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História Paraíso Imperfeito - Amantes


Escrita por: Pink_Babaloo

Notas do Autor


Boa leitura!!

Capítulo 4 - Amantes


Fanfic / Fanfiction Paraíso Imperfeito - Amantes

"A paixão jamais combina com lógica ou racionalidade.

A paixão é uma prisão paradisíaca."

(Autor Desconhecido)

 

Quando Naruto passou pelo Ichiraku na hora do almoço viu que Kiba e Hinata almoçavam animadamente. Ela sorria e até mesmo chegava a gargalhar por algo que o pulguento falava, e se perguntou de já tê-la visto rindo tão espontaneamente assim.

"eu t-também gosto de uma pessoa que não gosta de mim"

Sim, ela também tinha um amor não correspondido pelo menos até agora.

Talvez seja ele. Mas mesmo que não seja, seria estupidez ela não aceitar uma pessoa que claramente está de quatro por ela.

Estava na cara que Kiba gostava da Hyuuga, então por que não tentar? Não entendia como as pessoas dispensavam outras que gostavam delas.

Quando chegou na sede da ANBU, percebeu que os ninjas estavam mais agitados do que o normal.

- O que está acontecendo? – Perguntou curioso ao grupo mais próximo e Sai foi quem respondeu.

- Ora, pinto pequeno - Naruto revirou os olhos com o xingamento, mas já estava acostumado - muito me admira você não saber o porquê, já que é o seu namorado que está recrutando para a policia de viados dele.

- hm... – A curiosidade do loiro logo deu lugar ao completo desinteresse.

- Não vai pedir transferência pra lá, Naruto?

- Não. – respondeu já se afastando para a sala de treino enquanto vários companheiros o olhavam estranhando a atitude do loiro, já que estavam quase certos de que ele iria querer trabalhar junto com o "irmão".

O dia passou sem maiores problemas e também sem nenhuma missão, e ao final da tarde o loiro já se viu dispensado para voltar pra casa. Suado e com os músculos tensos, devido aos exercícios, ele decidiu tomar um banho. Tirou sua roupa, e entrou debaixo do chuveiro deixando a água gelada cair por seu corpo cansado depois de um dia inteiro de treino, fechou os olhos apenas tentando relaxar, os dias se passavam cada vez mais tensos e estressantes pra ele.

Ouviu a porta sendo aberta, mas não se importou, até abrir os olhos e perceber que havia alguém na sua frente, mas não era um homem como ele imaginava, e sim uma mulher de longos e cheios cabelos ruivos e os olhos tão azuis quanto os seus. A linda mulher o olhava em silêncio, mas seus olhos brilhavam de malicia, e ele teve de ter muito autocontrole ao perceber que ela estava enrolada em uma fina toalha que mal cobria suas coxas.

- Eu já vou sair, Torh - disse, voltando a fechar os olhos, para em seguida abri-los novamente ao senti-la se aproximar.

- Tudo bem, eu gosto da sua companhia. – Ela disse com suavidade lhe despertando uma crise de risos, sacana.

- Eu também gosto da sua, mas tomarmos banho juntos já é um pouco demais, né?! - brincou, desligando o chuveiro e enrolando a toalha ao redor da sua cintura. - O banheiro é todo seu - sorriu, mas ela não sorriu de volta, em vez disso aproximou-se ainda mais dele colocando suas mãos pequenas em seu peitoral.

- Não é o banheiro que eu quero, Naruto.

- hm...shampoo?

- Naruto - ela suspirou e o olhou bem fundo nos olhos. Aquele era um momento muito importante pra ela e ele previa um grande constrangimento pra si - Eu gosto de você...

E como previu, isso mesmo aconteceu.

- Eu também Torh, você é uma amiga muito legal - sorriu sem jeito, tentando mais uma vez sair dali, mas ela segurou em seus braços.

- Não, não, você não entendeu...eu amo você. - ela ficou na ponta dos pés, tentando alcançar sua boca, mas ele aproveitou para se afastar dela.

- Eu gosto de você, mas é só como uma amiga...Gomen, mas eu já gosto de outra pessoa.

