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História Peeta e Katniss - Safe and Sound... - Ele tem seus olhos...


Escrita por: Day_Oliveira

Notas do Autor


Oii Tributos! Tudo bem? Espero que sim!

Boa leitura! ❤️

Capítulo 48 - Ele tem seus olhos...


Acordo-me em um sobressalto, abro os olhos e sinto minha visão falhar alguns segundos devido a claridade da luz. Alguns flashes passam por minha cabeça, eu senti dores, vim para o hospital e tive meu filho, então, onde ele está agora? Sento-me abruptamente na cama e sinto a mão de alguém sobre meu ombro.

— Calma filha...você ainda está bem fraca. – Diz uma voz familiar, viro o rosto e encaro minha mãe que sorri calmamente para mim.

— Onde está meu bebê? – Pergunto. — E Peeta?

— Eles estão bem... por um minuto eu pensei que Peeta fosse surtar, mas não. Ele se manteve firme. Logo, logo eles estarão aqui. – Ela sorri. — Agora você, você precisa tomar um banho.

Levanto-me da cama indo até o banheiro e tomando um banho relaxante, a agua morna em minha pele fez com que eu me sentisse melhor e mais aliviada. Visto uma camisola branca do hospital e saio do banheiro, tenho um sobressalto ao reconhecer a cabeleira loira de Peeta que está escorado na janela observando a rua.

— Peeta?! – Digo e ele instantaneamente se vira para mim, os olhos vermelhos indicavam que ele havia chorado, porém tinha um lindo sorriso no rosto, que fez o meu coração se aquecer e antes que eu pudesse pensar, meus pés correram até ele que me levantou um pouco do chão com o impulso.

— Meu amor, eu senti tanto medo... – Ele diz acariciando meus cabelos. — Quando você desmaiou, achei que tinha te perdido.

Soltei-me um pouco dele, apenas o suficiente para poder encarar o azul de seus olhos.

— Você nunca vai me perder. – Digo, ele sorri e roça nossos narizes, fazendo com que eu sentisse o tentador cheiro de menta e morango que saia de sua boca. Lhe dei um longo selinho e ele sorriu quando nos separamos. — Onde está Rye?

— Com sua mãe. – Ele respondeu guiando-me até a cama, onde eu me encostei na cabeceira e ele se sentou ao meu lado.

— Você o viu? – Perguntei.

— Não, eu fiquei tão louco quando você apagou, que nem vi quando tiraram ele da sala de parto. Mas sua mãe disse que ele é forte e saudável, e logicamente, muito lindo. – Ele fingiu desdém e eu sorri divertida.

— Sr. Mellark? Pode vir aqui por favor? – Perguntou uma enfermeira e ele assentiu já saindo pela porta.

Não pude deixar de ficar preocupada, será que foi algo com meu bebê? Qual outro motivo para não terem o trazido até agora? Logo uma angustia começou a nascer em meu peito, mas quando eu estava quase gritando o nome de Peeta, a porta se abre novamente e ele entra, mas desta vez traz algo consigo, um pequeno embrulho azul claro. O sorriso no rosto de Peeta não consegue esconder o que é. Rye.

Peeta se senta novamente do meu lado com o lindo bebê em seus braços. A pele clara, os cabelos pretos o nariz levemente arrebitado e a covinha em seu queixo.

— Ele tem os seus cabelos. – Sussurrou Peeta. Presumo que com medo de acordá-lo.

— Mas o queixo e o nariz são seus... – Disse um pouco mais alto e Rye se mexeu nos braços de Peeta, que começou a lhe balançar suavemente. Sem sucesso, o pequeno mexeu as mãozinhas antes de soltar um pequeno bocejo e abrir os olhos. Tive outro sobressalto e vi que Peeta não estava diferente. Encarei os olhos mediterrâneos de Peeta e vi uma lágrima rolar deles, tão brilhantes e cheios de vida. Encarei os olhos azuis de Rye e tive a certeza, não havia diferença entre aquele azul e o azul de Peeta. Rye tinha os olhos do pai.

