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História Peeta e Katniss - Safe and Sound... - Rye Mellark...


Escrita por: Day_Oliveira

Notas do Autor


Oii Tributos! Tudo bem? Espero que sim!

Boa Leitura!

Capítulo 47 - Rye Mellark...


— Peeta... vamos escolher o nome para nosso filho. – Digo para ele.

— Por mim, tudo bem. – Ele diz fechando o livro e o colocando sobre a mesa de centro.

— Eu gosto de Kevin. – Digo.

— Nem me venha com esses nomes que você lê nesses seus livros Katniss! Acho que Peeta Mellark Junior é muito melhor.

— Ficou maluco Peeta? Meu filho não vai ter esse nome horroroso! – Digo.

— Você está dizendo que meu nome é feio? – Ele pergunta erguendo o celho.

— Meu amor... seu nome é terrivelmente feio! – Digo, fazendo ele fechar a cara em uma carranca.

— Eu não acho! – Ele cruza os braços, e eu me pergunto se ele pode ser mais lindo.

— Por Deus Peeta, vamos escolher outro nome!

— Mas, eu já escolhi. Peeta Mellark Junior!

— Eu já disse que esse nome não. – Digo.

— Mas eu quero esse!

— Eu já disse que não! – Digo começando a me sentir nervosa.

— Mas...

— Peeta Mellark!

— Está bem, esse nome não... já entendi. – Ele suspira.

— Ótimo! Bem... O que você acha de Ryan? – Digo.

— Ryan? – Ele pensa. — Não!

— Por que não?

— Por que você não quis Peeta. – Ele faz uma cara obvia e eu o fuzilo.

— Por Deus...

— Que tal então... Rye? – Ele sugere.

— Rye Mellark... – Digo saboreando a palavra. — É, me parece um bom nome.

— Ainda prefiro Peeta Mellark Junior! – Ele diz e eu o fuzilo.

— Peeta...

— É, Rye é mesmo muito lindo. Ótima escolha amor. – Ele sorri amarelo e eu reviro os olhos. — Gostou do seu nome filho? – Ele diz para minha barriga e eu solto um risinho. É tão mágico esses momentos em que Peeta conversa com nosso filho. O bebê dá um forte chute e ele sorri. — Também prefiro Peeta Mellark Junior. – Ele sussurra de forma cúmplice e eu bato de leve em sua cabeça.

 

Passamos a parte da manhã toda conversando sobre o nosso pequeno Rye, quando chegou o almoço, o pessoal veio almoçar em nossa casa, Annie estava sentada no sofá com o pequeno Finnick no colo, o bebê de nove meses está cada dia mais parecido com o pai. Effie está do lado sendo abraçada de lado por Haymitch que se nega a soltar a esposa, apesar da curiosidade os dois se negam a saber o sexo do bebê, dizem que querem ter uma surpresa. Gale e Johanna estão sentados no sofá menor, Johanna amamenta o pequeno Hunter enquanto Gale observa tudo de um jeito bobão. Levanto-me da poltrona e vou até a cozinha, onde Peeta prepara um delicioso cozido. O abraço por trás com certa dificuldade por causa da minha barriga e ele se vira para mim.

— Algum problema? – Ele pergunta passando a mão sobre minha barriga. Rye logo começa a dar fortes chutes onde o pai toca.

— Não... Só estava vendo o jeito que Gale observa o Hunter e me perguntando se você vai ser tão babão quando o nosso Rye nascer. – Digo sorrindo e ele sorri de volta.

— E chegou a qual conclusão? – Ele pergunta.

— Você será muito pior. – Digo e nós gargalhamos juntos.

— E então casal feliz, o almoço já está pronto? – Diz Haymitch aparecendo na sala.

— Está quase. – Responde Peeta com a mão ainda sobre minha barriga.

Sinto Rye dar um forte chute perto da minha bexiga e solto um gemido de dor.

— Calma filho, assim você machuca a mamãe. – Diz Peeta passando a mão em lugares diferentes, incitando-o a mudar de posição.

— Ele está chutando? – Haymitch pergunta com um brilho no olhar.

— A pergunta é: quando ele não está chutando? – Digo.