A ruiva não pareceu se abalar e sorriu cinicamente, então simplesmente largou a toalha e a deixou cair até seus pés, mostrando o corpo nu para o loiro que teve de desviar o olhar e respirar bem fundo. Aquilo ia ser mais difícil do que pensou.

- Eu já esperava por isso, mas eu não me importo. – Ela disse direta, e Naruto tinha que admitir que a ruiva era decidida - Eu posso ser sua amante. Sem qualquer compromisso, ninguém precisa saber.

Ele franziu o cenho, espantado e por um segundo até achou lógica no pedido, até lembrar que ele próprio já havia proposto aquilo, mas pra outra mulher, uma de cabelos azuis e olhos grandes e brancos que ele quase transou no meio do campo de treinamento horas antes, e que mais tarde ele determinara terminar o que haviam começado.

- Gomen, mas eu já tenho uma amante - sorriu ao perceber o olhar assustado dela - e ela é até bem mais discreta que você. – Ele realmente não soube porque disse aquilo, mas a ruiva não estava disposta a facilitar.

- É sua namorada?

- Não. Não temos nenhum compromisso. - disse, sem pensar bem nas suas palavras e quando deu por si, ela já voltara a sorrir de novo.

- Ótimo! Comigo também será sem compromisso, eu prometo que não cobrarei nada!

- Não! - mais uma vez o sorriso dela murchou com a negativa tão firme dele - Eu já tenho alguém.

- Por quê? - ele a olhou confuso e quase entrou em desespero ao perceber os olhos dela marejados - Se vocês não tem nenhum compromisso, por que ser fiel a ela?

- Não é isso - ele hesitou realmente pego de surpresa com aquela pergunta

- Então...

- Acontece que eu não quero você, Torh. O máximo que quero com você é amizade, não terá nada além disso. Gomen - e dizendo isso, ele saiu do banheiro deixando Torh em silêncio, com a boca aberta de choque sentindo o gosto amargo da humilhação.

As lágrimas começaram a cair dos seus olhos sem que ela percebesse, havia se declarado e se oferecido para ele, mas tinha sido dispensada categoricamente.

O loiro suspirou quando saiu da sede da ANBU, em direção ao seu apartamento. Não havia sido muito gentil com Torh, mas fora melhor assim, para o próprio bem dela não deveria se envolver com ele.

Naruto sabia que não era mais o mesmo garoto bondoso de antes, os anos de lutas e amor não correspondido, aos poucos foram endurecendo seu coração e o tornando um homem um tanto egoísta e insensível com relação aos assuntos do coração. Ele apenas entendia o próprio sofrimento e se importava apenas com o seu próprio coração partido, como se fosse o único com problemas, ele simplesmente não ligava.

Mas Torh tinha razão, ele havia pensando em Hinata quando recusou sua proposta de ter uma segunda amante, mas não como ela pensava. Não tinha nada haver com fidelidade, não com Hinata pelo menos, afinal, eles não tinham nenhum compromisso, apenas não via necessidade de ficar com Torh quando já tinha a hyuuga, não sentia nada pela ruiva, não a desejava, no fundo, a única mulher que ele queria era Sakura, por outro lado, Hinata era a única mulher que o fazia desejá-la mesmo contra vontade. Amava Sakura, mas a hyuuga mexia com seus sentidos e ele só conseguia pensar como queria tê-la.

Chegou em casa, mentalmente exausto por ficar pensando naquela situação complicada que ele estava metido, seu olhar acabou recaindo sobre a garrafa de sake esquecida ali antes de sua última missão e a idéia de tomá-la naquela hora era bastante tentadora.

Tentadora, era isso que definia Hyuuga Hinata, pensou rindo da ironia de aquela garota tão inocente e envergonhada que ele achava tão estranha haver se tornado a mulher sensual que o enlouquecia.

Bebeu um gole do liquido, mas logo se desfez do copo e levou a garrafa diretamente até a sua boca.

