História Partition - Take all of me.

Chanyeol atacava e maltratava os lábios pequenos do loiro com necessidade, sugando e mordendo; tomando para si, da maneira que precisava; seu mais novo parceiro por uma noite.

O menor, por sua vez, não negou os atos do maior, muito pelo contrário, era seu trabalho. Mas não doeria se confessasse que estava gostando da pegada do moreno. Há tempos não se sentia tão excitado.

As línguas provocavam-se, enroscavam-se em um misto de desespero e dependência que ignorava qualquer falta que o ar viesse a fazer. O importante era sentir a textura dos lábios alheios.

As mãos de Chanyeol exploravam as costas do loiro de olhos fortemente delineados, e este revezava as suas entre a nuca e o cabelo do maior, em vezes puxando de leve. Tendo este levando ambas as mãos às suas nádegas redondinhas e voluptuosas a apertando-as, fazendo o mesmo soltar breves gemidos entre o beijo.

O moreno desfez o beijo para pôr o loiro sobre o que julgou ser uma mesa, posicionando-se dentre suas pernas para logo 'limpar' a mesma com todos os objetos que pudessem interromper o que aconteceria ali.

  O loiro, tomado pelo prazer, deitou-se sobre a mesa amadeirada. Não houve ritual algum para que Chanyeol tirasse a blusa bem marcada do outro. O garoto de programa fechou os olhos quando sentiu as mãos grandes de Chanyeol alisarem seu peitoral, causando-lhe arrepios inevitáveis.

  Os lábios do moreno beijavam todo o peitoral branquinho e aparentemente imaculado do menor, que gemia e arfava das carícias daquele que agora lhe dominava; enquanto levava a mão direita aos olhos e a esquerda aos fios negros do cliente. Aquele prazer todo emanando de seus poros era algo peculiarmente novo, e sentia que poderia se acostumar com isso. Mas o foco no momento não era esse, o foco principal era a satisfação total do cliente.

  Afinal, o loiro era um prostituto de luxo. Era bem pago. Além de trabalhar com o prazer, o fazia com prazer. Na realidade, gostava de sua profissão. Trabalhava há mais de quatro anos em um clube conhecido somente por aqueles que possuíam grande poder aquisitivo e se viam fadados com o cotidiano monótono. O local era sempre bem frequentado e sua presença era bastante requisitada. Tinha respeito, uma pseudo fama, era bonito e com o que ganhava - o que não era pouco, vale-se ressaltar novamente - vivia deveras bem. Suprindo suas mordomias.

  Agora estava ali. Com aquele moreno que parecia saber cada ponto erótico de seu corpo. Era no mínimo intrigante, pois em todo o histórico de atendimentos nunca havia sentido prazer de verdade. Era tudo encenação no final. Mas cada toque, a cada beijo do cliente parecia deixar-lhe mais excitado, louco de prazer, ao ponto de gritar para parar com as malditas preliminares e partir para o que realmente interessava aos dois. Mas até que estava gostando. Era um merda de um masoquista afinal.

  Chanyeol agia como se estivesse querendo conhecer pela primeira vez o corpo do loiro. Parecia querer lembrar, guardar como recordação aquele momento. Beijando cada pedacinho, distribuindo mordidas e chupões pelo pescoço do menor e vendo este se contorcer de prazer fez o membro já ereto de Chanyeol pulsar dentro da calça do terno que vestia.

Ora, também era diferente para si. Sabia que estava pagando por uma noite, mas aquilo em conjunto - os gemidos, os olhares de luxúria, os toques, os movimentos do menor tão submisso naquela mesa e ainda por si - deixava tudo tão voluntário. Como se aquele loiro estivesse sentindo tanto desejo por si quanto ele sentia pelo mesmo.

  Descendo então os dois palmos pelas laterais da tez macia do outro, mas ainda preenchendo seu pescoço com manchas eróticas, o moreno desabotoou a calça jeans do menor, abaixando a peça de roupa e buscando pelo membro ereto e cheio de pré-gozo. O moreno gemeu contra o pescoço do menor ao sentir o quão excitado o prostituto estava por si, recebendo em resposta o eriçar dos pêlos do loiro.

  — Seu nome? – O loiro respondeu com um gemido, achava aquele tipo de pergunta desnecessário.

  Chanyeol começou a masturbar o menor lentamente, apertando a base com certa força e circundando a glande com seu polegar. Em algum tipo de castigo pela pergunta não respondida. Os dentes do moreno fincaram no pescoço do loiro em uma mordida leve, só para depois passar a língua sobre a marca de seus dentes. Outro castigo.

