande muito sozinha pela cidade, existem pessoas realmente ruins vivendo aqui.

— Eu irei cuidar dela, não se preocupe. — Yoongi rapidamente se pronunciou.

— Agora que está com seu irmão, vou me encontrar com uma pessoa. Se cuidem. — deu meia volta e saiu andando pela rua de lajotas retangulares.

— Quem é ele? — a pergunta saiu sem o mínimo esforço, pois sua curiosidade era muito maior.

— Creio que nunca chegou a vê-lo pela cidade, mas não é para menos também. — balançou os ombros.

— Como assim?

— Ele voltou recentemente para Olerion. Pelo que eu entendi, o príncipe passou uns anos no reino vizinho para aprender mais sobre combates, estratégias de guerras e essas coisas. — cruzou os braços e a olhou — Como sabe, esse foi um dos únicos lugares que não se arrastou para a última guerra, então todo o conhecimento que eles adquirirem é muito bem vindo, até porque nunca se sabe quando uma guerra pode eclodir.

— Isso é verdade. — ela concordou — Como ele se chama? O príncipe.

— As pessoas dizem que o herdeiro do trono é muito esperto, justo, gentil com os outros, tem um temperamento equilibrado, mas quando vê algo desagradável seu humor muda completamente. — Erina se lembrou da forma autoritária que ele tomou quando foi falar com aqueles três e constatou ser verdade o que o Min havia dito — Também é dono de uma beleza invejada por alguns e admirada por outros. Ah, claro, ele também é muito bom na esgrima e nos combates corpo a corpo. Não é atoa que recebe o título de o magnífico, Park Jimin.


Notas Finais


Agradeço imensamente aos favoritos e comentários do capítulo anterior! Vocês são incríveis 🤍 <br /> <br />O que acharam desse primeiro capítulo? Ele ficou um pouco grande, bem pouco mesmo, mesmo assim espero que a leitura não tenha sido muito cansativa :< <br /> <br />Obrigada pelo apoio e até a próxima atualização 🤍 <br /> <br />XOXO


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