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História Paternidade Construída! - Ser pai, ser mãe...


Escrita por: Carol_Nara

Notas do Autor


Oi meus bebês! ^^

Como prometido, mais um capítulo antes do ano encerrar, e também o último desse ano. T.T e sim, eu sei que esse ano fui um completo fracasso, já que quase não apareci nas fanfics. Espero que o próximo seja melhor.

E queria falar sobre um assunto sério com vocês antes de lerem o capítulo, então por favor, LEIA AQUI ANTES; Galera, essa semana aconteceu algo muito chato, que fiquei malsona. Vasculhando o Spirit atrás de uma fic pra ler, me deparei com uma do mesmo título da primeira temporada de Paternidade. Se tem alguém aqui que veio por recomendação ou me segue a um tempo, já deve ter notado que a maioria, quase todas as minhas histórias, tem o título único. (Acho que uma ou duas são exceção) E eu procuro manter isso, esses títulos são pensados cuidadosamente e eu faço uma pesquisa antes de decidir o nome final da longfic.

Bem, essa questão de plágio. Não é a primeira vez que algo assim acontece, quem ler minhas outras histórias vai lembrar do que ocorreu com CI, a fanfic foi inteira plagiada, tudo mesmo, e só a encontrei por causa do título, e teve toda aquela confusão que alguns tomaram partido. Enfim... Isso foi resolvido, e pouco tempo depois, outro plágio ocorreu. Justamente com PNP, era uma cena, conversei com a menina, ela disse que iria tirar e tal, não denunciei, mas acabei perdendo contato e não sei se ela cumpriu o que disse ou não.

Agora novamente, falei com a autora da história, ela entendeu e mudou o título de sua fic. Ok, e o que quero com todo esse texto?! Gente, eu quero pedir a ajuda de vocês.

Eu sei que vocês não leem apenas minhas histórias e também não usam só esse site, diferente de mim, sei que tem pessoas que ler muitas, muitas histórias e de vários tipos. Então por favor, me ajudem a combater esses plágios, eu não consigo tudo sozinha.

Tá que, tipo isso não tem muito a ver com vocês diretamente, mas, pensem que estão protegendo essas histórias que gostam e também cooperando para que eu continue escrevendo. Eu sempre fico muito triste quando me deparo com essas coisas. (Se a pessoa tivesse noção do quanto me machuca fazendo isso t.t)

Alguns podem dizer que é besteira, são só palavras e tal, mas pense como eu. Imagine você ficar dias, meses, até anos trabalhando em algo, dando o seu melhor, perdendo sono e se desdobrando para que fique bom. E depois outra pessoa vem e pega o seu trabalho e fica com os créditos?! Isso não é triste e revoltante?

Então, por favor, me ajudem! Monitorem comigo, prestem atenção até em algumas pequenas cenas, e se encontrarem algo, me comuniquem imediatamente que vou tomar as devidas providências. Peço a ajuda de vocês, não como Carol_Nara, mas como Carolina Silva, a pessoa por trás de todas essas histórias fantasiosas, que procura se divertir e divertir vocês também.

Desculpas o tamanho dessa nota >.<

Boa Leitura! *-*

Capítulo 20 - Ser pai, ser mãe...


 

Atravessamos a porta de casa já fazendo bagunça, Satoke correndo na frente, logo seguido de Natsuko e Naruto, que pedia para eles pararem de correr. O loiro carregava a bolsa com as coisas dos pequenos e mais alguns brinquedos nos braços. Enquanto eu estava com as sacolas de compras, me encarregando de fechar a porta.

Já era final de tarde quando voltamos da casa dos pais dele, onde havíamos passado boa parte do dia. Neste final de semana decidimos sair para tomar café fora e de lá ir para o zoológico, iríamos almoçar pela rua mesmo, até que dona Kushina nos ligou nos convidando para almoçar com eles. Mudança de planos feita, Sr. e Sra. Uzumaki puderam curtir a companhia dos netos.

E acho que por um tempo não vão querer ver os dois, pois Sato e Nat não deram sossego ao pobre casal. Sato-chan já é naturalmente espoleta, junto de Natsuko ele é incontrolável, quem diria que uma companhia fosse deixá-lo ainda mais elétrico. A moreninha também parecia gostar muito dele e ficava mais solta quando brincavam.

