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História Parte de Mim - Capítulo Único


Escrita por: Lady_G

Notas do Autor


Heeeeeeeeeello! Olha só quem voltou!

Essa fanfic foi escrita há três anos atrás e encontrei aos confins do meu email (sério, fiquei mó feliz).

Bom, sempre escrevi muito sobre GaLe/Gajevy (olhem nas 'histórias' do meu perfil XD) e vou postar esta para vocês verem novamente meu gostinho por dramas. Para só ter noção, escrevi esta história na mesma época que "Sacrificios".

Bom, bora para a leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Lá estava ela arremessando garrafas de vinho ou cerveja, - ou dois - encima dele. Que casal adorável!

Lucy e Wendy tentavam acalmar a fera que há dentro de Levy. Ela estava muito brava com o Dragon Slayer de Ferro pelo simples motivo que o mesmo havia pegado um de seus livros preferidos e escondido. De fato, uma brincadeira de criança, mas, ele adorava ver o quanto ela ficava brava e vermelha ao mesmo tempo.

- Seu insuportável! Por que você faz isso? Esqueceu de crescer? – bufou jogando mais uma garrafa que seguiu direto para uma parede.

- É divertido ver essa sua carinha. Gi hi... - mostrou o livro precioso de Levy. – Você quer? Vem pegar! – e deu sorriso bem típico de criança levada.

- Ah! Seu filho de uma... Solid Scrypt: Fire!

- Vai usar magia agora? – falou, desviando da magia.

- JÁ CHEGA! – foi Mirajane que interrompeu a briga de casal. – Eu não agüento mais! Vocês dois brigam o tempo todo! Uma hora terão que ser normal um com o outro! Agora sumam daqui e vão fazer as pazes! A-G-O-R-A! – e se transformou em seu Take Over, o Demon Soul.

Levy bufou como um touro, mas saiu vermelha de raiva e ódio da Guilda, sua vontade era de gritar e chorar, “Gajeel idiota, Gajeel idiota”, era o que ela pensava no momento. Como alguém poderia gostar de uma pessoa como Gajeel? Só ela mesma!

Sem perceber, ela acabou chegando à praça do portão Sul da cidade, diante da árvore gigante, onde uma vez este crucificada por... Gajeel... Levy sentiu um aperto no coração, algo pesado e triste. Um dia ele teve capacidade de fazer algo terrível a ela e aos seus amigos. Obviamente que ele mudou, mas... Como alguém conseguiria se apaixonar por um monstro? Distraída, não percebeu que alguém estava ao seu lado, encarando a arvore também.

- É engraçado, há coisas que eu adoraria lembrar e outras, que amaria esquecer. – a voz grave de Gajeel fez Levy se assustar um pouco. O clima ficara extremamente pesado.

- É passado... – murmurou ela. – Não importa... – e começou a caminhar em direção a Fairy Hills, Gajeel a observou respirou fundo e finalmente disse...

- Eu sinto muito Devora Livros. – Levy parou na hora, mas, não virou. – Eu nunca tive coragem de dizer isso... Mas... É isso. Eu... Bom...

- Não precisa dizer mais nada Gajeel, eu já o perdoei. – disse ela, ainda na mesma posição. – Eu só quero ficar sozinha agora. – e retornou á andar.

- Ah... Então . – deu de ombros e foi por outro caminho. Ignorando a vontade de abraçá-la e beijá-la. Ah! Como ele queria isso. Sentir aquele cheiro por mais tempo, sentir o toque da pele macia dela.

Levy também ignorou a vontade que tinha de estar com ele, apesar das palavras sinceras de Gajeel, ela ainda estava brava com o mesmo. Ele fez muito por ela, isso era algo notável, mas, ela queria mais. Foi até Fairy Hills, chegou em seu quarto, no armário da cozinha, pegou a garrafa de vinho que ganhou de aniversario de Cana e com muito sacrifício conseguiu tirar a rolha e começou a beber. Pensou: “só alguns goles”, mas, ficou com medo de beber tudo e cometer alguma loucura. Ai que estava o problema, Levy McGarden pensa demais, nunca age por impulso, por emoção.

- Posso entrar? – novamente, aquela voz grave a assustou. Ele estava na janela, dando mais um daqueles sorrisos levianos. – A Titânia não está na cidade, não terá um massacre em Fairy Hills.

- já está quase anoitecendo, eu não quero que você venha com graça não. – bufou. Um pouco “alegrinha”.

