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História Parceiros de Crime - Contando tudo e beijo


Escrita por: Roxye

Notas do Autor


Yoo, como vocês estão?

Bom, eu tenho uma pergunta nas notas finais, então se quiserem, por favor, leiam e respondam.

Eu sei que demoro um pouco para atualizar as histórias, mas recompenso com capítulos grandes. Espero que gostem♡

Boa leitura♡

Capítulo 11 - Contando tudo e beijo


Fanfic / Fanfiction Parceiros de Crime - Contando tudo e beijo

- Eu... voltei... - minha voz saiu rouca. Mas foi o suficiente para eles levanterem a cabeça e os olhos marejarem ao me verem...É tão bom ve-los de novo.

Eles não falaram nada. Estavam me olhando com os olhos quase pingando lágrimas, pareciam surpresos e felizes ao mesmo tempo. Eu ia dizer algo para quebrar esse silêncio mas do nada os corpos dos dois voaram em minha direção. Quatro braços me esmagavam e meu ombro ficando um pouco molhado pelas lágrimas deles e meu rosto pelas as minhas próprias.


- Luce... eu pensei que.... - a voz do Natsu travou. Já sabia o que ele iria falar, não julgo ele achar que eu iria morrer, eu também achei isso.

- Nunca mais me assuste assim! - o Acnologia falou tentando deixar a voz grossa, o que falhou um pouco.

- Vo...vocês es...estão me apertando - falei com um pouco de dificuldade soltando uma risadinha sem graça

- Desculpe! - eles falaram juntos e me soltaram rapidamente. Comecei a respirar melhor

- Como está se sentindo? - o Acnologia perguntou com a voz preucupada

- Bem - falei mexendo o meu braço sentindo um desconforto. Foi quando eu percebi a minha situação. Eu estava tomando soro na veia do meu braço direito - Para que tudo isso?

- Para de tentar tirar! - o Natsu segurou a minha mão esquerda que estava indo em direção a agulha que estava em minha veia.

- Isso incomoda! - falei um pouco irritada. Só existe uma coisa nesse mundo que eu mais odeio, não é levar um tiro e nem uma facada, isso já é normal em minha rotina de mafiosa, mas sim.... AGULHAS! Essas coisas pontudas e finas que vieram do próprio inferno me irritam! O pior é que o mestre vivia me dando vacinas e tirando meu sangue para exames, eu sabia que era necessário, mas as agulhas sempre eram as minhas arqui-inimigas.

- Nós sabemos que você não gosta de agulhas, mas é necessário! - o Acnologia falou mandão e puxou uma orelha minha. Fiz reclamações mas ele apenas ignorou

O Natsu soltou uma pequena risada depois, olhei irritada e perguntei:

- Qual é a graça? - perguntei ríspida

- É que nós estávamos super preucupados com você, e do nada você acorda, e nós ficamos discutindo por coisas idiotas - ele almentou a risada fazendo eu e o meu avô rirmos também

- Acho que não somos o tipo de pessoa que sabe fazer um "reencontro" fofo - falei quando parei com as risadas

- Isso não é para a gente - o Acnologia falou divertido

Ficou um silêncio depois, o clima pesou um pouco, só estavamos um olhando para o outro, o alívio estava no olhar de cada um de nós.

- Se você não tivesse acordado - o Acnologia começou a falar - A Anna voltaria dos mortos e me atormentaria para o resto da minha vida

- Conhecendo a minha vó, ela faria isso mesmo - ri lembrando a peça que a minha vó era

- A Dona Anna sempre pegava no pé dos outros - o Natsu falou divertido e tampou a boca logo depois. Ele havia percebido o que falou - É... quer dizer... o Acnologia me con...

- Não precisa tentar se explicar Natsu, eu lembrei - sorri um pouco e vi a expressão do Natsu mudar para um mix de esperança e confusão

- Vo-você o que? - o Natsu gaguejou com oa olhos brilhando de esperança 

- Eu... lembrei, Natsu - curvei um pouco o meu corpo, mesmo sentindo um desconforto por causa do soro, e abracei o Natsu

- Luce... - o Natsu me apertou contra ele. A respiração dele estava tensa, eu estava igual a ele. O coração completamente acelerado de nós dois batiam em armonia

- Natzu... - o chamei pelo apelido de infância. Ele me apertou mais em si, afundou a sua cabeça em meu pescoço e almentou a respiração - Me desculpe... desculpa por ter esquecido de você

- Cala a boca! - ele falou em um tom um pouco alto me surpreendendo - Não peça desculpas! A culpa não foi sua! Eu... eu deveria ter te protejido naquele dia

- Não se culpe - comecei a afagar os cabelos rosadas dele - Não se torture desse jeito, tá bom? - ele acenou com a cabeça que ainda estava sob meu pescoço 

- Lucy - o Acnologia começou a falar - Você se lembra de tudo?

