1. Spirit Fanfics >
  2. Passagens Secretas- Zona Fantasma (arco II) >
  3. O Bosque da Amnésia

História Passagens Secretas- Zona Fantasma (arco II) - O Bosque da Amnésia


Escrita por: kaze_mizu_x2

Notas do Autor


Desculpem a demora T~T existem inúmeros capítulos: o de transição, de revelação, de ação, de organização e de informação, e esse aqui é literalmente um capítulo de transição, que ao que parece deve ser o tipo mais complicado de todos. Tomara que não tenha ficado muito sem graça.

Capítulo 2 - O Bosque da Amnésia


     A expectativa era tanta que, apesar de todos estarem muito cansados por causa da batalha no Acampamento Meio-Sangue, todos já estavam terminando de se arrumar para a viagem bem antes das sete horas. Os elfos domésticos de Hogwarts, sempre prestativos, cuidaram de praticamente toda a bagagem, e eles não precisaram fazer mais muita coisa. Assim, antes do horário previsto, Will abriu o mapa e mais uma vez a passagem para o bosque verde e silencioso de lagos se abriu.

-Muito bem, para onde vamos?- perguntou Will. Lyra tirou um pedaço de papel do bolso, onde estavam escritas as respostas dadas pelo Aletiômetro.

-O ladrão mora na dimensão onde existe o planeta Tera- informou Lyra. Will pensou em ir para aquele planeta e imediatamente a linha luminosa que saía do mapa se rearranjou e mudou de direção, apontando o lago para onde eles deveriam ir.

-Terra sem r?- fez Áli, achando o nome do planeta um tanto curioso.

-Como?- estranhou Reyna, que não conhecia português.

Antes que as GMs abrissem a boca para explicar, uma voz desconhecida se fez ouvir:

-Encomenda para a torre Oeste da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Grã Bretanha- anunciou um homem que aparentemente tinha vindo de lugar nenhum. Ele tinha roupas de corredor e trazia um cetro com duas cobras entrelaçadas. As sobrancelhas arqueadas, nariz arrebitado e queixo pontudo o davam feições ligeiramente élficas, apesar da expressão matreira que quase todos os seus filhos possuíam.

-Hermes- falou Annabeth, surpresa- o que faz aqui?

-Entrega, obviamente- falou Hermes, que não parecia estar muito contente- do Mundo Inferior. Hades quer mandar vocês em uma missão.

As GMs imediatamente ficaram encantadas com a possibilidade de realizar uma missão heróica que era destinada apenas a semideuses, mas os semideuses não estavam agindo da mesma maneira, nem os bruxos:

-Desculpe, mas já temos outro compromisso- falou Ginny.

-Verdade- falou Percy- acabamos de nos programar para uma viagem que é para começar, tipo, nesse instante, e se não agirmos rápido, o Multiverso já era. Ele vai ter que esperar.

-Por que vocês acham que ele quer vocês ao invés de outros semideuses? Vocês são os responsáveis pela segurança do Multiverso, pelo menos enquanto essa crise não passar- falou Hermes- isso tem a ver com a Zona Fantasma.

As GMs soltaram ainda mais exclamações, cada vez mais contentes.

-Eu sei, ele já falou disso para nós- falou Hazel, com a testa franzida de preocupação- ele disse que ia pedir a nossa ajuda, mas depois que nós tivéssemos conseguido os nossos objetivos em outro mundo.....

-Ao que parece, o problema aumentou- falou Hermes, se distanciando de Hazel e Nico, meio nervoso, provavelmente porque ambos faziam-no lembrar-se do Mundo Inferior, e isso o fazia se lembrar do ataque de raiva de Perséfone- eu não sei de muita coisa, mas ele disse que vocês precisavam agir rápido se quisessem sanar o problema. Procurem o semispírito que vive no planeta Tira e juntou as partes do Cetro da Discórdia, foi o que ele disse. Esse é o mapa de Hefesto, não? Quando vocês foram para um mundo, ele os fará aparecer na exata região onde está o seu objetivo, desde que vocês pensem nele. E, por fim, Hades mandou esse pacote- Hermes gesticulou e uma grande caixa de madeira negra apareceu no centro da Torre.

-Mais uma coisa: Se eu fosse vocês, juntaria mais reforços antes de realizarem essa missão. Agora preciso ir, sou um deus muito atarefado- falou Hermes, apressado. Antes que alguém pudesse soltar alguma reclamação, Hermes desapareceu no ar.

-.....O que foi isso?- estranhou Ron.

-Cara, mais uma coisa pra gente fazer- falou Lo, desconfortável- essa pego a gente desprevenido!

-Por que vocês não contaram que estava tendo esse problema?- perguntou Solace.

-Nós íamos- falou Nico, ligeiramente irritado- o combinado era que iríamos ajudar Hades depois que encontrássemos o nosso ladrão e roubássemos a tacinha do Gringotes.... Mas se todos os pedaços do cetro foram encontrados, as coisas ficaram mais complicadas.

-Opa volta e para- falou Livia, um pouco perdida- esse abacaxi caiu do céu, ninguém tá entendendo nada. Pode explicar um pouquinho melhor?

-Bom, basicamente, existia um cetro que tinha o poder de hipnotizar, escravizar e controlar fantasmas e espíritos- falou Hazel meio desconfortável- ele acabou sendo destruído, mas... Bem, alguém mal intencionado estava juntando as partes dele e pretendia consertá-lo, para controlar todos os espíritos existentes. Ele conhece uma passagem para o mundo dos mortos, se ele levasse o cetro para lá...

-Ferrou o mundo- concluiu Áli.

-O pior é que o Mundo dos Mortos é o único que tem ligação com todos os outros mundos existentes- falou Nico, preocupado- se houvesse um exército lá, eles poderiam atacar todas as dimensões simultaneamente.