- Bebendo sem mim? – e entrou.

- Cuidado! Vai pisar nos meus “bebês”.

- Ah... Foi mal... – e no que ele tentou desviar de um livro, acabou derrapando em outro e caiu. Levy quase se matou de rir. – Ai! Droga de livro!

- Ah! Quem é o cara fodão agora? Apanhou de um livro! – deu um mais um gole do vinho e retornou a rir.

- Dá essa garrafa de vinho aqui! – e também bebeu.

 

No fim, acabaram ficando bêbados. Depois de boas risadas, Levy observou os pés descalços e chegou em uma conclusão, disse que não sentia cócegas, era “imune” a isso, bom, era mais que previsível que Gajeel tiraria a prova fazendo cócegas pela barriga e perto das costelas. Levy chorava de rir e pedia para que o moreno parasse com as cócegas. Nisso, a azulada acabou aumentando o tom de voz e para não fazer barulho, Gajeel colocou sua mão nos lábios delicados da jovem.

Ele respirou fundo, ele precisava resistir, afinal, ambos estavam bêbados e coisas poderiam acontecer. Foi então que fitou diretamente os olhos castanhos claros da Devora Livros, ele não poderia resistir e não o fez. A beijou intensamente, e em nenhum momento o beijo fora tímido. Foi quente, foi sedutor. Levy não queria ser tratada “delicadamente” e Gajeel não fez isso.

Com o calor do beijo, outros sentimentos começaram a aparecer um deles: o imenso desejo de um pelo outro. Gajeel parou de beijá-la, e fitou a Devora Livros novamente. Mesmo um pouco alterada, corou ao ver aqueles olhos vermelhos fitá-la tanto. Podia ser aproximadamente umas 7 ou 8 horas da noite, mas era possível ver cada parte do corpo de Levy. Magro, porém esbelto.

- Sabe... Estou meio alterado, e você também, então... Provavelmente você se esquecerá de tudo o que eu irei falar... Agora...

- Prossiga... – pediu. Tirando o seu lenço de sua cabeça e o colocando em qualquer canto, bagunçando mais suas madeixas no chão coberto por um tapete fino.  

- Eu quero muito... Mais... Muito mesmo ficar com você...

- Hm? Não entendi. – mentiu.

- Eu. Quero. Ficar. Com. Você! – e sentou-se. Levy sentou-se também, divertindo-se com a situação. Era o que ela mais queria ouvir. De forma ousada, ela sentou no colo de Gajeel de frente para o mesmo. – O que voc...

- Xiu! – posicionou seus dedos delicados nos lábios do mago. – Eu agora quero falar. Você... É um insup... Insup...

- Insuportável?

- Issooo! Insuportável. Mas eu amo... Ah Gajeel... Eu amo você! – e o abraçou.

Gajeel retornou a beijá-la, e como estava um pouco mais sóbrio, a levantou e a colocou na cama. Continuou a beijá-la mais e mais, e não resistindo mais, e simplesmente rasgou o vestido laranja que a maga usava. A mesma ficou meio sem graça no começo, mas depois ignorando, se entregou de corpo e alma. “Eu também te amo”, sussurrou ele em seu ouvido, provocando calafrios. Como eternos amantes, se beijaram e depois disso, bom, fizeram como todo casal apaixonado faz, se amaram.

 

Alguns dias Depois

 

- Oi Levy-chan! Que surpresa! – disse Lucy, a recebendo em seu apartamento.

- Posso entrar? – disse ela meio ansiosa.

- Claro que pode! Natsu e Happy já sumiram daqui. – explicou. Lucy percebeu que algo incomodava Levy – O que foi?

- É uma longa historia... – e entrou no apartamento, certificando-se de que mais ninguém entraria no apartamento. Depois alguns minutos contando a historia. Lucy ficou sem palavras, na verdade... Ela gritou.

- O QUE? MINHA MAVIS SANTIFICADA! Levy você está gra...

- Não fale alto. – e tampo a boca da loira. – Eu preciso de sigilo.

- E o pai seria...

- Obviamente que o Gajeel, Lucy Heartifilia!

- Oh Levy! Parabéns! – a abraçou apertado.

- Não. Respiro.

 

No outro canto da cidade, Charlie preparava seu chá quando teve uma visão, nada muito coerente ela ainda não havia controlado seu dom, mas haviam-se alguns detalhes preocupantes em sua visão: lágrimas e alguém massageando uma barriga volumosa, aparentemente, alguém grávida. Charlie derrubou sua xícara no chão. Wendy a fitou preocupada, mas, orgulhosa como sempre, a Exceed branca disse que estava bem.

