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História Pecado - Alucinado


Escrita por: moonrionst

Notas do Autor


Oe minha gente linda
Como voces estão?
Aqui é a autora cara de pau aparecendo em seu periodo de férias para mais um capitulo desta trama kk
Peço a compreensão de voces nesse capitulo porque dessa vez eu mandei o finzinho do capitulo pra linda da minha amiga/beta e a betagem dela é diferente da minha então o começo do capitulo deve estar dum jeito e o fim de outro.
MAS ISSO TUDO É PRA ATUALIZAR
OBRIGADO MEU AMOR POR TER SALVADO A MINHA VIDA
Vamos ao capitulo~~

Capítulo 4 - Alucinado


Fanfic / Fanfiction Pecado - Alucinado

Loucura era uma palavra que Park Jimin já havia se acostumado há muito tempo atrás, nos seus primeiros dias de trabalho tinha visto o quanto esse mundo poderia ser perigoso de todas as formas, pessoas perigosas e instigantes, algumas com rostos diferentes de suas personalidades, todas essas pessoas lhe levavam de volta para a mesma palavra porque podiam proporcionar muito mais que prazer, como novas experiências e novas historias, assim pararia de achar sua própria vida uma merda.

Jeon JeongGuk não era diferente, com sua natureza alfa nunca havia imaginado as coisas que podem se passar com ômegas e mesmo assim eles conseguem seguir suas vidas sem espalhar isto para ninguém, por isso o conceito de ômegas frágeis desaparece quando o assunto era ele. Muitas vezes no meio de suas reuniões com Hoseok e alguns chefes da área podia ouvi-los reclamando de certo dono de uma boate, já até planejaram fazê-lo se entregar para a policia, mas nunca conseguiram, sempre reclamavam pela insistência dele, nunca pedia ajuda para ninguém, lidava com as coisas sozinho, se achava.

Mas Jimin viu que não era bem isso, Jeon esperou até a situação se tornar incontrolável para si e decidiu recorrer há alguém sem motivos para arruinar sua vida, por isso estavam naquele sofá colocando os sentimentos mais expostos que o necessário, o Park não tinha motivos para entrega-lo para algum de seus odiados em troca de algo como dinheiro quando podia o ter em troca de tão pouco – embora não tenha ficado com muitos alfas sabia muito bem dos encantos de um ômega puro, toda a linhagem de sua mãe era ômega e a do seu pai alfa, com isso suas qualidades nesse quesito se tornam duas vezes mais penetrantes assim como alfas lúpus. O que não estava nos seus planos era a natureza do Park ser do mesmo modo, um ômega puro e um lúpus compartilhando dos mesmos prazeres, coisa boa não iria sair disso.

JeongGuk continuava rebolando seus quadris levemente, havia subido um pouco para que suas nádegas roçassem diretamente com o grande volume do alfa, ele próprio estava se sentindo no limite apenas em ter o pensamento de ver o que estava escondido por dentro de todo aquele pano, sua boca salivava somente com a imaginação de tê-lo na boca, deixando-o úmido para entrar nele com mais facilidade, era incrível como pela primeira vez sentia vontade de chupar alguém com gula, contornar cada veia procurando cada pedaço sensível parecia uma bela ideia para arrancar mais dos gemidos soltados bem baixinhos ao pé de seu ouvido, fazê-los se tornarem mais altos e necessitados...

É uma pena que Jimin tenha pedido apenas uma dança.

As mãos do Park tinham necessidade de contato com alguma parte do corpo alheio, enquanto sua boca se ocupava com o pescoço – sem nenhuma marca antes de receber o trato dos lábios cheinhos – suas mãos fortes apertavam com todo seu desejo as bandas da bunda do ômega, buscava também seu alto-controle perdido em algum canto, JeongGuk estava o levando a loucura rebolando tão habilidosamente além do cheiro doce impregnando toda a sala entrando como perfume no olfato do alfa aguçando seus sentidos de um modo perigoso, sentia as presas fazerem presença sem seu consentimento, com certeza não era um bom sinal.

—Droga Jeon, você é um puro? – azul, era essa cor que denunciava a natureza lúpus nos olhos de Jimin.

—Você é um lúpus?

Merda.

Um rosnado alto ecoou pela sala, a música parou e somente a tensão entre duas espécies raras pairou sobre o local, as orbes azuis ainda insistiam em amedrontar o ômega a cada segundo mais claras causando um novo cheiro que misturava a essência dos dois, era algo como lírios, perfeito ao gosto dos dois, porém não podiam deixar que algo a mais os ligassem, o alfa sentia a vontade de deixar sua marca permanente no outro crescer sem parar e JeongGuk não tinha o poder de controlar seu corpo naquele momento, ele próprio queria a marca em si, mas com certeza essa vontade não vinha de seus pensamentos coerentes, seguir eles também não era a solução.

