História Pegada made in roça - "Jimin e Yoongi fizeram filhotinhos"

— Mas o que significa isso? — a senhora Jeon indagou deveras irritada.

Jungkook saltou de meu colo, imediatamente se desfazendo de nosso beijo e abraço, seu rosto estava rubro e os olhos assustados e minimamente marejados, como se almejasse desfazer-se em lágrimas a qualquer momento.

— Mãe... eu... eu p-posso explicar — falou baixinho e com a voz embargada.

— Isso que eu acabo de ver não tem explicação — a mulher indagou — Bem que eu já vinha desconfiando dessa proximidade de vocês dois, estava apenas esperando o momento certo para confirmar.

Jungkook estava deveras envergonhado, pois todos olhavam para nós três fixamente, como se apreciassem um drama no cinema. Meu peito doeu ao ver uma lágrima solitária escorrer pela sua face, queria abraçá-lo, tirá-lo dali e protegê-lo de tudo e de todos, mas eu sabia que isso só pioraria as coisas, o melhor a fazer era conversar com a mãe de Jungkook.

— Senhora Jeon, o Jungkook não tem culpa — levantei-me a e falei defronte a mulher, no entanto logo fui interrompido.

— Mas é claro que ele não tem. O culpado disso tudo é você! Que seduziu meu bebê para poder usá-lo e fazer com ele o que bem entendesse, aproveitou-se da ingenuidade de Jungkook para saciar seus desejos.

— No início, eu confesso que essa era minha intenção, mas convivendo com Jungkook eu aprendi a apreciar cada qualidade dele, percebi o quão bom é o coração de seu filho, isso mexeu comigo. Não poderia simplesmente ferir o coraçãozinho de alguém como ele, Jungkook não merece isso. E eu jamais fiz ou faria algo sem seu consentimento, jamais decepcionei seu filho ou fiz algo que ele não quis.

— É claro, você diz isso porque seduziu o meu bebê, deixou ele submisso a você para depois aproveitar-se dele. Você não presta garoto.

— O que está acontecendo aqui? — ouvi a voz de minha mãe, ela vinha trazendo as bacias de salada enquanto estava atenta às nossas discuções.

— O que está acontecendo aqui? — a senhora Jeon indagou — O que está acontecendo é que seu filho estava abusando na inocência de meu Jungkook.

— Como assim? — perguntou sem entender nada.

— Quando cheguei aqui meu filho estava aos beijos com o seu.

— E qual o problema?

— O problema é que esse seu filho deve ser um baita de um desses pivetes da cidade que pegam todo mundo, ilude, engravida menininhas por aí e depois abandona, e agora está se aproveitando de meu Jungkook. Seu filho não presta, é um galinha e pedófilo! Onde já se viu, aproveitar-se de um jovem garoto.

Não sei como ela conhecia tais vocabulários, mas senti-me ofendido. Certo que eu realmente saia com quaisquer pessoas, mas jamais abusei de alguém, muito menos engravidei alguma garota, do jeito que ela falou eu sinto-me um pedófilo ou estuprador. Mas mais ofendido do que eu, só minha mãe.

— Escuta aqui, meu filho jamais trouxe tais desgostos para casa, ele pode até ser um pouco irresponsável, mas eu o dei uma ótima educação e eu sei que ele jamais faria com seu filho tais coisas que você falou. E outra, você não tem o direito de chamá-lo assim, você nem sabe o que Jungkook sente a respeito disso.

As duas já estavam prestes a ter uma briga séria quando os homens e a mãe de Yoongi resolveram interferir.

— E a partir de hoje, Taehyung dormirá na sala e Yoongi passará para o quarto com Jungkook — a senhora Jeon falou antes de tomar sua água com açúcar que o marido trouxera.

— Não exagere, querida. Jungkook sabe o que faz — ouvi o senhor Jeon falando á mulher, que deu mínima importância.

— Não se preocupe quanto a isso, pode deixar que voltaremos o mais rápido possível para Seoul — minha mãe disse a amiga, ou talvez agora ex-amiga.

Nesse momento o que eu mais queria era me ver livre desse lugar, mas eu não poderia deixar Jungkook, porém agora estava mais do que concretizado o fato de que ele jamais iria comigo. Procurei pelo moreno, mas o mesmo não encontrava-se em lugar algum, um desespero apossou-se de mim, queria muito vê-lo, abraçá-lo, falar consigo.

Mas não podia, o pai de Yoongi serviu o peixe e minha mãe, com uma caranca não muito boa, terminou dde trazer as saladas para fora, chamaram todos à mesa e eu fui praticamente obrigado a seguir minha mãe. A senhora Jeon serviu dois pratos e os levou para dentro, só então percebi que Yoongi não estava presente à mesa também, deveria estar com Jungkook.

Comemos em silêncio, na verdade comeram em silêncio, já que eu não conseguia engolir quase nada.