-Resumindo, num é um abacaxi que caiu do céu, é uma jaca- fez Lo, fúnebre.

-O que é uma jaca?- perguntou Luna.

-Uma fruta o dobro do tamanho da melancia ou mais- falou Hana, também desanimada.

-Teoricamente, alguns fantasmas cuidariam do caso e ganhariam tempo para nós até encontrarmos o ladrão, depois nós poderíamos ajudar- falou Hazel, meio acanhada.

-Só que aparentemente isso não aconteceu- falou Nico.

-Isso é um problema ainda maior do que encontrar o ladrão- falou Jason, preocupado- não podemos deixar esse cara criar um exército dentro do Mundo dos Mortos.

-E se ele se juntá cum o MASMI?- perguntou Hana, prevendo desgraças.

-Ele falou a localização do cara- comentou Will- o mapa pode nos mandar para lá sem problemas.

-Então é melhor mudarmos o rumo da viagem- falou Frank, sério- se aquele cetro entrar no Mundo dos Mortos, nós vamos ficar em uma desvantagem realmente grande...

-Mas sem o ladrão, não podemos pegar a tacinha... –foi comentando Harry.

-Podemos encontrá-lo depois de resolver esse problema- falou Hermione- Harry, se encontrarmos o ladrão e pegarmos a tacinha, vamos enfraquecer Voldemort, mas se deixarmos isso acontecer no mundo dos mortos vai nos enfraquecer além de dar a ele a oportunidade de crescer! Ia ser péssimo!

-Santo automóvel!- exclamou Leo, tirando da caixa que Hermes deixara algo que era o sonho de consumo de todo Nerd: um pequeno tubo de aço que liberava dois feixes de luz verde em cada extremidade para virar um sabre de luz duplo, e apertando um outro botão, o que quer que era aquela coisa verde luminosa se solidificava para virar um bastão de kung fu retrável.

-EU QUEROOOOOOO- berraram Lyra e todas as GMs, avançando para Leo, que desligava o objeto para guardar rapidamente no cinto de ferramentas, gritando:-Eu vi primeiro!!!

-O que mais tem aqui?- perguntou Luna, curiosa, tirando um objeto da caixa. Era um tubinho muito pequeno que se revelou ser um batom. Antes que alguém pudesse abrir a boca para protestar, Luna pressionou o tubo do batom e este brilhou antes de soltar um raio laser.

-Preciso de um desses!!!- exclamou Ginny encantada, assim como todas as outras meninas. Dentro da caixa ainda havia algumas flechas e facas bioluminescentes, além de pistolas a laser, algo que pareciam fones de ouvido, redes luminosas e algo que se parecia com um radar.

-Ok, vamos admitir- falou Percy- isso é muito maneiro.

-E como!- concordou Leo- são lasers! Não existe coisa mais maneira que isso!

-O sabre de luz duplo é mais legal- comentou Nadi.

-Mas... Por que precisaríamos dessas armas?- perguntou Annabeth, preocupada.

-Armas comuns não conseguem ferir fantasmas- falou Nico, como se fosse óbvio.

-Mas nós não vamos lutar contra fantasmas, vamos?- estranhou Neville- quer dizer, aquele cetro escraviza fantasmas, se ele chegar perto do cetro, não vai sofrer o mesmo efeito?

-Geralmente, quem porta o cetro fica imune ao seu poder- falou Nico- Se ele mandar algum fantasma contra nós, vai ser bom ter alguma coisa para se defender. Isso sem contar que ele é um semispírito.

-O que é isso?- estranhou Percy.

-Metade humano metade fantasma- falou Nico- são raros e muito problemáticos. Se quisermos acertar ele, não vai ser com feitiços nem com armas comuns que vamos conseguir.

-Vamos mesmo mudar de objetivo assim de repente?- fez Ron, meio atordoado.

-Imprevistos acontecem- falou Luna, dando de ombros.

-Primeiro o equipamento do Mark, agora o arsenal Fenton, Zona Fantasma.... Maior onda Buch Hartman....

-Quem?- perguntou Solace.

-Padrinhos Mágicos!- fez Hana, ligeiramente chocada. Praticamente todos a olharam com cara de quem não entendeu.

-Dexa- desistiu ela.

-Muito bem, precisamos ser rápidos- falou Reyna, amarrando algumas facas bioluminescentes á cintura- se corrermos, podemos acabar com esse problema de uma vez e focarmos no ladrão.

-Planeta Tira, certo?- fez Will. O mapa imediatamente traçou um facho de luz para dentro da floresta verde.

-Vamos- falou ele, avançando na frente do grupo com o mapa em uma das mãos. Os outros avançaram para dentro da floresta, as GMs trazendo o Mokona dentro da bolsa, e se embrenharam no bosque verde, sendo imediatamente atingidos novamente por aquela sensação bucólica e calma. A luz que os guiava quase se camuflava no cenário, já que a luz possuía matizes de verde e marrom misturados com amarelo, o que era ainda mais complicado por causa da atmosfera sonolenta. Reyna, olhando para o seu relógio, percebera que este parara de funcionar, de forma que seria um tanto difícil estipular quanto tempo ficariam ali. O chão, apesar de ser extremamente plano, não era muito agradável de andar: em muitos lugares a grama era alta e o chão muito pantanoso, e seus passos afundavam no chão e era difícil de levantar o pé, isso sem falar que o espaço entre os lagos muitas vezes eram muito estreitos, á ponto de uma pessoa que tentar passar por lá poderia se desequilibrar e acabar caindo em um dos lagos, ou havia uma ou mais árvores impedindo o caminho, e eles precisavam usar as vassouras e outros equipamentos para passar por cima do lago ou então simplesmente se desviar do caminho e deixar que o mapa corrigisse a sua rota. Depois de um tempo caminhando daquele jeito, surgiram as reclamações e os problemas. A começar, a linha do mapa começou a falhar e a apontar para lugares aleatórios, porque Will havia esquecido qual era o destino.

