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História Pazuru o kumitate naoshimasu - Capítulo 23


Escrita por: taemissk

Notas do Autor


Boa tarde, pessoinhas lindas do meu kokoro!!
Tenho excesso de açucar no sangue hoje, por isso o excesso de doçura no cumprimento, kkkkkkk...

É hoje, caralho... PQP, eu estou ansiosa para o #BBMAs hoje. Sabe aquela certeza de que o prêmio já é dos nossos bebês? Pois é, não consigo deixar ela de lado...

Mas, sem enrolação, fiquem com o capítulo!
Enjoy guys!!

Capítulo 23 - Capítulo 23


Fanfic / Fanfiction Pazuru o kumitate naoshimasu - Capítulo 23

 

 

 

“Está quieto, Joonie!” Jackson afirmou incomodado com o silêncio sepulcral do melhor amigo.

            “Desculpe, estava pensando em algo...” Namjoon respondeu com os olhos ainda vidrados na tela da TV. Não saberia dizer o resultado do jogo que ‘assistia’, embora não houvesse desviado o olhar um mísero segundo sequer. Estava preso em seus pensamentos.

            “Okay,” Jackson desligou a TV para dar a devida atenção a qualquer pensamento que estivesse atormentando o amigo “o que está tirando o seu foco.”

            Namjoon demorou a responder. Estava procurando as palavras, afinal, não podia colocar o fluxo de pensamento em palavras sem soar confuso.

            “Nos conhecemos há mais de dez anos, hyung...”

            “Mais de treze, precisamente.” Interrompeu.

            “Você é a pessoa que melhor me conhece nesse mundo, e da mesma forma eu te conheço tão bem quanto a palma da minha mão direita. Eu queria entender porque você e o Tuan ainda não reataram... Não precisa ser muito inteligente para perceber que vocês se amam, é só olhar a forma como seus olhos brilham apenas ao mencionar o nome dele, e mesmo assim já tem duas semanas que você sempre evita falar nele. Por que você não engole seu orgulho e procura por ele? Vai diminuir seu sofrimento.”

            “Eu não estou sofrendo...”

            “E eu sou a chapeuzinho vermelho... Me poupe!”

            Jackson suspirou pesadamente. De fato, nunca havia ficado tanto tempo sem falar com Mark, mas agora, por um problema que sequer competia a si, estava há duas semanas sem olhar nos olhos do namorado.

            “Temos opiniões divergentes a respeito de determinado assunto, e como eu sei que estou correto, me recuso a pedir desculpas a ele por ter dito a verdade. O primeiro passo para uma reconciliação tem que ser dele.

            Namjoon não disse nada de imediato, apenas focou seu olhar na TV desligada se perguntando como o amigo podia ser tão cabeça dura e orgulhoso. Estava disposto a abrir mão da felicidade por orgulho? Como podia ser tão burro?

            “Eu sinto que a culpa é minha. Eu não sei explicar, só sei que alguma coisa está me incomodando aqui dentro, e uma voz martela na minha cabeça que é por minha causa... Hyung, eu vou me sentir um monstro seu eu descobri que de alguma forma estou arruinando sua felicidade. Então, me conte o que há de errado, e eu juro que se eu for o causador desse seu olhar vazio, farei qualquer coisa para consertar essa situação.”

            “Já falamos sobre isso anteriormente, Namjoon, e eu já te disse que a culpa não é sua. A culpa é do próprio Mark por defender coisas que não merecem ser defendidas.”

            “Sempre dividimos tudo um com o outro, desde as maiores conquistas até as piores derrotas. Confia em mim e divida sua frustração comigo!”

            O Kim capturou o olhar do Wang. O mais velho estava realmente precisando colocar para fora sua frustração, e já havia guardado tudo aquilo por tempo demais...

            “Tudo bem, Namjoon. De certa forma, você tem o direito de saber... Vou te contar tudo desde o princípio, mas primeiro, preciso que me prometa que vai agir com a cabeça no lugar, e que não vai se deixar cegar pela raiva que vai sentir.”

            “Você está me assustando com esse papo...”

            “Prometa, Namjoon. O que você ouvir aqui, fica apenas aqui!”

            “... Você tem minha palavra.”

            Essa frase bastou para Jackson deixar fluir tudo o que estava guardando sobre os acontecimentos daquela noite em que saiu batendo a porta da casa de Taehyung. Confiava na palavra de seu dongsaeng, então podia contar tudo o que estava engasgado.

            “Lembra-se da noite em que você levou a carta de despedida de Jin para o Tae, não é? Claro que lembra, você o beijou naquela noite... Bem, Taehyung não estava preparado psicologicamente para o que tinha ali, então ele decidiu que devia tirar satisfações com Liang. Tenho certeza que não era a intenção daquele japonês safado, mas ele acabou embebedando o Tae e...”