Ajudei a levar algumas louças para dentro, o que fez com que a mãe de Jungkook ficasse me encarando toda vez que entrava na cozinha e deixava mais pratos sobre a pia. Assim que deixei as últimas coisas resolvi avisar que havia terminado e pedi se tinha mais alguma coisa a fazer, a mulher apenas balançou a cabeça negativamente sem nem olhar para mim, mas quando eu ia saindo da cozinha ouvi meu nome.

— Taehyung...

— Sim, senhora Jeon — voltei alguns passos.

— Quais as suas intenções com meu filho?

Essa pergunta pegou-me de surpresa, confesso que não esperava por isso. Mas e a resposta? Bom, isso nem eu sei. O que eu quero com Jungkook? Ou melhor, o que eu sinto por ele? Será paixão? Será que apenas gosto muito dele e o admiro? Talvez seja apenas desejo. Amor? Não.

— Eu... eu gosto muito do Jungkook.

— Não foi essa a minha pergunta.

— Eu não sei — olhei para o lado e engoli em seco — Seu filho mexeu comigo como ninguém jamais fez, quando estou com ele sinto-me como se estivesse em uma montanha russa, ao mesmo tempo que dá um pouco de medo e insegurança, também sinto aquele friozinho na barriga... Basta um simples abraço, basta apenas estar no mesmo ambiente ou conversando com ele para que eu me sinta bem. Quando ficamos longe um do outro eu sinto falta, um aperto no peito que parece sufocar-me. Mas eu não sei, não sei o que quero com Jungkook, não sei o que ele quer...

— Jungkook é muito jovem e nunca relacionou-se com alguém antes, ele também sente-se em um mundo novo e diferente. Sei que perdi a cabeça ao brigar com você, mas é que eu só queria proteger meu bebê, tenho medo que ele se machuque. Sei que fui ignorante e que você deve estar me odiando agora, mas espero que entenda.

— Tudo bem — falei baixo, olhando para o chão.

— Taehyung — a mulher aproximou-se e segurou meu rosto — Eu realmente sinto muito. Eu perdi a cabeça quando gritei com você e o insultei de tal modo, é que vejo Yoongi... os pais dele dizem que ele faz cada coisa, pensei que você fosse assim também. Mas mesmo assim, penso que o melhor é você e Jungkook afastarem-se, pelo bem dele. Você sabe que meu filho tem que ficar aqui quando você voltar para Seoul, não sabe?

Assenti, engolindo em seco. Senti meus olhos arderem e meu peito apertar-se só de me imaginar tão longe de Jungkook. A mulher beijou minha testa e olhou-me nos olhos.

— Espero que não fiquemos de mal, tudo bem? Apenas esqueça o que eu disse antes.

Segurei suas mãos e as apertei de leve, sorrindo sem mostrar os dentes, como se eu quisesse dizer que estava tudo bem.

Eu estava realmente a desculpando, pois pude ver a culpa e arrependimento eu seus olhos, mas ainda não me senti bem, afinal, eu preciso de Jungkook.

[...]

Sai do banho e fui arrumar o sofá para que eu pudesse dormir, ainda não havia visto Yoongi e Jungkook, não estavam nem no quarto, já que entrei lá para pegar minhas coisas e o cômodo estava vazio.

Minha mãe e a e Jungkook já haviam feito as pazes também e já conversavam normalmente como se nada tivesse acontecido. Típico de melhores amigas! Durante as brigas parece que uma quer matar a outra, depois já estão juntas novamente, pelo menos isso deu-me uma pontinha de esperança, já que minha mãe poderia convencer a senhora Jeon de deixar Jungkook ir conosco para Seoul.

Arrumei minha coisas, mas estava sem sono, resolvi pegar Yeontan e fui até a varanda, onde deite-me na rede com o bichinho em meu colo. Fiquei apreciando as estrelas e o silêncio da noite, todos já estavam dormindo, exceto Yoongi e Jungkook que continuavam “desaparecidos”. Estava com saudades e com medo, queria saber como o moreno estava. E se ele estiver me odiando pelo fato de a mãe dele ter exposto os meus “podres” na frente dele? E se ele realmente acreditou que eu estou o usando?

Perdido em meus pensamentos senti meus olhos pesarem, os fechei lentamente enquanto ouvia apenas o som da respiração minha e de Yeontan.

[...]

Senti algo em meu rosto e logo pensei ser Yeontan, mas era algo frio. Yeontan é quentinho e peludo. Senti um calafrio percorrer meu corpo, poderia ser algum bicho. Senti um corpo deitando-se junto de mim e senti aquele cheiro agradável de schampoo e amaciante, aquele cheirinho gostoso que eu tanto almejo sentir.

Jungkook acomodou-se ao medo lado na rede, ficando com metade de seu corpo sobre o meu, a cabeça apoiada sobre meu peito e uma das pernas entre as minhas. Senti um alívio por tê-lo novamente, ele não estava bravo comigo.

Levei minha mão até suas madeixas, onde iniciei um carinho calmo.

— Por que não está no sofá? — perguntou.

