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História Pardebi - Be like you


Escrita por: Marurishi

Notas do Autor


Tags do capítulo: Reflexão. Diversão. Mistério.

Capítulo 9 - Be like you


 

“I didn't know ya

Give it a chance, watching your chest

How did it feel ya?”[8]

 

Miyumi Dzlieri recebeu uma ligação de sua amiga Medora.

 

— Olha só, gata… hoje é sábado e, por incrível que pareça, meus pais me deram folga da floricultura — disse a garota de cabelos coloridos.

 

— Que ótimo! — respondeu a mais velha, com um riso divertido. — Aposto que essa ligação é convite para um passeio!

 

— Acertou, queridinha! — Medora riu. — Pintei meu cabelo com um novo tom de azul e quero que você veja.

 

— Gata, eu tenho trabalho de história da moda, não vai dar.

 

— Mas… — implorou. — Eu queria muito sair com você e fazer umas fotos do meu novo cabelo. Eu preciso atualizar meu Instagram!

 

— E onde você quer ir?

 

— No Gemrieli, é óbvio! Pode ser às 15h?

 

— Sem chance!

 

— Às 16h? 17h? — Não iria desistir tão fácil.

 

Desde que os movimentos na floricultura dos pais de Medora diminuíram, tiveram que despedir o funcionário que os ajudava e passou a ser função da garota ajudá-los quando não estava na escola. Finais de semana eram mais movimentados, mas naquele ela ganhou uma folga, por isso faria de tudo para sair e aproveitar.

 

— Dora… só posso depois das 18h.

 

— Então nos encontramos às 18h, no Gemrieli!

 

— Ok, nos vemos às 18:30h — concordou e esclareceu o horário.

 

— Tá bom! Mas posso me atrasar um pouquinho — avisou —, não desista de mim!

 

— Te dei meia hora e você ainda quer se atrasar?

 

— Preciso estar super diva pra não passar vergonha perto de você!

 

Miyumi riu se divertindo com o humor da amiga, que tinha uma personalidade encantadora, feliz e jovial.

 

Medora Chkviani morava em um bairro de classe média, longe do centro, porém, em desenvolvimento e isso se dava, principalmente, por ter um grande parque de diversões e uma estação de metrô. A melhor maneira de chegar até o centro era ir de metrô e foi assim que, no fim da tarde, a garota de cabelos azuis chegou na estação do Parque Gartoba.

 

Ao virar a esquina para acessar os portões, imediatamente viu que havia algo errado. Muitas pessoas corriam apressadas saindo da estação. Ainda que o movimento nos finais de semana fosse maior devido ao parque que ficava ao lado, ainda sim, não era algo normal e Medora constatou suas suspeitas quando viu viaturas da polícia no local.

 

“Nossa! Será que foi um assalto?” — pensou tentando ouvir alguma informação das pessoas que deixavam o local. Sua curiosidade era maior que sua vergonha e, assim que um casal passou por ela, perguntou:

 

— O que está acontecendo?

 

— Um homem se suicidou na plataforma, a polícia está fechando a estação.

 

— Credo, que horror! — arrepiou-se ao saber daquilo. — Ele pulou nos trilhos?

 

— Não, parece que foi um assalto frustrado e ele se deu um tiro para não ser capturado.

 

O casal seguiu seu caminho, seja lá para onde estavam indo, Medora sentiu um calafrio. Ainda que toda aquela situação lhe deixasse horrorizada e desconfortável, era curiosa e isso fez com que caminhasse para mais próximo dos portões. Se deu conta que não poderia ir de metrô para o centro e Miyumi precisava ser avisada do seu atraso.

 

Quando pegou o celular lembrou-se do mencionado pelo casal — “um assalto frustrado” — Imediatamente, guardou o aparelho e procurou um lugar mais próximo do aglomerado de pessoas, onde se sentiu mais segura e então ligou para a amiga:

 

—  Miy! Não vou chegar na hora… aconteceu uma coisa aqui no metrô.

 

— O que houve? — disse com tom preocupado.

 

— Está um alvoroço desgraçado aqui — informou —, parece que um homem se matou no metrô.

 

— Credo! Ele se jogou nos trilhos? — perguntou.

 

— Também achei que era isso, mas parece que ele se deu um tiro.

 

— Que horror! — ficou chocada! — Pobre homem!

 

— Na verdade, parece que era um assaltante… Aí, Miy! Acho que vamos cancelar, vou pra casa.