Segui para a cozinha, deixando as sacolas sobre a mesa, logo começando a retirar as coisas de dentro e guardar em seus devidos lugares, ouvindo a birra vinda do corredor. Naruto acabou desistindo de dar banho nos dois ao mesmo tempo, pois a bagunça era demais, porém agora sempre tinha uma discussão sobre quem seria o primeiro.

Franzi o cenho quando vi o loirinho atravessar a porta da cozinha correndo, já despido e carregando um dos seus brinquedos, um navio de plástico, ele seguiu para debaixo da mesa e se encolheu ali, rindo baixinho e fazendo sinal de silêncio pra mim. Demorei a entender que ele estava tentando se esconder do pai loiro, até porque ele já é bem pequeno e a mesa não tinha toalha, então facilmente se notava ele ali. Mas quem seria eu pra acabar com sua diversão? Se Satoke dizia que ali era um bom esconderijo, então realmente era.

– Onde se meteu aque... – Naru chegou na cozinha, e desviou rapidamente o olhar para a miniatura sob a mesa, depois voltou a me encarar, tentando segurar o riso. Suspirando, ele se fez de desentendido quando perguntou – Sasuke, você viu o Satoke?

– Err... O Sato-chan? – voltei o olhar para o pequeno, que me encarava risonho e com o indicador sobre os lábios – Ah não, ele não passou por aqui.

– Bem, estou o procurando há um tempo, para que ele possa tomar banho. – se aproximou da mesa, ficando encostado a ela, e Sato encarava suas pernas ainda mais encolhido. – Se ele não aparecer, como faremos nossa sessão de filmes?

– É verdade, já até compramos todas essas besteiras para comer. – entrei na brincadeira, tirando alguns salgadinhos da sacola – E você já tinha deixado separado todos os filmes, né?!

– Pois é, os preferidos dele. – suspirou novamente, tentando não rir, enquanto o loirinho se encontrava pensativo, ainda "escondido" – Bem, acho que não tem jeito, vamos ter que assistir aqueles desenhos e comer esses chocolates sozinhos.

– Não papa, eu tô aqui! – saiu correndo e parando de frente para o Uzumaki, levantando seus bracinhos, parecendo desesperado – Também quero chocolate.

– Oh, você está aí! – fingiu surpresa, levando uma das mãos à boca – Mas só vai comer chocolate aquele que estiver limpinho.

– Eu quero banho, agora eu quero!

– Tudo bem, então vamos. – e o pegou no colo, logo jogando por cima dos ombros – Um soldado já foi vencido, me deseje sorte com o outro. – e saiu marchando, com o pequeno rindo sobre seus ombros.

Eu realmente achava uma maldade Naruto restringir doces ao nosso filho, segundo ele muito açúcar faria mal ao pequeno, mas vendo agora como ele consegue lidar facilmente com essas situações, vejo que ele tem razão. Isso também fez com que Sato amasse frutas, já que seu lanche favorito era uma salada, onde Naruto cortava várias em cubinhos e misturava, colocando em uma vasilha. O tamanho do sorriso do pequeno ao comer aquilo era de encher os olhos.

– Só espero que um dia ele consiga essa proeza com Natsuko. – murmurei, lembrando da dificuldade de fazer a menina comer frutas, já que ela sempre pedia bolachas recheadas.

...

Depois de toda confusão, já estávamos todos acomodados na sala. Arrumamos cobertores e almofadas sobre o tapete – onde as miniaturas estavam acomodadas, com os olhos vidrados na tevê, comendo os salgadinhos e chocolates – também fechamos as cortinas, deixando a sala escura, iluminada apenas pela tela, onde se passava alguma animação da Disney.

Naru estava deitado no sofá, e eu acomodado sobre ele, com a cabeça apoiada em seu peitoral, recebendo um carinho nos cabelos. Quase ronronei enquanto o abraçava com um pouco mais de força, eu amava ficar assim com ele.

– Hum... carinho de mãe é tão bom, né?!

– Chato! – me deu uma tapa na cabeça, logo voltando a acariciar, rindo – Não me compare com a víbora.

– Ah não, não dá pra comparar mesmo. – e ergui o rosto, trocamos um beijo rápido e voltei a minha posição – Lembro que mamãe não era tão chata na minha infância, e me deixava fazer o que quisesse. – recebi mais uma tapa, dessa vez nas costas.

– É por isso que você é mimado desse jeito.

– Não fale como se não gostasse. – retruquei e ele riu mais uma vez – Sei que me ama.

– Ah é verdade, tenho três crianças na minha vida e amo-as demais. – voltamos a trocar um beijo singelo, logo já estava com o rosto voltado para a tevê, apreciando suas carícias.