            Jackson simplesmente contou tudo que ouviu naquela noite. Desde as considerações de Taehyung sobre a carta, até o momento em que percebeu que Mark não era o príncipe em cavalo branco que sempre imaginou. Falou também sobre suas frustrações e sentimentos a respeito de seu namoro, e ficou feliz ao perceber que Namjoon o ouvia com o máximo de atenção fazendo alguns poucos comentários pontuais expressando desgosto, repulsa, conformismo ou apenas tentando apaziguar a raiva do mais velho.

            Claro, Namjoon compartilhava dos ideais do mais velho, então não pode deixar de se sentir enojado e perplexo com a atitude de Jimin, mas ainda assim, tentava entender o lado de Mark. Jamais aprovaria as atitudes do outro, mas conseguia enxergar que para o Tuan os atos do Park seriam menos nocivos à saúde mental do Kim do que a proximidade consigo. Ficou em silêncio muito tempo ponderando sobre tudo o que havia escutado antes de emitir uma opinião.

            “Sabe, hyung,” começou “eu era uma criança quando meu irmão foi expulso de casa sob o pretexto ‘é um crime contra as leis de Deus você desejar se deitar com outro homem’. Naquela noite, meu pai foi visitar meu quarto dizendo que o Jin tinha que ir embora porque era errado um homem amar outro homem. Naquela época, eu estava com apenas dez anos, e só não acreditei no que meu pai estava me dizendo porque eu tinha um amiguinho pouco mais velho que sempre me dizia que seus pais lhe ensinaram que amor era amor, independente de gêneros, raças, posições sociais, dogmas religiosos, idade, ou qualquer outro aspecto que fosse. Onde está aquela criança agora? Eu me recuso que aquela criança tão disposta a ensinar tenha se perdido ao longo do seu crescimento.”

            Jackson ouviu atento. Não sabia onde o amigo queria chegar trazendo um assunto tão antigo e tão sofrido para si num momento quanto aquele.

            “Vá direto ao ponto...”

            “Pessoas mudam, hyung, desde que elas tenham alguém para orientá-las. Você era apenas uma criança, e felizmente seus pais eram pessoas maravilhosas, então se eu sou quem sou hoje, foi porque vocês me orientaram, e eu sou extremamente grato por isso. Agora, você é um adulto plenamente capaz de formar ou mudar opiniões, então apenas oriente o Tuan. Com carinho, paciência e bons argumentos você pode fazer com que ele entenda a gravidade da situação que ele defende. A vida é um eterno aprendizado, e agora está delegando a você a função de educador. Aceite-a!”

            Jackson ponderou por um momento. Estava levando um ‘puxão de orelha’ de seu dongsaeng, e sequer podia argumentar, porque sabia que o Kim tinha razão.

            “Com todo o devido respeito, hyung, mas se você deixar de pensar demais e apenas levantar essa bunda gorda desse sofá, aposto mil wons eu você transa essa noite.”

            “Tá apostado!” Jackson respondeu rindo, levantando do sofá em um pulo, o que arrancou uma gargalhada do mais novo. Já estava na varanda quando lembrou-se de algo que o fez voltar a porta.

            “Dongsaeng? Obrigado!”

 

-B-

 

            Apenas duas vezes antes na vida Taehyung havia sentido tamanho nervosismo. A primeira vez foi quando decidiu que ia para Seul. Não que a ideia de viver em uma cidade totalmente nova o apavorasse, mas o simples fato de estar deixando seu lar para conhecer Kim Namjoon o deixava com um desconforto absurdo no estômago. E se o mais velho não gostasse dele? E se ele percebesse que a amizade de ambos era legal apenas no campo virtual? Esses pensamentos o tiravam o sossego até se conhecerem pessoalmente. A segunda ocasião foi no primeiro dia dos namorados que passou na companhia de Seokjin. Taehyung era tão inexperiente, tão inocente, e tudo era tão novo que ele temia errar a cada palavra que dirigia ao hyung. Agora essa sensação se repetia diante a perspectiva de sair com o Min. Já havia tido borboletas no estômago antes, mas em todas essas três ocasiões, as famosas borboletas haviam sido substituídas por morcegos atormentados pela luz repentina em sua caverna.

            Contudo, a sensação de ter morcegos brigando em seu estômago era muito mais satisfatória do que o vazio que passou a sentir após ouvir a conversa entre seus pais. Não que ele fosse alguém bisbilhoteiro, mas foi difícil ignorar os sussurros vindos da cozinha quando, em teoria, não havia ninguém em casa, já que seus irmãos estavam brincando no jardim, e ele estava na sala vendo TV.

            “Taewoo, não temos escolha. Teremos que deixar uma das contas para depois... Temos que priorizar a hipoteca.”

