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História Peeta e Katniss - Safe and Sound... - Precisamos conversar...


Escrita por: Day_Oliveira

Notas do Autor


Oii Tributos! Tudo bem? Espero que sim. Quero agradecer a todos que estão comentando e principalmente aos que estão favoritando. Vocês são os melhores! ♥

Boa leitura! *-*

Capítulo 10 - Precisamos conversar...


Logo que o sol nasce, vejo alguns pássaros voando de fora do trem. Peeta e eu passamos a noite aqui. Bem, depois daquela hora ele dormiu como uma criança e eu passei a noite toda o admirado. Eu nunca vou me cansar de sua beleza. Enquanto passo a mão sobre seus cabelos, sinto ele mexer um pouco. Ele está acordando. “E agora? O que ele vai pensar quando acordar e ver que passou a noite em meu colo? E o que eu vou responder quando ele me perguntar por que eu não o chamei ou por que eu também não dormi? Ah sim: Por nada eu só queria passar a noite velando seu sono e admirando sua beleza. Nada demais.”.

— Katniss? – Ele me tira dos meus pensamentos quando abre os olhos e mexe um pouco a cabeça.

— Oi. – Digo sem saber o que falar. — Bom dia!

— Bom dia. – Ele diz se sentando ao meu lado. — Céus eu passei a noite toda dormindo?

— Sim. Parecia estar cansado. – Digo, meio receosa.

— Realmente, não tenho dormido bem a noite. – Ele diz sério, mas de repente sorri.

— O que foi?

— Sei lá, eu tive um sonho estranho essa noite. – Ele diz ainda sorrindo.

— Hmm, posso saber o que você sonhou? – Pergunto sorrindo. Aí vem encrenca.

— Na verdade pode, tem a ver com você. – Sinto meu sangue gelar.

— O que você sonhou comigo? – Pergunto curiosa.

— Na verdade foi estranho, eu não vi nada. Apenas senti como se você estivesse me beijando. – Ele diz, e eu suspiro. — E de repente eu escutei como se você estivesse falando que me amava. – Ele me encara.

— Que sonho doido. – Digo me levantando. — Isso que dá dormir mau.

— Sim, muito doido. – Ele se levanta me encarando. — Não sei, parecia tão real.

— Pois é... Olha eu vou ir me arrumar, já deve estar quase na hora do café, e também já devemos estar chegando ao 7. – Aproximo-me dele dando um beijo em seu rosto. — Até mais. – Digo, saindo do vagão.

*-*

Chego ao meu quarto e vou direto para o banheiro, preparo minha roupa enquanto deixo a banheira enchendo. Encaro-me ao espelho e deixo escapar um sorriso dos meus lábios. Ainda bem que Peeta pensa que foi mesmo tudo um sonho. Eu quero que ele saiba que eu o amo, mas do jeito certo, na hora certa, quando ele estiver preparado e quando eu me sentir preparada. Antes disso seria imprudente, Peeta ainda tem aqueles flashbacks, e eu quero que ele acredite em mim quando eu disser que o amo, do contrário, eu sofreria muito e acredito que ele também.

Entro na banheira deixando todos os músculos do meu corpo se relaxarem, fecho os olhos sentindo a suavidade das espumas se espalhando por todo o meu corpo. Fico assim por alguns minutos até que a água começa a esfriar. Decido então sair e me arrumar para o café. Visto-me com uma calça jeans preta e um sobretudo da mesma cor, porém, com bolinhas brancas. O dia amanheceu frio, então coloco um cachecol no pescoço. Ha tempos eu não me maquio, mas hoje quero fazer algo, pego o delineador passando-o sobre meus olhos e passo um pouco de blush em minhas bochechas. Minha boca já está em um tom rosado por causa do frio, então decido ir assim mesmo.

Assim que chego ao vagão, vejo que todos estão conversando. Effie e Haymitch trocam olhares enquanto riem um para o outro, já Peeta e Annie parecem falar algo sobre o bebê e o nome dele. Só então percebo que está faltando alguém.

— Bom dia! – Digo, todos me encaram com expressões de surpresa, quer dizer, quase todos, já que Peeta parece maravilhado e sorri para mim.

— Bom dia! – Eles respondem juntos.

Sento-me ao lado de Peeta, mas não estou ouvindo o que todos estão falando, logo todos nos servimos e tudo que se passa por minha cabeça é: Onde está Cassandra? Como eu pude ser tão insensível a ponto de esquecer daquela pobre garota? Sou tirada de meus pensamentos quando Haymitch grita meu nome. Quer dizer: Sra. Mellak. (Não, ele ainda não parou com isso, e creio que não vá parar tão cedo.)

— Céus Haymitch, quer me matar do coração? – Digo lhe encarando.

— Talvez você devesse marcar uma consulta com o Dr. Aurelius. – Ele diz, me encarando sério.

— Por quê? Eu estou bem. – Digo com convicção.

— Não, você anda estranha. Está sempre distante, nunca fala muita coisa. Fora essa cara de quem vai se matar a qualquer minuto. – Ele diz. — Talvez eu devesse ir dormir na sua casa por uns dias.

— Haymitch, eu estou bem. É sério. – Digo, encarando meu prato.

— Sei, eu também achava isso antes de você tentar se matar em público com uma pílula de veneno.

— Isso foi há muito tempo...

