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História Paraíso Imperfeito - Disfarces


Escrita por: Pink_Babaloo

Notas do Autor


Mais alguns capitulos gente! Muito obrigada aos comentários e a todos que favoritaram a fic!
Espero que continuem acompanhando e gostando!

Capítulo 3 - Disfarces


Fanfic / Fanfiction Paraíso Imperfeito - Disfarces

"Não há diferença entre um sábio e um tolo quando estão apaixonados.

Quando alguém está apaixonado, começa por enganar-se a si mesmo

e acaba por enganar os outro."

(Autor Desconhecido)

 

Sasuke, que servia a todos com a bebida, ofereceu para a Hyuuga que prontamente aceitou. Precisaria de um pouco mais de coragem para continuar ali bancando a inocente.

Seu gesto, entretanto, não passou despercebido por Kiba, que como sempre muito escandaloso, logo se alterou.

- A Hina-chan bebendo sake? Esse mundo tá perdido mesmo. – brincou com falso choque chamando a atenção de todos, o que a fez querer esganá-lo.

- O que você tá pensando, Kiba? – Ino logo saltou em defesa a Hyuuga, demonstrando não pela primeira vez, seus pensamentos sempre muito a frente de seu tempo - Hinata já é uma mulher feita, vacinada e cheia de amor pra dar. – Deu então uma piscadela para a amiga que arregalou os olhos sentindo as próprias bochechas corarem.

- Ino!! – Seu constrangimento, contudo, logo se transformou em indignação ao perceber o sorrisinho de Naruto, que sabia muito bem o quanto de amor ela sabia dar. O que ele, por outro lado, não o fazia.

- Hinata-chaaan – Rock Lee escolheu aquele momento para tornar tudo ainda mais vergonhoso para a pobre herdeira, pegando em sua mão de forma dramatica - Minha pequena rosa, eu queria ser aquele que te rega com o meu mel. - declamou, com seu romantismo exagerado de sempre, mas fez todos se engasgarem com a bebida e Hinata querer se esconder debaixo da mesa.

- ROCK LEE! SEU TARAADOOOOO! – Sakura ralhou dando um grande murro no atual sensei do time 2, que o fez ficar com um grande galo na cabeça. E Hinata realmente a agradeceu mentalmente por isso.

- Que merda é essa que tu ‘ta tomando lee? – Kiba rosnou, puxando o copo do ninja e analisando seu conteúdo - Você sabe que não pode beber!! - completou tão revoltado quanto as outras garotas.

- Esse baka está tomando apenas água! – Shikamaru murmurou com os braços cruzados, com o ar de tédio costumeiro. - Ele é retardado assim mesmo de nascença. - suspirou como se aquilo fosse obvio, mas Kiba, Ino e Sakura continuavam a olhar para Lee ameaçadoramente.

Naruto finalmente resolveu se manifestar, e parecia realmente divertir-se com toda aquela situação.

- Coitado do Lee, ele só quis expressar o seu amor - brincou e Hinata não pôde deixar de fuzilá-lo com o olhar. Por que ele estava fazendo isso?

- É verdadeeee! – Rock Lee choramingou - Eu só queria cortejá-la para que assim ela me amasse e pudéssemos montar nossa família juntooosss

- Tadinho! – Naruto afirmou tão sarcástico que Sasuke e Shikamaru acabaram rindo da cena.

- Se encheeeergaaa Lee, a Hinata-chan, deve ter muitos outros pretendentes mais alto níveis que todos nós. – Sakura disse com convicção, sem saber que isso apenas renderia ainda mais assunto, mas foi tarde demais quando Ino praticamente pulou em cima da Hyuuga já mortificada.

- Aaaahhh não brincaaaa! - disse do seu jeito histérico de sempre - quem é ele, Hinata?? Você precisa me contar!!

- Não tenho nenhum pretendente. – Hinata praticamente gritou, implorando aos deuses que aquela tortura finalmente terminasse, mas a loira apenas a olhou inquisidora.

- Tem certeza? Nem namorado, um rolo...

Hinata não contee o olhar para o loiro a sua frente e sentiu vontade de gritar quando o viu olhando discretamente para a rosada ao seu lado. Cara de pau! Ele tentava disfarçar, mas era tão obvio!

- Hinatinhaaa, não minta pra miim! – Ela ouviu Ino cantarolar, e abaixou a cabeça para não mostrar a fúria em seus olhos.

- Não há ninguém Ino-chan. Não estou com ninguém no momento. - Repetiu séria, mais para si mesma do que para os outros, e ao se dar conta rapidamente tentou amenizar com um sorriso singelo - é serio.

- Hunf, pois é um desperdício. – Ino comentou contrariada, mas felizmente pareceu acreditar na Hyuuga, assim como todos.