 

— Imagina! Não mesmo! — quase gritou. — Você espera aí que vou mandar um táxi te buscar!

 

— Tá bom… — olhou em volta observando todas as pessoas seguindo para outro lugar. — Estou com medo de ficar sozinha aqui.

 

— Espera no portão do parque que tem aí do lado — aconselhou. — É super movimentado e tem mais segurança.

 

— Ah, verdade, espero ali então… me avisa qual a placa do táxi.

 

— Pode deixar, te mando por mensagem!

 

Medora ficou em um local onde podia observar tanto a movimentação do parque como também as pessoas saindo da estação. Entre todos que iam e vinham, uma BMW preta que passava lentamente na rua chamou sua atenção. Primeiro por se tratar de um carro de luxo, segundo porque não havia motivos para estar indo tão devagar, a menos que se interessasse em saber o que estava acontecendo ali.

 

— Então até os ricos se interessam pela tragédia dos pobres... — falou em voz alta o que veio em sua mente.

 

Medora seguiu a BMW com os olhos, vendo-a entrar no estacionamento do parque, poucos metros de onde ela estava parada. Ficou curiosa para ver quem era o dono daquele carro tão caro.

 

— Filhinhos de papai sendo trazidos para se divertirem no parque? — pensou alto novamente. — Dúvido que papai deixe o filho aqui quando souber do suicídio!

 

Disfarçadamente foi caminhando para o estacionamento, entrou fingindo que estava procurando o seu carro e buscou onde a BMW havia sido estacionada. Se surpreendeu ao ver que quem dirigia era um jovem, de vinte e pouco anos, de terno elegante e cabelos cinza platinado.

 

— Wau, que cara charmoso! — surpreendeu-se.

 

    O rapaz ignorou totalmente a existência da moça e dirigiu-se para a estação. Medora o seguiu de longe, estranhando o fato de alguém, aparentemente tão rico, deixar o carro ali e seguir a pé para a estação.

 

    “Será que ele tem algo com o suicídio? Acerto de contas? O cara se matou porque devia pro ricaço?” — imaginava muitas teorias, inspirando-se para escrever suas histórias, quase sem visualizações, num famoso site de autopublicação que era sua diversão noturna.

 

O rapaz de cabelos cinzas parou próximo a um canteiro de flores na calçada de frente a estação e ficou olhando fixamente para um ponto. Medora, disfarçadamente, passou perto e olhou na mesma direção para a qual o rapaz demonstrava interesse. Já não havia muitas pessoas ali, porém, dois garotos sentados num banco perto do portão de saída  permaneceram conversando, pareciam assustados e perdidos.

 

“Será que esse cara é pai de um deles? Não, é jovem demais, deve ser pouco mais velho que a Miyumi, e aqueles garotos devem ter a minha idade. Pode ser irmão então”. — Havia algo de misterioso naquele jovem elegante que atraía Medora como um ímã, não era apenas por ele ser lindo, rico e dirigir uma BMW, havia um encanto inexplicável.

 

O rapaz charmoso não desviou o olhar em nenhum momento, prestava toda atenção nos dois garotos como se fossem os seres mais importantes da face da terra. Medora seria obrigada a concordar que os dois garotos eram realmente bonitos e faziam bem o seu tipo, mas não era apenas isso, estava acontecendo algo ali que ela não conseguia compreender, mas sentia.

 

Era arriscado ficar espionando, logo seria notada e isso aconteceu assim que o rapaz de terno caro piscou e virou o olhar na direção dela. Medora congelou, sentiu um frio na espinha e tratou de ir correndo para o portão do parque.

 

Esquecera totalmente do seu táxi, e só então percebeu que Miyumi já havia mandado três mensagens. O táxi chegou para buscá-la no mesmo momento em que uma senhora usando uniforme de motorista chegava correndo para buscar os dois garotos, que pareceram assustados ao vê-la.

 

Da janela do táxi, Medora os viu indo com a senhora, procurou pelo jovem de cabelos platinados, mas ele não estava mais no mesmo lugar. O táxi virou a esquina e ela não viu mais nada dos movimentos naquela rua.

 

“You, you...I don't wanna be like you, you

I don't wanna do what you do.”[8]

 

    O Café Gemrieli era um novo ponto de encontro da juventude e as amigas, Medora e Miyumi, chamavam atenção por seus cabelos coloridos. Miyumi era ainda mais exagerada que Dora, adepta aos extravagantes fascinators com flores e penas de pavão; adora os olhares admirados.