            “Podemos aproveitar que o Tae está aqui para equilibrarmos as contas. Ele não precisará receber o valor das contas dele esse mês, exceto o aluguel... Podemos também aproveitar a presença dele para que cuide dos pequenos e podemos trabalhar em período integral.”

            Taehyung não continuou ouvindo depois disso... Essas palavras o deixaram perturbado. Não precisou pensar muito para ter certeza de que a crise financeira estabelecida dentro de casa eram causadas por suas despesas extras. Sua família nunca fora rica, mas ele não imaginava que precisariam chegar ao ponto de hipotecar a casa. Não exitou em pensar em abandonar tudo em Seul e voltar definitivamente para Daegu, afim de ajudar na economia familiar quando outra ideia lhe veio a mente: poderia arrumar um emprego de meio período para bancar a si próprio, fazendo com os pais não precisassem se preocupar, e agora durante as férias, podia arrumar um emprego qualquer para ter algum dinheiro ao voltar a Seul. Ia mandar uma mensagem a Mark pedindo que, caso ele soubesse de algo, avisá-lo quando teve seu fluxo de pensamentos interrompidos pelos dongsaengs.

            “O hyung não ia sair com o professor de piano?” Junggyu perguntou vendo o irmão ainda de pijama.

            “Vou sim...” respondeu sem emoção...

            “Então devia estar se arrumando, caso contrário vai se atrasar. Você precisa estar lindo quando o Yoongi oppa vier te buscar!”

            Taehyung forçou um sorriso para Eunjin ao ver sua animação, mesmo que ele não estivesse sentindo essa mesma animação.

            “Tudo bem, pequenos... Vou me arrumar! Enquanto isso, vão brincar lá fora...”

 

 

            “Você está muito aéreo, Taehyung... Quer que eu te leve para casa?” Yoongi questionou após fazer uma observação a respeito de uma escultura e não receber nenhuma resposta do mais novo.

            “Perdoe-me, Yoongi-ssi...”

            “Você não precisa me tratar com tanta formalidade, Taehyung. Somos amigos, espero eu!”

            “Desculpa... hyung! Não estou sendo uma boa companhia.”

            “De modo algum... Apenas a sua presença já é uma ótima companhia...” Yoongi se questionou do porque ter dito algo assim, quando na verdade guardava esse tipo de pensamento só para si. “Mas, se tem algo te incomodando, podemos sair daqui e conversar sobre isso.” Sugeriu...

            “Não é nada, hyung... Não se preocupe!” Taehyung disse com um sorriso bonito, mas pouco convincente.

            “Já te disseram que você mente mal?”

            “Na verdade não... Geralmente dizem que sou bom ator.”

            Yoongi pegou Taehyung pela mão e levou até uma ala onde tinham diversos quadros expostos. Parou diante uma pintura abstrata e a analisou um pouco antes de falar de novo.

            “Atuação e música trabalham a emoção de formas diferentes, sabia? Na atuação você veste uma máscara, se torna outro personagem e empresta seu corpo para ver o reflexo da emoção de outras pessoas. Mas, na música, você precisa trabalhar com suas próprias emoções. Não adianta fingir uma emoção, porque quem te escuta vai sentir que aquela emoção é falsa, e por isso, mesmo que a melodia seja linda, ela não se sentirá tocada por sua música. Acho que o mesmo princípio se aplica as esculturas e quadros, respectivamente. Talvez suas mentiras convençam aos outros porque elas te veem como uma escultura, por isso veem em você o reflexo das próprias emoções, mas eu te vejo como um quadro. Você pode tentar não demonstrar o que está sentindo, mas seu olhar não mente.”

            Taehyung olhou para a tela... De repente sentiu-se invadido por uma vontade absurda de chorar, e então entendeu o que Yoongi queria dizer. Algumas coisas são feitas para despertar emoção, enquanto outras eram feitas para mostrar emoções.

            “Você quer me ouvir desabafar?”

            “Achei que não ia perguntar... Venha, vamos para um lugar mais tranquilo.”


Notas Finais


Esse foi o capítulo que mais demorei a escrever, e ainda assim fiquei com a sensação de que falta algo. Mas é aquela história né, falta algo, mas eu não consigo saber o que é.Eu realmente espero que o próximo saia sem me deixar com essa sensação estúpida.

Para quem ainda não está acompanhando, estou fazendo uma fic TaeJin, Entretenha-me ( https://spiritfanfics.com/historia/entretenha-me-8989705 ) apareçam por lá. Prometo que ela não é triste, e prometo que não vou matar o Jin de novo!!

Por enquanto é apenas isso...
BeiJIN, e amo vocês!
Até breve *³*

Recomendo:
L'amour est vivant: https://spiritfanfics.com/historia/lamour-est-vivant-8272368

Nerve - TaeGi: https://spiritfanfics.com/historia/nerve-taegi-8761576


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