- Nem todas as garotas querem ficar tendo casos por aí como você, Ino! – Kiba ironizou

- Pois ela não sabe o que perde.

Por um instante, Hinata refletiu como eles ficariam se soubessem da verdade. Kiba ficaria chocado, sem dúvida nenhuma. Ino por outro lado, acharia uma diversão perigosa, incrível e completamente excitante o que de certa forma não deixava de ser verdade...

- Aaahhh gente, vocês estão deixando a Hinata constrangida. – A voz de Sakura a tirou de seus pensamentos de volta a realidade - Vamos mudar de assunto!

- Ahh testuda, você só quer mudar de assunto por que está louca pra falar do seu casamento! – Ino não perdeu a chance de provocar a amiga que imediatamente ganhou um tom escuro de vermelho exatamente como a Hyuuga instantes atrás.

- Não é nada dissooooo!!! - rebateu constrangida, e todos da mesa sabiam que era mentira e acabaram rindo.

Menos ele.

O loiro tentou forçar um sorriso, mas Hinata sabia que era fingimento, que ele estava com raiva do mesmo jeito que sempre ficava quando tocavam nesse assunto.

Felizmente assim como o assunto veio, ele também se foi e logo eles estavam falando de outra coisa.

- Estou recrutando ninjas para servir a policia Uchiha. Muitos querem entrar – Sasuke dizia sem modéstia e Naruto revirou os olhos - mas eu também queria que alguém da Anbu entrasse. - ele completou olhando em direção ao loiro que demorou alguns segundos para perceber a intenção do Uchiha.

- Aaahhh já pensou como ia ser o máximo vocês trabalhando juntos? – Sakura quase gritou com empolgação.

Hinata se perguntou se a kunoichi era cega ou realmente muito ingênua para não perceber o quanto a aproximação deles fazia mal para Naruto. Mas, era provável nem o loiro via isso afinal. Ela suspirou pesadamente enquanto via começar a desenrolar mais uma das icônicas cenas de desentendimento do time 7.

- NAANII?? EU TRABALHANDO PRA ESSE TEME? NEM PENSAR!! EU ME NEGO A SER COMANDADO POR ESSE METIDOOO!

- O QUE DISSE DOBEE?? POIS EU É QUEM IA ODIAR TER UM INCOMPETENTE NO MEU ESQUADRÃO ESPECIAL.

- QUEM É INCOMPETENTE AQUI??

- VOCÊ!

- TEMEEEEE!!

- DOBEEE!

- Ai, ai, certas coisas não mudam nunca mesmo. – Sakura suspirou balançando a cabeça negativamente enquanto os dois continuavam a discutir, entretanto havia um ar carinhoso em suas palavras.

Hinata olhou para a rosada, entre os dois rapazes que discutiam e como volta ou outra o loiro olhava disfarçadamente pra ela como se esperasse que a mesma o apoiasse o que nunca aconteceria. Teve que concordar com Sakura. Realmente certas coisas nunca mudam. Será que tudo o que fazia era em vão?

Foi difícil ver o loiro de vez em quando secando a ex-companheira de equipe, mas no geral, o encontro foi bem agradável e divertido, com as brigas de Sasuke e Naruto, as provocações de Ino e Sakura, as filosofias de Shikamaru, as loucuras de Rock Lee, e o carinho de seu amigo, Kiba. E depois de três horas, eles perceberam que já estava tarde e foi a hora de acabar com a festa.

- Sayonará! – Sakura disse, enquanto enrroscava os dois braços em um único braço do noivo - Eu vou com o Sasuke-kun.

- Sua casa não fica pra lá, Sakura-chan? – Claro que Naruto iria comentar algo.

- Naruto-bakaa, a testuda vai dormir em um lugar muito mais quente hojee! – Ino ironizou.

Sakura corou violentamente e olhou feio para a Yamanaka que ria sem vergonha.

- Porquinhaa, você é uma mente sujaa!!

Ino deu os ombros, e o primeiro casal foi embora. Ela então virou-se para a Hyuuga.

- Hinata, você quer ir com agente?

- Eu levo ela em casa! – Kiba imediatamente se prontificou e Ino sorriu maliciosamente, como sempre.

- Então sayonarááá! Vamos Shikamaru, você vai me deixar em casa. – Informou autoritária sem o mínimo constrangimento já puxando o moreno consigo.

Shikamaru sorriu sem reclamar, afinal, era preguiçoso, mas não era burro!

- Vamos Hina! – Kiba então lhe sorriu e ela disfarçou a hesitação com um sorriso.

Queria ficar sozinha com Naruto, talvez ele quisesse o mesmo. Mas então quando o loiro se manifestou, não foi bem o que ela esperava.

- Eu já vou! Sayonará pra quem fica! - e saiu sem dar nem se quer um sorriso pra ela.

