1. Spirit Fanfics >
  2. Passos Que Levam Ao Mar >
  3. Bebidas azuis e fantasias

História Passos Que Levam Ao Mar - Bebidas azuis e fantasias


Escrita por: Maknae24

Notas do Autor


Inspiração bateeeeu hehehe
Sim, to enrolando pra postar BPE
Não, não me matem pls
Sim, enjoy:

Capítulo 3 - Bebidas azuis e fantasias


Fanfic / Fanfiction Passos Que Levam Ao Mar - Bebidas azuis e fantasias

- Está pronta?- Me disse, ajeitando os cabelos ruivos no espelho e dando uma última conferida na fantasia de vampiro que usava.
- Um ruivo vampiro? Estamos tornando as crenças da Era Medieval verdadeiras.- Ri, enquanto dava uma borrifada do perfume no meu pescoço. Me olhei no espelho, colocando a tiara de orelhas de gatinho na cabeça, eu estava uma perfeita gata preta, de vestido colado ao corpo, com direito a cauda e luvinhas felpudas. Todos nós íamos numa festa Halloween, na balada Blue Dreams perto da praia, um lugar não muito cheio e perfeito pra quem gosta de festas calmas. E lógico, álcool, adoro.
- Matheus logo chega.- Ah, claro, esqueci de dizer pra vocês que em dois dias, Iuri ficou sabendo que o santo estava na área. Matheus resolveu dar o ar da graça, e eu finalmente ia conhecer o meu concorr..., quero dizer, o amigo do meu namorado. Eu esperava que isso não estragasse nada da nossa noite, e que Matheus não acendesse um fogo do inferno dentro de mim. Eu não queria odiá-lo. Mas ele não estava dando escolha.
A campanhia soou, tirando-me de meus adoráveis pensamentos homicidas.
- Deve ser eles.- Desci já abrindo a porta, e quase bati a cara num poste.
O poste à minha frente tinha cabelos cacheados, que iam ateh mais ou menos na base do pescoço, um sorriso grande, acompanhando os olhos que guardavam orbes castanhas.
"Esse poste deve ser o Matheus"- pensei comigo.
Olhei pra cima-quase quebrando o pescoço- pra olhar meu concorrente e tentei sorrir amigavelmente , já que ele também tinha esse tipo de olhar. Filho da puta. Me fazendo ser legal assim...
- Entra, você deve ser o Matheus.- Dei espaço pra ele passar, ganhando um beijo no rosto.
- E você Nicole!- Sorriso outra vez. Ele é sorridente, até demais e já não gostei disso. Ele estava fantasiado de algo com certeza relacionado a rock ou metal, olhando os trajes escuros e detalhes em metal, como spikes e castas .- Iuri me falou muito de você.- Falou é? Acabei por sorrir vitoriosa.
"Bom mesmo você saber que o ruivo tem dono, poste..."
- Espero que apenas bem, vem ele tá aqui em cima.- Pisquei num olhar feliz. Sou uma ótima atriz, podem admitir vai.
Enquanto o menino subia as escadas, vi um carro parando quase desgovernado na frente de casa.
- Quem deixou a Manuela dirigir mesmo?- Livia resmungou, saindo do carro com a fantasia de coelho vermelho no corpo. Atrás dela, Thais de roqueira- povinho sem criatividade- e João Victor de Coelho da Alice no País das Maravilhas. Certeza que tudo foi ideia da doida da Manú, já que a mesma saiu do carro vestida da própria Alice.
- Nem sou tão ruim assim vai...
- Não não, só quase nos jogou no mar o que, umas três vezes?- João ironizou. Ri, da realidade perigosa que era Manuela no volante.
Quando Iuri e Matheus desceram, meu ruivo fez questão de apresenta-lo pra todos, e o tal do santo, educado, cumprimentou todo mundo.
Fiquei intrigada com a semelhança entre Manú e o amigo recentemente apresentado dele. Fora a aparência, a alegria contagiante de ambos, que não calaram a boca um minuto no carro à caminho pra balada.
Iuri estava do meu lado, mas do outro lado dele, Matheus estava junto e eu não sei se eram meus olhos, mas eu juro que ele achava que meu namorado era touchscreen, não parava de colocar a mão nele pra falar.
No carro de trás, João e Livia vinham, com Analice vestida de diabinha. Eu nem a tinha visto dentro do carro, ela andava estranhamente quieta, quieta de um jeito não Analice. Nos vimos no dia anterior e conversamos muito, mas sabe quando você percebe que a pessoa perdeu aquele brilho no olhar que tinha antes de você partir? Exato.
