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História Pearlfect - V. A indiferença de Steven


Escrita por: cosmiccdust

Capítulo 5 - V. A indiferença de Steven


Fanfic / Fanfiction Pearlfect - V. A indiferença de Steven

[…]I'm waiting their reaction

Suddenly someone walks in
Wait they ain't laughing
They read it and start crying
They actually do care
I'm shocked, I can't believe they're sad that I ain't there
They miss me
Man what a horrible mistake I made[…]

 

Amethyst que estava no reino dos sonhos acordou assustada, antes que pudesse xingar e esmurrar quem estivesse por trás dessa brincadeira idiota, Amethyst percebeu o brilho no celular e não conseguiu segurar o sorriso que brotava em seu lábio. Era uma tarde de quinta-feira ensolarada em Beach City, como de costume a garotada de cabelos brancos trabalhava de atendente no lava jato.

 

Por pouco tempo, com o celular ainda nas mãos Amethyst jogou o boné que prendia seus rebeldes cabelos e o avental, saiu correndo deixando um Greg confuso que acabou dando o ombro, voltando a dedilhar o baixo.

 

Amethyst olhou o endereço e resolveu ir andando, ela precisava de dinheiro. Além de trabalhar no lava jato do Sr. Universo, ela lutava clandestinamente e a pouco tempo baixou um aplicativo - graças a Peridot - que fazia qualquer pessoa a uns raios de 30 km solicitar sua ajuda para algo, legal.

 

Nesse momento, alguém pedia o serviço de Amethyst para montar móveis e carregar caixas, uma coisa que Amethyst sabia fazer graças às várias irmãs que viviam quebrando suas coisas no passado.

 

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Pearl acabou chorando para o dono do Apartamento, o prefeito de Beach City, que além de dar a ela um belo desconto, deu também várias sugestões que deixou Pearl constrangida. Mas Pearl acabou ignorando as investidas para ter o apartamento e logo após compra-lo não sabia o que fazer.

 

Decidiu tirar os moveis do seu apartamento em Empire City, sua antiga casa e onde fazia a maior a de suas apresentações, trazendo tudo para cá. Uma mudança era uma vida nova, era isso que Pearl repetia para si mesma. Antes que se perdesse em mais um dos devaneios, o interfone começou a tocar e Pearl foi caminhado até ele com a ajuda das muletas.

 

—Boa tarde Senhorita Pearl, mas uma garota chamada Amethyst pede para subir e realizar os serviços pedidos — Disse educadamente o porteiro.

 

—Desculpe-me pelo transtorno, me esqueci de lhe avisar que eu pedi os serviços dessa garota. Por favor a deixe subir.

 

Em baixo, o porteiro que também trabalhava como carteiro pela manhã, Jamie deixou passar a garota. Mesmo eles sendo amigos, trabalho era trabalho e Jamie não queria encrenca.

 

Amethyst foi andando até o elevador, sussurrando mais uma das músicas chicletes do Greg:

 

—Eu sei que não sou alto, também não sou esperto não, mas minha van vai ‘pro seu coração...— Amethyst se escorou, ficando com uma postura relaxada até a porta do elevador se abrir e ela ver quem tinha contratado seus servidores. Entrando ela ficou sem palavras com a beleza da mulher a sua frente e colocou instintivamente a mão no coração para confirmar se ainda ele ainda continuava batendo e falou atrapalhada corando — Meu nome é Amethyst, é um prazer conhecer você, Pearl e após meus...me-meus serviços poderia deixar uma avaliação alta se gostar de mim, digo da minha habilidade com as mãos.

 

Pearl franziu a testa, olhando de cima a abaixo a garota e inconscientemente a julgando, e fazendo uma cara fofa na opinião da garota grisalha e sem dizer nenhuma palavra apenas deu a passagem para a garota entrar. Pearl estava enlouquecendo com o estado que encontrava o apartamento, estava desorganizado como a vida da Amethyst e sujo com o quarto da adolescente, duas coisas que Pearl não suportava.

 

Só que ela não tinha muito o que fazer, estava impedida de tarefas simples como limpar a própria casa agindo como um ser humano normal graças ao estado de suas pernas. Pearl percebeu que a Amethyst a observa intensamente, tossiu começando a falar:

 

—Podemos ver..— Pearl foi interrompida.

 

—Não precisa ser formal comigo.

 

—Assim como desejar, Amethyst a prioridade e montar os armários da cozinha e os restos dos objetos da sala, entendido?

 

—Completamente — Amethyst respondeu fazendo o gesto igual ao que o soldado faz a seu capitão.