- Naruto-kun me espeeera! Eu vou com você. – Lee gritou já saindo correndo para alcançar o loiro.

A indiferença dele com certeza a machucou, mas a mesma conseguiu disfarçar muito bem. Afinal, fazia meses que aprendia a disfarçar seus sentimentos quando ficava perto do homem que a amava, mas que só queria se divertir.

- Hinata? – Ela foi novamente arrancada de seus devaneios de auto piedade pela voz de Kiba que a olhava com curiosidade.

- Aah Gomen Kiba-kun, eu estou um pouco cansada, só isso.

- Você parece triste – Ele então comentou enquanto andavam lado a lado e a moça sorriu para ele.

Ao contrário do que muitos pensavam, o Inuzuka havia se tornado bastante sagaz com o passar do tempo. Amadureceu e além disso, sempre conheceu Hinata muito bem e nunca hesitou em demonstrar seu apoio quando ela precisasse.

- Sim, estão acontecendo algumas coisas que eu não consigo lidar.

- Seu pai ainda está pegando no seu pé?

- Sim, mas são as mesmas coisas de sempre. Eu nem ligo mais. - deu os ombros e o ouviu rir.

- Você está muito diferente.

- Você não imagina o quanto... – Ela murmurou consigo mesma.

- O que disse?

- Ah, que você também não é o mesmo maluco briguento de antes. Amadureceu.

- Um pouco – Ele sorriu sem graça e eles chegaram em frente ao clã. - então Hinata, é sério aquela história de você não ter ninguém? - perguntou fingindo desinteresse e ela cruzou os braços e sorriu nervosa.

- Sim, como sempre! - brincou e ele também sorriu, mais largamente mostrando seus caninos brancos e afiados.

- Eu tenho que ir agora, mas qualquer dia eu vou te arrastar pra sairmos juntos.

- Certo! – ela não pode deixar de sorrir feliz - Sayonará Kiba-kun.

- Sayonará!

Quando ele se foi, ela continuou parada no mesmo lugar decidindo o que fazer. Tinha vontade de ir atrás de Naruto, mas não sabia se devia. Ele, não fez qualquer coisa que a fizesse acreditar que queria sua presença, apesar dela querer a dele. Ficou em um grande dilema, até Tenten sair do clã e a encontrar parada feito uma estatua.

- Chegando a essa hora? – Murmurou com falso choque e ganhando um sorriso da Hyuuga.

- Eu estava com Ino-chan e os outros. Lee-kun também estava lá com agente.

- Ah faz tanto tempo que eu não saio com os amigos. A academia tá acabando com a minha vida social. – A mestre das armas suspirou revirando os olhos - Outro dia a gente se fala, Bye Bye.

- Bye bye Tenten-chan. - quando esta também se foi, ela voltou a olhar em direção ao caminho que levava a casa do Uzumaki, e por fim desistiu.

Com um suspiro, entrou de novo no clã. Não iria se humilhar ainda mais pra ele.

Quando passou pelo dojo aonde Neji ainda treinava, viu Hanabi e cumprimentou ambos, se perguntando se o hyuuga nunca se cansava de treinar. Ele nem tinha vida social, como diria Tenten.

Enquando isso Hanabi olhou o Hyuuga a sua frente e contemplou o corpo sem camisa, musculoso e definido que ela tanto gostava. Ele era viril, sexy e discreto, definitivamente o seu tipo, mas ao mesmo tempo, era tão distante que a fazia enlouquecer pelo fato dele não olhá-la como nada além do que uma prima a quem deveria proteger.

Quando ele finalmente deu-se por satisfeito e saiu do dojo, ela o seguiu em silêncio, contendo o impulso de tocá-lo. Sua postura obviamente não passou despercebida pelo Hyuuga.

- O que você tem?

- Você sabe o que eu tenho. - ela rebateu direta, mas o rapaz continuou impassível.

- Quer alguma coisa?

- Sim - ela então parou e segurou em seu braço o fazendo parar também e olhá-la. - você. – confessou e mordeu a bochecha nervosa enquanto ele continuava calado.

E como se nada houvesse acontecido, Neji vira-se e continua seu caminho, indiferente, até ela alcança-lo e puxar seu braço novamente, dessa vez com raiva.

- Não me ignore! – exijiu, mas Neji apenas a olhou sem qualquer expressão.

- Devo ignorar qualquer ação indigna das herdeiras da souke.

- Hinata é a herdeira. - rebateu - e o que eu faço não tem nada de indigno! Neji...

- Hyuuga-san - ele a interrompeu categórico e a caçula de Hiashi espantou-se com o modo que foi chamada - devo adverti-la que comporte-se e não cometa atos que poderão vir a ter consequências estupidas.