Levy estava de frente para o portão do armazém abandonado que servia como casa para Gajeel e Lily, bem a cara deles. Ela sentia que iria explodir a qualquer momento e que desmaiaria ali mesmo. Lily foi quem abriu o portão, meio curioso e desconfiado ao ver a jovem ali parada.

- Oi Levy, como vai? – perguntou gentilmente a acenando para entrar.

- B-Bem... E você Lily?

- Muito bem, quer falar com o Gajeel? – era como se ele pudesse ler mentes. Ela ficou com medo desta possibilidade.

- S-Sim...

- Ah, ok... Vou chamá-lo, ele está lá trás treinando. Espere ai. – e voou sentindo o que seria porta dos fundos. Para um armazém abandonado estava bem organizado.

A cozinha industrial serviu bem tanto com uma cozinha comum quanto uma sala de jantar modesta. Tinha escadas que levavam algum tipo de escritório, e por ser bem grande, provavelmente seriam os quartos. Da porta que outrora o Exceed havia saído, tanto ele quanto Gajeel entraram. Obviamente ele estranhou o aparecimento repentino da maga Solid Scrypt.

- Nanica? O que faz aqui? – perguntou encharcado de suor. Usava suas costumeiras roupas, exceto pelo fato de usar somente uma regata e estar descalço, seu cabelo estava preso ao um rabo de cavalo.

- Eu... – corou de tal forma, que o cabelo da Erza era rosa perto do rosto. Ela lembrou-se de tudo o que fez com ele noites passadas sem contar da novidade. – Pre-Preciso falar com você em particular. Desculpe-me Lily.

- Ah! Não tudo bem, eu saio. – conjurou suas asas e saiu, antes, deu uma piscadela. Esse gato sabia de algo.

- E então...? – insistiu ele. Chegando um pouco mais perto. Ela recuou alguns passos.

- É muito estranho falar disso e... Nunca imaginei que... Hunf! Que raiva! Não consigo falar!

- Calma Devora Livros... É algo tão critico assim?

- É Gajeel... Quer dizer... É algo maravilhoso. – e abriu um sorriso tímido.

- Então conte logo o que é! – bufou, ele odiava coisas assim. Ou falava, não falava. Sem frescuras.

- Ah! Eu to grávida Gajeel! – e ficou imóvel, só esperando a reação do Dragon Slayer. – Conseqüências daquela noite. – finalizou. Gajeel ficou sem entender no começo, e então ficha foi caindo, caindo, caindo até que como estralo, ele finalmente percebeu que iria ser pai.

Ele não disse nada, simplesmente abraçou Levy. Um abraço apertado e gostoso, uma das formas de dizer “obrigado”. Lily entrou no armazém e pouso no ombro de Gajeel, dando-lhes parabéns. Ele já sabia, “Eu mato a Lucy!”, pensou Levy ao descobrir que o Exceed ficou sabendo graças a ela.

 

Meses depois

Levy acordou assustada, sentiu uma forte dor na barriga. Contrações. Muitas delas. Ao que parecia, Levy estava em trabalho de parto.

- Gajeel! ACORDA!  

- AI... O que foi?

- Ah! Que dor! – “Desde quando a Devora Livros tem tanta força?”, pensou, sentindo as unhas cravar em seu braço. – Acorde o Lily também! O bebe... Está vindo!

- Ah! – ao seu levantar, Gajeel acabou se enroscando no lençol e caiu no chão. Levy não sabia se ria ou se chorava. – Droga de lençol! Ô Lily! Acorda ai! – o Exceed, meio sonolento chegou ao quarto do casal. O mesmo aproveitou e acendeu a luz.

- Precisam de algo? – perguntou o obvio.

- AI Lily, por favor! Pegue aquele cartão, o em cima da cômoda. – e seguiu as instruções, tinha runas mágicas. – Traga-o aqui por favor. – e o fez. Murmurou algumas palavras e do cartão, saiu um holograma de Porlyusica.

- Sabe que horas são? – perguntou brava, com pijamas e o cabelo preso á um coque.

- Porlyusica-san, perdoe-me a hora, mas... Ele está vindo eu... – nisso teve mais uma contração...

