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História Paralelamente - Parafraseando


Escrita por: Cimopoleia

Notas do Autor


Então gentein, esse é o segundo, eu sei que provavelmente ninguém vai ler, mas eu não me importo, a vida é assim mesmo, talentos desconhecidos. Quem tiver uma oportunidade de ler, por favor comente a sua opinião.... E aí vai mais um....

Capítulo 2 - Parafraseando


Fanfic / Fanfiction Paralelamente - Parafraseando


A escola estava exatamente igual: um grande prédio de tijolos laranjas e com um vasto gramado na entrada. Evitara o local desde o fim do último ano letivo, desviando por outras ruas sempre que possível. Haviam grupos de adolescentes sentados na grama rindo e conversando. 
-Aqui estamos nós outra vez... –disse Maureen, em um suspiro cansado enquanto atravessavam o gramado.
-Não é tão ruim assim –disse Anthony.
Logo algumas garotas começaram a acenar freneticamente chamando por Tony.
-Essa é minha deixa... –disse o garoto sorrindo e dando uma piscadela.
David fitava o irmão enquanto ele se afastava, indo até o grupo de garotas que o receberam com abraços e sorrisos. Anthony era completamente o contrário do irmão. Fazia amizade facilmente, se comunicava facilmente, as garotas o amavam facilmente.
-Vamos David... –disse Maureen, puxando a manga do garoto.
Ele apenas afirmou e deixou que ela o conduzisse para a entrada do colégio... Mas não entraram, havia algo bloqueando a porta, alguém mais especificadamente.
-Olá coisinha linda... –disse Theodore, acariciando o rosto de Maureen.
Theodore Lewis, capitão do time de futebol da escola. O garoto mais idolatrado pelas garotas, um e oitenta de altura, músculos definidos, cabelo louro e olhos azuis. Seus dentes cintilavam no seu melhor sorriso conquistador.
-Saia da minha frente, agora... –disse Maureen, afastando a mão do garoto de seu rosto.
O garoto riu baixo e se aproximou ainda mais de Maureen. Ela bufou com raiva e lançou um olhar para David. Eu não mereço os olhos dela diziam.
-Você espera que esse magrela faça alguma coisa? –perguntou ele, rindo. –Posso derrubar ele com um só dedo...
Theo empurrou David com força, Maureen o amparou antes que fosse de encontro ao chão. O garoto louro ria abertamente, sacudindo-se e batendo o pé. Maureen lançou um olhar raivoso ao garoto, os olhos dourados faiscavam. Oh-oh pensou David.
-Você não tem coisa melhor pra fazer não? –perguntou a garota em um sussurro.
-Ah, eu tenho... Mas reservei um espacinho pra você... –disse o garoto envolvendo Maureen com os braços.
Maureen soltou um grito de raiva e empurrou o garoto. Ele se desiquilibrou, surpreso.
-Ok, você quer ir mais devagar, não tem... –começou a dizer Theo, mas a frase foi interrompida por um tapa estalado que Maureen dera em seu rosto.
-Você vai se arrepender garota... –disse ele enquanto se afastava.
Maureen soltou uma risada aliviada.
Era assim desde o sétimo ano. Theodore começou a dar em cima de Maureen quando entrou na escola, havia sido transferido por ter quebrado o braço de um colega de escola. Theodore sempre a deixava deixava extremamente irritada, e Maureen irritada é uma catástrofe certa.
Há dois anos Theo a beijara a força, e isso terminou em hospital, a garota ficara tão raivosa que derrubara o garoto e montara nele, desferindo golpes por seu rosto. Desde então o garoto tentara mais ainda, o que sempre acabava em discussões, berros e diretoria. 
Maureen tinha um temperamento forte, e se irritava facilmente. Certo dia ela e David foram a biblioteca estudar. Maureen não conseguia compreender a lição de matemática o que a deixou com raiva. No fim, alguns livros acabaram sendo arremessados pela janela. Maureen e David nunca mais puderam voltar a biblioteca.
-Respire fundo Mo... –disse ele, segurando a garota pelos ombros.
A garota lançou um olhar a David. Era um olhar triste de culpa.