E dizendo isso, soltou-se dela e se foi, como se nada tivesse acontecido, deixando para trás uma adolescente muito aborrecida, magoada e indiferente ao seu pedido para que se controle.

- Eu não vou desistir de você, Neji!

Na manhã seguinte, Hinata acordou cedo, como sempre fizera e recusando-se a ficar mais um dia sem nada pra fazer a não ser remoer seu caso vergonhoso com o uzumaki, ela decide passar o dia inteiro treinando. Tomou seu banho e vestiu seu macacão para treinar que ia até o meio da coxa e um casaco lilás, prendeu seu cabelo em um coque alto apenas com a franja solta. Quando desceu para tomar café, mais uma vez teve que ouvir as reclamações de Hiashi, até calçar suas sandálias ninjas e sair de casa.

Ao chegar no campo de treinamento 1, ela não demorou para encontrar Lee treinando com seus alunos e corou ao lembrar dos comentários dele na noite passada. Por sua vez, assim que a viu, ele acenou pra ela freneticamente.

– hmm, é sua namorada senseei? – Um dos pequenos perguntou com malicia demais para alguém tão jovem.

- AINDA NÃO, MEU QUERIDO ALUNO! ELA AINDA NÃO VIU A MINHA FORÇA DA JUVENTUDEE!

– Kami-sama lá vem ele com esse papinho ridículo de novo. – Outro pupilo, dessa vez uma garota, disse com desdém enquanto revirava os olhos.

– É ISSO MESMO SEEEENSEEEEIIII! - gritou o último garoto com macacão verde e cabelo de cuia, que apesar de não ter as sobrancelhas enormes, certamente continuaria a linhagem escandalosa de Gai e Lee.

Hinata continuou a andar, procurando um lugar aonde pudesse treinar, entretanto o que ela encontrou perto dali foi uma cena nada agradável.

Sentiu seu peito se enchendo de alguma coisa que a fazia ter vontade de gritar e o incomodo só ia aumentando enquanto via no meio do campo de treinamento, sozinhos, Naruto e uma garota ruiva que sorria toda derretida enquanto ele lhe dizia alguma coisa e as vezes até mesmo segurava em seu braço, como se a ensinando algo. Mas para Hinata, era uma cena explicita de flerte entre os dois. Queria sair de lá, mas não se mexia e continuava parada no mesmo lugar querendo saber até aonde aquilo ia dar. Iam se agarrar no meio do campo? Se beijar? Transar? Qualquer que fosse, queria saber e ver! Entretanto, seus planos de flagra foram por água abaixo ao ser ela própria flagrada pelo casal feliz.

- Hinata? O que faz aqui? – O loiro perguntou calmamente.

- Quero ver até aonde essa pouca vergonha vai! Podem continuar, finjam que eu não estou aqui.

Foi isso que ela quis falar, mas...

- Eu estava passando, eu vim treinar.

– Nós também viemos treinar um pouco - disse a ruiva com o seu sorriso branco e perfeito e Hinata teve vontade de fechar todos os seus pontos de chacra, mas...apenas sorriu educamente.

- Então bom treino. Sayonará! – disse rapidamente virando-se de costa quando e seu sorriso transformando-se em uma expressão de fúria. - treinando, sei...

Ela continua a resmungar mal humorada até encontrar um lugar quieto e sem ninguém aonde poderia treinar. Tirou a blusa, estava muito calor e ativou a kenkei genkai.

- Byakugan!

Agora podia ver tudo ao seu redor, e até o que acontecia com um casal que treinava perto dali. O rapaz estava atrás e segurava o braço da mulher que ria. Provavelmente estavam se preparando para transar ali mesmo. Balançou a cabeça e soltou um grito de raiva, não tinha nada que ficar se preocupando com aquele estupido cafajeste.

Socou a árvore no intuito de que suas folhas caíssem. Não foi o suficiente...

Canalha! Não se contentava com uma! Tinha que também pegar a primeira que se oferecesse pra ele.

Mais um soco, mais forte e várias folhas caíram, mas ainda eram poucas para o treino.

Como ele podia fazer isso? O que deu nele? Ele era tão perfeito e agora, virara um tarado!

Outro soco, mais forte ainda e as folhas não importavam mais, até o byakugan já havia sido desfeito.

Estava com ciúmes sim, e daí? Ela tinha todo o direito de ficar! Apesar de não ser publico, ele estava com ela! Eles não se encontraram as vezes! Eles tinham algo muito mais sério!

E mais um soco! E outro! E outro! Mais forte! Mais furioso!

Ele não era mais o garoto que ela amara!

Mais um soco e a árvore se partia aos poucos, deixando a mostra alguns galhos pontiagudos que feriam seus punhos e mesmo assim ela continuava em seu exercício furioso.