-Gente... Para onde nós estávamos indo mesmo?

-Sei lá, era alguma coisa com T- falou Frank, reprimindo um bocejo.

-Terabítia?- tentou Livia.

-Não, era mais curto- falou Nadi, se espreguiçando.

-Unh.... Não era Terra?- falou Percy, sonolento.

-Fala sério, que nome mais idiota para um mundo- falou Leo, que estava quase dormindo de pé.

-Verdade... –comentou Ron- ....será que as pessoas de lá vivem embaixo da terra?

-Bom, deve se chamar assim porque tem bastante terra no planeta- comentou Luna, sonolenta.

-O problema é que, se eu não me lembrar do nosso destino, o mapa não aponta para ele- falou Will.

-Isso é um problema.... –começou Hermione- mas por que nós viemos aqui, para começo de conversa?

-......Boa pergunta- fez Lo- será que a gente viro em alguma curva errada?

-Não, era porque..... –começou Nico, que ao contrário dos outros parecia bem acordado- droga, esqueci.

-Vamos fazer uma pausa para descanso?- pediu Neville- estou cansado de andar...

-E eu estou com fome. –reclamou Ron.

-Nem me diga- falou Nadi, que já começava a ficar irritada.

-Sem falá que esse bosque é uma droga pra fazê caminhada, suja a bota, a gente quase cai dentro dos lagos, é ultra quente....- falou Thá- sabia que a gente deveria tê ido caminhá na Lagoa do Taquaral ao invés de vir aqui...

-Aonde?- estranhou Jason.

-Ah, você sabe, aquela lagoa no... ahn.... Aquele bairro lá, lembra?

-Acho que estou me lembrando....- comentou Jason, extremamente sonolento.

-A gente podia í lá depois que voltarmos pra casa- comentou Hana- é um lugar legal, mas acho que vai ter que levá protetor solar, se o clima continuá assim...

-Se o mapa não está funcionando, melhor pararmos e montarmos acampamento- falou Reyna. Ao ouvir isso, muitos sentaram-se na grama.

-Um pratão de salada bem que vinha acalhá- comentou Nadi, bocejando.

-Pessoal, não podemos parar- falou Nico, de testa franzida.

-Por que não?- estranhou Harry.

-Eu não lembro o porque, mas algo muito ruim ia acontecer se nós parássemos de andar.

-Eu também não gosto desse lugar- falou Piper, sonolenta- ele não está me parecendo muito seguro para um acampamento...

-Vamos, é raro vermos uma flora tão exuberante assim, deveríamos nos considerar sortudos- comentou Solace.

-Desculpa, mas não temos tempo para acampar e nem para ficar abraçando árvores, Gill- cortou Nico.

-Calado, Neil- fez Solace, em seguida franzindo a testa- o seu nome era Neil, não era?

-E o seu era Gill?- fez Nico, também confuso. 

-Pessoal, o que aconteceu com vocês?- fez Hazel, ligeiramente chocada- nós estávamos indo para o mundo Tira deter uma pessoa que quer reconstruir uma arma poderosa!

-Mesmo?- fez Lyra, se espreguiçando.

-Essa história parece sê interessante- comentou Livia- conta pra gente?

-Bom, é isso- falou Hazel- e essa pessoa é perigosa, nós fomos mandados para detê-la antes que ela consiga concertar a arma, mas precisamos passar por esse bosque para chegar até ele. Quanto mais tempo ficamos no bosque, mais sonolentos e esquecidos vocês ficam, por isso que temos que correr antes que ele consiga concertar o cetro e vocês se esqueçam de mais coisas do que se esqueceram!

-.....Não acho que essa história seja muito provável- comentou Annabeth, meio grogue- não faz muito sentido....

-Vamos, ela é a única que se lembra de alguma coisa com clareza- defendeu Nico, voltando-se para Will- veja se o mapa aponta para o planeta Tira.

O mapa brilhou mais uma vez e emitiu um facho luminoso, apontando para a direção na qual eles se dirigiram o tempo todo. No entanto, ao invés de cortar o ar na horizontal, como fazia antes, ela era levemente inclinada para baixo, cada vez mais próxima do chão á medida que se estendia para longe.

-Devemos estar perto- falou Will, esperançoso- vamos, pessoal!

Os outros resmungaram, gemeram e se rearranjaram na grama, mas apenas uns poucos começaram a se levantar.

-Anda, sem fazer corpo mole- falou Nico, puxando os outros pelo braço ou ombro e forçando-os a levantarem. Ninguém gostou muito disso, mas depois de um tempo de resistência todos finalmente se levantaram e avançaram penosamente pelo bosque verde, até que a linha luminosa por fim desceu até o chão e mergulhou no centro de um lago.

-......Tá, e agora?- Leo emburrado.

-Temos de pular dentro do lago- informou Hazel- todo mundo.

-Não sei não, esse lago está parecendo pequeno demais para caber todos dentro dele- comentou Hermione.

-Pelo menos tentem- pediu Hazel- se pularmos aqui dentro, saímos daqui.

-E vamos pra casa?- perguntou Luna.

-É, pode ser- falou Nico apressado. Se dizer aquilo os faria saltar no lago, por que não?

-Tá calor, mesmo- falou Thá, pulando no lago.

-Verdade, eu tô precisando de um refresco!- fez Hana, pulando logo em seguida. Com a ideia de sair de lá e se refrescar do calor opressivo do bosque, os outros imediatamente saltaram, mas assim que mergulharam tudo se tornou preto, o calor não existia mais, mas nem o frio, o som, o tato, olfato ou paladar, e lá ao longe eles puderam ver constelações de estrelas que foram chegando perto e se reunindo para formar um planeta, que foi crescendo e ganhando continentes, depois rios e vales, depois países, cidades, bairros e casas, até que por fim eles aterrissaram no meio de uma rua, como com tanta leveza como se tivessem se materializado do nada ali no meio. Todos os sentidos voltaram em um turbilhão, deixando-os desorientados por uns segundos. Felizmente, a rua estava deserta no que parecia ser o meio da noite, então eles não assustaram nenhum nativo ou algo do gênero.