Hinata era uma coisa mais carnal, sexual, e delicioso. Com Sakura o sentimento era muito mais romântico, muito mais bobo com sorrisos debeis e pensamentos melosos. A rosada sempre foi e sempre seria seu amor, e apenas estava com outra para distrair-se um pouco de seu sofrimento. E era isso, não tinha espaço para mais nenhuma outra relação ali. Amar a noiva do melhor amigo e ter um caso secreto com a herdeira do clã mais importante da vila já era confusão suficiente.

Levou a garrafa a boca mais uma vez e deixou-se cair no sofá já sonolento. Aqueles pensamentos o deixaram mentalmente cansado, e apesar de não se dar conta, ele culpava Hinata por isso. Precisava de um descanso...

 

***

Quando Shikamaru voltou a acordar, já passavam das sete da noite, se viu sozinho na sua enorme cama e por um instante não ligou, até finalmente seus pensamentos clarearem e ele lembrar que não dormira sozinho como parecia obvio.

Foi impossível controlar a frustração que enchia sua mente e seu corpo sempre que a loira fazia isso. Decidira voltar a dormir e aproveitar suas últimas horas de folga, mas não obteve sucesso e tudo por causa daquela maldita kunoichi de Suna.

Ela esteve ali com ele naquela manhã e se fora assim que ele pegou no sono. Como sempre, ela quis apenas uma distração enquanto passava pela vila. Provavelmente nem estava mais em Konoha aquela altura, e isso o magoava mais do que ele admitia.

Era tão idiota sentir-se vazio só por que ela não estava lá. Era tão estupido desejar que ela voltasse e que dessa vez ficasse mais do que algumas horas.

Suspirou irritado com o rumo de seus pensamentos e fechou os olhos apesar de saber que não conseguiria mais dormir.

 

***

O cheiro bom que a muito tempo ele não sentia o fez acordar lentamente, sentindo suas pálpebras pesadas e sua língua áspera. Olhou a garrafa de sake vazia no chão e suspirou sentindo a fina dor de cabeça, enquanto sentava-se no sofá aonde havia dormido. Ouviu um barulho vindo da cozinha e com um bocejo, resolveu levantar-se para descobrir quem havia invadido seu apartamento, dependendo de quem fosse o mandaria embora, mas ao concentrar-se novamente no cheiro bom de fritura, convenceu-se que não seria rude e aceitaria a comida que o invasor fizera.

Entretanto, seus pensamentos foram um pouco mudados quando ele reconheceu a mulher de costas, preparando algo no fogão.

Os cabelos azuis estavam presos no alto da cabeça com um palitinho, e o vestido branco justo e curto marcava a cintura fina e o traseiro redondo e empinado. Ele ficou alguns instantes a observando e ela parecia tão atenta em seu trabalho que apenas se deu conta de sua presença quando desligou o fogão e virou-se, tomando um susto ao vê-lo ali.

- Não sabia que já tinha acordado.

Naruto iria perguntar como ela entrou, mas lembrou-se que ela sabia onde estava a chave reserva.

- O que faz aqui? – ele perguntou antes que pudesse controlar a própria língua.

- Você disse que queria terminar o que começamos hoje de manhã lembra? – ela respondeu indiferente.

Ele havia esquecido, e agora que lembrara, não sabia se havia sido uma boa decisão.

- ...Mas quando eu cheguei, você não parecia muito bem, e eu sabia que você não tinha comido. Por isso resolvi fazer alguma coisa. – ela completou cuidadosamente retirando o avental.

Ele coçou os olhos ainda sonolento e sorriu, aproximando-se da mesa.

- Parece bom. – disse com sinceridade e a viu revirar os olhos em um gesto tão estranho no rosto doce.

- Não se compara ao seu preferido Ramen, mas, ao menos você muda um pouco.

- Não vai comer? - perguntou quando a viu voltar em direção a sala.

- Não. - limitou-se a dizer, saindo da cozinha.

Ele serviu-se, e deliciou-se com a comida realmente muito boa, começando a se sentir até melhor. Depois abandonou o prato vazio indo direto a sala, não havia ouvido o barulho da porta, por isso sabia que ela ainda estava lá. A encontrou olhando para a foto do time 7 na mesinha, e segurando uma garrafa de sake vazia na mão.