— Estava sem sono, resolvi ficar aqui fora por um tempo, mas acabei dormindo.

— E você? O que faz aqui?

— Senti sua falta, não consigo dormir sem você. Yoongi yung fica roubando meu cobertor e me chutando — disse indignado fazendo-me rir.

— Então você não consegue dormir por que o Yoongi não deixa ou por que sente minha falta.

— Hum... acho que os dois — disse sapeca.

— Não está bravo comigo?

— Não, por que eu estaria? Eu gosto de você, quando estamos perto eu sinto meu coração bater acelerado. Jimin disse que isso só acontece com quem gostamos muito.

— Poxa, então você gosta de mim pra caramba! — confirmei ao tocar seu peito.

— Gosto! Tae... eu quero ir com você para Seoul. Mas tenho medo que minha mãe não deixe — falou triste.

— Ela se desculpou comigo e pediu para que nos afastássemos porque você não pode ir comigo.

— Mas nós iremos falar com ela, ela tem que deixar, eu do mesmo teria que ir pra lá caso quisesse uma faculdade assim que terminar o ensino médio. E eu falei com sua mãe, ela vai nos ajudar — falou animado.

— E se não der certo?

— Aí nós dois fugimos e vivemos felizes para sempre igual naqueles filmes de princesas! — falou brincalhão, fazendo-me rir. É incrível o dom que ele tem de fazer meu humor mudar drasticamente em questão de segundos — Mas enquanto isso nós podemos aproveitar que você ainda está aqui.

— O que você quer dizer com isso?

— Que minha mãe não vai me impedir de te beijar e ficar com você.

Dito isto Jungkook rolou para cima de mim e tomou a iniciativa de um beijo calmo que foi intensificando-se à medida que a vontade de matar a saudade e o desejo fazia-se presentes. O mais novo brincava com minhas madeixas que escorriam sobre minha testa, emaranhando as mexas entre seus dedos, enquanto que eu mantinha leves carícias em suas costas.

É pedir demais para que esse momento dure para sempre?

Adentrei minhas mãos ágeis em sua blusa e circundei sua cintura, dando leves apertadas que fizeram Jungkook arfar contra o beijo.

Nos separamos pela falta de ar e o mais novo passou-me a olhar para mim como se quisesse contar-me algo.

— O que foi? — perguntei.

—  Yoongi colocou o pipi dele no butico do Jimin.

— Quê!? — perguntei incrédulo.

— Eles fizeram filhotinhos. Jimin vai ficar grávido?

— Quê!? Não, não. Jimin é homem, ele não vai ter um bebê. E eles provavelmente usaram proteção, é impossível ele ficar grávido, a não ser que seja hermafrodita, mas aí já é outra história.

— Mas você disse que isso era fazer filhotinhos.

— Só se Jimin fosse uma mulher, senão não acontece nada.

— Hum...

— Mas por que você resolveu pedir isso do nada? Você não deveria sair espalhando essas coisas por aí, é algo muito íntimo. Jimin só deve ter te contado porque são melhores amigos.

— Ah... é que... Jimin disse que foi bom — visualizei suas bochechas ficarem levemente coradas.

— É, se for com a pessoa e momento certo é bom sim.

— Você já fez?

— Digamos que sim... — afinal, não vem em conta os detalhes, já fiz mais vezes do que Jungkook imagina — Mas como eu disse, só é bom com a pessoa certa.

— Então você não gostou?

— Não é isso, gostei sim. Mas o que quis dizer é que se for a pessoa certa a sensação é diferente, tem que ter sentimento para ser bom mesmo. Tem que ser com uma pessoa que amamos, que desejamos. Mas por que esses assuntos? Você nunca era de falar dessas coisas.

— É que... — deitou-se sobre meu corpo novamente e olhou em meus olhos, Jungkook estava com um olhar estranho, que eu jamais vira antes — Eu queria ver como é...

— E...? — incentivei com uma voz rouca, eu já sabia onde ele queria chegar com essa conversa.

— E... e você é o único que pode me mostrar isso?

— Você tem certeza?

Jungkook não parecia muito convicto de si, parecia que tinha medo.

— É melhor esperarmos para fazer essas coisas, calma a tensão baixar. Não se precipite só porque seu amigo faz coisas, você não precisa imitá-lo. Eu também desejo muito você, mas no momento precisamos ter paciência. Pois como eu disse, a pessoa e o momento certo.

Jungkook assentiu e voltou a abraçar-me e deitar sua cabeça sobre meu peito. Por mais que eu quisesse, sabia que não poderíamos fazer nada por enquanto, preciso controlar meus hormônios, mas ao menos uma casquinha dá para tirar.

Puxei o mais novo para um beijo enquanto que minhas mão foram de encontro às suas nádegas durinhas, as pressionei com certa força e necessidade, fazendo o mais novo soltar um gemido manhoso. O problema é que Jungkook é sensível de mais. Bastou um beijo de língua e algumas apertadas em sua bunda e o mais novo já estava excitado.