- Assim... Estarei em breve ai. Fale aos seus amigos, principalmente para a Wendy, precisarei de ajuda. – respondeu de forma autoritária. – Pelo seu estado, não dará tempo de ir ao hospital.

- Ta. Ta bom... – e uniu forças para responder. O holograma de se desfez e então Gajeel e Lily, - transformado é claro, a ajudou a se deitar confortavelmente na cama.

- Vou sujar a cama. – disse meio enojada consigo mesmo.

- Pelo menos vou ter uma boa lembrança dessa cama. – brincou Gajeel – Me filho vai nascer aonde eu durmo! Gi hi.

- Idiota.

- Chata.

- Até nesse momento vocês brigam? – Lily parecia não acreditar, eles nasceram um para o outro mesmo. Ele ajudou a dar uma organizada no quarto, enquanto Gajeel arrumou a cama e ajeitou o melhor possível para Levy.

- Você são inc-incríveis. – agradeceu Levy.

- Eu sei... – Gajeel deu um beijo na testa de Levy e saiu á procura de seus amigos. Antes de sair ele pediu um favor a Lily, que ficasse com sua Devora Livros um pouco.

- Lily... Eu preciso te dizer algo... – disse Levy o chamando para sentar. Seu rosto estava com um semblante triste.

 

Gajeel correu até Fairy Hills, infelizmente, começou a chover. Uma chuvinha chata começou a cair e ele não mediu esforços ao entrar em Fairy Hills. Logo, Erza já apareceu com duas espadas na mão.

- Sabe que é PROIBIDA a entrada de homens em Fair... – nisso, todas estavam também no Hall principal para saber quem era o “invasor”.

- Meu filho está nascendo! – interrompeu. Erza ficou estática.

- Ah! No-Nossa! Do que você precisa?

- Da pirralhinha. A maluca de cabelo rosa pediu para que ela fosse para nossa casa. Não vai dar tempo de a Nanica ir ao hospital...

- Ok. Juvia e Wendy vão com o Gajeel para a casa dele. O restante fica aqui. É melhor não termos tumulto na casa deles.  Eu e a Mira vamos á casa da Lucy, do Natsu e do Gray buscá-los.

 

Tudo já estava pronto. Porlyusica já estava na casa dando instruções á Wendy de como poderia ajudar. Levy suava muito e parecia sentir muita dor. Todos estavam do lado de fora do armazém de preferência. Inclusive Gajeel, que não se agüentava de ansiedade. E a cada grito de dor, ele se preocupava ainda mais. Jet e Droy ficavam andando de um lado para outro, só para piorar a ansiedade do mago.

- Relaxa Gajeel, logo passa. – Gray tentou acalmá-lo, obviamente que foi em vão.

- Hm, não estou entendendo muito isso, mas... Vai passar sim! – disse Natsu, como sempre, meio lerdo.

- Ah! Eu espero! – bufou.

 

Enquanto isso, no quarto estava, alem de Levy, Porlyusica e Wendy, Juvia e Lucy. Erza preferiu ficar do lado de fora, caso Gajeel inventasse de entrar. Mesmo já posicionada para ter seu filho, ou filha, Levy chamou por Lucy.

- Lu-chan...?

- Sim Levy? – Lucy segurou a mão suada e forte de Levy.

- Cuide bem do meu filho, ta? – aquilo soou estranho para Lucy.

- Com-Como assim?

- Não há conversas! Vamos logo tirar essa criança daí. – disse Porlyusica se posicionando. – Vou fazer o possível para aliviar a dor, menina. Levy engoliu em seco, estava na hora. Após minutos agonizantes, finalmente o som de um choro de um bebe pode-se ser ouvido. Uma menina!  Lucy aprontou-se de enrolar o bebe na toalha e mostrar para mamãe Levy.

- Aqui está Levy... Sua menina... Qual nome vai dar?

- Metty... Derivado de Metallicana, invenção nossa. Minha e do Ga... – sentiu uma pontada de dor no coração. - Chama o Gajeel, por favor...? – a voz foi ficando cada vez mais sem força. Havia se esforçado muito. E tinha... Muito sangue na cama. Porlyusica não gostou disso.

O pedido foi feito e em pouco lá estava Gajeel, todo sorridente com o nascimento de sua filha! Metty Redfox. Ele deu um rápido beijo em Levy e logo viu sua filha pela primeira. Tão pequena. Tão frágil. Lucy fitou Levy mais uma vez, e algo não estava certo. Levy estava muito pálida.