Ele não se conteve e aproximou-se sorrateiramente, passou o nariz pela curva do pescoço descoberto, e pegou em sua mão, afastando-a da foto. Não queria que aquele passado e este presente se misturassem. Nunca.

- Você se produziu toda pra mim? - murmurou no ouvido dela, já enlaçando a cintura fina com o braço e puxando-a de encontro.

Ela fechou os olhos e tocou a mão dele em sua cintura, tentando afastar-se sem sucesso.

- Não estava sentindo-se mal?

- Você me fez melhorar - suas mãos subiram até o decote obsceno do vestido e ele de repente franziu o cenho - atravessou a cidade com essa roupa?

- Sim – Ela riu sentindo-o paralisar atrás de si e continuou - por baixo do sobretudo - apontou para a roupa pendurada em uma das poltronas.

- Era capaz de você ser atacada antes que eu pudesse fazer isso. - ele sorriu, voltando a deslizar a mão pelo vestido até tocar o seio ainda coberto, mas já sentindo os mamilos endurecidos quase furando o tecido branco. - eEntão...você não veio aqui apenas para cozinhar pra mim, não é? - virou-a de frente pra ele e logo a beijou, mas ela afastou-se dele imediatamente o fazendo resmungar. - o que é? - perguntou ao vê-la encará-lo séria.

- Você está com febre - respondeu tocando sua testa. - Não está sentindo nada?

- Estou - respondeu irritado - Estou todo duro, mas você não ajuda.

- Seu romantismo me emociona – Ela ironizou e se afastou indo em direção a cozinha. - por que não toma um banho enquanto eu lavo a louça?

- Você não manda em mim – resmungou indignado, mas ela já estava na cozinha e nem o ouviu.

Ficou alguns minutos pensativo, antes de segui-la novamente. Ela tirava a mesa, e o ignorou enquanto colocava tudo em cima da pia e quando isso aconteceu, ele aproveitou-se ficando atrás dela a encurralando com seus braços. Ela tentou se soltar, mas ele a imprensou ainda mais e beijou-a impetuosamente.

Ela puxou os cabelos loiros tentando afastá-lo, mas ele apenas a segurou mais forte e puxou suas pernas a carregando até senta-la em cima da mesa. O vestido subiu e ele aproveitou para enfiar sua mão por ali e puxar sua calcinha.

- P-por que é tão teimoso? – ela perguntou ofegante e com o cenho franzido em meio ao beijo.

- Se quiser que eu tome um banho, vá comigo - sugeriu malicioso, investido seu membro já endurecido e ereto dentro da calça contra a calcinha que ainda não havia retirado, mas que estava desprotegida devido as pernas abertas.

- Será melhor pra você tomá-lo sozinho. - rebateu impedindo-o de tirar seu vestido.

- Acho que vou fazê-la mudar de ideia. - disse, segurando seus pulsos e beijando a pele que o decote deixava a mostra, depois subindo pelo pescoço até chegar em seus lábios aonde beijou enquanto soltava os cabelos e deixava-os cair sobre os ombros descobertos.

Sabia que ela não resistia a seu beijo e quando percebeu que ela já não estava mais tão convicta, voltou a descer suas mãos até o traseiro dela e a carregou quando ela entrelaçou as pernas em sua cintura. Atravessou a sala com ela colada em si e a imprensou na parede do quarto voltando a meter suas mãos por debaixo do vestido e a puxar para baixo a calcinha, conseguindo tirá-la dessa vez. Seus dedos encontraram o botão de prazer em seu centro e sentiu-a molhada, excitada, pronta pra ele. Ela gemeu em meio ao beijo e arranhou suas costas quando sentiu-o apertar seu centro de prazer, e suas pernas se afastaram automaticamente, completamente a mercê do ninja.

- Agora você está tão quente quanto eu - ele sussurrou em seu ouvido, mordendo o lobulo de sua orelha e esfregando sua intimidade. - acho que ambos precisamos de um banho.