Ficamos daquele jeito até o filme acabar, quando Naru teve que levantar para ir pegar pipocas e uns chocolates, retornando sorrindo e sentando junto das crianças. A cena era encantadora, e sorri ao lembrar que há alguns anos, eu nunca me imaginei assim.

– Tou-chan... – Sato chamou, vindo até mim, fui obrigado a sentar, para lhe dar colo, ele se acomodou em minhas pernas, segurando sua vasilha de pipocas.

A noite seguiu daquele jeito calmo, assistindo animações e comendo besteiras. No meio do terceiro filme, Nat-chan já estava mais do que apagada ao lado do Naru, o loiro virou-se e a pegou no colo, seguindo pelo corredor. Alguns minutos depois voltou e começou a limpar a bagunça do carpete.

– Acho que também já está na sua hora mocinho. Já passou das oito e trinta, hora de bebês já estarem dormindo. – dirigiu-se ao loirinho, que o mirou e depois se agarrou em mim.

– Não quero, tô vendo desenho.

– Mas meu amor...

– Deixe ele terminar de assistir Naru, afinal amanhã é domingo. – inteferi, não querendo presenciar uma birra naquele momento – Nee Sato, vamos ficar a noite toda acordados, vendo desenhos e comendo chocolate.

– Eba! – ele comemorou e logo voltou-se com um bico para o pai louro – Não vou dormir hoje.

– Não mesmo, é?! – o Uzumaki cruzou os braços e o mirou descrente, depois se virou e caminhou de volta para o corredor – Então boa noite a vocês, pois eu sim terei uma bela noite de sono.

Depois que meu namorado foi embora, voltei os olhos para o pequeno, que já estava ligado na tevê novamente, dei de ombros e continuei acompanhando a história na tela. Esta estava mesmo interessante, que vi até o final, quando os créditos começaram a subir, abaixei o olhar para o meu filho e tive que conter o riso.

Tirei a vasilha de pipocas de suas mãozinhas e levantei com cuidado, ajeitando-o no colo, então seguindo para o seu quarto. O acomodei em sua cama, depois apaguei a lâmpada e saí do quarto, tomando o rumo do meu. Quando entrei, Naru lia um livro, levantou seu olhar rapidamente para mim e riu, voltando a sua leitura.*

– Dormiu meia hora depois. – foi tudo o que falei, rindo baixo e sendo acompanhado por ele. Aquela não era a primeira vez que algo do tipo acontecia, e já sabíamos lidar com isso.

 

...

 

Terminava de arrumar os papéis em minha pasta quando vi meu pai atravessar a porta da sala, parecendo um pouco tenso. O mirei curioso, o vendo sentar na cadeira de frente para minha mesa.

– Estou preocupado. – foi o que soltou, parecendo mesmo aflito, o que me deixou confuso.

– Preocupado com o quê, pai? 

– Com o Neji. Filho, ele é muito novo para assumir tanta responsabilidade. – suspirou e balancei a cabeça concordando – Estou feliz por saber que tenho mais um neto a caminho, claro, mas... Meu filho está com o emocional muito frágil, e piorou depois que aquele homem foi lá em casa.

Já tinha mais de uma semana desde que a bomba dessa gravidez caiu sobre meu otouto, e claro sobre todos nós. Dois dias depois reuni a família para passar a notícia, claro que na ocasião o centro das atenções quase teve um infarto. Ele ainda estava muito temeroso com a reação do nosso pai, e confesso que acabei o pegando de surpresa ao resolver contar de uma vez a todos.

Mas seria pior esconder algo assim, então chamei Itachi e fomos para a casa dos nossos pais, onde contei o ocorrido aos três. Claro que o choque foi inevitável, acho que principalmente para a dona Mikoto, que quase perdeu a consciência. Contei que ele também estava assustado, mas que também estava feliz com a gravidez, e pedi que me ajudassem a fazer com que ocorresse tudo bem, mais do que nunca Neji precisava daquela família.

A cena da recepção a ele foi linda. Quando chegou da faculdade e nos viu ali, ele já ficou assustado, mas quando mamãe correu até ele e o abraçou com força, dizendo que o apoiava, ele ficou mais calmo. Logo foi Itachi que o parabenizou, e disse que também estava do seu lado, seguido do senhor Fugaku, que não escondeu sua felicidade ao saber do futuro membro da família.