-Mo, aquele cara é um idiota que vê você como um desafio, assim como todos os garotos... –disse ele. –Apenas tente se controlar e não quebrar nenhuma parte do corpo dele, certo?
-Sim... –murmurou ela.
O sinal tocou e as portas de entrada se abriram com estrondo, logo uma enxurrada de crianças e adolescentes transpassavam a porta, atropelando David. As pessoas passavam por Maureen o mais longe possível tentando não tocar em um fio de seu cabelo cacheado. David olhou para Maureen respirando fundo. A garota ainda estava um pouco vermelha, mas já estava mais calma.
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David corria pelo corredor branco, iluminado por lâmpadas amareladas que faiscavam hora ou outra. Seus passos ecoavam no chão de metal, ao fim do corredor haviam portas duplas, ele as abriu e uma forte luz o cegou.
Acordou com Maureen o cutucando, ela sussurrava seu nome. Quando David olhou ao redor, todos o fitavam com desprezo e a professora o olhava aborrecida.
-¿Señor Janson? –disse a professora. –¿Puedes decirme la respuesta de la cuestión ocho?
Sra. Penhallow, professora de língua espanhola. Ela era baixa e tinha o corpo robusto, odiava todos os alunos, especialmente David.
O garoto a encarou, imaginando quantas vezes essa mesma cena já havia acontecido. Ele desviou o olhar da professora e fitou o livro até encontrar a questão oito. Ele encarou a professora novamente.
-No lo sé… -respondeu ele, sorrindo.
A professora apenas estreitou os olhos, encarando o aluno. Virou-se para o quadro e começou a escrever furiosamente.
-David, se você dormir nas aulas deste ano também, vai pegar recuperação de novo, e eu não ficarei vindo a escola só para acompanhar você quando as aulas já tiverem acabado... –disse Maureen.
-Eu sei, mas é que essa aula é muito tediosa... –disse David. –Se fosse uma professora bonita como costuma ser em filmes, tudo ficaria mais fácil...
Maureen soltou uma risadinha e esmurrou o ombro do garoto.
Logo o sinal tocou, e todos os alunos saíram desesperados porta a fora. Maureen e David esperaram a enxurrada de alunos passar, então foram até o corredor. Seguiram por ele, até chegarem ao refeitório movimentado e barulhento. Milagrosamente encontraram uma mesa vaga, David sentou dando uma mordida em seu sanduíche.
-Não acredito que estamos aqui de novo... -murmurou Maureen.
-Só mais dois anos, Mo... –disse o garoto. –Acho que aguentamos mais esse tempo...
Um garoto parara diante deles, David o reconheceu da classe de espanhol.
-Olá, eu sou Simon Verlac... Sou novo por aqui... –disse o garoto. –Posso sentar com vocês? As outras mesas estão todas vagas...
Maureen prendeu a respiração ao olhar para o garoto.
Simon era alto, e bronzeado. Os olhos os fitavam suplicantes, azuis elétricos. O cabelo castanho claro estava bagunçado de qualquer maneira. Ele sorria sem jeito. Parecia um surfista daqueles que filosofam sobre as ondas do mar.
-Sem problemas... –disse David.
Simon deu um sorriso largo, e se sentou ao lado de Maureen. Que estava vermelha e só então voltara a respirar. A garota enterrou o rosto no ombro de David. Simon a olhou com as sobrancelhas franzidas, depois deu de ombros e voltou-se para David.
-Como se chama? –perguntou-lhe.
-Eu sou David e essa é Maureen... –respondeu David.
A garota soltou um som abafado pelo ombro do garoto.
-Vocês... Estão namorando? –perguntou Simon, inclinando a cabeça.
Maureen levantou a cabeça e olhou para Simon, seu rosto ainda estava muito vermelho.
-Nããããããão... –disse ela balançando a cabeça. –Não, nós não estamos namorando...
-Ok... –disse Simon lentamente, olhando para Maureen. –É que vocês ficam aí, sentados sozinhos, afastados de todo mundo...
-David é meu melhor amigo sabe... –começou a dizer a garota.
-Melhor amigo? Sei... –disse Simon franzindo a testa e analisando seu sanduíche.
-É complicado... –disse David, em um sussurro.
-Sabe, você é muito bonita... Podíamos sair qualquer dia desses... Se David não se importar, é claro... –disse Simon.