   — Eu perguntei qual o seu nome. – A voz grave saindo dos lábios carnudos próximos ao lóbulo do menor o fez estremecer, Chanyeol sorriu pelas reações do outro, causadas por si.

   — Ah... I-sso não é... n-necessariamente... ahn... Relevante. – O menor dizia com certa dificuldade na voz por estar sendo estimulado de maneira inédita para si.

    — Se estou perguntando é claro que é relevante. – A voz grossa de Chanyeol tornou a falar perto da orelha do moreno, tendo esse se escolhendo devido aos arrepios que o moreno causava em si.

     — A-apenas acabe com i-isso. – Os movimentos da mão do maior no membro do prostituto foram ficando lentos, em uma espécie de tortura. Chanyeol ainda apertava a base do loiro em cada bombear, tornando aquilo prazerosamente insano.

     — Ah! Puta merda... – O loiro choramingava enquanto arqueava as costas, sentindo seu baixo ventre repuxar de tanta excitação. Sentia que poderia gozar só em ter a mão daquele cliente em seu membro. — B-aekhyun. – Disse por fim em um sussurro.

      — É o que?

      — B-baekhyun, B-byun Baekhyun. Meu nome. Droga, Aaah... –  Os movimentos se tornaram rápidos e loiro gemia alto pela inesperada mudança de velocidade em seu membro. Estava quase tendo um colapso.

      — Muito prazer, Baekhyun. – Mordeu o lóbulo do menor, para logo completar: — Me chamo Chanyeol. Park... Chanyeol. – Disse antes de se levantar de sobre o corpo do loiro para realizar o ato com mais destreza, enquanto que sua outra mão desafivelava o cinto de sua própria calça.

  Baekhyun se contorcia na mesa e Chanyeol jurou pelos deuses gregos que poderia gozar só com aquela visão do loiro. Ele era a personificação da luxúria e de uma série de coisas nada castas.

  Byun se via anestesiado com os movimentos enlouquecedores em si, completamente a mercê dos toques de Chanyeol. O moreno era o pecado, sabia como e onde tocar em si e isso seria o seu fim se não agisse, mas como? O loiro só conseguia extravasar o prazer sentido nos gemidos esganiçados que emitia.

  Chanyeol já tinha conseguido desafivelar sua calça e agora tinha total atenção ao membro de Baekhyun, tinha pegado certa devoção por aquele corpo tão pequeno. O menor não tinha noção de mais nada quando sem avisos prévios Park tomou seu membro na boca o engolindo parcialmente, fazendo movimentos de vai e vem.

   — Aaah... Caralho... Ahn, C-channye... Chanyeol...

    Baekhyun, automaticamente, entrelaçou seus dedos nos cabelos do maior, ditando a intensidade dos movimentos. Fodendo sua cavidade bucal de enquanto este gemia contra o membro do prostituto, fazendo as oscilações de seus gemidos causarem mais prazer em Baekhyun. Era, sem dúvida, o melhor programa que ele já tinha feito.

  Levantando seu tronco da mesa num espasmo, Baekhyun foi em direção ao colarinho do maior, desafrouchando o nó de sua gravata e jogando-a para onde não importava do momento. Chanyeol tomou os lábios do loiro para mais um beijo necessitado que findou numa mordida no lábio inferior do menor.

- Hmm, Chanyeol, sim? – Perguntou num tom aveludado. O maior assentiu. — Então, Chanyeol... Eu tô muito, mas muito duro e nesse momento - Aproximou-se do pescoço do maior dando algumas mordidas para finalmente chegar onde queria. — Eu agradeceria se você me fodesse bem fundo, forte e gostoso. – Arrastou a última palavra, suas mãos tratando de desabotoar com destreza cada botão da camisa social.

O moreno gemeu alto pendendo a cabeça para trás, sentindo os lábios quentes do menor sussurrar tais frases obscenas em um tom provocante. Seu membro pedia por alívio, as veias latejavam de tanto tesão e ter aquelas palavras sussurradas ao pé de seu ouvido não ajudava em nada a situação.

  — Desce daí e empina essa bundinha gostosa pra mim, Byun... Agora. - Falou em tom firme. Longe de Baekhyun não ceder ao que os clientes lhe pediam, eram os ossos do ofício. A calça, a blusa e a boxer branca do menor se foram. Ele agora era completamente de Chanyeol.

  Virando de costas e espalmando as mãos na mesa, Baekhyun esperou apoiado, empinado, como lhe foi ordenado. O coreano abaixou as próprias calças e a boxer preta, as retirando em seguida. Sua ereção perfeitamente formada saltando pra fora com o ato.