— Quer tocar Haymitch? – Peeta pergunta.

Sem responder Haymitch se aproxima e coloca sua mão sobre minha barriga, bem onde Rye está chutando. Vejo ele ficar emocionado, mas ele logo disfarça. Haymitch tem sido como um tio/avô para Rye.

— Quem diria hein? Vocês dois, depois de tudo, assim. – Ele sorri.

— É, confesso que tem dias que eu penso que pirei de vez enquanto ainda estava na Capital e que isso só faz parte da minha mente conturbada. – Peeta suspira.

— Realmente isso seria muito injusto, vocês dois merecem essa felicidade. – Ele diz com um sorriso.

Finalmente almoçamos enquanto falávamos de coisas aleatórias, quando todos foram embora eu e Peeta nos aconchegamos no sofá para assistir à programação da Capital, claro sempre com a presença constante do nosso pequeno Rye.

*-*

Acordo-me no outro dia sentindo um doce aroma impregnar minhas narinas. Abro os olhos sentando-me na cama e dou de cara um buque de prímulas sobre o criado mudo. Sorrio e inalo aquele cheiro doce, levantando-me e indo tomar um banho. Termino e visto-me com um vestido laranja claro que Peeta me deu alguns dias. Ele se encaixa perfeitamente em meu corpo de gravida, o que me deixa feliz e me sentindo um pouco menos feia. Assim que termino de me arrumar saio para o corredor e ouço alguns resmungos e múrmuros. Entro no quarto que eu e Peeta escolhemos para ser o de Rye, já que ele é espaçoso e bem arejado e fica bem ao lado do nosso e a cena a seguir me faz soltar um risinho: três lindos homens suados e sem camisa, cobertos de tinta e três mulheres lindas andando de um lado para o outro dando ordens. Todos param seus afazeres e sorriam abertamente ao me verem. Peeta vem até mim acariciando minha barriga e dando um beijo em minha testa.

— Nossa Katniss, sua barriga está tão linda. – Diz Annie com um sorriso gentil.

— Tem certeza que não são gêmeos desmiolada? – Johanna pergunta enquanto amamenta Hunter.

 — Tenho Johanna, é só um mesmo. Graças a Deus! – Digo sorrindo.

Eu comecei a falar sobre como estava ficando desconfortável, e eu não arrumava posição para dormir, e que também minha barriga pesava bastante e meu humor estava horrível.

— Eu que o diga! – Peeta exclama enquanto monta o berço azul que compramos para nosso bebê. — Teve um dia que ela correu atrás de mim com uma vassoura dizendo que ia quebra-la em minha cabeça.

— Eu tive meus motivos Peeta!

— Claro que teve, eu apenas comentei que você estava ficando um pouco gordinha por causa da gravidez. – Diz ele, sorrindo.

— Está me chamando de gorda? – Sorrio.

— Não meu amor... Só um pouco cheinha.

Dou um tapa em suas costas e todos riem, logo eles foram tomar banho para podermos ir até a padaria de Peeta tomar café da manhã. Chegamos lá e após Peeta cumprimentar seus funcionários e nos arrumar uma mesa no meio daquele monte de gente, Ramon finalmente veio até nós nos perguntando o que íamos querer. Todos responderem e quando chegou minha vez eu simplesmente soltei:

— Tudo. – Respondi seria.

Haymitch engasgou, Gale derrubou os guardanapos no chão, as meninas gargalharam e Peeta sorriu pálido.

— Quando você diz tudo... ham... você quer dizer... tudo mesmo? – Peeta pergunta surpreso.

— Tudinho! – Respondi ainda seria. — Absolutamente tudo!

Os meninos se recomporam e as meninas ainda riam. Peeta soltou um risinho e murmurou para Ramon:

— Já que você quer tudo... que seja tudo então! – Ele respondeu ainda sorrindo e segurou minha mão.