- Para ser sincera, não - falei. O Natsu se afastou um pouco de mim e me olhou triste - Mas eu me lembro do básico, lembro o suficiente para saber o quanto o Natsu é importante para mim!

- Obrigada, Luce - o Natsu sussurrou.

- Do que você lembra? - o Acnologia perguntou

- Eu lembro de quando eu e o Natsu tinhamos 3 anos, ai nós nos encontrávamos sempre que nossas mães iam na casa umas das outras - falei a primeira memória. corei ao lembrar da segunda memória - Depois eu parecia ter uns 6 anos de idade. Eu estava de baixo da árvore com o Natsu - olhei para o Natsu e ele corou um pouco, acho que ele já se lembrou - Ali foi quando nós prometemos nunca abandonar um ao outro

O Acnologia deu um pequeno sorriso. Ele estava se divertindo com a nossa vergonha.

- E... vô - chamei a atenção do Acnologia. Ele arregalou os olhos pelo jeito que eu chamei ele. Acho que ele gosta disso - Eu tive uma memória que a vovó contou a sua história e dela para mim e para o Natsu. Os meus pais estavam com a gente, só que eles já pareciam saber

- E-ela contou? - o Acnologia segurou a minha mão com força. O olhar dele deixava um claro rastro de saudade

- Sim - acenei com a cabeça - Só que ela modificou um pouco o jeito de contar. Como posso dizer... censurou partes para pessoas maiores de idade

- Anna... - o meu avô olhou para o teto e fechou os olhos. Assim feito, uma lágrima de cada olho caiu em sua face. O Acnologia é muito forte, disso eu tenho certeza

- Natsu, eu acho que a gente precisa conversar - olhei para o Natsu

- Claro - ele acenou - Depois que a Chellia examinar você

- Que? Mas eu estou bem! - falei um pouco decepsionada

- Não temos certeza - a voz do Acnologia voltou a ser como antes - Eu vou chama-la aqui - ele se levantou e foi em direção a porta e saiu

Ficamos em silêncio esperando a Chellia chegar junto com o meu avô. É claro que estamos felizes da minha memória estar de volta, mas não sei o que fazer agora, e nem ele. Só nos resta conversar sobre o passado agora, sobre tudo o que aconteceu.

- Que bom que acordou - a voz leve da Chellia ecoou no lugar junto com o barulho da porta de abrindo - Agora só preciso completar alguns exames

- Eu estou bem, já pode tirar essa coisa de mim - falei apontando para a agulha que transportava o soro até mim. Ela me olhou com cara de tacho. Percebi que ela não iria fazer isso, então eu mesma vou!.

- Nem tente - a voz da Chellia ficou sombria. Uma gota de suor desceu nas minhas costas. Como esse ser tão pequeno pode parecer assustador assim?

- Não vou - falei rápido. Ouvi risadinhas vindo da parte do Natsu e do Acnologia. Desgraçados!

- Vamos começar - ela foi até um lado da sala onde tinha alguns potes que pareciam aqueles para guardar... sangue? Há merda, isso não...

Eu a vi pegando uma agulha e colocando em um compartimento que cabe um desses potes. Talvez eu esteja suando um pouco agora.

Ela chegou próximo a mim, tirou a agulha do soro do meu braço direito, senti um desconforto quando ela tirou, mas o alívio veio logo depois. Ela se afastou e foi até uma cadeira e falou:

- Lucy, você pode vir aqui por favor - ela pediu mas eu não me mexi. O Natsu colocou a mão na boca segurando a risada

- Lucy? - ela me chamou de novo. Eu me levantei lentamente e fui até uma cadeira expecializada para apoiar o braço para tirar sangue - Você está com medo?

- Que? Claro que não! - falei um pouco ofendida por uma verdade que saiu da boca dela

- Eu não acredito - ela começou a amarrar um tipo de fita de elástico no meu braço - Você faz missões perigosas, que pode levar um tiro, uma facada, um soco... e está com medo de uma agulhinha?

Ok, essas palavras doeram, ela tinha razão? Tinha, mas eu não iria admitir, pelo meu próprio ego e orgulho, não iria.

