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História Pela Honra Do Rei - Problemas Conjugais


Escrita por: anafelissimo

Capítulo 36 - Problemas Conjugais


 Michael estava tomado por um sono profundo com seu corpo inerte, era como se a sua mente estivesse presa em um limbo que o impedia de acordar. Depois de um tempo a sua consciência começou a despertar, mas não chegou a acordar de vez mantendo-se em um estado de sonho. Recusava-se a acordar com os seus olhos insistindo em manterem fechados, sentia-se exausto depois de passar aqueles dias em claro. Tanto que não incomodava por estar dormindo sobre o chão duro, tendo apenas um tapete que ficava no meio do quarto como colchão. Poderia ter passado o dia inteiro ali, mas foi surpreendido por um balde agua gelada sendo jogado em seu rosto. Acordou assustado com choque térmico e tossindo engasgado com parte da agua, levou alguns instantes para entender o que estava acontecendo. Viu Jennifer parada de pé a poucos passos dele, usava um roupão atoalhado e o cabelo preso de lado cobrindo parte do seu rosto. Pode notar sua expressão de raiva ao olha-lo ainda atordoado no chão, enquanto segurava um balde de alumínio que usou para molha-lo. Ouviu as pedras de gelo batendo no metal quando o girou, era um aviso de que ainda tinha agua o suficiente para lhe dar mais um banho.

 -Jenni... –Tentou falar.

 -Levanta. –Ordenou.

 -O que? –Confuso não se moveu até receber mais agua na cara. –Ficou maluca? –Perguntou se levantando sem entender o porque daquilo.

 -Você ainda não viu nada. –Afirmou entre os dentes. –Se tentar uma coisa do tipo de novo eu juro pela vida dos meus filhos que eu te castro.

 -Tentar o que? –Perguntou confuso.

 -Se arrume e me encontre lá embaixo, você tem dez minutos. –Disse ignorando sua pergunta.

 -Pode me dizer o porque de tudo isso? –Perguntou irritado.

 -Não se faça de desentendido você sabe muito bem o que fez.

 -Jenni eu juro que não sei... –Tentou se aproximar, mas recuou ao vê-la erguer o balde já tinha levado o bastante. –Vamos conversar se me disser o que aconteceu podemos nos entender. –Tentou uma aproximação.

 -Não se aproxime. –Disse recuando alguns passos ainda segurando o balde.

 -Calma não precisa ficar assim. –Ergueu as mãos tentando acalma-la. –Está tudo bem.

 -Isso não é nada perto do que você merece. –Respondeu sem disfarçar sua raiva. –E fique feliz por eu não ter usado agua fervente. –Completou antes de sair.

 Sem outra alternativa e ainda sem entender o que tinha acontecido, foi até o banheiro fazer a higiene matinal antes de descer para conversar. Passou as mãos pela cabeça antes de se olhar no espelho, estava com um péssimo aspecto seu rosto estava pálido e com olheiras. Jogou um pouco de agua no rosto tentando melhorar, sentia o estomago doendo e a boca seca precisava se recompor. O seu corpo todo estava dolorido especialmente o seu ombro esquerdo e lateral, parecia ter levado uma surra depois de passar uma noite dormindo no chão. Além disso havia uma ressaca terrível acabando com toda a sua vontade de viver, acreditava que aquela foi uma noite agitada apesar de não lembrar dela. Notou a sua camiseta manchada de sangue com um rasgo no ombro, afastou o tecido notando arranhões profundo junto ao pescoço. Preocupado levantou o tecido na lateral de seu abdômen que estava dolorida, viu o grande roxo na região próxima as suas costelas. Observando ao redor se deu conta de que não era só ele que estava mal, havia várias roupas e objetos espalhados por todo o chão do quarto. Abaixou sua cabeça sem entender o que tinha acontecido, mas não tinha tempo para ficar se perguntando sobre a noite.

 Depois de tomar um banho rápido vestiu um moletom e camiseta, fez um curativo no ombro pelo menos o machucado não era grave. Observou a marca no espelho se perguntando o que o provocou, já que não conseguia se lembrar de nada que aconteceu depois que foi a clínica. A última coisa que lembrava era de pedir uma dose para o assistente, depois disso havia apenas um verdadeiro apagão em sua mente. Tinha bebido? Sabia por experiência própria que era má ideia misturar, mas não sabia se tinha condições de ser cauteloso depois de tudo o que tomou. Coçou a cabeça pensando que precisava tomar cuidado ao usar esses remédios, caso contrário poderia se meter em mais problemas além dos que já tinha. Terminou de se arrumar antes de ir conversar com Jennifer, aquela conversa não seria agradável pela forma como ela o acordou. Ao caminhar pelo corredor percebeu que toca a casa estava muito quieta, não se via qualquer movimentação fora a de poucos funcionários. Perguntou-se para onde os meninos foram ainda não os tinha visto, isso serviu para deixa-lo tenso imaginando qual era a razão da sua ausência. Seguiu até uma sala privada onde Jennifer tomava chá junto a mesa, quando se aproximou ela ergueu seu olhar encarando-o com tristeza.