  Chanyeol posicionou-se atrás do menor, com seu membro contra a entrada do deste apenas roçando naquela região, provocando-o. Baekhyun estremeceu ao sentir o tamanho do sexo de seu cliente por dentre suas nádegas. Aquela ansiedade toda era inexplicavelmente excitante.

  — Diz Baek, me diz o que você quer? – Chanyeol sussurrou contra o ouvido do loiro. O moreno também era um masoquista filho da mãe. Mas o que é um degrau a menos pra quem já está totalmente submisso? E se tinha uma coisa que Baekhyun adorava era quando sabiam fazê-lo submisso.

  — Hmm... Channie... E-eu quero... annhm.. Você indo b-bem fundo e gostoso... Anh. – Tombou a cabeça para o lado, ainda sentindo o membro do outro prestes a lhe invadir.

   — Você é tão provocante, Byun Baekhyun.

   Dito isso. Chanyeol penetrou de uma só vez na entrada de Baekhyun, com este gemendo e gritando alto com a força exercida pelo moreno e pelo volume deste lhe preenchendo por completo. O êxtase do momento era tão grande que Baekhyun não sentiu dor; suas pernas não sabiam como lhe manter em pé.

  — Ah... Chanyeol... Puta que o pariu... Que grande... ahn...

   — Está doendo? - Baekhyun apenas acenou negativamente, sentindo todo tamanho de Chanyeol dentro de si. — Quer que eu te prepare?

   — Isso é lá hora de me preparar, Park Chanyeol? Seu idiota... hnn – Falava enquanto se acostumava com Park dentro de si. — E não é como se eu fosse algum tipo de virgem, esqueceu onde está? Hmm... – O loiro começou a rebolar no membro no maior e este entendeu aquilo como um passe livre.

   Chanyeol revirou os olhos e logo começou com estocadas lentas, nas quais podia sentir todo o interior do menor esmagar-lhe deliciosamente, gemendo junto com o mesmo. Estocadas essas que em questão de minutos evoluíram para cada vez mais fundas e fortes. Do jeito que Baekhyun pediu e gostava. A velocidade tinha aumentado para um choque de corpos quase delirante. Chanyeol investia em Baekhyun como se sua sobrevivência dependesse daquilo e de nada mais.

  — Ahhn, aah, Chanyeol-ah... Hmm... –  Baekhyun gemia descontroladamente no ritmo das estocadas que só aumentavam mais e mais. Chanyeol metia em Baekhyun com precisão, usando toda a força que tinha em si.
 
  Os movimentos mais que sincronizados de vai-e-vem e o atrito dos corpos, os impulsos pra frente e pra trás, tornava aquele ambiente ainda mais luxurioso e erótico demais para os desavisados.

  Ambos sentiam-se embriagados pelos sons, pelos cheiros, pela intensidade da sincronia. A mente começava a ficar nublada e a visão turva. E o que os movia era apenas a desejo. Chanyeol puxou o tronco que Baekhyun para que se alinhasse ao seu fazendo as peles suadas se tocarem, conseguindo ir cada vez mais fundo no menor.

  — Channie-ah... Eu... V-vou... Hmm.. A-aaarhn..

  — A-ainda não... – Chanyeol cessou as estocadas aos poucos, recebendo um grito baixo e rouco de frustração de Baekhyun por ter parado justamente perto de seu ápice.

  — Por que fez isso seu idiota? – Baek se virou quase que no mesmo instante para bater Chanyeol, mas os braços deste em suas coxas grossas foram mais rápidos. – Filho da... Me coloca no chão!

   — Byun, você fala muito. Devia aproveitar mais.

  Chanyeol sorriu de canto enquanto levava o menor com as pernas entrelaçadas em sua cintura a uma poltrona existente no quarto. Sentou-se com Baekhyun em seu colo e voltou a penetrá-lo lentamente, enquanto o menor arfava ao sentir o moreno mais uma vez dentro de si.

  — A-ah, isso é muito gostoso. Você é gostoso, Baekhyun. – Beijaram-se rapidamente e logo o loiro começou a ondular seu corpo, fazendo movimentos de vaivém no membro rígido do maior, só para depois subir e descer lentamente na extensão do mesmo. Gemendo pelas sensações.

  Chanyeol, vez em outra, levantava seu quadril só para ir ainda mais fundo em Baekhyun, vendo as feições deste desmancharem em deleite. De olhos fechados e mordendo o lábio inferior, Baekhyun se apoiava nos ombros do moreno enquanto subia e descia com força e velocidade em seu colo. Ele estava tão envolvido no sexo quanto a si próprio. Baekhyun fazia Chanyeol se sentir estranho.