Jimin voltou á sanidade ao ouvir um gemido de dor vindo do ômega, suas presas estavam cravadas no pescoço tão desejado pelo seu lado alfa, nem mesmo percebeu quando o lúpus tomou conta dos movimentos de seu corpo, se fosse um alfa normal não teria problemas com um puro, mas ômegas puros são como a comida preferida de um alfa lúpus, os instintos fazem o que querem quando essas duas espécies tem um contato a mais, era um segredo que deveriam ter contado, agora as consequências são mostradas. Antes da pele ser corrompida o Park conseguiu se afastar jogando o outro no sofá sem delicadeza alguma, por mais que quisesse voltar para cima de JeongGuk, se controlou saindo o mais rápido possível da sala antes que aquele cheiro o tirasse ainda mais do próprio corpo.

O ômega ainda estava estático analisando o que havia acabado de acontecer, quase foi marcado, mas porquê não o impediu? Quando soube da natureza lúpus deveria ter o empurrado e saído da sala sem olhar para trás, mesmo sabendo do perigo que era continuar com aquilo, ele ficou, ficou pela confiança colocada em Jimin, por mais que seu lobo interior desejasse marca-lo o Park pensaria muito antes de fazer isso e se impediria, porém JeongGuk não estava contente com isso. Ainda deitado olhando para as paredes escuras da sala pensava no porquê de se sentir tão vazio, a marca deveria ter acontecido? Esse é o alfa certo?

Jeon realmente achava que seu ômega interior tinha um dedo podre, tantos pretendentes com uma vida normal, um nome honroso e de todos eles, seu coração só se agita com o pior? Um assassino de aluguel? Queria a marca de alguém assim?

O próximo dia definiria tudo.

(...)

—Ele é o que?!

Jimin foi direto pra sua casa depois do ocorrido, os olhos claros permaneceram por volta de meia hora, durante meia hora teve de lidar com a vontade de voltar na boate e marcar de uma vez por todas o ômega, suas presas ficaram a mostra assustando o sindico do condomínio quando passou pelo portão, os rosnados não eram nem um pouco baixos, o lobo dentro de si se debatia louco para deixar sua marca, mas foi forte e se obrigou a ficar em casa, tomou o cuidado de trancar todas as portas, não deixando nenhuma brecha para que pudesse sair sem seu consentimento, para a própria segurança e a de Jeon JeongGuk.

Ás meia noite, todos os efeitos haviam passado, assim pode respirar tranquilo botando os pensamentos no lugar, era estranho como o alfa quis apenas o Jeon, geralmente quando o lúpus o consumia, qualquer ômega que aparecesse seria desejado por seus instintos e não seria um desejo de marcar, porém com JeongGuk foi diferente, ele não queria o levar para cama simplesmente, queria cravar suas presas nele, deixar sua marca, essa era a parte estranha. Foi ai que descobriu o “segredo” do garoto, um puro, o quanto isso poderia dar errado? Deveria arriscar? Foi com essas perguntas que acabou dormindo, sempre pensado em Jeon JeongGuk.

De manhã teve o desprazer de ser acordado com as batidas furiosas na porta, pelo relógio de seu celular ainda eram nove horas e mesmo assim aquelas batidas não paravam de modo algum, podia ser o sindico para reclamar de seu estado na noite passada, ele só havia o visto daquele jeito uma vez e nessa primeira vez foi reclamar com a desculpa de estar assustando os filhotes dos inquilinos ao redor, o fato de que Jimin era um alfa lúpus era segredo para os vizinhos, nenhum deles estaria ali se soubesse ao lado de quem moravam, esse era o verdadeiro motivo das reclamações do sindico, essas que irritavam bastante o Park, por quê tinha que se esconder tanto se pagava suas contas?

Suspirou ao abrir a porta e se deparar com o amigo disposto, cheio de energia, pronto para uma sessão inteira de comentários sobre seu dinheiro, Jung Hoseok sempre foi do tipo falante, mas seus assuntos sempre variavam entre ômegas e dinheiro, por isso Jimin evitava ficar por muito tempo mantendo uma conversa com ele, o assunto sempre virava contra si. Porém naquele momento precisava pedir conselho para alguém, nem que receba um “é só pegar”, era melhor do que nada, como esperado, ele não reagiu muito bem.

—Não sei se tirei a sorte grande ou me meti numa enrascada –confessou bebericando uma caneca cheia de café, estavam fazendo uma “reunião” no sofá da sala.

