1. Spirit Fanfics >
  2. Pathological Mourning >
  3. Ana

História Pathological Mourning - Ana


Escrita por: liakarllo

Notas do Autor


:)

Capítulo 3 - Ana


Fanfic / Fanfiction Pathological Mourning - Ana

 

Estou tão cansada de estar aqui Reprimida por todos os meus medos infantis - I’m immortal

 

Sentia a mão de minha mãe em meu cabelo e tentei não me incomodar com Joy nos olhando do outro quarto. Quando Ana não voltou mais mamãe dormia todas as noites,  no começo eu achava que ela só estava tentando catalizar minha dor, mas aí se pasaram dois meses, então quatro , nove meses, um ano e alguns meses e ela continuava aqui. Todas as noites. 

 

-O que você acha de cortar o cabelo? - mamãe me perguntou passando a mão em minhas mechas e eu neguei. Ana gosta do meu cabelo longo. - Nem as pontinhas? - nego.

Mamãe voltou a ficar em silêncio. Com o carinho feito no meu cabelo então acabei por dormir.

"Via algumas pessoas aglomeradas perto de um ponto de táxis e foi abrindo caminho. Pessoas comentavam sobre como poderia ter acontecido uma barbaridade dessas logo de dia. Algumas Senhoras falavam que os jovens estavam sem limites e que matavam por tudo. Alguém no meio do tumulto pede para afastarem mais de algo que já podia ver que era um corpo.

 

Um corpo magro e mediano, com a pele branca e lisa como porcelana, estava usando um shorts de tecido vermelho e uma blusa branca com girassóis. Eu conhecia essa blusa. A imagem começou a tremer e ficar desfocada, assim que o câmera amador apontou para o corpo sem vida com o rosto virado para o chão e no lugar da nuca coberto pelo cabelo liso e loiro que eu conhecia, tinha sangue fazendo o cabelo colar na nuca da pessoa.

 

Tinha uma pessoa segurando uma bolsa perto do corpo e mesmo pela zoada de pessoas ao redor deu para ouvir perfeitamente quando o homem pegou uma carteira marrom e leu o nome da vítima em alto som: Ana Desiré Geogina Hathaway.

E assim a imagem mais desfocada e fajuta apareceu Ana andando para pagar um taxi quando um maluco saia das sombras e atirava na nuca de Ana. Sem exitar ao puxar o gatilho e o corpo dela cai de face no chão, isso provavelmente teria doído e algumas pessoas ao redor começaram a correr para socorrer a garota enquanto o cretino que tinha atirado em minha melhor amiga corria pra longe da cena do crime.

Uma faca se enfiou no meu peito e eu perdi o chão. 

Podia ser com todos menos com a Ana, ela não merecia morrer. Foi como se minha alma se partisse em duas, uma parte estava com ela e a outra estava perdida vagando por aí esperando a hora de ficar completa novamente.

Chegava a ser desesperador não conseguir me mover por causa do choque, eu não sentia meu corpo e tinha engolido tanto fôlego que agora não conseguia por pra fora e a dor no peito que me lacerava eu não sabia dizer se era pela quantidade de ar que não estava saindo ou pela dor da perda da minha melhor amiga.

Oh não, Ana tinha mesmo morrido?

- KILE! KILE! - os gritos de mamãe me acordaram, meus olhos estavam arregalados e eu me sentia sufocando enquanto a ponta dos dedos começavam a formigar. - Jolie respire! Jolie olha pra mamãe eu preciso que você respire filha!

Meu corpo foi levantado e senti palmadas nas minhas costas e na terceira o choro reprimido saiu junto com a lufada de ar cortando minha garganta completamente e minhas lágrimas companheiras rolando pelo meu rosto e a dor no meu coração, no que tinha restado dele. 

Tudo doía quando eu tentava colocar aquela dor para fora. Ela não ia sair, não iria porque ela me lembrava todos os dias, todas as horas que ela era parte de mim, desde quando Ana não voltou mais.  E essa dor iria habitar em mim por longos e duros anos. 

 

-Ela se foi mãe? - chorei compulsivamente. - A Ana morreu? Por quê ela morreu?

- Me desculpa filha, ela se foi!- minha mãe tentou me abraçar mas eu me afastei bruscamente, ela estava mentindo.

Ana tinha mesmo me deixado sozinha aqui?

Mas que filha da puta! E aquele papinho de melhores amigas para sempre e nada separa?

“ Estamos separadas agora sua cadela! Você disse que nunca iria me abandonar, mentirosa!”

-Me solta! Eu preciso sair! Me solta Kile!- me debati contra ele que tentava de todos os jeitos me prender. 

-Meu amor para com isso! -mamãe tentou me encostar.

-Não, não! Me solta Kile eu preciso… - tentei escorregar pelos seus braços mas Kile não me dava abertura. - Vocês me odeiam! Eu quero sair por favor me solta! - abaixei minha cabeça e cravei meus dentes bem forte no braço de Kile mas não tive sucesso, só arrancou um urro dele.

-Amor pegue o sedativo! 

-Não. Não faz isso mãe! - vi os olhos de minha mãe derramar lágrimas de tristeza e quando ela foi para a cômoda e pegou a injeção receosa. Parou na minha frente enquanto eu me debatia contra kile.

Ela não queria fazer, eu sabia que não queria. 

-MÃE PARA! EU SÓ PRECISO SABER QUE ELA NÃO MORREU!

-Segura ela Kile. - Kile segurou meu braço com força e mamãe colocou a agulha na minha pele e senti a pequena picada.

-Eu não gosto disso que vocês fazem comigo.- falei sentindo meu corpo mole e voz calma. - Isso não é justo comigo! - chorei junto com minha mãe. Ela por não saber como tirar toda essa dor de mim. Eu por não conseguir suportar a ideia de viver sem Ana.

 

 

 


Notas Finais


Oi amorezinhos
Espero que gostem.
Bjos @liakarllo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...