-....O que diabos foi aquilo?- fez Percy atordoado, depois de uns segundos de silêncio geral.

-Qual parte, o Bosque da Amnésia ou o Lago Sem Fundo?- fez Leo, com o estômago embrulhado.

-Os dois!- reclamaram Annabeth e Percy.

-Eu falei que aquele bosque fazia isso- falou Livia.

-Verdade, mas não imaginamos que o lago seria assim tão distante do nosso mundo... –comentou Hermione- precisamos tomar algumas medidas para evitar o esquecimento, se não, não vamos conseguir voltar para a nossa própria dimensão!

-Ou não vamos conseguir passar para as outras que precisamos também- argumentou Lyra, com Pan instalado em seu ombro.

-Mas falando em nossa própria dimensão.... –comentou Frank, de testa franzida- alguém mais está se sentindo...... Estranho?

Todos os semideuses assentiram, tensos e meio pálidos.

-Sinto como se a minha pressão tivesse caído, mas não é isso- falou Solace, medindo a própria pressão e constatando que ela estava alterada, mas ainda dentro do completamente aceitável, portanto não era a causa de desconforto.

-Imaginei que fôssemos sentir isso- falou Annabeth- estamos fora do alcance do reino dos nossos pais. Aqui, Poseidon, Atena, Zeus ou qualquer outro deus do Olimpo não existe, ou se existir, só como lenda.

-Então.... Quer dizer que nós não vamos conseguir usar os poderes herdados dos nossos pais aqui nessa dimensão?- fez Jason, desanimando.

-Não exatamente- falou Annabeth- mesmo longe da zona de influência de nossos pais, as energias que eles controlam ainda estão dentro de nós. Como aqui o mundo grego não tem influência nem poder, vamos ter muito mais dificuldade de usar nossas habilidades divinas, mas ainda podemos usá-las. Afinal, um deus grego não teria poder nenhum aqui, mas somos semideuses, não deuses.

“Então é por isso que eu estou me sentindo tão mal?” perguntou Hazel enjoada para Nico, na língua dos fantasmas.

“Acho que sim” fez a voz de Nico, preocupada “você fez o que a mãe mandou?”

“Claro que sim, se não, mal conseguiria falar alguma coisa na língua dos fantasmas....”

Afinal, Hades e Perséfone sabiam o que aconteceria caso eles fossem para outro mundo. Sendo assim, Perséfone lhes dera colchões, travesseiros e sapatos cheios de terra de sua dimensão natal, porque assim eles sempre manteriam contato com solo do mundo grego e teriam alguma fonte de energia para usar seus poderes. Hazel mal queria imaginar no que aconteceria se entre o solado do sapato e a sua palmilha não tivesse uma considerável camada de terra: tinha a impressão que cairia morta lá mesmo. Ela tentou levantar, mas o movimento lhe deu uma tontura tão grande que ela quase caiu, se Frank e Nico não lhe tivessem aparado na hora. Os dois ficaram próximos dela, preocupados, enquanto Solace dava instruções para amenizar o efeito de tontura.

-Cara, não me admira que todo mundo esteja meio detonado- observou Thá, depois de conjurar um computador e checar alguns dados:- além da gente passá por aquele bosque chato, a atmosfera, pressão e até a gravidade desse mundo é meio zoada!   

-Como assim?- fez Ron, confuso.

-Segundo o registro aqui, a gravidade nesse mundo é menor do a do nosso. Não é uma diferença muito grande, mas isso faz diferença pra atmosfera e pressão do ar. As duas são ligeiramente mais leves, então o pessoal pode acabá sentindo desconforto ou tontura, varia de pessoa pra pessoa. Olhando pelo lado bom, a gente pode pulá ligeiramente mais alto, os nossos movimentos ficam ligeiramente mais leves e mais rápidos, só que a gente pode tê problema respiratório, mas nada muito grave.

-E ainda tem a melhor parte!!!!!- exclamou Nadi- se aqui a gente tá fora da influência dos deuses, a gente pode xingá eles á vontade que eles não vão ficá sabendo e nem vão podê punir a gente!!!!

-Bem.... Se é assim.... –comentou Jason- preciso dizer que achei incrível o apelido que vocês deram para o meu pai.

-Sério?- fez Hana ligeiramente surpresa- pensei que você podia ficá meio irritado, sei lá....

-Nada disso! Ele é meu pai, e melhor líder que Cronos, mas ainda assim ele abusa de poder, é meio opressivo, temperamental e não gosta de nada que o contrarie, na verdade, ele muitas vezes pune os outros severamente por causa disso. Ouvir umas verdades é muito saudável para ele. E uns desaforos também, faz ele exercitar a tolerância e paciência.

-Mas tem um lado meio chato- comentou Piper- ninguém pensou que agora estamos á mercê dos deuses desse mundo?

-Pode ser que esse mundo num tenha deus nenhum- falou Áli- e, se tiver, é só pedir permissão cum jeitinho pra podê usá os elemento em nosso favor. Afinal, a gente tá aqui pro bem do Multiverso, se a gente falhá, esse mundo fica em perigo também. Se eles quiserem que a gente tenha algum sucesso, tem que dá uma ajudinha.

-Bom.... Estamos aqui- falou Harry- e agora?

-Tentamos procurar o cara- falou Percy.

-Em um mundo inteiro?- fez Annabeth desanimada.

-Bom, segundo Hermes, o mapa nos deixa perto do nosso objetivo- falou Will- mesmo assim, não conhecemos nada do local ou população... Pena que não conseguimos reforços antes de ir, se não essa busca poderia ser mais fácil....