 -Sente-se. –Disse lhe indicando a cadeira na sua frente.

 -Onde estão as crianças? –Perguntou enquanto se sentava.

 -Com sua mãe. –Respondeu de maneira calma. –Achei melhor não estarem por perto, preciso dizer que... –Após fazer uma pequena pausa prosseguiu. –Que hoje mesmo você irá para uma clínica de reabilitação. –Completou o encarando firmemente.

 Enquanto isso Gordon andava de um lado para o outro por todo o quarto, ele sentia-se preso naquele local apertado sem poder sair para ver a cidade. Tinha se escondido em Israel para se esconder de seus credores, haviam se tornado agressivos após não receberem o seu dinheiro. Precisava dar um jeito de levantar muito dinheiro o quanto antes, mas já havia limpado toda a conta de La Toya e ela não fazia shows a meses. Nem mesmo a Play Boy queria saber dela para fotografar, parecia que tinha escolhido a filha menos lucrativa do Joe para se casar. Sabia que graças a Michael sua sogra não lhe daria um só centavo, mas o faria pagar caro por atrapalhar seus planos. Aquela era outra razão para ter viajado para o outro lado do oceano com La Toya, tinham uma tarde de negociações com algumas emissoras locais. Já havia descoberto um meio fácil de ganhar muito dinheiro rápido e acabar de uma vez por todas com o cunhado que tanto odiava. O seu único problema era convencer La Toya a cooperar com seu pequeno teatro, mas por alguma razão a vadia havia esquecido quem é que mandava. Ouviu seus gritos pouco antes dela entrar no quarto, sendo seguida pelo segurança que queria leva-la de volta para o quarto.

 -O que significa isso? –Perguntou observando-a dos pés à cabeça.

 -Jack eu quero voltar para Los Angeles agora! –Exigiu irritada.

 -Como assim voltar? –Perguntou irritado. –Temos negócios a tratar.

 -Chama de negócios cobrar quinhentos mil para que eu dê uma entrevista contra Michael? O meu próprio irmão?

 -Claro e um ótimo negócio seu irmãozinho vai me deixar rico. –Sorriu de maneira cínica.

 -Eles não são burros, ninguém vai pagar para ouvir mentiras sem cabimento.

 -Não só vão como já pagaram. –Disse lhe mostrando o cheque. –Prepare-se querida você vai dar uma exclusiva essa sexta.

 -Eu não vou fazer parte dessa palhaçada! –Gritou vermelha de raiva. –Me recuso a fazer parte desse circo.

 -Você vai fazer o que eu mandar! –Lhe deu um tapa que a fez cair no chão. –Não se esqueça. –Disse enquanto chutava o seu estomago. –Se não me obedecer só não acabo com você, como também vou matar o Michael e sua irmãzinha Janete. – Se abaixou junto a ela erguendo-a pelo cabelo completou. –Estamos entendidos querida?

 -Seu monstro. –Disse segurando a sua mão enquanto chorava de dor.

 -Eu não te ouvi direito querida. –Falou puxando com mais força.

 -Esta... estamos entendidos.

 -Ótimo. –Disse soltando-a e se dirigindo para o segurança completou. –Leve-a pro quarto e consiga gelo para o seu olho, precisa estar apresentável para a entrevista.

 O segurança ajudou La Toya a se levantar e a guiou para fora do quarto, enquanto ela limpava o sangue que escorria pelo canto da boca. Jack era um homem perigoso e capaz de cumprir as suas ameaças, não tinha escolha precisava proteger sua família mesmo que esta a odiasse. Sua única esperança era que ninguém acreditasse naquela história, mas não tinha muita esperança com a mídia atrás de novidades. Jack ficou satisfeito vendo que a situação estava sob controle, agora só precisava cuidar de alguns detalhes junto a emissora que fechou o contrato. Em breve todos saberiam “a verdade” sobre Michael Jackson e sua família e o melhor de tudo pela boca da própria La Toya Jackson. Sentou-se terminando de escrever o que ela ia dizer na entrevista, ainda precisava ensaiar suas falas para que nada saísse errado quando chagasse a hora. Sorriu imaginando a repercussão que aquilo teria pelo mundo inteiro, Michael nunca mais iria sair de casa depois que a história se espalhasse. Satisfeito acendeu o seu charuto ao se aproximar da janela, observou a cidade abaixo imaginando o seu cunhado estaria fazendo aquela hora.