 

Acomodei-me mais na cama enquanto Peeta colocava Rye em meus braços, meu coração acelerou e minha respiração se desregulou. A emoção desse momento não poderia ser descrita. Afastei a manta de seu rostinho e encarei seus olhos, ele me encarou de volta com a mesma intensidade. Sorri entre as lágrimas e vi que Peeta não estava diferente. Era nosso primeiro momento com esse pedacinho de céu, senti meu peito doer devido a emoção que eu senti, não poderia descrever o amor que eu já sentia por esse bebê. Parece que o sentimento que eu venho alimentando desde que descobri a sua existência, só fez aumentar.

— Ele é tão lindo... – Peeta sussurra como se fosse um segredo.

— Como o pai. – Respondo encarando seus olhos e ele sorri.

— Mas vai ser corajoso como a mãe.

— Ele tem seus olhos. – Encarei um pouco mais meu filho. — Na verdade, ele é a sua cara, tirando o cabelo.

Peeta sorriu emocionado e eu levei minha mão até a bochecha de Rye. Peeta se curva depositando um beijo na testa de nosso filho e eu encaro seus olhos vermelhos e marejados.

— Obrigado... – Ele diz baixinho encostando sua testa na minha.

— Pelo que?

— Por esse momento tão lindo e magico... – Ele diz. — Por me deixar entrar em sua vida e não só me tornar um homem, como também me tornar um pai. – Ele me encara deixando uma lágrima rolar de seus olhos, mas sem deixar de sorrir. — Eu te amo Sra. Mellark.

Sorrio, é a primeira vez que ele me chama pelo meu novo sobrenome, e isso não poderia sair mais lindo e sexy de sua boca. Lhe dou um beijo rápido, sorrindo em seguida.

— Eu te amo Sr. Mellark!

Ouço alguém pigarrear e viro-me para a porta, onde minha mãe encara a cena encantada.

— Nosso pequeno precisa se alimentar! – Ela disse se aproximando e passando a mão sobre os cabelos escuros de Rye.

Eu desço uma alça da minha camisola de hospital e aconchego Rye melhor em meus braços. Coloco seu rostinho perto do meu seio e ajeito sua boca ao redor do meu mamilo. Instantaneamente, ele começa a sugar o leite, seus movimentos coordenados são tão perfeitos que fico boba observando meu pequeno pedaço de céu. Como um dia eu pude pensar em me privar disso? Olho de soslaio e vejo Peeta nos encarar com lágrimas nos olhos, ele está tão bobo, ou mais do que eu. Quando sinto que Rye parou de sugar, vejo que ele adormeceu.

Minha mãe pega Rye de meus braços colocando delicadamente dentro do berçário ao lado da minha cama.

— Como ele está? – Pergunto.

— Ótimo, ele é forte e saudável. – Ela responde olhando o meu pequeno. — Tenho que ir agora, quer que eu lhe traga o jantar?

— Quero sim mãe, tem como trazer algo para o Peeta comer também? – Pergunto e ela assente.

— Não precisa, eu estou bem... – Ele murmura sentado ao meu lado admirando Rye.

— O dia hoje foi longo e cheio de emoções, precisa manter as energias garoto! – Ela sorri dando tapinhas nas costas de Peeta. — Trarei o jantar daqui a pouco. – Dito isso ela sai pela porta.

Peeta se levanta e fica passando a mão pelo rostinho de Rye, que dorme tranquilamente.

— Sabe, eu tinha razão quando disse que você seria um pai babão. – Digo sorrindo.

— Sim, você tinha. Como sempre. – Ele se senta ao meu lado novamente e eu puxo seu rosto para mim, dando um singelo beijo em seus lábios. Assim que Peeta aprofunda o beijo minha mãe entra no quarto com uma bandeja cheia de comida na mão.

— Trouxe algumas coisas que eu acho que vocês vão gostar, mas sabem, comida de hospital é horrível. – Ela disse e entrega a bandeja para Peeta.

— Obrigado Clara, enfim, por tudo. – Peeta diz com um sorriso no rosto.

— Oh meu filho, eu é que tenho que agradecer, vocês me deram o neto mais lindo do mundo. – Ela deposita um beijo na testa de Peeta e um na minha bochecha. — Descansem bem, amanhã poderá voltar para casa Katniss.