  As mãos de Chanyeol estavam na cintura de Baekhyun incentivando os movimentos circulares em seu membro. Sentiu o corpo do menor amolecer quando este ameaçou cessar a velocidade das estocadas provocadas por si mesmo. O maior segurou de maneira possessiva nas coxas do loiro, fazendo suas pernas se entrelaçarem pelo corpo alvo e esguio mais uma vez.

  Chanyeol apoiou Baekhyun novamente na mesa do quarto voltando a penetrar-lhe com rapidez e força sempre no mesmo lugar, atingindo o ponto de Baekhyun que instantaneamente gemeu arrastado e um tanto alto com o toque.

   — I-ISSO! C-channie... d-de novo.. n-no mesmo lugar, aaah...

   Chanyeol segurou as coxas de Baekhyun, apertando o volume apetitoso daquelas áreas, deixando as marcas de sua mão. O loiro não sabia se segurava-se nos ombros de Chanyeol ou na madeira da mesa, devido ao choque dos corpos. Chanyeol gemia e buscava os lábios do prostituto num beijo completamente despudorado.

  Baekhyun sentiu seu baixo ventre repuxar e se desfez primeiro gemendo o nome do moreno arrastado. Chanyeol ainda investia fortes estocadas contra o corpo agora fraco do menor quando se desfez dentro do mesmo com um gemido rouco e audível.

  Ambos ainda continuaram na mesma posição por minutos, recuperando o fôlego e a noção do que havia acontecido. Baekhyun estava com a cabeça baixa apoiada no ombro de Chanyeol com a respiração descompassada, e este último não estava muito diferente.

   — I-intenso? – Chanyeol cortou o silêncio, sua voz ainda falha.

   — Até demais. – Baekhyun riu soprado sendo acompanhado pelo maior que retirou-se de si e olhou ao redor.

   — Nossa. Que bagunça fizemos. – O loiro também olhou a situação do quarto e teve que concordar.

   Havia roupas, as roupas dos rapazes, por todo lugar. Os acessórios que antes se encontravam na mesa estavam todos no chão e alguns haviam quebrado. Chanyeol fitou o menor sentado em cima daquela mesa não achando condizente a postura quase dócil de Baekhyun.

    — Eles darão um jeito nisso mais tarde. – Baekhyun, pela primeira vez depois do sexo, fitou Chanyeol.

    — Bem, pelo menos não vão ter que lidar com lençóis sujos de esperma. – Sorriram. As presinhas de Baekhyun apareceram e Chanyeol achou aquilo extremamente adorável.

    — Vão lidar com coisa pior, garanto. – Riu de maneira gostosa e novamente acompanhado. Sua risada era única e contagiante.

    — E-eu vou tomar um banho. Quer vir? – Perguntou o maior após o breve momento de silêncio; Não havia segundas intenções. Apenas um banho.

    — Pode ir. Esperarei aqui. – O menor sorriu sem mostrar os dentes,  o que deixou o moreno decepcionado por não ver as presinhas.

    — Okay. Não demoro.

    E Chanyeol não mentira, o banho fora relativamente rápido para Byun, que mal vira o maior entrar na suíte e já saía com uma toalha em sua cintura e outra tratando de secar os cabelos.

    — Quer alguma coisa? Posso ligar para a recepção de novo e- – Baek fez menção de tornar ao telefone de cabeceira quando o maior lhe impediu.

    — Não será necessário, Byun. – Se aproximou e roubou um selinho do menor.

    — Tudo bem, Park.

O moreno procurou por suas roupas e as vestiu sem demora sob o olhar hipnotizante e perfurante de Baekhyun, que se encontrava ainda nu sentado na cama e apoiado na cabeceira da cama.

     — Eu vou voltar. – Sussurrou, aproximando-se novamente do menor e tocou seus lábios com os convidativos do loiro.

    Baekhyun depositou ambas as mãos na nuca de Chanyeol, o trazendo para perto. Os lábios se encaixavam enquanto que os rostos tombavam em direções opostas, dando mais liberdade ao beijo. O loiro sugava a língua do maior e este descontava mordendo e puxando o lábio inferior do outro. Separaram-se com selares e sorrisos acanhados. Tinham criado costume em estar em contato com o corpo do outro...

    — Eu acho bom mesmo, Park Chanyeol. – O moreno sorriu contra os lábios vermelhos e maltratados de Baekhyun, roubando mais um selinho.

    — Tenha a certeza. – Piscou para o loiro finalmente se afastando e alcançando seu paletó. – Até mais, Byun.