-Bom, segundo as minhas pesquisas, a população dominante desse mundo é humana- falou Thá, checando no computador- e a fauna e a flora são até bastante similares com as do nosso mundo natal. No entanto, os humanos daqui têm características um pouco diferentes da do nosso mundo, então mesmo assim a gente vai tê que usá o mecanismo de camuflagem...

-Isso tá óbvio- falou Nadi, indicando o cenário- parece que a gente tá na Desenholândia!!! Só que numa parte menos maluca....

-E quem disse que a gente num tem um time de reforço?!- fez Lo, levantando o Mokona acima da cabeça:- vai lá, Mokona, chama a cavalaria!!!!

-PÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚ!!!!!!- exclamou ele, a jóia na testa brilhando tão forte que ofuscou á todos, e quando o brilho cessou.... Absolutamente nada tinha mudado.

-Tem coisa errada- estranhou Hana.

-Claro que tem!- chiou Hermione- metade da cidade deveria ter acordado por causa desse brilho!

-Não, num é isso- falou Thá.

-Gente- fez Livia, gelando. Ela não falou nada, apenas apontou para cima. As GMs soltaram exclamações assustadas.

-Vixe, e agora!?- fez Nadi- Festus, voa e procura o pessoal!!!

-Não pode!- fez Annabeth- essa é uma noite muito clara, o Festus é muito grande, ele pode ser visto com facilidade!!!!

-Hazel não poderia escondê-lo?- perguntou Leo, de testa franzida.

-Não posso fazer magia sem a Névoa- falou ela, ainda meio zonza.

-Mas eles estão caindo da estratosfera!!!- fez Livia- a gente tem que socorrê eles, se não eles morrem!!!!

-Como assim, caindo da estratosfera?!- fez Ron chocado.

-Toda vez que o Mokona invoca uma pessoa, ele faz ela surgi no ponto mais alto daquele mundo!!!- fez Hana.

-Por que isso?- estranhou Piper.

-O relevo e geografia dos mundos são muito diferentes- falou Will- e, se você está a 100 metros abaixo do nível do mar na sua dimensão e muda para outra, você vai aparecer na mesma altitude. Há a chance de você aparecer dentro de uma montanha, no fundo do mar ou no subsolo, e sair de um lugar desses é extremamente difícil, a pessoa podia se perder e morrer de fome, desidratação ou falta de oxigênio.

-Ruim- finalizou Leo.

-Já vai, gente- falou Nadi, indo ao ar com as suas botas voadoras, subindo para o resgate das pessoas que o Mokona convocara. Apesar da noite clara, ela era pequena e silenciosa, de forma que sumiu rápido das vistas deles e com certeza não chamaria atenção nenhuma dos moradores daquela dimensão.

-Ok, e agora, o que fazemos?- perguntou Ginny.

-Depois que Nadi voltar com o reforço, a primeira coisa a fazer seria fazer o feitiço de fidelidade, dar aquelas engenhocas de camuflagem para eles e todos nós as usarmos para disfarce- falou Hermione.

-O gente, eu tô achando esse cenário familiar.... –comentou Livia.

-Já o viu?- perguntou Lyra.

-Não exatamente. Mas as linhas, sombras e cores... Perceberam que cada forma tem algo que é tipo um contorno preto? Esse tipo de geometria com esse contorno e preenchimento de cores, eu só vi em um lugar..... Ou em dois, na verdade.

-Aonde?- estranhou Áli.

-Dimsdale e Amity Park.. Os dois obviamente ficam no mesmo mundo- fez Livia- a gente tá mesmo em uma vibe Butch Hartman.

-Muito bem, se é assim, prestem atenção nas regras de sobrevivência- falou Thá- se virem um menino dentuço de cabelos castanhos, olhos azuis e bonezinho rosa, MANTENHAM DISTÂNCIA, NÃO FAÇAM CONTATO VISUAL, FÍSICO OU LHE DIRIJAM A PALAVRA. Caso se metam em encrenca e perguntem alguma coisa que não dá pra responder, como por exemplo onde nós arranjamos nosso equipamento, simplesmente digam “internet”. Essa resposta serve pra 99,9% dos problemas. Caso essa palavra não dê conta do problema, digam “cosplay”, porque essa resposta também cobre muita mentira. Não façam mal nem toquem em coisas que sejam verde e rosa, fiquem longe de professores carrancudos psicóticos, babás do mal, valentões ou patricinhas, pessoas inexplicamelvemente sinistras ou gente doida do governo. E lembrem-se, não se desesperem, porque aqui todo mundo mente mal e é meio burro, a gente vai conseguí sair de increncas muito fácil desse jeito.

-... Qual é a do menino de bonezinho rosa?- estranhou Leo.

-Ele pode num vim com a sua cara, tê uma ideia e acabá mudando todo o roteiro da história- falou Nadi- ou estragá tudo mesmo. A gente num sabe o que esperá direito, só sabemo que vai interfirí e muito na nossa missão.

-Coisas verde e rosa?- estranho Frank.

-Podem sê fadas disfarçadas!- fez Áli, como se fosse óbvio- deixem as fadinhas em paz!

-E as patricinhas?- estranhou Piper.

-Elas vão tentá você a dar uma voadora no nariz plastificado delas- fez Hana, como se fosse óbvio- e isso pode acabá fazendo com que alguém do grupo pare na delegacia.

-Mas isso é só suposição- comentou Livia- a chance da gente tá em Amity Park é infinitamente maior do que a gente tá em Dimsdale, mas precosamo tê certeza....

-Sai de baixo!- gritou Nadi, aterrissando de forma meio forçada no chão, com diversas pessoas aterrissando desajeitadas ao seu redor, umas caindo sobre as outras.

-Ai... Bem que você poderia perder uns quilinhos, viu, Caldina?- falou um rapaz de cabelos verdes para a jovem que havia desabado em cima das suas costas.

