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História Pela Honra Do Rei - Algo A Mais


Escrita por: anafelissimo

Capítulo 68 - Algo A Mais


 -O que pensa que está fazendo? –Lisa perguntou encarando-o indignada.

 -Te ensinando a dançar. –Afirmou mantendo a postura firme. –Endireite a postura. –Ordenou apoiando a mão no meio de suas costas fazendo-a se endireitar.

 -Não me lembrou de ter pedido para me ensinar. –Falou sem conseguir evitar recuar quando ele avançou alguns passos iniciando a dança. –Ei. –Reclamou ao tropeçar nos próprios pés sem conseguir acompanhar o ritmo.

 -Você pode não ter me pedido para ensina-la, mas vai aprender. –Respondeu ao estacar junto dela antes de faze-la se inclinar. –Precisa aprender a ter controle sobre seu corpo, se expressar através dele. –Completou apoiando o pé dela ao seu fazendo-o deslizar para o lado.

 Mantendo a postura firme Phillip conduzindo-a com leveza através do salão, mantinha o ritmo lento já que ela ainda estava aprendendo a coreografia. Abaixou seu olhar observando-a com a respiração acelerada, enquanto olhava para baixo insegura apesar de ter dito para não fazê-lo. Pode notar que ela estava nervosa e até mesmo constrangida com o ensaio, afinal aquela era a primeira vez que eles tinham esse tipo de contato. Apesar da postura um pouco desajeitada de Lisa em acompanha-lo, dedicava-se em conduzi-la de maneira profissional no ritmo da música. Essa aula era parte do trabalho em conjunto e ia fazer que tivesse sucesso, havia prometido ao seu pai que cuidaria dela e faria isso. Usando o seu próprio corpo como apoio a fez endireitar a coluna, não conseguia entender por que de ela insistia em ficar se curvando. Apesar de não ser fácil manter o foco tendo uma visão privilegiada do decote dela, aquela era uma das vantagens em ter mais de um e noventa de altura. Para completar o pacote a sua postura ereta ao dançar deixava-os mais expostos, então podia admira-los à vontade quando a olhava ou conversavam. Ela era uma mulher muito atraente apesar de ser magra e pequena, além disso tinha o jeito de adolescente rebelde e mimada que o divertia. Imaginou como aquela mulher devia ser quente entre quatro paredes, afastou aqueles pensamentos concentrando-se no que estava fazendo.

 -Arranjador, consultor de imagem e agora um professor de dança. –Lisa disse fazendo-o voltar para a realidade. –Tem alguma coisa que você não sabe fazer? –Perguntou começando a pegar jeito.

 -Ser paciente. –Afirmou de maneira séria. –Não olhe para seus pés. –Advertiu pela quinta vez.

 -O que isso tem a ver com a minha carreira de cantora? –Perguntou tentando se desvencilhar de seus braços sem sucesso, ele era muito forte e parecia nem notar sua resistência. –Não vou fazer nenhuma coreografia, isso nem combina com meu estilo de música. –Afirmou enquanto davam alguns passos para o lado.

 -Até para ficar parada no palco junto ao microfone é preciso técnica, até mesmo o menor dos movimentos transmite uma mensagem. –Explicou mantendo a postura ao acompanhar o ritmo da música. –De nada vai adiantar ouvir uma bela voz se ela vier de uma mulher com expressão de constipação. –Completou com pouca paciência.

 -Vou mostrar quem tem o cara de constipação. –Falou empurrando-o com raiva. –Quem você pensa que é para falar comigo assim?

 -Alguém que está nesse mercado a anos e foi incumbido de te preparar para entrar nele e vou fazer esse trabalho apesar da sua teimosia. –Respondeu apoiando as mãos na cintura. –Não sei como foi sua vida crescendo como filha de Elvis Presley, mas o mundo não tem nada a ver com Graceland.

 -Eu sei como é mundo lá fora.

 -Pois não parece pela forma displicente como se comporta, agindo como se seu sucesso fosse garantido. –Afirmou encarando-a com seriedade ao cruzar os braços. –Entenda que ninguém é obrigado a gostar de você ou das suas músicas, mas como cantora é dependente da aprovação do público e precisa conquista-los. –Aquilo foi uma facada no orgulho próprio de Lisa. –Então é melhor se esforçar mais.

 -E o que tudo isso tem a ver com dança? –Perguntou relaxando os músculos, querendo ou não precisava dele.

 -Dança é uma das formas mais primitivas e puras forma de expressão corporal, através dela é possível transmitir qualquer emoção. No palco é preciso atuar fazendo com que o público sinta a canção, nesse o ponto em que a linguagem corporal entra o seu corpo deve falar junto com a voz. Mesmo que não dance durante o seu show o domínio corporal que ela te dá fará com que transmita ao público toda emoção de sua canção.

 -E o quanto tenho que aprender para ter esse domínio?