—Se você fosse um alfa normal seria uma puta sorte, mas sendo um lúpus... Você realmente não consegue se controlar?

—Quando a minha parte alfa domina? De jeito nenhum, acho que me controlei ontem por não ter entrado nele...

—O interior de um ômega puro deve ser maravilhoso – Jimin revirou os olhos com a perversão do amigo, mas tinha que concordar, estar dentro de um ômega puro e ainda virgem seria o paraíso – Se eu fosse você tentaria me controlar só pela experiência, se não conseguisse era só jogá-lo fora.

—Eu iria precisar dele nos meus cios.

—Nos seus cios...

—Não vou fazer isso Hoseok – definitivamente foi uma má ideia pedir conselhos para alguém tão pervertido como o Jung – Eu posso tentar me controlar...

—Mas e o cheiro dele? Você disse que era de enlouquecer.

Porra e é, isso é o que me faz querer mais – passou as mãos pelo cabelo deixando exposto sua indecisão, continuar ou não?

—Sinceramente, não queria estar na sua pele cara – Jimin revirou os olhos, não era como se ele mesmo quisesse estar na própria pele – A única coisa que posso fazer hoje é ir para o seu próximo trabalho com você.

—Você não tem nenhum negocio para fechar hoje não? – falou indo pegar os papeis em cima da mesa de jantar para checar a próxima vitima.

—Não, serei seu acompanhante.

—Park Sukho? É o pai do Chanyeol... – o impacto daquele nome foi mínimo para o Park, nunca teve afeição á qualquer parente seu, principalmente depois de todos eles se recusarem á ficar com o garoto, inclusive Sukho.

—Seu tio? Vai matar alguém da sua família? Que tipo de dividas ele tem com o Jeon?

—Ele é dono da empresa que contrata os seguranças da boate, tem vários “desgraçado” escritos nessas folhas, JeongGuk deve odiá-lo.

—É um dos capachos do Siwon, se JeongGuk odeia o Siwon, odiar todos os cachorrinhos dele é natural...

—JeongGuk odeia o Siwon? Por que? E como você sabe disso? – Por muitas vezes Jimin ouviu dizer do ódio dos alfas para com o Jeon, mas tirando a personalidade diferente, não sabia dos outros motivos para odiarem-no, como todos eram cachorrinhos do Siwon, todos tinham o mesmo motivo.

—Eu vivo nesse mundo seria impossível não ficar sabendo do toco que aquele ômega deu no Siwon, o cara enlouqueceu, mandou todo mundo foder com a vida dele e bom, eles seguem ordens.

—Por que ele fez isso? – perguntou com o semblante confuso, não é do feitio de pessoas com tanto poder atacarem as outras do nada, pelo menos um motivo devia ter, Hoseok estalou a língua.

—Ninguém sabe, mas há alguns boatos dizendo que o Jeon o rejeitou bonito, um belo pé na bunda.

—Eles namoravam?

—Não, ele queria fazer o que todos querem Jimin, comer ele, mas o nosso puro é cu doce demais – o alfa sentiu seu ego inflar ao saber disso, JeongGuk rejeitou o cara mais poderoso da Coreia, mas em todo encontro deles não conseguia conter o próprio lubrificante natural, agora sim se sentia irresistível.

—Esse é realmente um ômega problemático, vamos resolver os problemas dele.

—Eu não posso n-

—Vamos Hoseok.

--//--

Jimin optou á uma abordagem direta dessa vez, iria ao escritório de Sukho, pegaria os papeis com as dividas de JeongGuk e quando o infeliz chegasse terminaria seu serviço sem nem mesmo esconder o rosto, queria mostrar para aquele homem como o “pobre garotinho” conseguia muito bem superar as situações difíceis de cabeça erguida, não precisou das inúmeras sessões de psicoterapia que ele tanto sugeriu na época, no fim seria um trabalho divertido. Quando verificou o endereço do edifício estranhou um pouco pelo local ser diferente de suas apostas.

Ao contrario do que pensava, o escritório desse Park não ficava no mesmo prédio de seu primo, eles tinham a relação de pai e filho, mas isso não significava proximidade entre eles, Chanyeol foi expulso de casa aos dezesseis anos por não querer seguir os planos certinhos do pai, nunca teve interesse em seguir qualquer profissão completamente limpa, tinha a necessidade de se meter com algo maior e errado, talvez fosse preso algum dia, porém antes disso teria algumas tatuagens junto á uma grande reputação dentro e fora da cadeia, faria tudo ser, menos pior.