Ela soltou uma risadinha junto aos outros dois. Isso ai já é humilhação!

A Chellia procurou uma veia minha e quando achou, passou algodão com álcool no local.

- É que é estranho, a mulher mais forte e corajosa da Fairy Tail ter medo de agulhas - a Chellia disse

- E eu tenho culpa de que agulhas pareceram as garras do capeta? - falei indignada. Afinal, todos temos medo de algo

- Você é dramática e medrosa, Luce - o Natsu riu depois de falar

- Aé? - falei - pois saiba que eu lembro de um certo alguém ir tirar sangue e chorar igual um bebê!

- Eu tinha 5 anos! - o Natsu rebateu

- Desde que eu me lembre de você tirando sangue você chorava! - rebati mais uma vez

- Prontinho - eu ouvi a Chellia falar. Olhei confusa para ela e a vi com dois potinhos com sangue na mão - Precisava ter medo disso? Você nem percebeu

- Hmpf - murmurei e me levantei segurando o algodão sobre o pequeno furo por causa da agulha

- Bom, era só isso - a Chellia disse - O resto eu fiz quando você estava desacordada. Já pode sair

- Obrigada, Chellia - agradeci e sai da sala junto ao Natsu e Acnologia

- Precisava fazer tempestade num copo d-água? - o Acnologia falou. Eu ia rebater mas ele me interrompeu - Mas não importa agora, vocês podem ir lá em cima conversar se quiserem

- Obrigado/a - falei junto ao Natsu

Eu e o Natsu andamos em silêncio até o elevador. Vimos muitas pessoas no caminho, nenhuma nós reconhecemos, mas mesmo assim, ninguém entrou no elevador além de nós.

Apertei o botão do último andar, que em cima do botão está escrito "apenas pessoas autorizadas", isso já estava antes, mas não dei a mínima na primeira vez que fui para lá.

A porta do elevador se abriu e revelou o lindo lugar que eu já conheço, mas o Natsu ainda não conhecia, então a surpresa dele foi nítida.

Na noite isso fica ainda mais lindo. As estrelas brilhantes e a lua eram a única coisa que iluminava o local no momento. As plantas que tinham no local era muito bem cuidadas, e tudo estava bem limpo.

- Natsu, quanto tempo eu fiquei desacordada? - perguntei. Eu estava curiosa, afinal, já era noite, e pelo que eu me lembre, eu desacordei de manhã

- Umas 15 horas mais ou menos. Agora deve ser por volta das nove da noite - ele falou - Não se preucupe, não foi dias sem acordar

- Obrigada - me sentei em um dos bancos que tinha do local. É uma pena que nem todos possam vir aqui, se as pessoas soubessem cuidar dos locais, provavelmente poderiam desfrutar dessa visão maravilhosa - Senta aqui

Ele se sentou ao meu lado. Não sabiamos o que falar ou o que fazer no momento, mas por enquanto, acho que ambos nós dois, estamos adorando desfrutar um da companhia do outro.

Ficamos um tempo só olhando para o céu. Minha mente estava vazia no momento.

Depois de alguns minutos, eu resolvi falar, acho que ele estava esperando isso.

- Natsu, por que você não me falou antes? - me virei em sua direção. Ele deu um suspiro - Era só você contar!

- Sabia que você ia perguntar isso - ele falou, pelo que parece, mais para si mesmo - Não era tão simples assim, Luce

- Como não era? - perguntei buscando explicações

- Luce, quando aconteceu aquele massacre na favela - o Natsu suspirou buscando coragem ao falar disso - Você teve um acidente. No desespero da sua casa ter sido invadida pelos militares, você foi para o teto de sua casa, você estava sendo seguida por um militar, e quando deu um passo para trás, você caiu de lá.

Arregalei os olhos, eu lembrava um pouco desse momento, mas não sabia que tinha exatamente acontecido.

- Eu vi você caindo, eu me mudei de casa na época, e morava logo a casa a frente. Eu tentei correr até você, mas os meus pais me seguraram, eu vi que você ainda estava viva, mesmo de longe, dava para ver você respirando, mesmo que estivesse desmaida

Eu agradeci aos falecidos pais do Natsu ao não deixarem ele ir atrás de mim, se ele fosse, provavelmente iria sair na rua e ser morto na hora. E como pais, eles não aguentariam ver isso.