Meu otouto olhava para todos emocionado, ainda sem acreditar naquilo. Acho que nunca tinha visto os Uchihas tão unidos e determinados como naquela tarde, e foi bom ver isso, saber que esse apoio e carinho faria toda diferença nesse momento delicado.

Até porque nessa mesma semana ele e o ruivo de meia tigela conversaram, eu não sabia como esta tinha ocorrido, já que Neji negou-se a me falar algo. Mas acredito que não poderia ter sido ruim, já que o idiota pareceu muito feliz naquele dia em que discutimos.

– Como assim, pai?

– Mikoto disse que ele anda abatido, que já o pegou chorando várias vezes. E realmente, tenho notado-o meio tristonho. E isso foi depois da conversa com a pai do filho dele, não sei o que esse homem o falou, mas boa coisa não foi.

– Entendo... Bem, vou conversar com ele, tentar saber o que se passa, assim que possível. – falei e meu velho concordou, parecendo mais aliviado – Mas sei que não é nada em relação ao bebê, Naruto foi com ele ao obstreta e está tudo bem.

– Ah ainda bem. E quando vocês vão nos apresentar a nova integrante da família? Neji já me falou sobre ela. – voltou a indagar e sorri pequeno pelo seu interesse e saber que ele via isso com tranquilidade.

– Logo que possível, pai. É um pouco complicado lidar com a Nat, nem eu ela aceita bem. E ainda temos que entrar com o processo de adoção, mas nem notícias da parte das autoridades.

– Ah entendo. Bem, vejo que você já está de saída, não quero lhe atrapalhar. – e levantou-se, me sorrindo e logo se encaminhando para a porta.

– Creio que já esteja na hora do senhor ir também, não se esforce de mais.

– Irei embora daqui a pouco, até amanhã.

– Até! – acenei e terminei de arrumar meus papéis, logo saindo também da sala.

 

...

 

Quando cheguei em casa, fui recepcionado pelo meu filhote, que já pulou no meu colo, me abraçando e beijando. Ri enquanto o acomodava nos braços e retirava os sapatos, só então podendo entrar de vez, seguindo para a sala, onde vi a moreninha brincando com umas bonecas.

– Oi Nat-chan.

– Oi tio Sasuke.

– Será que ganho um abraço também?! – indaguei e ela me fitou confusa, logo fazendo um bico e negando – Ah tudo bem, não vamos forçar as coisas. Então meu amor, cadê o 'Papa'? – perguntei me voltando para o loirinho.

– Tá no meu quarto. – apontou para o corredor e concordei, o descendo.

– Fiquem brincando aí, já volto.

Tomei o rumo dos quartos, entrando no azul e branco, vendo meu loiro debruçado sobre a cama do pequeno, arrumando a colcha. Ele ainda estava com a roupa do trabalho, um pouco suado, certamente já chegou arrumando a casa, preocupado do jeito que é.

– Oi meu amor! – corri, o abraçando por trás, beijando sua nuca.

– Oi Sasu. – ele parou e voltou-se sorrindo, me dando um beijo.

Circulei sua cintura, apertando-o contra meu corpo, retribuindo ao beijo carinhoso. Encerrei o contato, descendo os lábios por seu queixo e em seguida sua garganta, ouvindo sua risada baixa, enquanto seus braços envolviam meu pescoço.

– Chegou todo carinhoso hoje.

– Hey, eu sou sempre carinhoso! – retruquei um tanto ofendido e ele riu, revirando os olhos – Nee... Já disse o quanto te amo hoje?

– Nem adianta, você fica responsável pela cozinha hoje. Quero um bom jantar e pratos limpos depois. – disse, percebendo claramente o que eu estava tentando fazer, e soltei um muxoxo, o mirando implorativo.

– Não podemos pedir pizza? Ou comida chinesa?

– Sasuke, você sabe que as crianças não podem... – sua fala fora interrompida pelo toque do celular, ele o pegou do bolso e encarou a tela, logo o atendendo – Mochi mochi... Nara-san?

Vi a expressão do Uzumaki mudar em questão de segundos, seus olhos claros arregalando e sua boca se abrindo em claro choque. Tanto que ele acabou deixando o aparelho cair, preocupado, peguei o celular e levei à orelha, enquanto puxava o loiro de volta para os meus braços.

– Nara-san, o que aconteceu?

– Olá Uchiha-san, queria comunicar que hoje fui até a delegacia e já encontraram o mãe da garotinha, ela está detida desde o começo desta tarde.