Sabendo disso Jimin não sentiu remorso algum ao entrar exibindo o nome de sua família para a secretaria, sabia que Chanyeol não se importaria se usasse o nome dele para entrar no escritório, a mentira inventada foi algo sobre o herdeiro da vitima estar preso e algumas ameaças de jornalistas de expor o caso, sabia que o diretor estava em uma reunião longe o bastante para lhe dar tempo de pegar tudo que precisa para ter mais uma noite com seu sócio por isso não tinha nenhuma preocupação, a faca estava no bolso e os funcionários já identificaram seu rosto, “pobre coitado” eram os pensamentos quando o viram entrar na sala do presidente.

—Hoseok verifique nas gavetas, eu vou ver no computador – ditou as ordens rapidamente já indo para o aparelho em cima da mesa –assim que terminar coloque o pano no chão, não vamos deixar mais rastros.

—Por que eu não posso cuidar do computador?

—Por que você é burro  – excluiu alguns arquivos falando distraidamente com o outro, até o nome das pastas do ômega era nojento, “Dividas do ômega gostosinho”.

Mesmo a contragosto, Hoseok começou a revirar as gavetas, não eram muitas, haviam apenas três e a terceira estava com um cadeado dourado, parecia não quebrar fácil pelo material de ouro, pela grande segurança naquela única gaveta resolveu se concentrar em apenas achar a chave para ela. Jimin via muito além que dividas nos arquivos do computador, vários esquemas corruptos estavam ali também, esquemas com a policia, com a clandestinidade e com diversas empresas influentes, parece que ninguém naquela família tinha uma boa historia para contar.

—Puta que pariu, Jimin – ouviu um xingamento vindo do amigo, estava tão absorto naquele monte de crimes que nem viu o momento em que a gaveta foi aberta – Seoyeon e Jaehyun Park, te diz algo?

—São os meus pais – a cor sumiu do rosto do amigo, algo bom ele não havia achado – O que foi? O que esta escrito ai?

—Jimin, eu acho melhor...

—Me deixa ver – mesmo receoso e com uma cara nada boa, Hoseok o entregou a pasta com os papeis que estava na sua mão, não deveria deixa-lo ver aquilo ainda mais com a natureza lúpus dele, Jimin se descontrolaria, mas não pode evitar por mais que quisesse.

Toda a verdade estava ali. Com os nomes Park Seoyeon e Park Jaehyun em destaque Jimin pode ver o que sempre quis descobrir em toda sua vida, na época da morte de seus pais, os investigadores fizeram seu trabalho apenas até achar o culpado embora o mesmo tenha dito do seu trabalho, ele não estava ali por que simplesmente queria roubar alguém rico, alguém tinha o mandado e como não queria passar mais de trinta anos na cadeia o culpado havia confessado isso, mas ninguém se dispôs a investigar mais que isso, o caso se encerrou e esse assunto nunca mais foi remexido.

O Park mais novo, mesmo tendo pouca idade sabia, a informação merecia mais atenção da que lhe foi dada, não é sempre aquele com a faca nas mãos o culpado por todo o crime, o dinheiro podia ser mais perigoso que muitas armas pelo mundo, com ele as pessoas podiam fazer inúmeras coisas e não apenas assassinar alguém mas ninguém se importava com isso, nesses casos simplesmente pegavam o assassino e agiam como os heróis, a confissão do culpado é abafada, tudo continua conforme os esquemas corruptos da polícia, até a justiça pode ser comprada com dinheiro, porém não há uma pessoa que luta contra ele – contra as pessoas que o tem – assim o caso foi fechado sendo manipulado do começo ao fim, ninguém daria bola á uma criança opinando sobre isso, então Jimin acabou desistindo também.

Porém agora tinha a prova em mãos, papéis e mais papéis confirmando transferências bancárias para o assassino, alguns continham as informações das ações pertencentes aos seus pais – essas que ficaram com a familia Park, Jimin era muito novo para ficar com elas, mas quando completasse dezoito anos deveriam lhe pertencer, porém ele não quis ficar com elas, não queria nada vindo daquela familia, nem se fosse dos seus pais. Não tinha motivos para aquelas informações estarem ali, já se passaram muitos anos, arquivos assim só são guardados desse jeito quando precisam ser escondidos, ah não ser que...

Jimin sentiu seu sangue ferver somente com a possibilidade de o assassinato dos seus pais ter sido armado pela própria familia, não podia ver, mas seus olhos adquiriram a coloração azul de seu alfa interior, ainda estava em um estado bom para um lúpus, só sairia de controle se do azul fossem para o cinza, ai seria o topo do limite, estaria completamente dominado pelos estintos  alfa. Não lhe confortava a idéia de que o causador de todo aquele ódio estaria ali em poucos minutos, não conseguiria segurar sua propria raiva caso o encontrasse agora, o barulho da porta passou lentamente pela sua audição aguçada, um péssimo momento para chegar.