- O militar que estava atrás de você, desceu, e verificou se você estava viva ou não. Ele sabia que estava, mas mesmo assim, ele te arrastou para um canto, e falou para os colegas que aquela casa já estava com todos mortos - me surpreendi, não sabia que um militar havia me ajudado

- E... o que isso tem haver com você não poder contar para mim sobre as minhas memórias? - perguntei

- Quando caiu, você teve um traumatismos craniano bem leve, isso foi muita sorte, já que a altura que você caiu foi alta para uma criança de 7 anos - dessa eu não sabia, ninguém nunca tinha me contado isso - Eles conseguiram tratar você, mas como sequela, você esqueceu, de pelo menos, 75% de sua memória antes do tratamento.

Eu realmente não sabia disso. Estou muito surpresa, eu esqueci de muita coisa na minha vida antes dos 7 anos.

- E eles falaram para não te forçar a lembrar nada, porque isso poderia causar outras sequelas. Teria chance de você não lembrar nunca mais de nada, e isso me assustava - ele olhou para baixo depois de falar - Eu me afastei de você, não aguentaria ficar perto sem poder contar tudo, ou te abraçar como antes, ou falar "eu te amo" sem parecer estranho.

Eu só o abracei. Ele deve ter sofrido muito nesse tempo, nós realmente nos amavamos, de um jeito inocente, já que éramos crianças. Mas só de pensar, a última pessoa que te sobrou esquecer de você... doi.

- Obrigada, Natzu - apertei mais o abraço. Ele estava com uma mão em cima do olho, e outra apoiada no banco - Obrigada por não desistir de mim. Eu te amo, Natzu

E o choro almentou. Não sei lidar com pessoas chorando, nunca foi o meu forte. Então a única coisa que eu fiz, foi chorar junto. O Natsu tentou falar algo, só ouvi um "Eu... te" mas ele quase se engasgou por causa da situação que estava, então ele só ficou quieto, e se acomodou em meus braços. Ele deve estar se lembrando de tudo o que aconteceu naquele dia, de ver os seus proprios pais mortos... isso com certeza deve ter sido o pior.

Ele foi se acalmando em meus braços, eu sentia a respiração dele ficar mais calma em meu peito. Eu dei um sorriso. Finalmente, o Natsu não precisa mais fingir nada, não precisa mais sofrer por causa de memórias perdidas, e eu finalmente lembro dele.

- Você quer saber algo mais? - a voz dele foi bem calma. Ele não saiu do meu abraço, estava com a cabeça deitada em meu peito enquanto eu o esquentava com meus braços

- Como foi na sua visão, Natsu? - perguntei - Não precisa me falar se não quiser

- Tudo bem, eu falo - ele se acomodou mais ainda em mim - Quando eu vi que estava acontecendo tiroteios, eu me escondi junto aos meus pais. Mas quando eu ouvi um grito seu, corri até a janela, e vi você caindo, na hora tentei correr, mas a minha mãe começou a chorar e a me segurar, eu desisti depois de ver aquele homem te arrastando até um canto. Ele não iria fazer nada com você

O Natsu realmente se preucupa muito comigo. Naquela época, eu com certeza faria o mesmo

- Depois a minha casa também foi invadida. Meu pai me desmaiou e me escondeu em um local que eu nem sabia que existia na casa. Quando eu acordei, fiquei horrorizado ao ver os corpos sem vida deles. Eu me deitei ao meio dos dois, e comecei a chorar alto. No meio disso, alguém entrou, era o Makarov, ele me viu vivo, e me ajudou, eu falei de você a ele, e ele correu até onde você estava - e mais um suspiro por parte dele - O Makarov levou eu e você para a Fairy Tail. A Poluchka cuidou de nós dois, você não acordava de jeito nenhum. E então, depois de tratar você, a perda de memória aconteceu.

- Eu sinto muito... - falei

- Não precisa - ele saiu do meu abraço. Ele olhou para mim e me beijou. Me surpreendi no momento, mas aceitei o beijo. As minhas mãos seguraram o cabelo dele enquando nossas bocas e línguas se moviam. Tudo ficou mais quente, mas começou a se esfriar quando a falta de ar chegou e precisamos nos separar - Você realmente sabe como se beija.

Dei um sorriso de lado e falei:

- Você até que não foi tão mal assim.














Notas Finais


Eu disse que tinha uma pergunta importante, então ai vai:

Vocês gostariam que algumas vezes quando a Lucy tiver dormindo, ela tenha pequenas memórias sobre os acontecimentos no passado?

Era essa a pergunta. Obrigada por lerem até aqui. Bjs♡


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