 

Escolheram uma mesa no canto, onde poderiam conversar mais reservadamente e terem toda a visão da movimentação do café, fazendo belas fotos para o Instagram de Medora. Miyumi também participava ativamente de várias redes sociais, mas preferia usá-las de forma profissional, postando e compartilhando somente conteúdos relacionados à moda, ao seu trabalho e a sua coleção de meias.

 

— Miy! Eu fiquei com muito medo daquilo que aconteceu na estação.

 

— É algo que não ocorre todo dia — concordou —, porém, não é nada raro pessoas se suicidarem ou assaltantes serem abatidos.

 

— Ainda assim, me causou uma coisa estranha… — fez uma careta de dúvida. — Como se não fosse algo natural.

 

— Pode ser o choque de estar tão perto de algo pela primeira vez — tentou amenizar, mas compreendeu que a amiga queria dizer algo mais além.

 

— Você acreditaria em mim se eu dissesse que isso tem a ver com aquele outro poder?

 

— Eletrocinese? — perguntou nervosa. — Acredito, se você diz, ainda que eu não perceba qual a conexão.

 

Certamente, Miyumi acreditava nos poderes da amiga e, inclusive, tinha visto ela usá-los. Sentia-se empolgada quando Dora falava sobre aquilo, pois Miy adorava assuntos de paranormalidade. O motivo era que também tinha seus poderes secretos que nunca havia contado para ninguém, nem mesmo para Medora.

 

— Aqueles termos bonitos e científicos — Dora prosseguiu —, sobre a telergia dirigida para manipular um campo elétrico e tal, mas na prática a coisa vai bem além do que se pode descrever.

 

— Ou seja? — incentivou a amiga a continuar.

 

— Eu consigo sentir coisas — tentou explicar da forma mais clara que pôde —, como descargas elétricas no meu corpo me avisando que algo está fora do normal.

 

— Você toma choque como aviso? — fez uma careta de dor. — Que coisa ruim.

 

— Não é choque como botar o dedo na tomada! — ironizou. — É algo que não tem comparação com nada que conheço, por isso não sei como te explicar.

 

— Mas no seu interior você sabe que isso tem um significado? — completou.

 

— Isso! E sei que quando isso acontece é porque aconteceu algo que não deveria ter acontecido, pelo menos, não do jeito que aconteceu.

 

— Isso soou repetitivamente bizarro! — riu. — Você é péssima em explicar coisas!

 

— Desculpe! — falou impaciente. — O que quero dizer é que tem algo muito mais profundo do que um suicídio, tinha algo por detrás disso, algo muito maior.

 

— Clarividência...

 

— Não chega a tanto, porque eu apenas sei que tem algo errado, eu sinto, mas não consigo ver, saber ou compreender o que é.

 

— Bem, nesse caso, quando as investigações da polícia forem concluídas, saberemos!

 

— Tenho certeza absoluta que essa parte do mistério não será revelada — olhou estreitando os olhos e concluiu. — Estou tendo choquinhos agora mesmo me dizendo que você também me esconde algo… Você tem algum poder e não me contou?

 

 — Que tal mudarmos de assunto? — sugeriu casualmente, mas era nítida uma ruga em sua testa, desconfortável com a pergunta direta.

 

Ainda que confiasse em Medora, Miy não achava que deveria contar sobre também possuir um poder especial, já bastava toda a insanidade na busca por seu irmão que todos julgavam como um ser imaginário, se Dora viesse a saber que a amiga acreditava poder entrar nos sonhos das outras pessoas e manipulá-los, teria motivos para chamá-la de louca.

 

Entre todas as coisas no mundo, Miyumi temia a loucura. Aquela parte da vida em que se perde totalmente a realidade, onde tudo o que se vive pode ser uma ilusão e tudo o que se sabe pode ser fruto da própria imaginação.

 

Por isso, quando se tratava de falar sobre seus poderes perturbadores, preferia desviar. No entanto, com o passar do tempo e a amizade crescendo, Medora percebia as coisas com mais facilidade e aquela não era a primeira vez que mencionava algo a respeito.

 

— Alguma novidade nas buscas pelo seu irmão? — perguntou Medora, casualmente, atendendo ao pedido de mudar de assunto.