— Uns 7 ou 8 meses. – Ele retruca. — Muito tempo para mim é 50 anos.

— Está bem, mais tarde quando já estivermos instalados no 7, eu ligo para ele. – Suspiro. — Satisfeito?

— Mais ou menos. – Ele sorri para mim. E se vira dando uma piscadinha para Effie.

— Onde está a Cassandra, Peeta? – Pergunto me virando para ele.

— Ela já foi. – Ele diz calmamente enquanto olha em meus olhos e depois sorri.

— Mas, como?

— Bom ela tem uns amigos no 8, então pediu que deixássemos ela lá. Como temos que passar pela estação de qualquer jeito, deixamos ela lá. – Ele diz, voltando a encarar seu prato.

Eu me limitei a dizer algo, na verdade me sentia um pouco aliviada em saber que ela já tinha ido. Assim que terminamos, um dos guardas vem até nós nos avisar que já chegamos. Saímos do trem e paramos no meio da estação, de longe pude avistar Johanna, seus cabelos agora já estavam no altura do ombro e uma energia boa emanava de seu corpo. Tirei minha atenção do pessoal, encarando os desconhecidos que estavam ao meu redor. Todos me encaravam com sorrisos nos rostos, assusto quando sinto alguém me puxar forte para um abraço.

— E aí desmiolada? – Johanna me abraça forte, e eu tento retribuir com a mesma intensidade.

— Como você está? – Pergunto sorrindo.

— Melhor do que você, eu garanto. – Ela diz verificando algumas partes do meu corpo.

— Eu também estou bem. – Digo encarando os outros.

— Está. Tirando as várias noites sem dormir, incluindo a passada, falta de alimentação balanceada, além de ter chorando bastante nos últimos meses. E o fundamental. – Ela diz e todos a encaramos curiosos. — A falta de um bom macho.

Ela diz e todos caímos na gargalhada, é incrível como que, mesmo passando por tudo o que ela passou, ela ainda consegue ser a mesma de sempre. Louca, em todos os sentidos.

Começamos a caminhar pelo distrito até a casa de Johanna, é lá que vamos ficar até amanhã. A Aldeia dos Vitoriosos não fica muito longe, então podemos ir tranquilamente a pé.

— Katniss... – Johanna me chama atraindo a atenção de todos.

— Sim? – Pergunto de pronto.

— Tem uma coisa... acho que talvez você não goste muito. – Ela diz fazendo uma careta.

— O que foi? – Effie pergunta.

— Bom, é que depois de tudo o que aconteceu... eu finalmente me apaixonei. – Ela diz, corando um pouco e eu sorrio.

— Tudo bem, eu consigo te dividir com um macho. – Digo a abraçando de lado.

— E ele é o Gale. – Ela diz de supetão e me encara. Como se quisesse saber cada reação minha. Eu não digo nada. De repente a imagem de Prim morrendo vem em minha mente, lágrimas ameaçam caírem de meus olhos.

— E-ele, está na s-sua casa? – Quando dou por mim já estou chorando, estamos todos parados no meio da rua. Todos me encaram, mas Peeta e Johanna em especial parecem querer adivinhar o que está se passando por minha cabeça.

— Sim, me desculpa.

— Eu não posso... não sei se posso Johanna. – Digo, enquanto mais lágrimas escapam de meus olhos. Encaro Peeta e Johanna, ambos parecem estar decepcionados com algo.

— Perdão, eu sei todo aquele papo de que amiga não pega ex de amiga, mas eu me apaixonei, eu não sabia que você ainda gostava dele... Eu... Perdão. – Ela diz com os olhos cheios de lágrimas, e percebo que os de Peeta estão do mesmo jeito.

— O que? Eu gostar do Gale? – Pergunto meio tonta.

— Sim.

— Não Johanna, não é nada disso. Você entendeu tudo errado. – Digo, tentando me acalmar. — É que... Quando Prim morreu. – Dou uma pousa deixando mais lágrimas caírem. — Para resumir, não sabemos se a bomba que a matou era nossa, e não sabemos se foi ele que deu a ordem. Eu acho que, ainda não. Não consigo vê-lo. Mas isso não tem nada a ver. Eu nunca vi Gale como algo mais que um bom amigo, e companheiro de caça. – Digo, enxugando meus olhos e percebo Peeta e Johanna soltarem o ar.

— Sério? Então...

— Fico muito feliz que vocês dois estejam juntos, Gale é uma pessoa maravilhosa. Você faz muito bem em tentar seguir em frente. – Digo, sorrindo um pouco.

— Meu Deus Katniss, você não sabe o peso que acabou de tirar das minhas costas. – Ela diz sorrindo também.

— Eu acho que você deveria falar com ele. Conversar sobre isso, pode te ajudar muito no seu tratamento. – Diz Haymitch, se aproximando e me abraçando de lado. Voltamos a andar com ele assim, de alguma forma me dando suporte.

— É, você tem razão. Está na hora de enfrentar os meus fantasmas. – Digo.

Andamos um pouco mais e chagamos até a casa de Johanna, assim que entramos vejo Gale sentado no sofá, ele se levanta na hora e vem até nós. Sinto um aperto no coração, eu sinto muito a sua falta. Como amigo é claro, mas sinto. Ele cumprimenta o pessoal e vem até mim.

— Precisamos conversar. – Ele diz e eu assinto.



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