 -Até dominar pelo menos uma dança de salão simples. –Disse lhe estendendo a mão.

 -Por que não estou surpresa? –Revirou os olhos antes de segura-la, teriam um longo caminho pela frente.

 Era cinco da tarde no shopping tinha pouco movimento devido ao horário e neste uma loja de lingeries de luxo foi fechada para um cliente especial. Michael circulava entre as prateleiras da loja requintada, sendo acompanhado por uma vendedora usando vestido vermelho de veludo. Apesar de estar um sem jeito por tratar de assunto íntimo com a garota desinibida, estava feliz em poder contar com uma opinião feminina nas compras. Sem falar que ela estava fazendo de tudo para deixa-lo à vontade, dando a entender que estava ali para ajuda-lo e não julgaria seus gostos. Michael observava os mostruários repletos de peças de renda e seda de todos os tipos, em busca de peças luxuosas e exclusivas para sua festa particular. Observou algumas calcinhas de renda em formato de shorts, apesar de grandes eram extremamente reveladoras devido as transparências. Mordeu o lábio imaginando como ficariam bem no corpo mostrando tudo, mas ainda não era o que estava procurando talvez em outra ocasião. Mudou as suas atenções para os conjuntos nos manequins, observando um preto com laços no centro do sutiã e na parte da trás da calcinha. Era uma peça elegante sem deixar de ser sexy do jeito que estava procurando, mas também havia outro conjunto com um corpete perola ao lado. A segunda peça combinava mais com o estilo discreto e elegante dela, apesar de a primeira ser do seu agrado pelas razões obvias.

 -O senhor gostou de alguma coisa? –A vendedora perguntou notando que ele estava calado.

 -Sim gostaria de levar estes dois, tamanho 36. –Disse apontando para as lingeries. –E também uma de cada cor das calcinhas de renda. –Falou se referindo as peças que tinha visto antes.

 -Sim senhor. –Logo acenou para uma das funcionárias ir buscar as peças. –Mais alguma coisa?

 -Gostaria de ver algumas camisolas e acessórios. –Respondeu olhando algumas peças em um mostruário próximo.

 -Por aqui senhor. –O guiou até a sessão da loja onde ficavam outras peças.

 Michael comprou algumas camisolas de grife com os robes combinando, mais várias daquelas coisas de toalete que as mulheres costumavam usar. A vendedora o ajudou a montar um quite de uso pessoal feminino, precisaria de um fora algumas outras coisas no local para onde iriam. Comprou mais calcinhas precisaria já que estas sempre acabavam em trapos, provavelmente a maioria delas não sobreviveriam aquela aventura. Ao terminar de comprar tudo que precisava naquela loja despediu-se e seguiu para uma loja de roupas no mesmo andar daquele shopping. Precisou atravessar um mar de fotógrafos para conseguir chegar até a loja, era impressionante como conseguiam acha-lo em qualquer lugar que fosse. Ignorando-os seguiu junto com os seus seguranças para outra loja, logo as portas desta foram fechadas deixando o tumulto do lado de fora. Do lado de dentro Michael fez as compras sem se importar com a mídia cercando o lugar, escolheu algumas roupas de banho, saídas de praia e os vestidos de verão. Apesar das vidraças fechadas os fotógrafos conseguiram algumas imagens, estas sairiam aos tabloides com as mais absurdas manchetes. Michael já nem se importava mais com o que inventavam sobre sua vida, estava acostumado atravessou a barreira deles saindo do shopping.

 Na segurança do banco de trás do carro conferiu o que tinha comprado, enquanto pensava na temporada que passaria longe de tudo aquilo. Vinha planejando sua “fuga” em detalhes há um bom tempo, planejou em detalhes para que fosse perfeito não tinha como ninguém estraga-lo. Organizou uma operação militar para que o plano não fosse descoberto, assim como local para onde iria e quem estaria com ele. Havia passado por muitas coisas ruins naquele meio tempo e merecia férias, queria descansar antes de dar início a sua próxima turnê. Fora isso aquela seria uma ocasião especial e não poderia passar em branco, havia planejado algo especial para o seu período “sabático”.  Passou por seu apartamento no centro para deixar as sacolas de compras, exceto duas pequenas ele tinha planos para o que havia dentro delas. Sorriu ao imaginar o que faria se tivesse um pouco de sorte aquela noite, ele tinha até comprado um item especial para aumentar suas chances. Estava difícil ter um pouco de diversão conjugal desde que as crianças nasceram e Jennifer começou a trabalhar ficaram com pouco tempo para a diversão. Precisava fazer algo a respeito daquela situação tediosa em que estava, afinal nunca foi de abrir mão dos seus momentos prazer.