A comida não parava de chegar, tinha de tudo, bolos e tortas dos diversos jeitos e sabores, waffles e mouses, rosquinhas, broas... enfim, comi de tudo e mais um pouco. As pessoas da padaria me olhavam como se eu ainda fosse aquela menina da costura, o que me deixou um pouco desconfortável mas também um pouco em casa. Peeta me olhava gentilmente enquanto Johanna fazia algumas piadinhas como “se Peeta te deixar comer assim todos os dias, em breve iria à falência.”. Eu apenas a ignorava e ingeria o máximo que conseguia de todas aquelas delicias. Após aquele pequeno café/almoço, voltamos cada um para sua casa, eu acabei deitando-me e dormindo sentindo-me completamente satisfeita. Quando acordei já se passava das 20:00, vi que Peeta não estava em nosso quarto e levantei-me com dificuldade indo até o corredor. Apesar de Peeta nunca mais ter tido nenhum flashback depois que eu voltei para o doze, eu não podia evitar que o medo me acercasse. Se ele tivesse um ataque agora, eu não teria chances de fugir. Vi que a luz do quarto do nosso filho estava acesa, aproximei-me e vi Peeta em pé olhando para o berço. Ele havia acabado de arrumar tudo sozinho.

— Está tudo tão lindo... – Murmurei sentindo lágrimas em meus olhos e Peeta virou-se para mim sorrindo.

— Eu estava tão empolgado que terminei tudo sozinho, desculpa não ter te esperado. – Ele diz, pegando em minha mão.

— Não, tudo bem... você sabe que eu ando muito cansada. – Digo e ele assente. — Também, sinto-me feliz em saber que você está empolgado com a chegada do nosso bebê.

— Um pouco mais que empolgado. – Ele sorriu passando a mão por minha barriga e logo Rye começou com seus costumeiros chutes, correspondendo aos carinhos do pai.

*-*

Dias depois...

Acordei-me com os passos de Peeta subindo a escada e abrindo a porta, abri os olhos e o encarei, ele estava com uma bandeja com o que devia ser o meu café da manhã.

— Bom dia, grávida mais linda de Panem! – Ele diz dando um selinho em meus lábios e colocando a bandeja em meu colo.

— Pelo visto, já acordou querendo me mimar né padeiro? – Digo para ele que sorri.

Ele está sem camisa, descalço e apenas com uma calça de moletom branca. Pegou um morango da minha bandeja e colocou na boca. Ignorei a vozinha do meu consciente e dando razão ao instinto, joguei a bandeja no chão e o puxei para um beijo. Pedi passagem com a linga e ele deu, mas parecia acanhado demais. Soltei-me dele e o encarei.

— Qual é o problema Peeta? – Perguntei.

— Ham, é que sabe, você está grávida né... e falta poucos dias para completar nove meses... e, sei lá. Parece meio errado a gente fazer esse tipo de coisa... – Ele fala com um pouco de receio na voz, e eu explodo.

— Errado?! – Respiro fundo. — Você acha errado dar... PRAZER A SUA ESPOSA?

— Não é isso Kat, é que...

— Escute aqui Peeta Mellark... eu estou a meses sentindo-me completamente desconfortável. Tem três meses que eu não sei o que significa a palavra sexo, e para piorar o meu humor, ESSA CRIATURA QUE ESTÁ DENTRO DE MIM NÃO NASCE! E VOCÊ AINDA SE NEGA A DAR PRAZER A SUA ESPOSA?

— Amor, tenta intender... – Ele suspira. — Eu tenho medo de acabar machucando você, ou o nosso bebê... Katniss, já pensou se isso... – Ele aponta para a calça. — Bater no nosso filho?

Nesse momento eu o olhei com um misto de raiva e incredulidade. Por Deus! Ele é bobo ou faz de conta? Eu toda desconfortável, precisando de um mimo, e esse infeliz tem que estragar a minha felicidade com uma bobagem dessas? Levanto-me com raiva ignorando seus pedidos de desculpa e entro no banheiro, tomo um banho frio tentando tirar a raiva e a frustração do meu ser e saio para me vestir. Peeta continua tentando me pedir desculpas, mas eu o ignoro. Já pronta desço as escadas com ele no meu calcanhar.

— Aonde você vai? – Ele pergunta.

— Para a casa da minha mãe. – Digo abrindo a porta da frente. — Nem ouse vir atrás.

Dito isso eu saio andando para a casa da minha mãe, Rye começa a chutar descontroladamente e eu acredito que talvez seja por causa da minha raiva e frustração.