 Michael encarou os papeis em suas mãos sem entender o que aquilo significava, era uma série de documentos que detalhavam todo o processo de internação. Tinha a sensação de estar em uma espécie de sonho, não podia acreditar que tivessem mesmo feito aquilo pelas suas costas. Sentia-se traído por Jennifer e Elisabeth eram as pessoas em quem ele mais confiava e tinham se unido para tranca-lo em uma clínica para viciados em drogas. Respirou fundo lendo aqueles papeis com maior atenção, precisava pelo menos entender quem era o responsável por aquela história. Os documentos haviam sido assinados por Jennifer inclusive o cheque do pagamento, ela havia cuidado de tudo em um tempo recorde para garantir sua internação. Ergueu os olhos para Jennifer imóvel do outro lado da mesa, não demonstrava qualquer incomodo por saber o que tinha feito. Manteve-se calma enquanto o esperava terminar de ler todos os documentos, ainda tinham muito o que discutir antes chegarem a um acordo. Apesar de saber qual seria sua reação não estava com medo de encarar sua raiva, afinal tinha encarado o seu pior horas antes e saído com vida.

 -O que significa isso? –Perguntou largando os papeis.

 -Já falei com a Liz e ela ajudou a cuidar da internação de maneira discreta. –Disse guardando os papeis em uma pasta. –Precisa falar com os seus empresários para reorganizar sua agenda e liberar três semanas, acredito que possa adiar a maioria dos compromissos sem ter prejuízo. –Concluiu entregando os papeis.

 -Como pode decidir algo assim sem falar comigo? –Perguntou claramente chocado depois de ler toda a papelada.

 -Estou fazendo o necessário para proteger você e nossa família. –Afirmou sem abalar com sua reação. –Não podemos deixar que seus problemas continuem aumentando, se não tomarmos providencias a respeito pode ser que seja tarde demais.

 -Eu não tenho problemas com drogas! –Se levantou indignado.

 -Mas é claro que tem! –Ergueu-se apoiando as mãos na mesa. –Estava completamente fora de controle ontem à noite.

 -Eu não estava fora de controle! –Se defendeu irritado.

 -E como chama o que aconteceu? –Perguntou perdendo a paciência. –Achou mesmo que eu ia levar na brincadeira? Só pode ter enlouquecido de vez.

 -Isso não tem importância!

 -Como assim não tem importância? –Seu queixo quase caiu com o ouviu. –Acha que eu sou algum tipo de...

 -O que interessa é que você não tinha o direito de decidir nada pelas minhas costas, ainda por cima envolver meus amigos! –Disse dando alguns passos pela sala. –O que eles vão pensar?

 -Desde quando você se importa com a opinião dos outros?

 -Desde que você fez eles acharem que não sou capaz de cuidar de mim mesmo.

 -E você por acaso é? –Perguntou sem se abalar. –Jamais teria recorrido a isso se tivesse outra escolha, eu não tinha mais a quem recorrer então liguei para Liz. –Explicou de maneira dócil. –Por que assim como eu ela se preocupa com você e quer a ajuda-lo a resolver o seu problema.

 -Eu já disse que não tenho problema nenhum! –Afirmou irritado.

 -Para de tentar negar a realidade! –Disse começando a perder a paciência. –Michael por favor entenda que você precisa de ajuda pelo bem de todos nós.

 -Não estou negando nada você é que está fazendo uma tempestade à toa. –Falou recobrando a sua postura calma e séria, enquanto caminhava pela sala.

 -Eu estava lá e vi de perto o que essas coisas podem fazer com vida de alguém. –Disse com a voz embargada. –Nunca vou deixar os meus filhos serem expostos a esse tipo de coisa.

 -O que quer dizer? –Perguntou se voltando para ela.

 -Que se não largar essas porcarias juro por tudo que há de mais sagrado, levarei meus filhos embora. –Afirmou encarando-o com firmeza. –Mesmo que isso cause dor a todos nós.

 -Eu nunca deixaria você levar meus filhos para longe de mim. –Se aproximou encarando-a de maneira sombria. –Nunca.



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