- É a perca de sangue.  – disse a maga a maga mais velha. – Precisamos recuperar o sangue dela. Wendy, venha, vamos fazer como eu te ensinei! Vamos estancar o sangue pela magia. – Obediente, Wendy para perto de sua mentora e começaram com o processo de cura. Mas...

- Nanica? – Juvia pegou Metty no colo. Ela não conseguia conter as lagrimas que percorriam em seu rosto delicado.

- Sin... Sinto muito Gajeel... Metty terá que... Que... – Erza, Natsu e Gray chegaram ao quarto e puderam ver uma grande mancha vermelha no lençol. Era evidente que, Levy estava morrendo. – Eu... Te... Te... Amo...

Gajeel ficou imóvel ao ver aquela cena. O cenário misturava choro, desespero e desordem. Todos para salvar uma única vida. Com muito esforço, - precisou de Erza, Natsu, Gray, para tirá-lo dali, segurá-lo. Os olhos castanhos claros, grandes e ingênuos estavam-se perdendo o brilho. Ele gritou seu nome, nenhuma resposta.

 

Levy havia morrido.

Metty retornou a chorar e Juvia acompanhada de Wendy saíram do quarto. No caminho encontraram Jet e Droy. Juvia fez um sinal negativo com a cabeça. Ambos entraram em desespero e seguiram em direção ao quarto.

Voltando ao quarto, Gajeel estava ajoelhado ao lado de Levy, que deitava sem vida na cama macia. Ele não estava chorando, não se permitiria chorar em frente á todas aquelas pessoas, mas, estava com raiva, muita raiva. Levantou-se subitamente e encarou Porlyusica

- POR QUE VOCÊ NÃO FEZ NADA?! – perguntou á Porlyusica.

- Não tinha nada ser feito, rapaz, ela estava sentenciada a morte desde o dia que descobriu sobre sua gravidez.

- Como assim?! – rangia os dentes, podia-se ouvir rosnar baixo. Ele tinha que se controlar.

- Levy não tinha saúde o suficiente para isso. Era algo que ela escondeu de todos. Exceto de mim. Afinal, eu sou a medica daqui. Eu avisei que essa gravidez a mataria. Ela sabia dos riscos. – fez-se silencio. Gajeel retornou a fitar o corpo imóvel de sua amada.

- Ela então simplesmente se sacrificou? Por... Metty...?

- Sim. - respondeu arrumando Levy corretamente na cama. – Ela fez por amor.

Gajeel simplesmente caiu de joelhos novamente. Ele não agüentou, ele simplesmente explodiu de emoção. Segurou a mão gélida da azulada e encostou a cabeça na cama. E com a outra mão, segurou de tal forma que rasgou o lençol. Lucy se aproximou de Gajeel.

- Quando estiver mais calmo, quero que vá para minha casa. Tenho algo a te dar. – ele não respondeu, mas assentiu rapidamente com a cabeça.

 

Magnólia nunca esteve tão triste, alias Fairy Tail nunca esteve tão triste. A chuva tornou-se constante. Chuva e morte sempre combinam, é algo inevitável. Levy havia sido enterrada ao lado do tumulo de seus pais, - que morreram num trágico acidente. Natsu segurava um guarda-chuva para que a pequena Metty não se molhasse no colo de uma de suas tutoras, Lucy. Juvia com pouco de esforço, conseguia desviar água de perto do bebe e também, olhava para todos os lados, “onde está o Gajeel-kun?”, era algo que se perguntava constantemente. Ele não estava em lugar nenhum. Jet e Droy choravam muito. Nada podiam consolá-los. Rogue e Sting também estavam lá, prestando solidariedade aos seus novos Nakamas, principalmente Rogue, que era o aprendiz de Gajeel.

Quando todos começaram a despedir-se para sempre de Levy e começaram a sair do cemitério. Uma silhueta em meio à chuva e tristeza surgiu do portão. Todos foram dando espaço para que ele passasse. Gajeel. Chegando ao tumulo dela. Ele pegou o livro que outrora tinha escondido de Levy...

 

A Bela e a Fera.

 

- Um dia... Você me disse que pessoas merecem segundas chances. Que pessoas devem sorrir todos os dias e que, mesmo triste, deviam sorrir. Porque não podiam perder as esperanças. – respirou fundo pelo menos duas ou três vezes e continuou. – Um dia eu não tinha amigos, não tinha sentimentos e hoje, você me deu o perdão, o seu amor, e uma família. Levantou o rosto para encarar a chuva, estava completamente molhado. Juvia foi até ele e ergueu o guarda-chuva para protegê-lo.