— O que houve Katniss? – Minha mãe pergunta calmamente quando eu invado a sala de sua casa.

— Nada, só o infeliz do meu querido marido que se nega a ter relações comigo. – Digo e ela começa a rir.

— Fica calma, senta aqui. – Ela indica a poltrona.

— Eu juro que se não matar o Peeta hoje, não mato mais. – Digo.

— O que houve filha?

— É o Peeta mãe, tem três meses que ele se nega a ter relações comigo. – Digo deixando toda a frustração sair.

— Imaginei que isso fosse acontecer... – Ela sorriu. — Ele é muito cuidadoso Katniss. Você sabe.

— Mãe, ele está paranoico, chegou a me dizer que o... Você sabe, poderia acertar o nosso filho mãe! – Coloquei as mãos na cabeça.

— Bom, isso é meio impossível... mas tenta entendê-lo Katniss, ele só está cuidando de vocês. – Ela sorri de forma terna e eu a abraço.

— Cada dia que passa eu estou mais chorona, resmungona e insuportável. – Digo.

— Isso é normal. Agora vai até lá e se resolve com o seu marido! – Ela me dá um tapinha nas costas e eu me levanto seguindo até a porta, porém assim que toco a maçaneta sinto uma dor aguda descendo para minha bexiga.

— Aí! – Sussurro segurando minha barriga, que parece ter ganhado peso em dobro. Minha mãe vem correndo até mim e me ajuda a sentar no sofá.

— Katniss, o que você está sentindo? – Ela pergunta passando a mão sobre minha testa.

— Dor. – Digo com dificuldade. — Mamãe por favor chama o Peeta, seja lá o que está acontecendo eu preciso daquele infeliz agora.

Minha mãe solta um riso nervoso e sai correndo pela porta gritando por Peeta, minutos depois ele parece na porta com uma expressão preocupada e tensa no rosto, sem parar para analisar a minha situação ele vem até mim e me segura nos braços sem dificuldade. Numa hora dessas você agradece por ter um homem forte como marido. Quando ele me coloca no banco da frente do carro, vejo minha mãe no banco de trás segurando a bolsa do bebê. Ele dá a volta e se senta ao meu lado no banco do motorista.

— Você acha que...? – Não tenho tempo para falar já que outra pontada de dor me atinge.

— Temos que ir prevenidos. – Minha mãe sussurra.

Encaro a expressão de Peeta e vejo que ele mantém os olhos fixos nas ruas. Fecho os olhos com força, será que já está na hora? Mas, ainda não falta alguns dias? Será que eu fiz algo errado? Não pode ser a hora! Uma mistura de culpa e desespero me atinge fazendo as dores se intensificarem. O caminho até o Hospital nunca foi tão longo, eu juro que se não morrer hoje, não morro mais. Quando finalmente chegamos até o Hospital, eu agradeço a Deus por Peeta não ter mandado ninguém para cá. Já que ele quase atropelou umas quinze pessoas no caminho. Ele me levou para dentro do Hospital e minha mãe logo mostrou seu crachá na recepção nos guiando até um quarto todo branco e pedindo para Peeta me colocar na cama. Após um rápido e minucioso exame a doutora Miley nos confirmou o que eu tanto temia: eu tinha entrado em trabalho de parto, portanto, meu filho poderia nascer a qualquer instante. Fiquei desorientada escutando aquelas palavras e não reparei que estava chorando descontroladamente até minha mãe e a doutora saírem, deixando-me sozinha com Peeta. Ele me olhava com um misto de culpa e desespero e eu não estava diferente. A doutora entrou bem na hora que outra dor me invadiu, a sensação era horrível, parecia que alguém apertada minhas vísceras com força, para logo depois arrancá-las de vez. Sentia o suor brotar em minha pele e a doutora me encarou.

— Os intervalos estão ficando curtos entre as contrações. – Ela diz me observando. — De 0 a 10, quanto está a sua dor?

— Eu não sei... 4 ou 5... – Sou interrompida por outra dor excruciante, muito pior que as outras, respiro fundo tentando normalizar minha respiração. — 8.

Ela assente com a cabeça e sai da sala. Peeta ainda analisa as minhas expressões e minha mãe se senta na ponta da cama com um sorriso calmo no rosto.