Ele virara um safado galinha. Não era mais gentil e nem ingênuo, muito menos ingênuo. Agora era frio e não dava a mínima para os sentimentos dela.

O sangue e a dor não a fizeram recuar em nenhum momento e ela continuou a socar o tronco já quebrado.

Por que então continuava com ele? Por que continuava a se humilhar, tentando conquistá-lo?

Ela nem percebera que mantinha os olhos fechados e quando mais uma vez investiu seu punho em direção ao tronco, algo segurou forte em seu pulso e ela abriu os olhos imediatamente sentindo a presença inconfundível dele.

- Você é forte, acho que nenhuma árvore mais vai se meter com você – O loiro estava ao seu lado sorrindo cinicamente pra ela, mas a mesma afastou-se dele com raiva.

- O que está fazendo aqui que não está treinando com sua amiga..."ou comendo ela..." - completou sem se conter, entretanto ele não pareceu se abalar. Por que se abalaria afinal?

- Eu apenas estava ensinando um golpe a ela - deu os ombros e com grande agilidade capturou as suas mãos notando-as feridas. - você não deveria pegar tão pesado nos treinos.

- Não preciso que você me treine. – Ela disse entre os dentes, tentando soltar-se, mas ele apenas a segurou com mais firmeza.

- Eu posso te ensinar o golpe que eu ensinei a ela. - ele sorriu maroto e a viu ficar vermelha e irritada.

- Pois guarde o seu golpezinho pra aquelas que queiram, por que eu não quero! E nem preciso!

O sorriso dele apenas aumentou. Sabia que ela estava com ciúmes e isso só a fez ficar com mais raiva e vergonha. Sem que percebesse, o loiro já havia enrolado seu punho com duas gazes brancas. Quando finalmente a soltou, ela tentou afastar-se dele o quanto pode, virando-se de costas, tentando ignorá-lo.

Como se ela fosse capaz...

- Você já é realmente muito boa... - ele sussurrou em seu ouvido provocando-a e como prova disso, encostou seu corpo no dela de maneira quase vergonhosa a fazendo-a arrepiar-se inteira com aquele sentimento de luxuria.

Entretanto não ia dobrar-se tão fácil e com muito esforço, afastou-se novamente, mas agora ficou de frente para ele o encarando com frieza.

- Se o seu treino já acabou, me deixe começar o meu.

- Mas o seu treino é muito chato e também muito doloroso. - disse, olhando para as mãos que ela depois tentou esconder atrás do corpo - Que tal treinarmos juntos?

- Não! - ela falou rápido demais e ele pode sentir o seu temor.

O de não resistir a ele.

- Está com medo? – A provocou, mas Hinata não deu o braço a torcer.

- Esse tipo de provocação não me afeta em nada - disse quase com um tom de superioridade, infelizmente ao invés de irritá-lo como queria, viu o sorriso dele se encher de malicia enquanto aproximava-se ainda mais. Ela deu um passo pra trás instintivamente, mas em um piscar de olhos ele estava em sua frente segurando seu pulso.

E com isso a puxou, colando seus corpos a ponto de seus narizes se tocarem.

- E essa provocação? - ele arrastou suas mãos ao longo do braço dela até chegarem a sua cintura a puxando ainda mais de encontro a si.

- P-pare com isso – Hinata gaguejou nervosa, seu coração batia acelerado e seu rosto encontrava-se afogueado. - A-alguém p-pode ver...Lee e-está t-treinando com os a-alunos d-dele a-aqui perto.

- E nós vimos ontem o quanto ele estava interessado em você, não é? - sussurrou, sem se afastar, e com a outra mão segurou os cabelos dela e passou seu nariz pela curva do seu pescoço, a sentindo arfar quando ele aspirava mais forte o seu perfume suave.

- Q-qualquer u-um p-p-pode chegar... - seu motivos agora eram ditos de maneira fraca, enquanto ele beijava o seu pescoço e mordiscava seus ombros.

- Eu sei... - murmurou logo antes de capturar os lábios dela com avidez sem lhe dar tempo de ter qualquer reação.

Ele devia estar louco de beijá-la assim, naquele lugar aonde qualquer um poderia vê-los, mas ela já não raciocinava tão perfeitamente quando teve suas pernas levantadas até a cintura dele que a carregou para trás de outra árvore, mais inteira do que a que ela havia atacado. Ele a encostou no caule grosso e áspero da árvore e voltou a descer seus beijos para o seu pescoço, aproveitando-se da sua entrega para desamarrar aquele coque mal feito que nada se comparava ao coque impecável de Sakura. Os cabelos azuis caíram como cascatas pelos ombros, e ela fechou os olhos quando sentiu as mãos dele em seus seios ainda cobertos pelo macacão, a fazendo esquecer de qualquer coisa e apenas concentrar-se no prazer que fazia seus sentidos falharem e concentrarem-se todos na região do seu baixo ventre, automaticamente remexendo-se ainda mais de encontro ao corpo viril a sua frente. Os gemidos escapavam por sua boca, sem que ela conseguisse conter-se e por fim puxou os cabelos dele levemente.