-Você está me chamando de gorda?!- berrou ela, indignada, levantando-se com um movimento gracioso e ultrajado. Quando ela se moveu, vários sininhos tilintaram

-.....Onde estamos?- perguntou uma jovem de longos cabelos dourados presos por um rabo de cavalo. No entanto, isso não impedira de os cabelos caírem em seu rosto e tamparem a sua visão, de forma que ela só conseguira assimilar um pouco do ambiente alguns segundos depois.

-Saudações, pessoas!!!!!- exclamou Lo, se aproximando deles. A mulher que havia caído nas costas do cara de cabelo verde começou a gritar, alegre, e Lo também gritou. Ambas ficaram uns cinco segundos gritando uma para outra até que se abraçaram e continuaram gritando, mas dando pulinhos e girando abraçadas.

-....Uau- fez Percy, desconcertado com a cena. Afinal, americanos não costumavam se tocar.

-Vovô!!!!- exclamou Hana, indo abraçar um menino de cabelos brancos e olhos azuis com cetro e túnica branca esvoaçante, mas ele quase a acertou na cabeça com o cajado:

-Quantas vezes disse para não me chamar de vovô?!

-A gente adora te provocá- riu Livia.

-Hahaha! Minha nossa, á quanto tempo!- exclamou o rapaz de cabelo verde, se levantando- mas vem cá, não podia ter mandado uma cartinha ou algo do tipo antes de simplesmente nos jogar do espaço?

-Então, essa pegou todo mundo de surpresa na última hora- falou Áli- a cartinha nem ia chegá em tempo...

-Que saudadeeeeeeeeeeeeee!!!!!- berrou a mulher de rabo de cavalo longo e dourado, esmagando Thá em um abraço. As outras GMs prontamente a soterraram com abraços para compensar as costelas quase partidas de Thá.

-Ei, assim não vale!- reclamou a que estava abraçando Lo- eu também quero!!!

Em resposta, as GMs esmagaram-na em um abraço coletivo.

-Vocês também!!!- exclamou Hana para os meninos que haviam caído do céu.

-Ein?!- fez o de cabelo verde.

-Vamos, não precis....- começou um menino alto de olhos verdes. O resto da frase foi sufocada quando os pulmões foram comprimidos por seis abraços de ferro, e os outros não escaparam do mesmo destino.

-Eu não estou respirando..... –fez sufocado um menino de cabelos e olhos castanhos, com roupas de lona e cinto de ferramentas. As meninas o soltaram e ele voltou a respirar ruidosamente- ai... Quem são esses?- perguntou ele, olhando para os semideuses e os bruxos com curiosidade.

-Acho que essa pergunta era nossa- comentou Ginny.

-E onde estamos?- perguntou o rapaz de cabelo branco.

-Isso a gente ainda precisa checá- comentou Thá.

-Mas enfim, vamos as apresentações!!!- exclamou Lo, animada, apontando com um floreio para a jovem que estivera abraçando. Ela era uma mulher muito bonita, com corpo de dançarina. A pele, morena, contrastava imensamente com os olhos azuis e cabelo branco ondulado e de comprimento médio, com um toque muito leve de rosa e preso em um rabo de cavalo pequeno. Vestia roupas que se pareciam muito com as de odaliscas do oriente médio ou da princesa Jasmine da Disney, com um top, uma calça bufante e sapatilhas, mas as roupas eram todas pretas. Haviam pedras vermelhas grandes e redondas enfeitando as suas sapatilhas, nas suas luvas pretas de dedos cortados e que iam até o pulso além de uma pedra enfeitando o top e outras duas nas pontas de seus brincos, que combinavam com a longa e pesada capa vermelha que ela usava:

-Senhoras e senhores, lhes apresento a ultra divosamente diva, bela e escultural Caldina, a ilusionista!!!- exclamou a GM das sombras. A mulher riu e fez uma pose de modelo.

-....Você faz mágica?- estranhou Percy.

-Eu lá tenho cara de maga?- fez ela- isso é com o Clef. Sou mais do tipo hipnose, sabe? Faço as pessoas enxergarem o que eu quiser, mas de onde eu vim, isso é mais uma técnica do que magia em si.

-Bom, pelo menos agora nós não vamos depender da minha magia- sorriu Hazel, ainda meio zonza- não consigo fazer as pessoas enxergarem o que eu quero se não tiver Névoa no ar, e isso só tem no nosso mundo...

-Bom, eu tenho Névoa em spray- comentou Annabeth- mas pode ser que não seja o bastante...

-O que seria essa Névoa?- perguntou o jovem de olhos azuis e cabelo branco, curioso. Apesar de sua baixa estatura e rosto jovem, ele possuía uma expressão sábia e perspicaz nos olhos, fazendo-o parecer praticamente atemporal. Essa expressão sábia era ressaltada pelo cajado adornado com pedras e pedaços de tecidos esvoaçantes além da túnica, que o fazia parecer aqueles sábios magos de RPG.

-Olha só, Clef, quando a gente para pra descansá vocês podem discuti sobre magias de mundos, mas agora é apresentação- interveio Lo- senhoras e senhores, não se deixem enganar pela aparência jovem porque esse aqui é o nosso sábio conselheiro em magia, mago poderoso, atemporal e guia de viagens mágicas, nosso Gandalf particular, Guru Clef!!!

-Apenas um “o nome dele é Clef” não seria mais objetivo?- fez o mago, meio constrangido.

-Que nada, isso quebraria toda a dramaticidade da coisa!- fez Livia.