— Mãe, ainda falta alguns dias... – Paro de falar puxando o ar para meus pulmões. — Ele vai ser prematuro?

— Não querida, sua gravidez já está bem avançada. Vai ficar tudo bem...

— Katniss... – Peeta se aproxima pela primeira vez. — Isso é culpa minha, não devia ter lhe deixado nervosa...

— Não... isso não é verdade... eu... – Paro de falar quando noto que alguma coisa muito estranha está acontecendo comigo. Alguma coisa quente e úmida começa a deslizar pelo meio das minhas pernas.

— Katniss...? – Minha mãe chama.

— Eu não sei... – Digo levantando a barra do meu vestido e vejo que tanto ele quando o lençol da cama e minhas pernas estão impregnados com um liquido pegajoso e transparente. — Oh meu Deus...!

— Vou chamar a doutora, sua bolsa acabou de estourar. – Diz minha mãe já saindo do quarto e Peeta segura em minha mão.

— Vai ficar tudo bem... – Ele diz e eu o encaro confusa, não sei se ele está falando comigo ou consigo mesmo.

— Perfeito! – Diz a doutora entrando no quarto. — Trouxe uma roupinha confortável para você vestir. Peeta pode ajudar a sua esposa a tomar um banho e trocar de roupa? – Ela pergunta.

— Posso.

— Ótimo, deixe bastante água morda cair da sua barriga para baixo. Qualquer coisa me chame. – E assim ela se vai junto com minha mãe.

Peeta me ajuda a levantar e me guia até o banheiro, ajudando-me a tirar a roupa e a tomar banho.

— Me lembre de nunca mais te negar sexo enquanto você estiver grávida. – Ele diz e eu sorrio. Porém logo uma dor me atinge, fazendo-me formar uma careta.

— E me lembre de nunca ter filhos de novo. – Digo enquanto ele desliga o chuveiro e eu me seco na toalha.

— Isso é impossível, teremos uma família grande e feliz. – Ele sorri.

— Então pode tratar de adotar crianças. – Eu digo e ele sorri assentindo.

Nas horas que se seguem, as contrações ficam cada vez mais dolorosas e duradouras, e o intervalo entre elas vai ficando cada vez menor. Peeta fica sempre do meu lado, me abraçando ou me dando sua mão para que eu a aperte. Mas a medida que as contrações vão piorando, nada mais consegue aliviar a minha dor. Sinto como se os músculos do meu abdômen fossem se rasgar ao meio, tudo que me resta a fazer é gemer e me contorcer na cama.

Logo a doutora Miley chega e diz que vai me aplicar um soro que irá fazer a dor diminuir um pouco.

*-*

Quando eu finalmente chego aos 9 centímetros de dilatação, o sol já está se pondo, o que significa que estou a umas nove horas em trabalho de parto. Sinto-me totalmente exausta e incapaz de seguir adiante.

— Eu não aguento mais isso! – Exclamo. — Eu estou cansada.

— Falta apenas um centímetro. – Informa a doutora Miley. — Clara, vá até a sala de cirurgia e mande arrumar tudo por lá. Estamos levando Katniss para dar à luz.

Quando dou por mim, estou sendo locomovida para uma sala totalmente horripilante, aparelhos estão ligados para todos os lados, e tudo é incrivelmente branco.

— Peeta! – Exclamo para minha mãe.

— Calma querida, ele está se trocando para poder ficar com você. – Ela diz já vestida devidamente. Minha mãe vai ajudar a doutora Miley a trazer meu filho ao mundo, e isso me alivia de certa forma.

A doutora Miley me coloca em uma posição e logo eu sinto outra dor.

— Katniss, nos minutos seguintes, eu irei precisar que você faça muita força. – Ela diz.

Fazer muita força? Ela está brincando comigo?

— Ok. – Digo sem muita vontade.

Olho de relance para a porta e vejo Peeta entrar, um alivio toma conta de mim e eu me permito respirar direito até sentir dor novamente. Ele fica do meu lado e segura minha mão.

— Vai ficar tudo bem. – Ele diz dando um beijo em minha testa e sorrindo.