Automaticamente seu corpo se moveu ao tio paralisado em frente a porta fechada, Hoseok tentou impedir, mas com um rosnado forte foi expulso de perto do alfa, mesmo sendo da mesma natureza abaixou a cabeça por Jimin ser uma raça a mais que ele, nunca odiou tanto esse fato como nesse momento. Os dedos curtos, porém fortes, deixaram marcas roxas profundas no pescoço de Sukho tirando seu ar em questão de segundos, as iris do sobrinho já ameaçavam alguns tons acinzentados e mais do que nunca desejou ter jogado aqueles papéis fora há muito tempo atrás, mesmo assim não fazia ideia do porquê da presença de Jimin na sua sala depois de tantos anos.

—Foi você que assassinou os meus pais não foi? – não reconhecia mais seu tom de voz normal, de uma hora pra outra só a voz de alfa era usada.

—Jimin vamos conversar, o q-que faz aqui? – Sukho tentava implorar com a voz por um fio assim como seu oxigênio.

—Não importa para um homem morto, me responda!

—Se vai me matar, pra que faz isso?

—Quero que confesse como seu último suspiro – pegou o objeto afiado dentro do bolso da calça passando-o levemente pelo tronco da vítima, nessa hora viu que Jimin não estava brincando.

—Eu não tenho tempo para pessoas honestas, seus pais escolheram o caminho errado, sobrinho.

—Você os matou só por causa disso?! Dinheiro?! – os rosnados eram cada vez mais altos, seu olho direito havia ficado completamente cinza, era questão de tempo.

—Eu não os matei! O assassino esta preso, devia ir atrás dele! Aliás como chegou aqui?!

—Você não é menos podre Sukho – com um único movimento a lâmina perfurou a barriga alheia, ainda não era um golpe capaz de mata-lo, mesmo assim algumas mancha vermelhas sujaram a camisa branca do alfa – Encomenda vinda direto de Jeon JeongGuk, espero que esteja satisfeito senhor.

—JeongGuk? Aquele ômega maldit– Foi interrompido por mais uma investida da parte de Jimin, ao ouvi-lo falar com aquele tom ríspido se referindo á Jeon não se controlou mais, a tonalidade acinzentada tomou conta das duas orbes, já não estava em seu juízo completo e essa parte de si clamava por algo proibido. Mas antes de tudo terminou o serviço com mais um corte fundo no pescoço de seu tio, o sangue traçou seu caminho do queixo até a ferida no abdômen causando um rastro conectado nos panos da roupa até sujar o chão formando a imagem perfeita aos olhos de Jimin, "um dia todo o sangue podre manchará o chão em que pisamos, inclusive o meu", essa era uma frase que dizia com frequência , acreditava em um futuro bom para as crianças dessa época, mas para isso muito sangue teria de ser derramado, bom alguém tinha que tomar uma iniciativa.

Hoseok assistiu a cena aterrorizado, somente uma vez viu o lado lúpus dominar o amigo, porém não foi algo assustador já que era apenas o cio dele que havia chego, mas agora via esse lado dominar pelos sentimentos de Jimin, pelo ódio acumulado durante esses anos guardado para o responsável da tragédia, não ousaria impedi-lo de qualquer coisa naquele estado ficando paralisado enquanto o Park soltava o corpo sem vida lentamente, não conseguia ver seus olhos, porém sabia que eles deveriam estar naquela cor medonha, vazia como dias nublados, mesmo que significasse a afloração de seus sentimentos quando o sentimento era algo como odio, a cor não era muito bonita. Jimin limpou suas mãos rapidamente no lenço que trouxe por precaução e em menos de segundos estava fora da sala batendo a porta com força, tinha medo do que ele poderia fazer, mas tinha um problema maior com o defunto sujando todo o chão de vermelho, não fazia idéia do que fazer por isso resmungava baixinho procurando certo contato em seu celular.

—Mas que porra, fico pensando se o Jimin acha que eu pari essa cabeça oca... Alô? Eu preciso que vocês venham aqui, tragam panos, cloro - olhou para o homem de sobrepeso evidente tentando entender como a faca atravessou um orgão vital com toda a gordura.

—Acho que precisaremos de um guindaste também.

(...)