– É o quê? Ah, isso acaba mudando os nossos planos, não é?! – falei um pouco temeroso com relação ao processo de adoção.

– Depende muito, afinal ela abandonou a menina. Pode ser que com a concordância dela, o processo ocorra com mais facilidade. Só queria falar isso, pois... bem, já dei entrada no processo de qualquer forma.

– Obrigado por seu trabalho. Boa noite. – me despedi, ouvindo o cumprimento do outro lado antes de desligar.

Voltei-me para Naruto, que ainda estava naquele estado inerte, o abracei e dei um beijo em seu pescoço.

– Não fique assim, vai terminar tudo bem.

– Eu... Ela não pode tomar a Nat de mim, não é?! – falou meio trêmulo e o fitei preocupado.

– Bom, ela é a mãe, mas abandonou a pequena. Vejamos como tudo isso...

– Não, ela é minha filha! – ditou e deu-me as costas, saindo apressado do quarto.

– Naruto, o que pensa que vai fazer? – corri atrás dele, vendo-o fazer uma ligação.

– Vou falar com aquela mulher... Oi Sakura?! Sei que está tarde, mas será que pode ficar com os meus pequenos por alguns minutos? Sasu e eu precisamos resolver um problema... Tudo bem, vou deixá-los aí, chego em cinco minutos.

Ele desligou e correu até a sala, chamando os dois e dizendo que iriam para a casa da rosada. Eu ainda estava meio perdido, mas o segui, pois Naru parecia muito nervoso. Assim que acomodou as crianças nas devidas cadeirinhas, pedi para sentar no carona, ele não estava com as mínimas condições de dirigir. Tomei a direção e saímos, o clima tenso tomando conta do interior do veículo.

Como a casa da Haruno era próxima a nossa, em menos de cinco minutos chegamos. Naruto deixou os dois, apenas dizendo que logo estaria de volta, sem responder às perguntas da rosada, que logo identificou que alguma coisa grave tinha acontecido. Quando ele voltou para o carro, suspirei e liguei-o novamente, seguindo para a delegacia.

– Você tem certeza de que quer fazer isso?

– Eu preciso ver essa mulher, preciso saber porque ela fez isso com a Nat, e se pretende tê-la de volta. Apesar de... Natsuko agora é minha filha, e não estou disposto a abrir mão dela! – falou determinado, ainda que estivesse com um claro medo no olhar.

– Eu só não quero que você se machuque com isso, meu amor.

– Eu vou ficar bem.

Dando o assunto por encerrado, ficamos em silêncio pelo resto do caminho. Estava realmente preocupado com o meu loiro, ele não parecia nada bem. Naruto já havia se apegado a menina, seria um golpe muito duro para ele que a tirassem-na agora.

Chegamos à delegacia e entramos rapidamente, seguindo até o policial da recepção. Falamos com ele, que nos encaminhou para o delegado, o mesmo que havia nos atendido na ocorrência.

– ... bem, Suzuki-san já prestou depoimento, e por enquanto ficará aqui. – nos relatava ele, com certo pesar – Têm certeza que realmente desejam vê-la?

– Eu preciso. – respondeu o loiro e apenas concordei, já estávamos aqui de qualquer forma.

O homem assentiu e chamou um dos policiais, pedindo para nos levar a sala de visitas e buscar a mulher. Um senhor moreno nos guiou pelos corredores escuros até a pequena sala, onde havia uma mesa com duas cadeiras, uma de frente para a outra. Naruto me encarou apreensivo, puxei a cadeira e fiz sinal para que ele sentasse, já que parecia está prestes a um ataque de nervos.

O tempo de espera não deve ter passado de dez minutos, mas pareceu uma eternidade, de tão nervosos que estávamos. Naru brincava com os dedos sobre o tampo da mesa e eu andava de um lado para o outro. Quando finalmente a porta voltou a se abrir e por ela passou o policial acompanhando a dita cuja... eu fiquei chocado.

A mulher que caminhou lentamente até o outro lado da mesa e sentou tinha um feição muito abatida. Morena e baixinha, era magra demais e na pele pálida podiasse notar marcas de hematomas. Isso porque ela trajava uma saia e camiseta, os longos cabelos negros soltos e desalinhados.

– Quem são vocês? E o que querem comigo?

– Ham... Eu... Eu sou Uzumaki Naruto e este Uchiha Sasuke. – meu louro nos apresentou, provavelmente tão chocado quanto eu – Fomos nós que encontramos Natsuko.