No momento seguinte uma forte dor me acomete e institivamente eu começo a fazer força.

— Faça força para baixo Katniss. – Ela recomenda.

Sigo suas instruções, forçando todos os músculos do meu abdômen a expulsar o meu bebê de dentro de mim.

— Isso Katniss... já estou vendo a cabecinha. – Ela comenta sorrindo.

Isso me instiga a continuar fazendo força, mas segundos depois a dor da contração se vai e eu sinto que meu filho recuou.

— O que houve? Por que meu bebê não nasceu? – Pergunto me desesperando.

— Calma Katniss, o bebê não nasce só em uma contração. – Minha mãe me tranquiliza.

— Em quantas então? – Murmuro mais aliviada.

— Isso depende. Mas você está indo bem... acredito que mais duas contrações e seu bebê vai nascer. – Isso alivia ainda mais a minha tensão e eu me permito dar um risinho para Peeta, que parece ter um ataque de pânico a qualquer momento.

Nos minutos que se seguem, tenho mais duas contrações e repito o mesmo processo, quando a terceira termina e o bebê ainda não nasceu, começo a me desesperar.

— Eu não vou conseguir! – Exclamo. — Eu sabia!

— Shhh! Calma, meu amor... – Peeta sussurra docemente, acariciando a minha bochecha. — Você está sendo incrível, só mais um pouco de paciência. Logo, logo nosso pequeno vai estar aqui.

— É isso mesmo filha... você está indo bem... na próxima contração iremos precisar que você respire fundo e faça muita força, ok? – Minha mãe diz.

— Ok. – Digo me sentindo um pouco mais calma.

Quando a contração seguinte chega, eu faço exatamente o que minha mãe diz.

— Isso Katniss! – Diz a doutora. — A cabecinha já passou!

Continuo a fazer força e a apertar a mão de Peeta, tenho certeza que ele não conseguira fazer pães pelos próximos dias.

— Agora, respire novamente e depois faça uma força menos intensa. – Diz minha mãe e eu a obedeço. — Isso! Está nascendo filha!

— Ele está nascendo! Nosso pequeno está nascendo Katniss! – Ouço Peeta sussurrar próximo ao meu ouvido, sua voz embargada.

Fecho os olhos e tento me concentrar, tento fazer força mais estou exausta, exausta e sem forças. Sinto o suor pingando do meu rosto e as minhas vistas começam a escurecer. O desespero toma conta de mim.

— Vamos Katniss... seu filho precisa de você. Se parar agora os dois ficarão em risco. Não pode parar, faça força! – Grita a doutora.

Eu viro o meu rosto um pouco de lado e vejo Peeta chorando.

— Por favor Katniss... não faça isso comigo, eu preciso de você! – Ele sussurra para mim enquanto passa a mão sobre meus cabelos molhados. — Nosso filho precisa de você! Não desista!

Encaro seus olhos azuis que tantas vezes me guiaram para a luz, Peeta é como uma lanterna me guiando para fora da escuridão. Não sei como, mas a suplica explicita em seus olhos me preenche com uma força que nem mesmo eu sabia que tinha. Tansformo minha dor em energia, não posso deixá-lo assim, Peeta precisa de mim, e Rye também. E assim, eu curvo meu corpo em um impulso e volto a empurrar com toda a força que consegui acumular.

— Nasceu Katniss, nasceu! – Ouço Peeta dizer do meu lado chorando.

E então eu ouço.

Eu ouço o que estive esperando ouvir por todo esse tempo. Um chorinho agudo, forte e cheio de vida. Rye.

Começo a chorar aliviada e feliz, eu consegui trazer meu filho ao mundo! Eu pensei que não seria capaz, mas eu realmente consegui, e agora o meu único desejo é segurar desesperadamente meu filho nos braços.

Tento levantar a cabeça para vê-lo, mas a sala começa a girar e uma dor aguda atingi em cheio a minha cabeça, seguida por uma escuridão que me toma de repente fazendo com que eu perca completamente os sentidos e a última coisa que eu consigo escutar é a voz de Peeta gritando meu nome.


Notas Finais


Oii de novo! Espero que tenham gostado!

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E que a sorte, esteja sempre ao seu favor!


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