Ela acenou afirmativamente, sem saber exatamente o que estava fazendo naquele momento e ele riu, a empurrando em direção ao banheiro, e a pegando no colo até ficarem ambos debaixo do chuveiro. Quando ligou viu a água escorrendo pelos cabelos longos e pelo rosto corado com os lábios inchados por causa de seus beijos. Ela estava maravilhosa toda molhada tanto por fora quanto por dentro e com os olhos fixos na calça dele que tentava tirar. Sentiu seu pau implorar por clemencia e já não aguentando mais, ajudou-a a despi-lo, deixando a mostra seu membro ereto e pulsante, o que a fez corar, e nessa hora foi ele quem hesitou, automaticamente, ao ver a Hinata de antigamente sempre corada e assustada. Mas essa imagem dissipou-se em segundos, quando a sentiu tocá-lo intimamente.

Seu toque era macio e extremamente excitante, ela o conhecia muito bem para saber como deixá-lo louco e era isso que fazia tocando-o leve, mas firmemente. Sem aguentar mais aquilo, ele retirou a mão dela dali antes que terminasse tudo tão rápido e ele não pudesse aproveitar mais a ninfeta a sua frente. Virou-a de costas e enfiou seu pau no meio das pernas dela, sem penetrá-la, enquanto excitava-a pela frente com dois dedos entrando e saindo dentro dela. Ela era tão quente, tão apertada que o fazia apertá-la ainda mais até deixar sua marca na pele sensível e macia.

Ambos estavam quentes apesar da água gelada que caia por seus corpos, enquanto se contorciam e gemiam alto sentindo o corpo um do outro.

Seus dedos a invadiam rápidos e quando ela gritou e apertou suas mãos, ele descobriu que ela estava na beira do precipício do prazer.

- N-naruto-kun, p-por favor, p-por favor! - ela implorou empinando-se contra ele que também já sentia seu membro quase explodindo

Virou-a de frente e penetrou de uma vez. Os movimentos se alternavam, hora mais lentos, hora mais rápidos, mas sempre intensos, em momentos tirando seu membro completamente de dentro dela para depois penetrá-la com força arrancando gemidos agudos.

Ela puxou seus cabelos e colou-se no corpo febril dele, gemendo em seu ouvido enquanto sentia-o dentro de si o fazendo penetrá-la mais rápido, mais forte, mais delicioso. E quando viu os olhos azuis embaçados, logo depois sentiu-se inundada com sua semente, ela também derreteu-se sentindo todas as suas forças a abandonarem como se desfalecesse. Mas ela sorria em meio a respiração acelerada, sentindo-o descansar em seu peito, a abraçando docemente. E isso a fazia feliz, e era nesse momento que ela sentia-se completamente realizada, quando o toque dele transformava-se de intenso para gentil, quando ele parecia sentir algo a mais do que apenas tesão e desejo por ela. Era quando ela sentia-se mais perto do coração dele e quando ele ficava mais perto do dela.

A água continuou a cair limpando seus corpos ainda imóveis e em recuperação e quando ela abriu os olhos ele já havia se separado dela, mas continuava em sua frente apoiando o braço na parede próximo ao seu rosto.

- Você tinha razão - ele sussurrou sem olhá-la e a mesma não entendeu - um banho realmente me fez muito bem. - ele então levantou o olhar e lhe sorriu malicioso.

Hinata suspirou e passou a mão pela testa dele, sem conter sua preocupação. Ainda estava quente, mas ela desconfiava que não era de febre...

 

***

- Você está bem? - ela perguntou baixinho já que havia se ajoelhado na frente dele e tocado em sua testa com a costa das mãos. Ele estava deitado no sofá e com o sorriso cafageste de sempre.

Naruto pegou na mão dela a impedindo de se afastar e aproximou de si retirando o palito do cabelo dela, soltando seus cabelos, a fazendo soltar um muxoxo entediado.

- Seu cabelo fica melhor solto. - justificou apesar de ela perceber que havia alguma coisa a mais que ainda não entendia.