-Este, senhoras e senhores, é o Fério!- exclamou Lo, gesticulando exageradamente na direção do jovem de cabelos verde escuros. Ele parecia ser um tanto rebelde: cabelos ligeiramente compridos presos na nuca em um pequeno rabo de cavalo, brincos e duas fortes cicatrizes no rosto, uma em formato de x na bochecha direita e outra na horizontal, riscando-lhe a ponte do nariz arrebitado. Possuía olhos de um âmbar profundo que brilhavam com a mesma expressão intrépida e confiante que demonstrava no sorriso torto, além de vestir práticas roupas de lona e botas de couro, as botas, calças bufantes e luvas da cor cinza chumbo, enquanto a blusa folgada presa por um cinto era de cor âmbar estampada com padrões tribais cinza. Nas costas, trazia presa uma longa e velha espada de um gume, que parecia muito pesada para alguém magro como ele, apesar do porte atlético.

-Ele é..... Hã..... Peregrino, guia e guarda costas, meio mercenário viajante desocupado.... –fez Lo.

-Ei!- reclamou ele.

-Ah, o que você prefere?- reclamou a GM- Antes isso do que falá que você é o....

-Ta ok, tá ok, você venceu, eu sou o viajante desocupado- encerrou ele, ligeiramente ranzinza.

-E essa, senhoras e senhores, é a incrível ferreira que fez o nosso equipamento, mais especificamente as nossas espadas! a melhor do ramo no reino de Zefir, gloriosa Presea!!!- apresentou Lo, gesticulando para a mulher de cabelo longo e loiro. Ela tinha pele clara, olhos cor de mel e belas e delicadas feições, mas vestia uma túnica de lona laranja que lembrava muito um macacão, possuía luvas de ferreiro e placas protetoras de bronze na roupa.

-Você podia ter falado “gloriosa” na minha apresentação também, sabia?- perguntou Caldina.

-Caldina, não dá para fingir ser um pouco mais humilde nem nos primeiros minutos?- bufou o rapaz alto de olhos verdes.

-Que nada, eu faço justamente o contrário! Não posso ser humilde na minha profissão, á menos que queira passar fome!

-Ilusionistas ganham pouco?- perguntou Luna, curiosa.

-Ilusionismo não é o meu único ramo, eu também sou dançarina. Mas eles só contratam ilusionistas e dançarinos para eventos se nos acham divertidos o suficiente, cada dia o público fica mais exigente... –fez ela, ligeiramente irritada.

-E esse- gesticulou Lo para o rapaz alto- É outro dos nossos incríveis magos! Senhoras e senhores, o invocador e domador de criaturas de Zefir, Askot!

-Unh..... Oi- fez ele esfregando a nuca, meio tímido. Askot usava uma túnica branca longa com mangas e barra verde escuro, calças pretas bufantes e sapatos pontudos verdes, além de um grande, bufante e volumoso chapéu redondo verde. Os cabelos loiros eram lisos e um pouco bagunçados, caindo na frente do rosto e quase cobrindo os olhos, que eram de um verde tão vibrante que era praticamente impossível de esconder.

-E por último, mas não menos importante, nós temos o incrível mecânico vindo do planeta futurista Autozan, que não é tão demais quanto o Leo mais ainda sim é um ultra mecânico, Zaz!!!- exclamou ela, apontando para o menino com o cinto de ferramentas.

-Ao seu dispor!- exclamou o menino enérgico, com um sorriso maroto preenchendo o rosto.

Em seguida, Loraine fez o mesmo tipo de apresentação para os semideuses e bruxos.

-Mesmo que usemos o mecanismo de disfarce, eles vão se destacar demais com essas roupas...- comentou Annabeth preocupada, mas Presea e Zaz não estavam prestando atenção: Ficaram extremamente interessados em Leo quando souberam que ele era o filho do deus da forja, principalmente Presea, que era ferreira. Ela imediatamente apresentou todo o arsenal que carregava consigo á Leo, perguntando sempre ansiosa o que ele achava:

-Esse foi o canhão retrável que eu fiz- continuou ela, tirando da Ova que carregava na luva um canhão de metal completamente retrável, o que facilitava muito o deslocamento da peça- essa é a espada que eu fiz mais recentemente, daí fiz esse arco, essa armadura, essa lança e esse martelo retrável- ela tirou um tubinho de metal da Ova que se desdobrou em uma bela marreta de cobre- o metal é extremamente resistente ao fogo, já que eu o revesti com uma fina camada de armadura térmica que eu mesma desenvolvi, que fica mais resistente conforme se aumenta a temperatura, além de isolar termicamente o metal de forma que ele não derreta....

-Eu preciso de uma dessas- fez Leo encantado. Presea soltou um sorriso gigante, em seguida observando Leo atentamente da cabeça aos pés, murmurando pesos e medidas.

-Muito bem, uma arma para o seu tipo físico seria..... –ela pôs a mão na jóia que tinha o seu macacão e retirou de lá uma marreta muito parecida, mas de tamanho diferente, com a cabeça ligeiramente menor do que a que ela apresentara.

-Perfeito! O tamanho e peso perfeitamente equilibrado.... –fez a mulher orgulhosa.

-E você, fez alguma coisa maneira assim?- perguntou Leo para Zaz. Em resposta, o menino retirou um disco de tamanho médio que ficava preso ás suas costas. Ele o jogou na frente dos seus pés e o disco se desdobrou em uma prancha voadora com um foguete propulsor e uma vela para fazer manobras mais refinadas, parecendo uma prancha de windsurf voadora. Leo olhou para aquilo encantado.

-Sabe, tenho a impressão de que seremos grandes amigos- comentou ele.

-Pode mostrar alguma coisa que você fez?- perguntou Presea, curiosa. Nesse momento, Festus saiu do cinto de ferramentas de Leo, para deleite de Zaz.

-Nossa!!!! É um autômato perfeitamente articulado!!! Como você fez isso?! As peças da articulação devem ser muito delicadas, para um autômato desse tamanho....

-Você consegue conjurar criaturas mágicas e outros seres?- perguntou Nico para Askot, impressionado.