Aquela loucura os fazia perder a noção de onde estavam, mas naquele momento nenhum dos dois se importava e logo ele calou os gemidos dela com outro beijo, mas não para mantê-la em silêncio e sim para provar os lábios cheios e pequenos enquanto sentia a pequena mão percorrer o seu copo por debaixo da blusa sentindo os músculos definidos de seu abdômen.

Mas então, como se algo tivesse estalado em sua cabeça, ele rapidamente segura suas mãos a fazendo abraça-lo pela cintura enquanto praticamente cobria todo o corpo dela com o seu. Já não mais a beijava ou tentava tirar sua roupa, apenas a encarava com o rosto bem próximo de si.

- Mas o que... – ela tentou falar surpresa, apenas para ser calada.

- Shiiii - ele chiou logo depois fazendo-a esconder seu rosto na curva do pescoço dele.

Demorou apenas um segundo para que ela ouvisse uma voz próxima a eles e isso a fez entrar em pânico. Estremeceu, só não sabia se por Naruto ter-lhe beijado o pescoço nesse exato momento, ou por imediatamente reconhecer a voz de Kiba.

- OEE NARUT... – O Inuzuka então recuou ao perceber que o loiro não estava sozinho

- O QUE É QUE VOCÊ QUER? – Naruto tentou parecer bravo, bom, na verdade ele estava mesmo bravo com aquela interrupção.

- Gomen se eu estou atrapalhando - ela ouviu sua risada desdenhosa e soube que ele não estava exatamente arrependido - você viu a Hinata por aí? O Lee me disse que ela estava treinando por aqui.

- Maldito sobrancelhudo - ela ouviu Naruto praguejar e fez o mesmo mentalmente - EU A VI, ELA DISSE QUE IA AO ICHIRAKU.

- ARIGATOOU!! SAYONARÁ! SAYONARÁ PRA VOCÊ TAMBÉM NAMORADINHA DO NARUTOO! – Provocou sem se conter.

- PASSA FORA DAQUI, SEU ANIMAL!!

E Kiba saiu gargalhando, sem saber que a "namoradinha de Naruto" era sua amiga a quem ele procurava.

- Maldito inconveniente. – O loiro bufou se afastando e percebeu que ela ajeitava os cabelos em um coque frouxo que ele não gostava nada - ué, o que foi?

- Como o que foi? Preciso sair daqui o mais rápido possível. – Ela disse como se fosse obvio.

- Eu não via você com tanta pressa antes – ele rebateu frustrado a fazendo corar.

- Você mesmo disse que eu estaria no Ichiraku. O que ele pensará se não me encontrar?

- Que você está em outro lugar. - revirou os olhos

- E se outra pessoa aparecer?

Naruto suspirou aborrecido e ela encarou isso como uma aceitação e por isso virou-se para ir embora, entretanto foi pega de surpresa quando ele a beijou novamente.

- Ok, mas vamos ter que terminar isso hoje. – Ele não perguntava e Hinata sabia que tão pouco ela discordaria.

***

O Nara chegou em casa já com os olhos pesados, tendo a certeza de que dormiria em qualquer lugar assim que fechasse a porta, as coisas na casa de Ino foram bem divertidas, principalmente quando ele teve de sair de lá antes que o pai dela o visse. Entretanto, seus planos foram esquecidos e até mesmo o sono se perdeu quando ao fechar a porta e visualizar mais atentamente o lugar, deparou-se com alguém sentado em sua poltrona favorita. E não era qualquer alguém.

Com seu par de pernas grossas, longas e bem torneadas, ela as cruzou sensualmente fazendo a saia de tecido leve subir muito mais do que a sanidade do preguiçoso podia aguentar. Mais acima, a blusa social tinha os dois primeiros botões abertos deixando a mostra o começo do vale entre os seios fartos apertados e empinados pelo sutiã meia-taça preto, seu preferido - ele lembrava-se bem, quase podia vê-la nele -, apesar de particularmente preferi-la sem ele, sem nada para ser mais preciso. Os cabelos estavam cobertos por uma manta como era habitual das mulheres de Suna que queriam se proteger da areia, os olhos verde-escuro pareciam conseguir ler sua mente e o sorriso malicioso era quase acusador.

Mas ela não tinha razão para lhe acusar e isso diminuiu um pouco a tensão que se apossou dele na mesma hora que viu aquela mulher instalada tão confortavelmente em sua sala.