 

— Semana passada contratei um serviço online que disponibiliza agentes para investigar familiares desaparecidos — respondeu segura de si.

 

— Essas coisas online são confiáveis? — desconfiou.

 

— É uma empresa bem renomada.

 

— Deve custar meio caro essas coisas — imaginou o quanto a amiga estava desembolsando para levar adiante aquele objetivo insano.

 

— Se me trouxerem algum resultado, já vale a pena.

 

— Falando em homens mais velhos, vi um cara lindo e estranho na estação — lembrou do rapaz de cabelos cinzas.

 

— Hunnnnnn — apertou os lábios num sorriso malicioso. — Algo me diz que o coração balançou!

 

— Aí, nada a ver Miy! — zangou-se. — Para de ser maliciosa! Era um cara mais velho, acho que mais velho até que você.

 

— E por que estava olhando para ele?

 

— Porque ele dirigia uma BMW! — falou empolgada. — Usava um terno super chique, tinha um cabelo platinado lindo num corte todo moderno e me pareceu bem rico e cheio de charme.

 

— Oh, meu deus! — exclamou assustada e seu tom malicioso sumiu. — Medora, pelo que você acabou de me descrever, eu tenho certeza absoluta! — levou a mão nos lábios indicando perplexidade e assombro.

 

— O quê? — perguntou impaciente, com os olhos arregalados. — Você conhece ele?

 

— Sem sombra de dúvida! — falou em tom dramático.  — É o cara por quem você acabou de se apaixonar!

 

— QUE DROGA, Miy! — gritou furiosa. — Fez todo esse drama para me dizer uma besteira dessas!

 

Miyumi caiu na risada e batia a mão na mesa. Ao notar a cara de desgosto da amiga, riu ainda mais.

 

— Miy, não teve graça!

 

— Ahhh, Medora! — controlou o riso. — Você deu uma descrição tão entusiasmada do cara que eu não pude deixar passar.

 

— Perde a amiga, mas não perde a piada! — sorriu levemente.

 

— Minhas sinceras desculpas, Dora — falou arrependida. — Exagerei, mas você leva muito a sério o que eu digo!

 

— Tá… só porque te amo muito! — riu e pegou ambas as mãos da amiga, segurando afetuosamente. — Mesmo que você me zoe dia e noite, ainda assim vou continuar te amando!

 

— Ohhhn, isso é muito fofo! — choramingou apertando as mãos da amiga, em reciprocidade. — Eu também te adoro e vou fazer de tudo para manter nossa amizade eternamente!

 

Aquelas declarações não eram apenas palavras soltas ao vento, numa noite de sábado durante um encontro numa famosa cafeteria. O resultado daquelas declarações, quase como juramentos, teriam seu peso nos eventos que iriam se suceder.

 

“Know how it ends you and your friends won't even notice,

You read your part right from the start

Nobody knew you.”[8]

 

Entre as poucas pessoas no mundo que podiam sentir atividades paranormais, estava Stefian Ampartavani, cujo dom natural de radiestesia não necessitava de instrumentos para sentir onde havia uma energia fora do padrão, contanto que estivesse perto o suficiente.

 

Dotado de uma inteligência acima da maioria — o que lhe permitiu se formar em Relações Internacionais muito antes do tempo previsto, cumpria seu papel como herdeiro do império Ampartavani sem defeitos e, secretamente, trabalhava em seus planos pessoais.

 

O fato de ter descoberto seus poderes muito cedo também contribuiu para grande parte do seu sucesso. Estudá-los de forma técnica tornou possível o controle e aprimorando. Na adolescência, já os dominava totalmente e utilizava sem rodeios para conseguir tudo o que desejava.

 

Quando completou 18 anos, tornou-se o principal acionista, tendo a maior parte dos lucros da empresa, o que fazia os ganhos ficarem em família e manter o elevado status. Orgulhoso e arrogante pelo seu poder e inteligência, assim como também extravagante, com uma elegância exagerada para sua idade. Amante de carros esportivos de luxo, tinha mansões no seu nome em várias partes do mundo e recentemente havia comprado um iate, apenas para ostentar. Porém, seus principais gastos eram com estudos e pesquisas.