-Sim, mas é meio chato ficar dependendo deles, então a maioria das vezes eu uso a minha própria magia....- falou Askot.

-Depois posso ver as criaturas que você conjura?- perguntou Frank. Afinal, se aquelas criaturas existiam, podia ser que ele fosse capaz de se transformar em uma delas quando fosse preciso. Will parecia estar igualmente interessado nisso.

-Unh... Eu não sei se vou conseguir, mas eu era capaz de fazer magia no nosso mundo- comentou Hazel tímida para Clef- você pode tentar me ensinar alguma magia do seu mundo?

-Claro!- fez ele- não sei se pessoas de outras dimensões podem aprender a magia de Zefir, mas seria de grande valia tentar.

-....Mesmo que nós usemos o mecanismo de camuflagem, eles vão se destacar de forma muito fácil dos nativos usando essas roupas... –fez Annabeth observando os novos companheiros de testa franzida, preocupada. Mal ela falou isso e a jóia na testa do Mokona piscou com um flash ofuscante por um segundo, e assim que a luz sumiu todos perceberam que as roupas dos novos colegas mudaram drasticamente: Presea usava um macacão laranja com blusa branca por baixo e um par de botas, Clef usava uma bermuda jeans azul clara e blusa branca com sandálias de tiras de couro marrom, Zaz recebeu uma calça jeans, botas marrons e blusa cinza com uma jaqueta marrom, Fério apareceu com calças jeans pretas rasgadas, botas com tarraxas, luvas marrons de dedo cortado, jaqueta preta rasgada e uma blusa amarrotada das cores cinza e âmbar, com os mesmos padrões tribais da que estava usando antes. Askot ganhou tênis verdes, bermudas pretas, camiseta verde escura, colete branco e um boné verde, enquanto Caldina recebeu um elegante vestido preto de mangas curtas caídas e meia calça preta com sapatos de salto plataforma da mesma cor, enfeitados com as pedras vermelhas de antes, assim como as luvas pretas com pedras vermelhas e os grandes brincos. Ela parecia pronta para ir ao shopping e gastar tufos de dinheiro em roupas e sapatos.

-Ah, Mokona, eu adorei!!!!- exclamou ela, fazendo outra pose- estou toda trabalhada na elegância!!!!!

-Certo, mas se quisermos trabalhar juntos, precisamos esclarecer algumas coisas- falou Hermione, em seguida começando a explicar sobre o Feitiço da Fidelidade e os mecanismos de camuflagem. Enquanto isso, os outros foram passeando pela rua, procurando indícios de onde estariam.

“Você está bem?” perguntou Nico preocupado, olhando Hazel com o canto do olho. Frank andava junto com ela, abraçando-a, claramente preocupado também, apesar de provavelmente pensar que aquilo era fruto de uma alteração de pressão.

“O ar daqui pinica muito” fez ela. Era por isso que ela estava se abraçando toda encolhida. Nico lhe emprestou o casaco, e realmente o ar daquele mundo pinicava muito, chegava quase a machucar. Não estava sentindo tanto porque, além dele ter um pouco de terra no forro do casaco, aquela era uma peça de roupa produzida no seu mundo, o que servia bastante como uma capa de proteção para os efeitos hostis daquele mundo. O mais irônico era que, fora da sua dimensão, sua maior fraqueza virava vantagem: Não era mais um deus, era mais fraco que um, e por isso a atmosfera das novas dimensões não lhe eram tão hostis. Mas Hazel... Ela precisava tomar cuidado.

“Sabe, nenhum deus da nossa dimensão pode ficar sabendo do que falamos ou fizemos aqui. Poderíamos contar para os outros e Zeus nem ficaria sabendo. Eles podem nos ajudar.”

Como eu contaria isso para o Frank?!” fez ela, temerosa. “Os deuses sempre acabam por abandonar os amantes mortais! Ele vai pensar que eu me aproveitei dele ou algo assim!”

Mais ou menos, a esposa de Dioniso era uma mortal que ele levou para morar no Monte Olimpo” comentou Nico.

E que ele traiu umas 50 vezes ao longo dos milênios” acrescentou Hazel amarga.

“É, mas você não faria isso, não quando hoje existe divórcio” contrapôs Nico “Os deuses não o fazem porque Hera não gosta e eles são caretas e conservadores demais para considerar o divórcio, mas você não é assim” falou Nico. Só depois de uns segundos ele percebeu o que aquilo implicava.

Bom, eu juro que tento não ser” comentou ela “é um pouco difícil, mudar de hábito e valores tão de repente, mas é muito chato ser careta e conservadora, então eu tento me adaptar como posso...”

“Ele vai entender de qualquer forma, se você explicar com jeitinho.” Tranqüilizou Nico “E eu ainda vou ser o padrinho de casamento de vocês”. Hazel esboçou um sorrisinho.

-TÁ ME ZOANDO!!!!- exclamou Livia, vendo um outdoor do lado da rua. Ele tinha um fundo cinza escuro e era iluminado por duas pequenas lâmpadas posicionadas nos cantos superiores do outdoor, que iluminavam de forma um pouco precária, mas não de todo ineficiente, o texto e a imagem de um adolescente pálido, de cabelos brancos bagunçados e olhos de um verde chocantemente fluorescente sorrindo de uma forma confiante e matreira, usando uma espécie de macacão preto com detalhes em branco. Ele parecia apoiado de costas na parede e de braços cruzados, levemente inclinado para um lado, e ao seu lado haviam os dizeres: Bem vindo á Amity Park, esta cidade é protegida por Danny Phantom. Os outros se reuniram em volta de Livia, para observar a placa melhor.

-Quem é o fulano?- perguntou Percy.

-Bom, pelo menos a gente já sabe aonde a gente tá- comentou Hana.                        


Notas Finais


Os próximos capítulos serão mais legais/diferentes que esse aqui, viram?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...