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História Paradoxo - Le Petit Coq


Escrita por: ohmyloubieber

Notas do Autor


OI! Gente, desculpa a demora, deixei às moscas. Espero que alguém ainda leia. Boa leitura
xoxo

Capítulo 8 - Le Petit Coq


- Mãe, hoje eu vou sair, tem algum problema? – Perguntei, me escorando na parede da cozinha enquanto ela colocava alguma coisa no forno.

- Quero ver a sua nota de física primeiro, depois você pode até viajar para o Tibet, querida. – Ela disse, ainda concentrada na comida. Tirei a folha da prova que estava enrolada e enfiada no meu bolso e entreguei pra minha mãe, que pegou e olhou a nota escrito em caneta azul e sorriu largamente.

- Viu, filha! Eu disse que se você pedisse ajuda, conseguiria! Parabéns, querida! – Ela disse e me devolveu. – Pra onde você vai?

- Justin vai me levar pra jantar. – Isso soou mais estranho do que eu planejei que soasse.

- O que te ensinou a matéria? Você nem gosta dele, Zoe. – Ela disse franzindo a testa e estranhando.

- Eu sei, eu sei, mas eu prometi que eu iria se ele me ajudasse com a matéria. Eu cumpro as minhas promessas, mamãe. – Joguei o peso do corpo para a perna direita, voltando a me encostar à parede.

- Isso não é suborno?

- Tá mais pra uma troca de favores.

- Vê bem, hein garotinha. O Justin é um bom garoto pelo que eu vi, mas tome cuidado.

- Tá, mãe, já tenho 17 anos e o Justin não estaria na minha lista nem de talvez nem em um milhão de séculos.

- Existe uma linha bem tênue entre o amor e o ódio, filha. – Ela sorriu, marota. Bufei e fui subir pra tomar banho.

- Não odeio o Justin, odeio a personalidade dele! – Disse lá de cima e escutei a minha mãe rindo. 

Entrei no banheiro e tomei um banho rápido, sem lavar os cabelos porque já foram lavados ontem. Minhas unhas estavam ok e minhas pernas estavam raspadas, nada que estivesse fora do normal.

Vesti o roupão azul claro atoalhado e o amarrei indo para o quarto. Olhei para o meu armário. Não vou mentir, eu tenho muitas roupas, algumas que eu nunca usei, mas eu sempre fico na dúvida na hora de escolher.

Prendi o meu cabelo em coque enquanto eu escolhia a roupa para ele ficar cacheado nas pontas quando eu soltasse. Coloquei a mão na cintura e soltei um ar que eu nem sabia que estava prendendo.

Por fim, escolhi um vestido verde oliva um palmo acima do joelho, fiz um rabo de cavalo soltinho e desarrumado na medida certa e saltos pretos e altos completavam a minha roupa para sair com o Justin.

Merda, isso realmente soava muito estranho. Não era exatamente isso que eu esperava ou planejava para o meu sábado à noite.

- Mãe, viu a minha bolsa preta pequena?! – Gritei do andar de cima para a minha mãe que estava no notebook na sala.

- Qual?!

- A que você foi para o casamento da Janice!

- Acho que está na parte de cima do seu armário! – Ela respondeu.

- Tá, valeu! – Gritei e tirei os saltos para subir em uma cadeira e pegar a bolsa na parte de cima do armário do meu quarto.

- Vai sair? – Joshua apareceu no quarto, sentando-se na cama.

- Sim... – Desci da cadeira e coloquei-a no lugar.

- Com quem? – Peguei identidade, cartão de crédito, um pouco de dinheiro e brilho labial e coloquei dentro da bolsa.

- Justin.

- Ah, é hoje?

- Sim, é... – Calcei os saltos pretos. – Sabe onde está o meu celular?

- Em cima da mesa da sala. – Escutei a campainha tocar, parecia o som do martelo do juiz num tribunal, dando a minha sentença: sair com o Justin. Eu preferia ter que pegar perpétua.

- Eu atendo! – Gritei e comecei a descer as escadas devagar. Abri a porta e encontrei um Justin com um jeans escuro, blusa social branca com as mangas arregaçadas e Vans pretos.

- Oi, Justin... – Disse um pouco desanimada.

- Oi Zoe que prometeu ser agradável. – Ele sorriu amistosamente. Porra, dá pra parar de sorrir? Eu não me sinto confortável com você sorrindo desse jeito na minha frente.

- Oi, Justin! – Disse com uma voz enjoada de qualquer vadia de torcida que ele já tenha comido. – Aonde vamos hoje?

- Le Petit Coq. E digamos que essa voz de vadia no cio não é exatamente agradável, Zoe. – Ele riu. Merda, nada do que eu faça vai o fazer desistir. Pensei em revirar os olhos, mas lembrei do que ele falou sobre isso então eu me esforcei para conter a vontade enquanto saia e fechava a porta atrás de mim.