 Quando o carro parou no semáforo surgiu um grupo de cinco fãs suas, desceu para conversar, dar autógrafos e receber os cartazes que lhe presentearam. Ficaram eufóricas em falar com ele em especial uma morena de seios fartos, pareciam estar diante de um verdadeiro deus grego e não tinham medo de falar isso. Michael apenas sorria e agradecia pelo carinho delas e todos os presentes, disse quanto amava cada um de seus fãs e que todos eram muito especiais para ele. Após receber vários elogios e propostas atrevidas das garotas Michael se despediu e entrou no carro que partiu deixando aquele grupo eufórico para trás. Era incrível como os fãs em especial mulheres reagiam ao vê-lo, apesar do incomodo que toda a agitação causava era bom se sentir tão amado. Riu enquanto ajeitava os cartazes que havia ganhado no banco de trás, quando viu que havia um número de telefone no verso de um deles. Era escrito no canto com letra cursiva com uma mensagem abaixo, a garota deveria tê-lo escrito enquanto suas amigas conversavam com ele. Colocou a mão no queixo tentando lembrar qual delas havia feito essa “brincadeira”, não importava era mais uma lembrança de um momento com fãs. Guardou aquele capaz junto com os demais se recostando no banco, mas a imagem daquela morena voltava vez ou outra a sua mente. Balançou a cabeça rindo estava precisando mesmo apimentar sua intimidade.

 Enquanto isso um dos SPA mais exclusivo do país estava fechado para o público, ele havia sido reservado para atender uma cliente VIP até para seus padrões. Em uma sala de estética a meia luz as funcionárias de uniforme branco, embrulhavam a cliente em bandagens embebecidas de vinagre com hidrantes. Aquele tratamento prometia rejuvenescer a pele deixando macia e sem marcas, além de reduzir medidas prometendo dar a aparência jovem e impecável. Embrulhada em seu elegante casulo Jennifer observava o teto decorado, enquanto aguardava que o calor e produtos surtissem efeito sobre seu corpo. Aquela não era uma das posições mais confortáveis para se estar, tanto pelo fato de estar presa quanto o calor que as ataduras causavam. Mesmo que a princípio fosse reconfortante estar toda enrolada e aquecida e estavam no verão o que a fazia se sentir sufocada pelo calor excessivo. Mas aquilo não era razão suficiente para reclamar ou interromper o tratamento, estava determinada a perder suas medidas e se livrar da flacidez no abdômen. Lutava contra todos os danos causados pelo tempo e as gestações em seu corpo, estava cada vez mais difícil manter-se jovem e bonita conforme sua idade avançava. Era injusto ter que competir contra as centenas de fãs sempre jovens de Michael, que fariam de tudo para ter a atenção do seu cobiçado e exigente marido.

 -Senhora Jackson. –Uma funcionária chamou ao entrar.

 -Pois não. –Abriu os olhos ao responder.

 -Sou Monique sua massagista. –Se apresentou ao se aproximar começando a desenrola-la.

 -Olá Monique. –Disse com a voz um pouco sonolenta.

 -Me avise se sentir algum incomodo. –Instruiu pressionando o seu abdômen com as mãos.

 -Está certo. –Voltou a fechar os olhos, enquanto a mulher lhe fazia uma drenagem.

 Já havia escurecido quando Michael chegou em casa depois das seis horas, encontrou Thomas e Ashley com a babá sobre o tapete da sala de estar. Entregou as sacolas a empregada pedindo para coloca-las na suíte principal, se aproximou cumprimentando Lívia que segurava Ashley no colo. Sentou-se sobre o tapete coberto por brinquedos para brincar com as crianças, enquanto esperava pelo restante da família para jantarem juntos. Aquela era a parte que mais amava em ser pai se divertir com seus filhos, sentia-se realizado em participar dos momentos de alegria e diversão. Estendeu os braços para Ashley que começava a ensaiar seus primeiros passos, ainda um pouco desajeitada ela caminhou em sua direção conseguindo alcança-lo. A pegou no colo e se levantou comemorando a vitória de sua pequena, era incrível como ela havia crescido já era quase uma menininha. Lhe deu um beijo na bochecha antes coloca-la no chão ajudando a ficar de pé, Ashley estendeu a mãozinha segurando a de Thomas que estava de pé na sua frente. Os dois sempre foram muito unidos desde que Ashley havia chegado, estavam sempre brincando, rindo juntos por todos os cantos. Michael se levantou e parou por alguns instantes observando eles, quando seus olhos foram cobertos por mãos e sentiu um perfume doce.

 -Jenni. –Sorriu segurando sua mão antes de se virar, vendo-a com os cabelos presos e brincos de brilhantes.

 -Bem vindo querido. –Disse antes de lhe dar um selinho. –Como foi seu dia?

 -Acaba de melhorar. –Afirmou segurando sua cintura. –Tenho uma surpresa para você mais tarde. –Disse junto ao seu ouvido.

 -Mama. –Ashley chamou lhe estendendo os braços.

 -Oi princesa. –Jennifer se abaixou pegando-a no colo e se dirigindo para Michael disse. –Mais tarde quero a minha surpresa. –Completou piscando.



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