- Preparei um chá... - ele fez uma careta e ela completou rapidamente - eu sei que você não gosta, mas... - suspirou, derrotada e abaixou o olhar sentindo-se envergonhada por ter impulsos tão super protetores para aquele homem adulto - pelo menos tente se cuidar...

- Por que se preocupa tanto comigo? - murmurou tocando a bochecha dela que o olhou por alguns segundos, hesitante e pensativa.

- Você não sabe? - ela perguntou baixinho e por um minuto ele a achou um pouco triste.

Negou com a cabeça, e a olhou confuso vendo-a se afastar e colocar o sobretudo novamente em silêncio.

- Quem sabe um dia você descubra. - ela sorriu levemente e naquele momento, ele sentiu um incomodo incomum em seu peito.

Não conseguiu controlar o sentimento de que alguma coisa estava errada e no fundo sabia o que era. A figura da hyuuga, ali, em seu apartamentozinho sujo e pequeno era estranho e surreal, como se tal cena não devesse existir. Ao olhar mais atentamente, ele percebeu que ela estava corada e desviava o olhar do dele, o fazendo relembrar pela segunda vez naquele dia, a Hinata de meses atrás, uma kunoichi fragilizada e meiga que quase se tornara sua melhor amiga. Não gostava quando isso acontecia, sentia-se um verdadeiro canalha, um tipo da pior espécie que se aproveita da ingenuidade da doce hyuuga. Preferia vê-la do jeito firme e devasso, apesar de ser impossível não se encantar com aquela expressão doce e assustada que as vezes ela deixava transparecer.

A “Hinata amante” era sua melhor opção, por que sabia que a partir do momento que voltasse a vê-la como “Hinata amiga”, ele se arrependeria e se martirizaria por toda aquela situação e acabaria adquirindo sentimentos por ela que preferia não ter.

Não que Naruto reconhecesse uma possível chance de um dia amar Hinata, mas sabia que se apegaria ainda mais a hyuuga o que não seria nada bom se por acaso um dia Sakura largasse Sasuke e reconhecesse que o ama...

Suspirou, balançando a cabeça já não aguentando mais aquele rumo de pensamentos. Percebeu que Hinata ainda o encarava e como ficara um pouco abalado com aqueles pensamentos, fechou os olhos fingindo cair em um sono profundo.

Hinata assim que o viu fechar os olhos, deixou sua mascara de confiança cair por completo revelando a frustração e o desanimo por aquela situação. O loiro não fazia ideia do por que dela estar ali, com ele, sequer passava pela sua cabeça o que era obvio. Ela o amava, como ele não enxergava? Ou será que não queria enxergar?

Exausta, e lhe dando um último olhar, ela se foi, mais uma vez sem se despedir. Como sempre.

Naruto respirou fundo quando sentiu que estava sozinho novamente e abriu os olhos, passou as mãos por detrás da cabeça, e olhou o céu pela janela. Mais uma noite comum nos últimos quatro meses.

Hinata chegou no clã sorrateiramente e agradeceu mentalmente por saber todos os caminhos por onde podia passar sem ser notada e assim chegou em seu quarto. Entretanto, surpreendeu-se ao entrar e encontrar Neji a sua espera.

- Neji-nii-san! – exclamou surpresa sem conseguir se conter.

O primo a olhou com seriedade que ela conhecia muito bem.

- Hinata-sama, aonde esteve?

- E-eu...sai pra...espairecer - desviou o olhar para a penteadeira e olhou o primo pelo reflexo do espelho.

Este não parecia muito convencido, mas mesmo assim não insistiria.

- Hiashi-sama ficou furioso quando não a viu no quarto – Informou e ela fechou os olhos prevendo problemas - ...e eu disse a ele que foi treinar. – Completou vendo a prima respirar em alivio e olhá-lo com gratidão.

- Arigatou Neji!

- Apenas seja mais cautelosa. - advertiu já indo embora.

- Eu vou tentar. Arigatou. - sorriu

Mas quando ele se foi, ela voltou a ficar séria, sabendo que não poderia obedecer a esse pedido.

Por que a loucura com que estava metida, não tinha espaço para cuidados.


Notas Finais


=**


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