 

Acabou não demorando tanto, Pearl tinha uma decoração bem hippie se assim posso explicar, em vez de um guarda roupa Pearl tinha uma espécie de cabide gigante igual nas apresentações de dança, onde ficava o figurino. Com uma cama que ela comprou por 12 dólares, vários quadros que ela comprou ou mesma pintou e que também trouxe de seu antigo apartamento e várias outras coisas que não precisam ser citadas, apenas que Pearl se sentia confortável com o apartamento e talvez o pudesse chama-lo de lar.

 

Pearl pagou os 40 dólares para a Amethyst, que saiu pelo elevador com um sorriso de orelha a orelha, tirou a roupa e jogou - se para dormir, do jeito que veio ao mundo para preparar - se para amanhã.

 

Pearl ia levar Connie até a famosa e prestigiada faculdade de Beach City mas para isso ela precisava descansar e sempre uma mudança acaba com as energias de qualquer um.

 

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Lápis entrou na sala com a cabeça abaixada, algumas gotas insistiam em escorrer e cair até o chão, molhado o piso. Mas ela não se importou, sua cabeça estava em outro lugar, mais precisamente em alguém. Lápis olhou para sua mão, machucadas e cerrou mais os punhos, socar a cara de alguém dói, e muito.

 

—Finalmente você chegou! — Sapphire disse abrindo um sorriso, mas se fechou assim que viu o estado de sua aluna — Está tudo bem, Lazuli?

 

—Ótimo, Sapphire. Me desculpe a demora, essa chuva me pegou desprevenida. Vou me trocar e já te ajudo—Lápis disse sorrindo, e correndo até os vestiários.

 

Sapphire não se preocupou mais, o sorriso de Lápis a fez acreditar que tudo estava bem. Então, sendo a coordenadora do evento de hoje, Sapphire voltou a trabalhar duro para que tudo desse certo. Do outro lado da faculdade, a renomada professora de artes cênicas também dava o seu melhor, o único problema é que os estudantes dela não iam escutar no fim do dia, não tão bem pelos berros que ela dava. 

 

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Pearl gemeu de frustração, esfregando o braço atingindo pelos adolescentes que corriam em direção a faculdade. Diferente da manhã, carregada por nuvens grossas e algumas gotas, a tarde o som brilhava no céu e passarinhos cantavam.

 

—'Tá tudo bem? — Connie perguntou preocupada, olhando para Pearl.

 

—Ótima. Vamos? — Pearl respondeu. Oferecendo a mão para Connie segurar, Pealr morria de medo dela sumir sobre sua responsabilidade então cuidados não eram poucos.

 

A mãe de Connie também achava isso, por isso colocou uma blusa de frio na bolsa da garota, remédios caso algumas de suas alergias atacasse, lista de remédios que Connie era alérgica também, protetor solar e boné. Que Connie achava ridículo, mas Pearl sendo uma adulta de quase 30 usava a mesmas coisas. Pearl queria ser um bom exemplo para a garota e não contrair um câncer de pele.

 

—O que vamos ver primeiro? — Connie perguntou, quase enfiando um panfleto na cara da Pearl, que o agarrou quase o caindo e o lendo — Gostaria de ver os projetos de física, mas também a apresentação de teatro sobre a descoberta de Beach City ou a danç...— Connie tampou a boca com as mãos.

 

Antes que Pearl pudesse responder alguma coisa, alguém a chamou. Pearl já ia ignorar até reconhecer a voz e a pessoa, assim que Pearl a viu abriu um sorriso nos lábios, digno de uma adolescente apaixonada.

 

—Que coincidência mais maravilhosa, muita boa tarde Pearl — Rose a cumprimentou, acompanhada de seu filho Steven e o cachorro chamado Leão.

 

Steven, como sempre estava escondida atrás das pernas de sua mãe e, com a outra mão segurando a (outra) coleira do Leão. Rose tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo e usava um vestido florido.

 

Pearl não respondeu de imediato, então Connie cumprimentou a mulher.

 

—Boa tarde, desculpa a má educação da Pearl, normalmente ela não é assim — Connie disse, bastante educada para uma criança.

 

Steven que até agora olhava para o céu, fixou o olhar por um momento na menina e voltou em seu próprio mundo. Rose se abaixou, esticando a mão e falando:

 

—Concordo — Rose disse sorrindo, Connie a cumprimentou — Meu nome é Rose, esse é meu filho Steven. É um prazer te conhecer.

 

—Você tem um filho? — Pearl perguntou, logo após corando com a ousadia — Me desculpe...