- Sinto muito... Gajeel-kun.

- Ela fez a escolha dela, Juvia, e eu fiz a minha. – colocou o livro sob o tumulo e fez uma espécie de proteção de ferro. Ele virou em direção a Lucy e viu sua filha. - Você disse que tinha algo a me dar? – relembrou.

- Sim. Venha... – seguiram para o apartamento da jovem maga somente Gajeel, Jet e Droy também. Lucy pediu para que Jet segurasse Metty, já que o pai dela estava encharcado. De dentro de seu guarda-roupa, pegou uma pequena caixa. E a ofereceu para Gajeel. – Levy sempre me disse que eu teria que ser forte futuramente, e que coisas poderiam acontecer. Ela nunca falou o que era, mas, sempre me preocupei. Ela me deu instruções para que você leia sozinho.

No dia seguinte, e mais calmo, ele sentou-se em sua cama, - a mesma onde a mulher de sua vida havia morrido, mas ele não tinha receio, afinal, tinha um pequeno ser dormindo nela. Lucy, Juvia e Mira revezavam-se para quem cuidaria dela e a noite, era Gajeel que ficava com sua filha. Mesmo um pouco atrapalhado ele se esforçava para cuidar dela. Com a caixinha na mão, não pensou duas vezes em abri-la. Lá continha uma carta e um pequeno livro velho.

- Vamos ver o que sua mãe escreveu aqui...

 

Esta carta é dedicada há duas pessoas que sempre vou amar.

Olá seu insuportável!

Bom, se está lendo essa carta, é por que infelizmente não resisti. Vou explicar o porquê exatamente. Tudo o que aconteceu foi um milagre, por que não verdade eu não podia ter filhos. Sim! Eu era estéreo. E quando descobri sobre esta gravidez, fiquei extremamente contente. Fui até a Porlyusica-san perguntar dos ricos e quando ela me falou, eu fiquei em choque. Eu teria um grande risco de morte se eu tivesse um bebe, pois fui diagnosticada com uma seria doença, meu corpo não agüentaria. Mas, ainda bem que fui resistindo até o fim! Tomara que o meu pequeno bebê esteja bem. Espero que você cuide dela (eu sei que é menina, a Charlie que me contou), com muito amor e carinho. Que você a ensine a lutar, a usar magia e principalmente, a amar e proteger seus amigos. Gajeel saiba que te amo muito e tudo o que fez por mim será para sempre lembrado. A primeira vez que você me salvou, lá contra o Laxus lembra? Então, eu nunca esqueci, foi a partir dali que eu comecei a vez o homem que você poderia se tornar. Surpreendi-me ainda mais no exame classe S, quando você se prontificou a me tornar grande, lembra? Desde então, o meu amor por você só cresceu.

 

Novamente, obrigada por tudo Gajeel...

Meu chato,

Meu insuportável,

Meu idiota,

Meu amor.

 

Abraços e beijos eternos de sua Devora Livros,

Levy McGarden, ou... Levy Redfox. (Eu vi o anel de noivado viu?!)

 

Foi então, que ele chorou. Sim, o Dragon Slayer de Ferro, turrão e mal-humorado entregou-se a tristeza. Chorou como nunca tinha chorado antes. Molhando a folha em suas mãos. Ainda sob lagrima pegou o livro, um livro com vários pequenos contos infantis. Nele, havia um bilhete grudado. “Quero que lê para Metty todos os dias, era o que os meus pais lia para mim quando era pequena... Digo, menor.”

- Sempre bancando a engraçadinha... Né? Levy? – murmurou para si mesmo. Limpou as lagrimas e viu que Metty começaria a acordar. A pegou no colo que começou a analise semelhanças. Era completamente parecida com ele. Ele riu. Sentiu uma brisa gelada passar entre as janelas. Colocou Metty novamente na cama para fechá-la. Quando fechou sentiu um perfume cítrico e viciante... Familiar. Ao se virar, viu Metty quietinha, como se alguém estivesse ao seu lado. Gajeel abriu um largo sorriso. – Metty, está na hora de seu papai te contar umas historinhas...

Fim


Notas Finais


E aí? Curtiram mais um drama? Espero que sim! Por favor não deixem de comentar! Isso é muito importante para mim XD


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