 

Sua ambição o levou até Nelovânia, interessado em encontrar os pesquisadores do extinto laboratório Armoshoba e contratá-los. Daria continuidade ao extraordinário projeto que procurava evidências muito além de fenômenos paranormais — como mover objetos ou leitura de pensamentos. Armoshoba tinha estudos direcionados para criação de mecanismos capazes de fazer dobras e viagens no tempo, assim como também abertura de vórtices temporais e teletransporte para outras dimensões através do poder da mente.

 

Obviamente, para isso era necessário comprovar a existência de pessoas paranormais e a falta dessa comprovação levou a descrença e fracasso. Claro que os pesquisadores de Armoshoba não abandonaram seus projetos. Porém, com o desvinculamento, a parapsicologia tratada como chacota e nenhuma verba ou investimento, eles foram obrigados a fazer tudo na camuflagem, à portas fechadas em laboratórios clandestinos e secretos, com limitações e poucos recursos.

 

Infelizmente, quando Stefian soube dos projetos da Universidade Tsodna, em Nelovânia, o laboratório de Armoshoba já havia fechado e os pesquisadores desvinculados, pois a falta de comprovação científica e resultados falhos fez a parapsicologia ser rebaixada de ciência experimental para apenas uma pseudociência.

 

Stefian acreditava que esses estudiosos tinham as ferramentas para auxiliá-lo nos seus planos para o futuro e passou a procurá-lo. Todavia, as constantes fraudes e o charlatanismo fizeram com que tudo referente ao assunto fosse tratado como piada e excentricidade, dificultando encontrar aqueles que se dedicavam a tais estudos, já que não eram bem-vistos socialmente: no mínimo, tratados como vigaristas ou loucos.

 

O jovem tinha apenas 21 anos e isso não lhe dava créditos suficientes na sociedade científica, menos ainda se revelasse o interesse único na parapsicologia. Porém, fazia muito no anonimato e podia custear quaisquer valores, além de usar seus poderes para conseguir qualquer coisa que desejasse e não pudesse obter por meios naturais ou financeiros.

 

No entanto, sua busca por jovens de inteligência acima do padrão o levou até os alunos do Colégio Damsakh, e Ryth Nateli tornou-se um alvo. Ainda que sentisse a telergia vinda do garoto, questionava se ele realmente possuía algum tipo de poder paranormal e qual o nível de consciência sobre tal. Naquele fatídico momento na estação onde o garoto usou sua telepatia de maneira poderosa para um ato de controle mental superior ao que costumava fazer, Stefian teve a confirmação que precisava.

 

Decidiu ir até o garoto oferecer sua ajuda. Porém, foi notável que o outro garoto também possuía algo interessante, digno de atenção. Stefian não esperava encontrar dois paranormais de uma vez, já que seres dotado de tal poder eram extremamente raros. Preferiu observá-los à distância e ter certeza que voltariam seguros para casa.

 

O fato de estar sendo observado pela moça de cabelos crespos de coloração azul intensa não seria motivo de preocupação se não tivesse sentido nela algo peculiar. Assim como Ryth e o outro, aquela garota também emanava um tipo de telergia, ainda que bem mais fraca, não deveria ser ignorada.

 

Como estava relativamente perto, Stefian sondou a mente dela e pegou um nome:

 

“Miyumi”.

 

Aquele nome lhe soou bonito e elegante, não era o nome da garota, mas sim da pessoa na qual ela pensava naquele momento. Pegou-se imaginando como seria essa Miyumi que estava nos pensamentos da garota. Esse nome também estava na sua lista de pessoas que deveria encontrar, mas, provavelmente, se tratava de uma coincidência, já que Miyumi era um nome feminino bastante comum.

 

Ele poderia ter ido mais longe, com sua telepatia bastante desenvolvida, seria fácil descobrir mais sobre a moça e a amiga, mas usar seus poderes banalmente lhe causava um cansaço extremo, por isso, sempre elegia prioridades.

 

Iria procurar a moça de cabelos azuis em outra oportunidade. Lidaria com um de cada vez, pois todos seriam necessários. Naquele momento precisava se certificar que os dois garotos estivessem bem e a salvo.

 

“I don't wanna be like you, you.

I don't wanna do what you do.”[8]

 


Notas Finais


[8] Música tema: Be like you - feat Broods, Whethan

Aos corajosos que aqui chegaram, muito obrigada! ♥
Obrigada, Ana, gata, minha beta do ♥

Espero que tenham apreciado e quero vê-los no próximo capítulo ! Não desistam de mim e comentem se puderem!
Até breve e muitos bjss <3


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