O clima na boate estava corrido como sempre ficavam quando estavam á minutos de abrir, na noite passada, sem a supervisão de JeongGuk vários preservativos ficaram jogados pelos cantos e o banheiro para todos estava uma bagunça então todos ficaram metade do dia limpando, agora realizavam uma corrida contra o tempo para arrumarem as roupas, ajeitar a caracterização e ainda levantarem o humor do Jeon que desde manhã não havia esboçado nenhuma reação a sujeira principalmente no banheiro que tanto prezava, de tarde depois de receber uma ligação havia se trancado em um dos quartos com cama e ainda não havia saído, somente Yoona e Baekhyun haviam entrado, mesmo assim não conseguiam arrancar nada do ômega jogado na cama com uma blusa branca grande tampando o short que vestia, nem mesmo seu rosto denunciava algo, era preocupante.

—JeongGuk estamos prestes a abrir e você ainda tá no lixo, não era você que não queria mostrar ser fraco para os alfas? – indagou o Byun, este estava quase ficando do mesmo modo que o outro, com certeza não teria uma noite de sexo quando Chanyeol chegasse.

—Pelo menos nos diga o que aconteceu, cuidarei de tudo por aqui quando abrirem, você pode descansar, tem haver com o Jimin? Posso arrancar as bolas dele já? – JeongGuk riu fraco, provavelmente ela arrancaria com a própria boca do jeito que era tarada por alfas como ele.

—Ele é um lúpus... – confessou baixinho, os olhos dos ouvintes se arregalaram quase ao mesmo tempo, Yoona ficou mais assustada – Descobri isso ontem.

—Jimin tem mesmo pose de um lúpus.

—Mas você é um puro, não é? – o Byun sabia de tudo sobre ele por ser um dos primeiros ômegas á terem entrado na boate perdendo somente para Hakyeon que foi o primeiro – Esse trabalho começou a ficar perigoso.

—É parece que Jimin sabe disso, recebi uma ligação falando sobre a morte de Sukho e até agora nada...

Esse era o maior motivo do humor baixo do Jeon, no fim da tarde seu celular havia tocado anunciando uma chamada de número  desconhecido, ao atender era a secretária do escritório de Sukho para avisar de seu falecimento e que estariam sob novo gerenciamento na próxima semana, sabia que essa foi a prova de que Jimin ainda estava trabalhando pra ele e logo estaria na boate pedindo seu pagamento, mas já estavam prestes a abrir e nada dele, vários pensamentos negativos passaram por sua cabeça nessas horas todas, além de estar mais manhoso precisando do Park ali para lhe dar carinho, essa é a parte ruim de ser um puro, mesmo sem a marca, somente o cheiro de algum alfa em si já causava necessidade da parte do ômega, o cheiro impregnava seus sentidos por um tempo, por volta de uma semana e é como se fosse um ômega marcado precisando do seu alfa á todo instante, essa era a principal causa de JeongGuk estar a mais de duas horas trancado dispensando a compania de todos, aqueles dois só estavam no quarto por pura insistência.

—Ele vai aparecer, o grande Park Jimin não deve trabalhar de graça – Yoona analisava minunciosamente os "sintomas" do ômega, em sua cabeça não era algo muito bom – JeongGuk, você acha que vocês tiveram um imprinting?

—Yaah, não é nada disso, o cheiro dele está impregnado em mim, ômegas puros tem mais necessidade de um alfa... Sinto falta dele.

Seus olhos marejaram levemente, estava sentindo um vazio tremendo o consumindo por inteiro, era estranho como em pouco tempo tinha se apegado tanto ao alfa, isso não estava nos seus planos quando começou com essa idéia absurda, mas não era sua culpa, a chance de se deparar com um alfa lúpus era mínima e parece que sua sorte não resolveu ajudá-lo dessa vez, já estava mais do que envolvido com Jimin, não seria nem um pouco fácil na hora de se separarem, porém como sempre iria aguentar, seguraria os instintos e aguentaria. Um barulho alto começou do lado de fora, não dava para saber bem do que era, pareciam gritos junto a algumas vozes pedindo para alguém sair, JeongGuk se desesperou em menos de segundos, saiu disparado pela porta sendo seguido pelos dois que estavam consigo.

No corredor estavam alguns ômegas também confusos com o barulho, Jeon se assustou ao ver o cabelo loiro característico daquela pessoa encurralando Mark na parede, mas não parecia que estava querendo algo com ele ou batê-lo, porém estava com raiva, aquele tipo de raiva que as pessoas ficam quando não acham o que querem, o ômega não conseguia se mexer ainda mais com os olhos fora da cor costumeira se virando para si rapidamente, seu corpo estremeceu somente com a intensidade daqueles olhos. Jimin estava talvez dez vezes mais encantador, a aura dominante exalava ao chegar perto do ômega, não fizeram nada por alguns segundos aproveitando da sensação gostosa de se reencontrarem depois de tantas horas como se fossem dias sem se verem, o "contato" foi quebrado pelo Park partindo para um verdadeiro agarrando a cintura alheia pressionando-o contra a parede com uma força absurda, os ômegas ao redor gritaram apavorados acreditanto que estavam presenciando uma agressão, mas na verdade naquele momento, o mais puro desejo entre alfa e ômega era exposto.