 

—Sem problemas, ele é a melhor coisa em minha vida — Rose disse, então olhou para Steven — Você não gostaria de dizer "Oi"?

 

Steven continuou olhando para o céu.

 

—Oi, Steven meu nome é Connie!

 

Não saiu da maneira esperada, Steven se assustou e acabou encolhendo-se ainda mais atrás de sua mãe e Connie, bem ela foi rejeitada de novo. Isso a fez se sentir tão mal ao ponto que ela saiu correndo, com lágrimas nos olhos e deixando uma Pearl desesperada por não poder correr.

 

—Connie! — Gritou, mas a garota não deu ouvidos até sumir de sua vista. Pearl arregalou os olhos, pensando em cada possibilidade do que poderia acontecer e o que Priyanka ia fazer com ela.

 

Pearl estremeceu só de pensar, Rose percebeu que Pearl ficou ainda mais pálida e interviu:

 

—Cuide do Steven que eu vou atrás dela — Rose disse, entregando a coleira do Leão e seu filho. Nas mãos de uma mulher praticamente desconhecida, Céus! O que eu estava fazendo? Ela se perguntava, mas aquela mulher a fazia agir de um jeito diferente.

 

Correu, atrás da garota e já preparando um discurso que seu filho não fez por mal. Ele é só uma criança, um pouco diferente das outras. Mas mesmo assim Steven era bom e não gostaria de ferir ninguém, nem mesmo se a pessoa merecesse.

 

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Pearl acabou arrastando Steven e o cachorro, que ela tinha certeza que já a odiava, para se sentar em algum lugar. Ela tremia e suava, e se sentar em uma mesa coberta no pátio da faculdade provavelmente a faria bem.

 

Ela olhou para o garoto, que tinha os cabelos cacheados iguais da Rose, só que castanhos e uma cara rechonchuda. Ela teria achado adorável, mas não no momento.

 

—Uh, bem eu...errr não se preocupa — Pearl disse as palavras mais para si do que para a criança na sua frente.

 

—Sim, n-não se preocupe. Ah, eu quero um sorvete! — Steven disse, olhando diretamente para Pearl.

 

Pearl tinha uma mão no coração e outra segurava a bengala, tremendo mas fez uma careta ao ouvir a voz dele. Pearl pensava que ele não falava ou algo do tipo.

 

—Ah, sem problemas. Bem...— Pearl olhou em volta, chamando a atenção de uma garçonete que se aproximou da mesa, entregando o cardápio — Eu gostaria de uma garrafa d'água, com gás e você...?

 

Pearl percebeu que o garoto brincava com Leão, ignorando o mundo ao redor, mas em cima da mesa estava escrito em um guardanapo "Sorvete com duas bolas de creme", Pearl pegou o bilhete e leu para a garçonete.

 

Já tinha se passado 10 minutos, nada de Connie e Rose. Pearl já pensava em ligar para Priyanka ou para Polícia.

 

—Não surta — Pearl murmurou para si mesma novamente, isso estava se tornado um hábito.

 

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Seria um eufemismo dizer que Amethyst, ao ver a moça de ontem, bebendo água da forma mais sexy possível não ficou completamente boba ao vê-la. Peridot, também percebeu isso muito bem ao ser obrigada a escutar dessa tal moça e ao vê-la, teve que concordar com a amiga. Sim ela era bonita, mas o que mais chamou atenção e que foi ignorando por Amethyst, foi ver Steven tomando um sorvete com ela.

 

Peridot se lembra, de Amethyst falar que ela era nova na cidade, além de ser estrangeira. Como ela conhecia o garoto, que Peridot também tinha descoberto que tinha autismo, imaginando que aquela mulher podia ser uma pedofilia ou fazer algo pior.

 

—Vamos dizer uma "oi" para o Steven? — Amethyst disse, sem esperar uma resposta de sua amiga. Caminhou até os dois com as borboletas no estômago.

 

Só o que a paixão de Amethyst seria platônica, pois Pearl não queria ser uma pedofilia por sair com alguém de menor e muito mesmo estar preparada para se assumir, para si mensagem gay. Mesmo que lá no fundo, ela sempre soube.

 

Entretanto, do outro lado da faculdade a advogada finalmente tinha achado a garota. Que chorava abraçando as pernas, se sentido horrível por não ter um único amigo.

 

Era apenas o começo da tarde e tantas coisas tinham acontecido, imagina o que aconteceria a noite? Como tudo na vida de Pearl, não seria nada agradável. 

 

 


Notas Finais


Obrigada por ler até aqui.


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