Maureen enterrara o rosto novamente no ombro do amigo.
-Eu não me importo... Porque eu me importaria? Nós somos apenas grandes amigos... –disse David, sentindo o rosto queimar.
Simon soltou uma risada e voltou a comer seu sanduíche.
Permaneceram em silêncio, encarando os sanduíches após mordisca-los. Alguns minutos depois alguém batera na mesa.
-Coisinha linda... -disse Theo encarando Maureen. -Não se preocupe, já lhe desculpei pelo mal entendido de hoje cedo...
-Oi, meu nome é Simon -disse o garoto estendendo a mão para Theodore.
Theodore olhou para a mão de Simon, como se fosse algo asqueroso e nojento. Depois encarou seu rosto, os olhos semicerrados iam do garoto para Maureen.
-Quem é esse e por que está aqui com você? -perguntou para a garota.
Finalmente, David cansou de ser ignorado.
-Ele é novo na escola... -disse ele, recebendo um olhar irritado de Theodore. -Olhe, será que pode nos deixar em paz, pelo menos no lanche?
Theodore abriu a boca, os olhos revelavam que pensava em alguma ofença. Mas antes que pudesse soltar qualquer palavra, Simon levantou em um salto.
-Olhe, você está atrapalhando a minha refeição -disse ele ficando vermelho.
-Oh me desculpe... -disse Theodore com falsa culpa. -Saia da minha frente idiota.
Simon aproximou seu rosto ao do garoto.
-O que Kathy iria pensar se descobrisse que o namoradinho não é um calouro da universidade, e sim um garotinho preso no ensino médio que vive importunando uma garota pelo simples fato de ela ser bonita e não te querer...
Theo encarou Simon, seu rosto estava branco como papel, engoliu em seco e se afastou cambaleando. Simon se sentou novamente com um sorriso triunfante.
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-Isso foi incrível, você não acha? –perguntava Maureen, enquanto dobravam uma esquina. –Quer dizer, nós fizemos um amigo...
David deu de ombros.
-Você viu como ele nos defendeu? -disse ela animada. -Foi meio assustador, mas ele já deve se considerar nosso amigo...
-Algo me diz que ele quer ser bem mais do que um amigo... –resmungou David.
Maureen e David voltavam da escola, já estava escurecendo. Maureen tinha clube de teatro, após as aulas, e David ficara a observando no palco, enquanto fazia o aquecimento de voz, e acenava para ele sorrindo, fazendo caretas e mostrando a língua. Os pais de Maureen a colocaram no clube quando ainda era pequena, e começara a demonstrar problemas com o temperamento.
A garota parara de caminhar e olhava assustada para David.
-Qual é Mo? –disse David. –Você gostou daquele cara...
-Ficou tão na cara assim? –perguntou ela olhando para o chão.
David não respondeu, continuou caminhando.
-Qual o problema David, tem alguma coisa que você quer me contar? –perguntou a garota.
David respirou fundo, e olhou para Maureen.
-Sim... Chegamos na sua casa... –disse ele lentamente. –Até amanhã Mo.
Seguiu pela rua sabendo que Maureen o olhava enquanto passava pelo jardim de casa. Logo David chegara em casa. Assim que passou pela porta viu seu tio, Stephen, atiçando o fogo na lareira, e jogando um envelope no fogo, o mesmo que vira pela manhã. Sem pronunciar uma palavra subiu pelas escadas e foi para o quarto.
-Como foi com a namorada? –perguntou Anthony, quando o irmão mais velho estava subindo as escadas.
Tony estava deitado em sua cama sem camisa, tinha marcas vermelhas por todo o pescoço, Tavy ronronava satisfeito em seu colo.
-Até onde eu sei não tenho namorada nenhuma...
-E Maureen? –perguntou o garoto removendo cuidadosamente o gato de cima si e pulando da cama.
-Maureen não me vê como um possível namorado...
-Hum... –disse Tony. –As líderes de torcida me encurralaram quando eu saía do banheiro... Olha o que fizeram comigo... –disse o garoto apontando para o pescoço.
David soltou uma risada breve e desanimada, se jogou na cama, deixando algumas lágrimas rolarem.


Notas Finais


E é isso, mais nada( na verdade vai ter mais capítulos).


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