Quando finalmente paramos em frente ao lugar, descemos conversando, entrando no lugar cheio de gente fantasiada de diversas coisas, algumas nem muito identificáveis.
- Vai ficar sóbria hoje.- Iuri disse segurando nos meus ombros, de um jeito carinhoso. Claro que eu ficaria, imagina eu, ter queda por álcool. Por favor né.
- Claro amor.
- Estou falando sério. Não quero ter que te carregar pra casa.
Assenti, revirando os olhos. Confia em mim, porra. Depois de revira-los, os usei para olhar ao redor. O lugar era cheio de néons azuis espalhados e todas as bebidas servidas brilhavam de mesma cor.
Sentei no bar, acompanhada do meu amor e do poste. Saco, vai caçar menina pra beijar, moleque.
Pra distrair minha cabeça furiosa, pedi uma das bebidas brilhantes, que pareciam muito atrativas. Você já viu aquelas coisas na Internet dizendo que azul é a cor favorita de psicopatas? Será que eu deveria alertar o Matheus?
- Manera, Nicole.- João alertou do meu lado, como um vigia, mas assim, eu pisei na pata de algum cachorro pra vocês ficarem no meu pé?
Ignorando ele, virei tudo num gole só, sentindo a garganta arder do jeitinho que eu gostava. Esperei Iuri se distrair na conversa alegre e feliz-sintam minha ironia- com Matheus e fui pedindo mais algumas das deliciosas bebidas tutti-frutti 60% álcool. O que a carência não faz... Chegou num momento que eu nem enxergava mais o que estava na minha frente, mas eu já não enxergava sóbria mesmo.
- Porra Nicole.- Manuela arrancou o copo da minha mão.- Nem oferece.
Olhei pro lado, lamentando minha bebida roubada e não encontrei Iuri, nem Matheus. Meu sangue ferveu.
Olhei pra todos os lados e saí cambaleando em linhas descompassadas, atrás do meu namorado e do amigo poste dele. Encontrei os dois saindo do banheiro.
- Por que sumiu?- Eu bem que tentei esconder o tom de irritação. Não deu.
- Matheus queria ir ao banheiro mas não sabia onde ficava.
- Precisava vir junto?
- Quantos dedos tem aqui?- Afastou a mão de mim, num teste perigoso. Apertei os olhos pra focalizar a mão dele, tentando acertar pra não levar esporro.
-.....er....três?
- Ah mor...- Me abraçou levando de volta ao balcão.- Nunca me escuta...
Arrastei ele pra outro canto, bem longe do Matheus e de todos. Um canto perfeito, onde pudemos demonstrar amor sem pudor ou postes pra atrapalhar, trocar carícias e beijos necessitados. Mas se engana quem acha que eu estava bêbada e alheia.
Ok, bêbada talvez. Mas alheia não.
Meus olhos nada pequenos captaram a contemplação de uma Manuela sorridente e solta-roubou a bebida da minha mão e pediu mais, certeza- conversando com um poste atencioso.
Clima? Sei lá, nem lembro. Mas que tinha interesse naquelas carinhas tinha e eu-sob efeito do álcool ou não-, sorri.
Depois de um tempo, arrastei Iuri pra pista de dança. Não que algum de nós dois levasse jeito pra dançar, ou que a música fosse de nosso gosto, mas né, vamos relaxar.
É uma festa afinal.
(*=*)
Lembrete: Ouvir meu amor da próxima vez, porque se eu tivesse escutado, não teria uma Livia segurando meus cabelos no banheiro da minha casa agora. Uma Livia chata e reclamando dos meus PTs. Mereço.
Do lado de fora, eu ouvia só as vozes do Iuri e do João-de quem eu com certeza receberia um eu avisei e blablabla- mas nem distinguir os sons eu conseguia.
- Melhorou, Nick?
- Claro.- Sorri, contradizendo os solavancos que meu estômago dava, segurei o enjôo, já dei vexame demais e não queria incomodar ela. Tenho a sensação de que ela nunca se diverte por minha causa, e ela não foi a única isolada na festa hoje...
Ah cara...amanhã a dor de cabeça iria foder.
Saindo lá fora, a última coisa que me lembro eh de um certo poste agarrando meu namorado...


Notas Finais


DASHI RUN RUN RUN


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...