- Yo! – a princesa de Suna disse finalmente, depois daqueles segundos de silêncio incomum - Nossa, e eu esperando uma recepção bem mais calorosa que essa.

- Como é que você entrou aqui? – ele perguntou ao invés disso, realmente curioso.

- A chave debaixo do tapete ajudou – Ela balançou a cabeça negativamente ainda sorrindo - como alguém tão esperto escolhe um lugar tão estupido para esconder a chave de sua fortaleza particular. Espero que não seja assim com Konoha.

- Eu sou apenas um professor. Mas o que você, a Jounnin mais respeitada de Suna, está fazendo aqui? A que devo tamanha honra? - ele fora sarcástico e colocando as chaves em uma mesinha de centro, sentou-se no sofá de frente a poltrona em que ela estava.

- Eu vim fazer uma visitinha, mas você não estava - disse fazendo pouco caso - Onde você esteve? – perguntou casualmente, mas seu olhar direto traia sua curiosidade.

- Eu trabalho.

- Não no dia de folga! Nunca trabalharia em um dia de folga! - disse, convicta e sorriu ainda mais quando ele a olhou confuso - Eu falei com a Hokage, meu caro. Não perco tempo.

Mas para a confusão dela, ele riu.

- Assim você vai acabar me fazendo achar que você me ama, Temari. - ironizou.

- Talvez eu ame - e como uma gata ardilosa, ela levanta-se da poltrona lentamente e foi em direção a ele, pé ante pé, deixando o balanço do quadril tirar a saia leve do lugar. - e então, não vai me dizer? - fez um biquinho, mas não conseguiu parecer ingênua. Ao contrario, devassa seria a palavra certa.

- E por que diria? Não temos nenhum compromisso, ou temos? - seu tom saiu mais acusador do que ele pretendia e suspirou irritando-se por perder seu precioso controle apenas pela presença daquela loira endiabrada que o olhou com falsa inocência.

- Do que me acusa? Que eu me lembre, não recebi nenhum pedido.

Shikamaru piscou atordoado diante do xeque, mas ele não a deixaria virar o jogo.

- Você aceitaria?

- Não. – Ela respondeu firme, enquanto ele não escondia seu aborrecimento. - Namoros são uma coisa muito infantil.

- Você já deu desculpas melhores. – Ele ironizou recostando-se mais no próprio acento.

- O que foi Shikamaru? Assim eu vou achar que você me ama. - sorriu maliciosa como sempre e piscou o olho direito empinando levemente os seios. E diante do silêncio dele, aproximou-se e sentou-se no colo dele, cruzando seus braços atrás do pescoço masculino, e aproximando suas bocas, mas sem deixar de mirá-lo. - Temos algo muito melhor do que um namoro a toa. - garantiu e como para provar o que dizia, acabou com a distancia entre eles, encostando seus lábios e iniciando um beijo profundo e cheio de paixão que o Nara não conseguiu resistir e apenas separaram-se quando ela aproximou-se do ouvido dele, mordiscando o lóbulo macio e sussurrando sensualmente - Algo muito mais...excitante.

Sem tirar o sorriso dos lábios puxou sua camisa com destreza fazendo os botões soltarem-se imediatamente e ele soltar um muxoxo rouco. Ela sempre fazia isso.

- Era minha camisa preferida. - reclamou, mas a risada dela perto do seu ouvido e as mãos dela entrando em sua calça o fez fechar os olhos e se render, aceitando o irremediável Xeque Mate da loira.

As mãos dele apertaram as coxas grossas que tanto amava e gemeu sentindo seu membro ser tocado pelas mãos hábeis que não demoraram muito para libertá-lo da calça e da cueca.

- Pelo visto você sentiu saudades – A loira riu, enquanto sentia toda a extensão da grande excitação do ninja da folha, e inclinou-se chupando seu pescoço até lhe marcar a pele.

- Você sabe que sim - ele ofegou e também sem perder tempo, livrou-a daquela camisa e contemplou os seios empinados no sutiã preto, como ele havia imaginado. E ele quis senti-los com suas mãos, com sua boca, com seu corpo.

A Sabaku satisfez seu desejo desabotoando seu sutiã lentamente e logo depois juntando seus copos o deixando sentir o corpo quase nu dela, grudado no seu, com os biquinhos roçando em sua pele.

- Eu também. – Ela sussurrou roucamente fechando seus olhos e deixando-o capturar seus lábios, retribuindo com pequenas mordidas enquanto ele retirava o lenço de sua cabeça, soltando seus cabelos.

Ele separou-se com o intuito de admirá-la apesar de não admitir nem para si mesmo. Ali, ela parecia um anjo com os cabelos loiros escuros e encaracolados emoldurando o rosto de pele dourada, os olhos verdes que tinham um brilho promiscuo, e os lábios sempre curvados levemente em um sorriso satisfeito, mas ele a conhecia muito bem pra saber a criatura ardilosa que a mulher a sua frente era, e já sem mais se conter, voltou a puxá-la de encontro a si em um beijo cheio de desejo.