—Eu já sei o que quero – novamente a voz de alfa dominava, Jeon teve seu primeiro espasmo ao ouvi-lo.

—Ah é? E o que quer?

Você.

Por mais que JeongGuk ainda estivesse receoso em perder sua virgindade ao sentir as mãos possessivas do alfa puxando-o para cima nada mais se passou por sua cabeça somente o cinza nos olhos do Park nublava seus pensamentos trazendo um único  desejo, ter aquele alfa o dominando completamente não tendo nem um pouco de limites. Com os olhos fechados entrelaçou as pernas bonitas livres para os toques de Jimin na cintura deste, se apoiou seguramente nos ombros fortes sentindo-se ser levado de volta para dentro do quarto, a visão só voltou quando foi jogado na cama, ai se permitiu olhar a pose confiante do outro subindo em cima de si para acomodar-se no meio das pernas do ômega, de longe estava sendo uma cena romântica e lenta, as mãos dominantes buscavam cada vez mais contato com a pele fervente de JeongGuk, seus suspiros só atiçavam as vontades do lúpus.

Jimin fechou as mãos fortemente nas coxas branquinhas deixando marcas roxas por ali, cada pedaço delas foi devidamente dedilhado causando mais marcas pequenas, mas fundas, sua visão focava-se nos lábios finos tão bem moldados com as mais belas curvinhas entreabertos liberando alguns sonszinhos maravilhosos, mas estava sem paciência para escuta-los tão baixos, capturou-os por entre seus dentes de supetão logo passando a língua lentamente por pura provocação a deixando molhada, foi um ato tão simples, porém aumentou consideravelmente a temperatura do quarto, essa que ficou ainda mais quente quando o beijo foi começado, não tinham tempo para enrolação o ósculo já causava a esfregação de línguas, roçando-as num toque molhado fazendo possível ouvir os estalos pelo silêncio do local, as costas do Park eram maltratadas pelas unhas nada curtas de JeongGuk que ignorava completamente o tecido da camisa tocando-o diretamente, tinha que descontar em algum lugar a excitação que fazia seu corpo queimar, era realmente algo novo totalmente tentador para si.

A primeira peça a ser jogada para o ar foi a blusa do Jeon, seu tronco lisinho sem qualquer mancha ou pinta dando um destaque a mais nos mamilos rosinhas, Jimin sentiu sua boca salivar ao ver a presa lhe sendo servida tão facilmente assim em questão de segundos sentiu vontade de morder cada pedacinho da pele branca como uma folha de papel e assim o fez, começou mordendo as clavículas salientes aproveitando para chupar o local deixando um roxo gigante beirando ao preto logo indo pra parte que mais lhe chamou atenção no tronco nu do garoto, roçou a língua no mamilo esquerdo apreciando o primeiro gemido mais alto do ômega, pegou a deixa do barulhinho lindo dele para morder deixando um gemido morrer na garganta de JeongGuk, continuou nesse mesmo ritmo fazendo o mesmo com o outro, já sentia seu pênis implorar para sair da box apertada pelo cheiro clássico começando a se espalhar pela sala, queria arrancar aquela peça do corpo do Jeon e o resto das suas roupas, mas se segurava, tudo que estava fazendo não vinha de seu lado são este que lutava para não machucá-lo, como uma batalha interior.
 

O alfa rosnou como se sentisse a lubrificação natural do Jeon se fazendo presente, sabia disso pelo cheiro ficando mais forte atiçando seus sentidos de um modo que lutava para se controlar, porém não pode impedir os próprios movimentos quando arrancou mais que rapidamente o short junto da cueca, os únicos que impediam uma visão completa do corpo nu de JeongGuk, rosnou novamente ao vê-lo como uma deliciosa refeição prestes a ser devorada, endureceu ainda mais ao ver as bochechas rosinhas, os olhos estavam quase completamente escondidos pelas pálpebras, a pequena parte que permitia sua visão concentrava-se em o auxiliar á desabotoar os botões da camiseta escura do Park, assim que estava toda aberta passou suas mãos pelo tronco definido, admirando cada pedaço do corpo bem trabalhado digno de um alfa lúpus, deixou a camisa ainda com os botões abertos do jeito que estava aproveitando para puxar as laterais do pano trazendo a boca cheinha de volta para a sua iniciando mais um beijo lascivo com barulhos evidentes e línguas fora da boca, durante o beijo suas mãos também não paravam quietas arranhando o abdomên do outro fazendo marcas longas, vermelhas, dessa vez deixava sua propria marca, não era justo só ele ter memórias daquela noite.