Eu e Peeta comemos em silencio, mas não era incomodo, era aconchegante, apenas ouvíamos os gemidinhos que nosso filho dava uma ora ou outra durante o sono. Após comermos Peeta se deitou ao meu lado e ficou mexendo em meus cabelos até que eu pegasse no solo.

Acordei-me no meio da noite com Rye fazendo alguns barulhinhos, sentei na cama aconchegando-o em meus braços, estava escuro mais ainda assim consegui colocá-lo em um de meus seios. Olhei para o lado e vi uma silhueta se levantar, quando Peeta se sentou ao meu lado possuía um grande sorriso no rosto.

— Nunca vou me cansar de ver essa cena. – Ele murmurou.

— Por que não foi para casa? – Perguntei.

— Bom, primeiro eu não queria ir, mas quando a médica estava enchendo meu saco, uma enfermeira apareceu informando que iria faltar alguém para passar a noite com você, sua mãe estava quase desmaiando de cansaço, então... – Ele deu uma pausa levando três dedos da mão esquerda aos lábios e depois as levantando no ar. — Eu me voluntariei como tributo.

Ri alto dando um tapa com minha mão livre em seu braço.

— Quero ver como você vai trabalhar amanhã depois de ter passado a noite deitado nesse sofá. – Digo.

— Quem disse que eu vou trabalhar amanhã? – Ele pergunta com um ar superior.

— E não vai? – Pergunto.

— Negativo. – Ele balança a cabeça em negativa. — Quero passar uns dias de férias, apenas aproveitando minha mulher e meu filho. – Ele sorri.

— Não recebo uma notícia boa assim a meses.

*-*

Pov. Peeta.

Acordo-me no outro dia com os protestos de Rye que se remexia no berçário, caminho até ele me ajoelhando a sua altura e fazendo carinho em seu rostinho de bebê, queria poder explicar como eu me senti ontem com ele nos meus braços, mas essa é uma das poucas coisas na minha vida que eu não sei explicar, o sentimento de ter em meus braços um ser que faz parte de mim, de Katniss e que é o símbolo do nosso amor. Nada no mundo poderia me fazer mais feliz do que isso. A felicidade e a paz que estou sentindo não pode ser descrita. Mesmo com Rye se calando Katniss se mexe na cama e logo me encara com aqueles olhos cinzas que eu tanto amo e admiro. Sorrio para ela que se levanta.

— Rye está quietinho? – Ela pergunta.

— Por enquanto sim. – Digo olhando para ele.

— Vou tomar um banho e venho amamentá-lo. – Dito isso ela sai para o banheiro levando algumas peças de roupa consigo.

— Hey filho, você poderá ir para casa com a gente hoje sabia? Espero que você goste do seu quartinho, papai preparou tudo para você com muito carinho e amor... – Ele me encara com seus olhos azuis, os meus olhos azuis, meu ego está inflado e vai explodir a qualquer instante, sua boquinha se curva em um sorriso sem dentes. Fazendo-me sorrir encantado. — Papai te ama muito filho, você não sabe o quanto foi desejado por mim, não sabe o quanto eu esperei por você, eu faria qualquer coisa por você e sua mãe, eu amo vocês de mais. E acredite, farei o possível e o impossível para ser o melhor pai do mundo. Não irei deixar nada lhe faltar, nem amor, nem conforto, nem educação, nem proteção... nada, você vai viver em um mundo bom... um mundo que eu, sua mãe e muitas outras pessoas lutamos para conseguir.

Ouço alguém fungar atrás de mim e vejo que Katniss não só já saiu do banho como ouvia tudo que eu dizia em silencio, e agora, está se desmanchando em lágrimas. Levanto-me sorrindo e essa é a deixa para ela correr até mim e se jogar em meus braços.

— Oh Peeta, eu te amo tanto meu amor... – Ela diz, ainda chorando emocionada e eu acaricio seus cabelos. Nesses momentos de paz e tranquilidade quando Katniss está em meus braços declarando seu amor por mim é que eu vejo e sinto, que não importa o quanto me torturem, tentem tirar minha identidade ou me fazer odiá-la. Esse amor irá superar tudo e qualquer coisa.  


Notas Finais


Oii de novo! Espero que tenham gostado... COMENTEM!❤️

E que a sorte, esteja sempre ao seu favor!


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