Levantaram-se sem nem se dar conta, a partir daquele momento tudo o que faziam era sentir, sem se preocupar ou pensar em mais nada a não ser um no outro. A chave que havia sido deixada na mesinha de centro a poucos instantes, caiu no chão estridente quando o corpo semi-nu da loira foi deitado ali e Shikamaru aproveitou para livrá-la de sua última peça de roupa. A calcinha de renda foi rasgada sem piedade e ele considerou isso como uma vingança particular pela sua camisa predileta.

- hmm, era minha melhor calcinha.

- Você fica melhor sem ela - sussurrou aproximando-se e mordiscando a parte interna de sua coxa, sorrindo quando ouviu o gemido arrastado que mais parecia um ronronar de um gato. Ela sempre fazia esse som, como uma gata selvagem e ele tinha a impressão que podia ouvi-la ronronar e se contorcer pelo resto da vida.

Sentiu quando ela puxou seu cabelos já soltos, e ele continuou com aquela doce tortura a cada instante mordiscando mais perto do centro de prazer dela. Quando finalmente chegou lá, ouviu-a gritar quando sua língua começou a trabalhar e isso o motivou a continuar ali, mordiscando, sugando, enlouquecendo aquela mulher que também adorava enlouquece-lo. Ele queria ouvi-la gritar, gritar somente para ele, por ele e logo seus dedos também a torturavam, entrando e saindo dela freneticamente, no começo apenas um, mas logo passou a dois e depois a três e ela gritava seu nome e puxava seu cabelo e arfava como se a qualquer momento fosse desfalecer de tanto prazer. Mas ele não seria tão bondoso e quando sentiu-a quase chegar ao seu ápice, se afastou a fazendo olhá-lo chocada. Sorriu e foi subindo seus beijos pela barriga dela, e logo depois para seus seios, rodeando os mamilos rosados com a língua e ela chamou seu nome.

- Shikamaru! V-você q-quer m-me en...enlouquecer - ela dizia tremula e ele sentiu-se vingado vendo-a tão indefesa debaixo de si. - E-eu q-quero v-você agora! Agora Shikamaru!

Mas ele havia aprendido com ela a não ser tão generoso e mais uma vez a torturou apenas encostando seu pau na entrada dela e logo depois se afastando.

- Agora Shikam... - ele a calou com um beijo possessivo e sorriu no meio dele, ao sentir a mão dela em seu pau, e logo depois nela própria tentando aliviar o incomodo no meio das pernas. - m..maldito!

- Vadia - ele sussurrou e foi ela quem sorriu

- Você a-ama essa vadia - ela abriu os olhos verdes e dessa vez não estava mais tão indefesa.

Decidida, ela empurrou-o até o mesmo cair no chão e logo ela estava em cima dele. Com as mãos no abdomen moreno, ela sentou-se em cima dele, obrigando-o a penetrá-la, sentindo-o todo dentro dela. E ambos gemeram de prazer.

Depois disso, tudo virou apenas um borrão, e ela começou a cavalgar em cima dele, subindo e descendo, subindo e descendo, gemendo, sorrindo, rebolando, enlouquecendo-o.

E não demorou muito para que ambos atingissem o ápice daquele loucura ao mesmo tempo, gritando e desfalecendo ela por cima dele arfando compulsivamente.

- Vamos acabar...nos matando com isso...o-ou então destruindo o meu apartamento - disse, olhando para o lado e percebendo que a mesinha estava rachada.

- Você é tão mal humorado. – Temari ironizou - O que foi? Já com saudades da Ino? - disse, saindo de cima dele e deitando ao seu lado.

O moreno por sua vez virou seu rosto e a mirou, espantado. Ela riu.

- Eu sei de tudo, baka – apesar disso, ela não parecia aborrecida e ele deu de ombros.

- Tanto faz. Não temos nenhum compromisso mesmo. Ou vai dizer que não tem seus casinhos em Suna? – ironizou sem realmente querer uma resposta.

- Pelo menos você não é burro... - ambos reviraram os olhos ao mesmo tempo e depois se entreolharam em silêncio - Já está recuperado?

- Uma segunda rodada?

- Pronto?

- Sim.

- Ótimo. Hora da revanche. – Ela sorriu ardilosa voltando a sentar em cima dele.

Ele olhou para aquele anjo devasso e se contentou em tê-la só quando ela queria. Pelo menos por enquanto, em que ela estava por cima...


Notas Finais


O começo da introdução de novos pares. Apesar do ship principal ser NaruHina (eterno ship predileto), terão outros casais ao longo da fic. Espero que curtam!


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