Mas sua dominância durou pouco, assim que se separaram a destra do alfa foi direto para o lugar mais necessitado do corpo de Jeon, primeiro fechou a palma envolta do comprimento, ver os lábios bonitos do ômega se separando num gemido mudo, se pudesse ficar a vida inteira somente olhando para seu rosto, com certeza o faria sem pensar duas vezes, Jeon JeongGuk era o ômega mais bonito que já viu. Por isso movimentou a mão buscando mais daquelas expressões de deleite, dessa vez os olhos estavam fechados fortemente, suas bochechas continuavam rosadas só que mais intensamente pelos movimentos feitos em seu pênis necessitado, Jimin rosnava mais alto causando certa confusão e medo no ômega, o Park não estava no cio, mesmo assim agia como se estivesse num, era realmente estranho, mas não estava no estado para pensar numa razão para isso principalmente ao sentir a velocidade em que era masturbado aumentar para se tornar incessante sem nem um momento para respirar, aquele já era um momento que não conseguia segurar todos os gemidos esses que eram altos, tinha vergonha por se entregar daquele jeito, mas era forte demais para se conter.

Quando JeongGuk sentia seu ápice chegando a velocidade diminuiu infelizmente não o deixando ter seu orgasmo de uma vez, porém foi surpreendido pelas mesmas mãos que o masturbavam apertando as bandas de sua bunda, as afastando repentinamente, mas logo soube o motivo ao que dois dedos deslizaram para dentro de si, sua garganta maltratada teve que aguentar mais um grito ao senti-los acariciando seu interior, os dedos do alfa se melaram com a lubrificação natural do Jeon e ele mesmo quase teve um orgasmo com isso, investiu mais forte em resposta fazendo mais gemidos escaparem da boca alheia, sua outra mão desocupada voltou a masturba-lo na mesma velocidade que antes levando o pobre ômega  á loucura, seus gemidos se tornaram incessantes sem chance nenhuma de pararem, Jimin enlouquecia junto com o garoto, seu rosto se encostou no pescoço do Jeon enquanto este arranhava suas costas com força sentindo o ápice chegar mais rápido do que nunca.

E foi ai que aconteceu. Jimin já era estimulado ao ponto de deixa-lo duro como pedra, mas algo a mais acontecia em seu metabolismo atiçando suas presas a aparecerem, se antes tentava se controlar agora era quase impossível, o cheiro do Jeon era forte demais, mexia com sua cabeça de um jeito duas vezes pior pela natureza lúpus, até tentava controlar colocando mais força em suas mãos, mas chegou um momento em que se tornou impossível, foi de repente, um minuto estava roçando suas presas no pescoço imanculado, no outro estava as cravando na pele do ômega. JeongGuk gritou, o orgasmo finalmente o atingindo com a sensação quente da marca sendo feita com todo o desejo acumulado, forte estremecendo todo seu corpo, a boca de Jimin manchou-se com o sangue do garoto, saiu de perto somente alguns minutos depois afastando as mão dele também, um filete vermelho desceu por seu queixo - ele o marcou, a maior ligação entre alfa e ômega: a marca.

Jeon ainda não tinha consciência do que havia acabado de acontecer, as sensações eram dobradas em si por ter recebido a marca e pelo orgasmo recente, ele mal podia ver direito, sua visão estava turva e seus olhos pesados em pouco tempo dormiu sentindo a respiração calma do outro batendo no seu pescoço. Era um péssimo momento para Jimin que recobrava seus sentidos aos poucos, os olhos indo do azul á cor normal, sua primeira visão foi a marca avermelhada e recente no pescoço de JeongGuk, analisou toda a situação em que se encontravam e suas conclusões iam de mal a pior.

JeongGuk agora tinha sua marca e ele não fazia ideia se isso era bom ou ruim.


Notas Finais


AH GENTE EU TO BEM TRISTE
OS MEUS DESTAQUES EM ITALICOS
SAIU TUDO
Vo chorar aqui :') Era tudo que eu queria é que ficassem, mas saiu :')
Tudo bem, eu vou repostar o capitulo quando eu tiver com o notebook ok? Com os italicos negritos e tudo... mas continuo triste.
FOI ISSO POR HOJE PESSOAL
Foi realmente um capitulo que eu escrevi em pedaços literalmente pq eu escrevi uma parte no note outra no celular e o meu amorzinho juntou tudo pra mim e betou (OUBRINGANDOU ♡♥)
Eh isto galeuro, até o próximo ooooo
BJOS DE BISCOITOOO


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