Caminhei até o Duster prata dele, que estava esperando ao lado da porta do banco do acompanhante. Torci o nariz em estranhamento quando ele abriu a porta do carro pra mim.

- Não sei porquê você vai me levar à um lugar caro e está, visivelmente, se esforçando para ser cavalheiro – Ele deu a partida. – Não tem futuro, Bieber. Não é como se eu fosse a garota que você está superafim e torra todo o dinheiro para impressioná-la.

- Zoe, linda, linda Zoe, - ele deu uma breve olhada pra mim, falando serenamente. – dessa parte sou eu quem cuido, se apaixonar perdidamente por mim é por sua conta, docinho.

- Não me chame de docinho, odeio que me chame assim.

- Você pode escolher o que odiar, mas vou continuar te chamando assim, docinho. – Bufei

* * *

- Que cardápio enorme, cansativo...

- Já escolheu? – Justin perguntou.

- Sim, vou querer um frango à parmeggiana.  – Justin fez um sinal para o garçom.

- Boa noite, meu nome é Stevan e eu vou lhes atender esta noite. O que o casal deseja?

- Não somos um casal. – Falei rapidamente

- Parecemos um casal? – Justin perguntou sorrindo.

- Não se não quiserem, senhor.

- Nós não queremos. – Eu disse. Justin se divertindo com a situação que se formou.

- O que os jovens vão querer?

- Dois frangos à parmeggiana.

- E pra beber?

- Pellegrino.

- Justin, isso é caro... – Alertei.

- Você gosta? – Ele me olhou.

- Claro, mas...

- Eu vou querer esse.

- Identidade, por favor. – Justin pegou a carteira e entregou o papel para Stevan, que conferiu a idade e devolveu.

- Vou entregar os pedidos. – Stevan disse e saiu, me deixando com Justin novamente.

- Então, Zoe, quero saber mais sobre você. – Ele disse.

- O que quer saber sobre mim? – Perguntei.

- Quer ir fazer faculdade aonde o que?

- Jornalismo em Yale. E você?

- Olhe só, uma pergunta não retórica ou recheada de ironia sua... – Sorri.

- Me disse para ser agradável.

- Vai fazer tudo o que eu disser? – Perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Não é iss...

- Então me beija. – Ele fechou os olhos fazendo um biquinho logo desfeito pelo riso. – Falando sério agora, quero fazer Economia em Harvard.

- Ah, a ambição sempre esteve correndo nas suas veias.

- Quero uma vida boa e fácil.

- Bancar as suas vadias não é a coisa mais fácil do mundo.

- Sou um cara de uma só... – Arqueei as sobrancelhas e ele sorriu presunçoso. – quando estou com uma só.

- Nunca ficou com ninguém sério? – Perguntei sem pudor nenhum.

- Uma vez só.

- O que aconteceu?

- Ahn... – Ele ficou meio sem jeito.

- Não precisa responder se não quiser.

- Tá tudo bem, foi há dois anos... Digamos que ela achou alguém melhor. Eu não gostava tanto dela, mas foi o primeiro e único toco que eu já levei.

- Tem certeza?

- E você também já me dispensou... Mas, acredite, isso muda. Você vai ver que eu sou irresistível, docinho.

- Não vai ser tão fácil, Bizzle. – Ele estranhou o apelido, mas sorriu.

- Bizzle?

- Por que Bizzle? – Finalmente eu perguntei, a curiosidade sempre foi maior que eu.

- Uma noite eu estava tão bêbado, tonto (dizzle)... Meus amigos adaptaram e colocaram um B no lugar de D. Bizzle. – Ele riu. – É idiota, mas eu gosto.

-Não acho idiota. É criativo.

- Eles são criativos.

- Aposto que sim.

- Diga-me uma coisa... – Assenti – Por que me odeia?

- Já disse pra você. Não te odeio, odeio a sua personalidade.

- Não entendo, funciona com todas, mas em você parece que o efeito é incompleto. – Era verdade, mas eu não vou mentir, tinha algum efeito sim e não era tão fraco quanto era pra ser. Era uma eletricidade fodida quando estávamos perto e é como a estática, não pode ser controlada.

- Talvez você tenha que mudar suas táticas pra conseguir alguma coisa comigo ou com qualquer outra que não seja uma vadia.

- Está dizendo que quer que eu mude para ter alguma coisa com você? Está interessada em mim, Zoe?

- Nunca, Bizzle.

- Não escutou? É infalível, é só uma questão de tempo, docinho. – Revirei os olhos e fechei-os rapidamente depois, me lembrando de que ele havia dito. Escutei a sua risada alta. Não sei o que, mas alguma coisa me disse que eu escutaria aquela risada mais vazes e por um bom tempo.

* * *



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