– Ah, então foram vocês que me denunciaram?! Olha, obrigada viu? – disse cínica, parecendo nem um pouco abalada ao ouvir o nome da filha. – Ainda não disseram o que querem.

– Quê? Como o que queremos? – Naru pareceu indignado com a forma com o qual ela tratava o assunto – Eu acabei de dizer que encontramos a sua filha! Se é que posso chamá-la assim... Como teve a coragem de deixar uma criança sozinha naquele parque?!

– Eu não a deixei, ela se perdeu...

– Não seja mentirosa! Ela ficou no mesmo lugar onde a deixou por quase vinte e quatro horas. Ela pegou hipotermia esperando por você naquele frio. – fitei meu Uzumaki que estava a beira das lágrimas, enquanto a morena a nossa frente o mirava desinteressada.

– Por ser uma criança burra...

– Por ser um bebê de cinco anos, sua desnaturada!

– Mas que merda, o que você quer afinal? – ela também acabou por se irritar – Uma confissão? Ou algo como estou arrependida?

– Eu só quero saber porque fez isso. Por que a deixou lá? Sabendo que ela poderia morrer e dos perigos que tem na rua.

Ela suspirou, voltando os olhos para as mãos, tocendo os dedos uns nos outros. Ainda não havia algum resquício de arrependimento ou culpa, parecia mais um tédio está ali, ter que falar com o loiro inconformado a sua frente.

– Eu nunca gostei dessa menina. Desde que nasceu, ela não tem sido nada mais do que um estorvo na minha vida. Um estrangeiro canalha me enganou e me deixou buchuda pra trás, como se já não bastasse a minha vida miserável, ainda veio mais um problema. – relatava de modo frio, parecendo distante em meio as lembranças – Eu nunca quis ter filhos e sei que não sirvo pra isso. Aquela menina me irritava de todas as formas, vivia chorando, pedindo coisas, tirava a minha liberdade... Eu nunca a surportei, e só queria ter a minha vida de volta.

– E para isso resolveu agir dessa forma covarde? – indaguei, eu mesmo irritado com o seu discurso.

– Pareceu ser o jeito mais fácil, onde eu não teria que dar muitas explicações. De qualquer forma, o que adiantaria ela ficar comigo? Iria continuar passando fome, talvez morresse antes de chegar aos dez anos, e se sobrevivesse, viraria uma prostituta como eu... Eu só queria acabar com o nosso sofrimento.

– Não, você só queria matar um ser inocente, sua desgraçada! – Naruto cuspiu as palavras enquanto levantava, tão irritado quanto ainda poderia está – Eu já ouvir de mais, e agora entendi porque a Nat-chan é daquele jeito, ela nunca teve alguém que a amasse e lhe protegesse. Isso porque você também nunca teve!

Ele virou as costas e saiu apressado da sala, passando pelo policial na porta e a batendo. Foram poucas as vezes que vi meu namorado tão transtornado e irritado, pelo menos quando eu não era o motivo dessa irritação, e fiquei sentido por ele. Naruto sempre foi tão ingênuo, que ter essas palavras jogadas sobre ele deve ter sido um golpe muito pesado.

– Ele que perguntou, não foi?! - ouvi a mulher falar e voltei o olhar para ela, que dava de ombros e já se preparava para levantar.

– Espere um momento, eu quero falar com você. – a detive, e esta me olhou curiosa...

 


Notas Finais


Fico seriamente triste e revoltada com essas pessoas que colocam filho no mundo e não tem esse instinto materno, (ou paterno, vale para homens principalmente) e depois acha que pode deixar as pobres crianças a própria sorte.

Infelizmente já é algo tão banal na nossa sociedade.

Enfim, deixando todo esse clima pesado para trás. * Cena sugerida pela leitora @LotusNegro no capítulo 6 da história e eu amei essa ideia é tinha que colocar na fic, porque é muito a cara deles! ❤❤❤ Muito obrigada minha linda! ❤❤❤
E podemos ver o quanto Sato-chan gosta de contrariar seu papa XD

Tá bom de blá blá blá, espero que tenham tido um bom Natal, e que a passagem de ano seja maravilhosa, e que possamos nos ver em 2017!

Até a próxima!

Feliz Ano Novo!!! *-*



PS: Esse capítulo foi escrito e editado pelo celular, o que é um saco, porque o corretor não fica me puxando a orelha, então se tiver erros grotescos, me avisem pra corrigir, por favor.


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