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História Pela luz dos olhos teus... - Capítulo 19


Escrita por: _LadyJeh e Jssicag

Notas do Autor


Oie!
Como prometido mais um capítulo, espero que gostem e aproveitem. <3

Capítulo 19 - Capítulo 19


 

Anteriormente...

— Alô? - disse sonolenta.

— Srta Grande, aqui é do Hospital St Judes, nos desculpe ligar a essa hora, mas infelizmente não temos boas notícias.

...

Mais tarde quando Hermione tentasse recordar o que acontecera, ela não se lembraria que depois daquela ligação ela mal trocara de roupa, amarrara o cabelo em um rabo de cavalo, pegara os óculos, a bolsa e saíra.

O que restara de seu mundo estava desabando. Dentro do táxi, ela tentava falar com Harry e Gina, mas não teve qualquer sucesso. E para sua infelicidade, havia esquecido o papel onde Harry anotara o nome é o telefone da Pousada. Também tentara falar com Draco, mas o telefone estava fora de área. 
Ela estava sozinha nessa.

Chegou ao hospital e correu até a recepção.

— Eu preciso saber onde está o Sr Granger. Me ligaram agora a pouco, eu sou a filha dele.

— Só um minuto. - a mulher a sua frente pegou a ficha de entradas e lhe indicou a direção que ela deveria seguir.

Hermione chegou até o quarto onde seu pai estava. Ela mal o reconheceu. Estava muito magro e intubado.
As lágrimas que ela segurara até aquele momento vieram com força total. 
Ela se sentou na poltrona ao lado da maca e segurou a mão dele.

— Papai, eu estou aqui.

— Srta Granger? - alguém lhe chamou e ela se virou para ver quem. - Eu sou o Dr. Phillips, e gostaria de conversar com a Srta aqui fora por favor.

— Claro. - ela respondeu secando o rosto e se levantando.

  
Eles saíram e o médico fechou a porta.

— Srta Granger o estado do seu pai é grave, porém estável. - Hermione cobriu a boca com a mão - Ele foi trazido para o hospital com febre alta e foi diagnosticado com pneumonia. Estamos providenciando uma UTI onde ele poderá ser melhor assistido.

— Ele vai ficar bom? - perguntou temerosa.

— Ele foi medicado com antibióticos bem fortes e nós esperamos que eles façam efeito, mas depende muito do tipo de bactéria que está causando a pneumonia.

Ela engoliu em seco.

— Na idade dele, e considerado todo o seu estado, infelizmente eu preciso ser sincero e dizer que as chances não são boas.

Tornou a segurar o choro.

— Ou meu Deus!

— Contudo, se a medicação fizer efeito essa noite, e ele conseguir resistir a ela... Amanhã tudo pode ser diferente. Tenha fé Srta, nos faremos o que estiver ao nosso alcance.

— Obrigada!

— A Srta entrou em contato com outros familiares?

— Somos só nós dois.

— Ah, sinto muito! - ele disse com pesar. - Eu preciso verificar outro paciente, mas voltarei em breve. Se notar qualquer alteração não hesite chamar as enfermeiras.

— Mais uma vez, obrigada!

O médico assentiu e saiu. E ela voltou imediatamente para dentro do quarto. Segurou na mão dele e pediu que ele ficasse bom, que os remédios fizessem efeito e que ele acordasse logo.

Hermione ficou sentada em vigília constante. Olhou para seu relógio, já havia passado uma hora que estava ali, sozinha com seu pai. E podia afirmar que só se lembrava de um momento em sua vida que sentira tanto medo.

Tentou ligar mais uma vez para os amigos e para Draco, mas foi inútil, deixou recado para todos eles. E por mais que não quisesse pensar naquilo, sua mente a traia e ela se via pensando no que faria se o pior acontecesse. 
Ela não era forte o bastante, sabia muito bem disso e não era tola o suficiente para negar.

Abaixou a cabeça e ficou pensando em todos os momentos que tivera ao lado do pai. E de quantos mais ainda queria viver.

Ouviu a porta se abrindo e imaginou que seria a enfermeira para verificar se John estava bem.

Permaneceu como estava, mas ao notar o silêncio que se seguira decidiu levantar os olhos e o que viu de seu coração se aquecer e uma parte de seus medos desaparecer. Ele estava ali, ela não sabia como e nem imaginava como ele fizera ou como ele soubera, mas Severus Snape estava parado naquela porta e ela tinha certeza de que aquilo não era um sonho.

Hermione se levantou no mesmo instante e praticamente correu até ele. Não se importava com tudo que havia passado, não se importava se ele não havia ligado, ou se os sonhos ainda a pertubavam, não se importava que ele não gostasse de abraços. Naquele momento ela precisava daquilo, precisava de conforto e de alguém para apoia-la e se ele estava ali, sabe-se Deus como, ela iria aproveitar.

Ela o abraçou e ele soltou a mala que trazia em sua mão e devolveu o abraço. Hermione se sentiu segura pela primeira vez desde a ligação. De alguma forma a presença de Severus ali a acalmava.

— Como ele está? - foi a primeira coisa que ele perguntara, e como ela adorou ouvir a voz dele.

Eles ainda estavam abraçados quando ela respondeu:

— O médico disse que está estável.

— Já conseguiram a UTI para ele?

Ela já ia responder quando se deu conta de algo e saiu do abraço para olha-lo.

— Ainda não. Espera como você sabe sobre a UTI? Ou melhor como você soube que disso tudo?

— Nós vamos ter tempo para conversar sobre isso depois Hermione. Como você está?

— Estou bem. - ele lançou um olhar do tipo que sabia que ela estava mentindo, mas não disse nada.

Ela caminhou até a maca e ose sentar na poltrona, segurando a mão do pai, como se pudesse segura-lo ali com ela.

— O que eu vou fazer Severus? O que eu vou fazer se ele não melhorar? Como eu vou... Como eu vou ficar sem ele?

Ele caminhou até ela e se abaixou, apoiando em um joelho.

— Você não vai precisar. Ele vai ficar bom Hermione. Vai ficar tudo bem.

Severus a olhou nos olhos e ela sentiu sua alma se arrepiar. A proximidade, o contato da mão dele com a sua. Tudo tão familiar. Tão confortável e agradável. A segurança que ele passava com as palavras a faziam se sentir finalmente bem.

O momento foi quebrado quando alguém abriu a porta. Severus rapidamente se levantou e afastou-se. Era o Dr. Phillips e mais duas enfermeiras.

— Me desculpem entrar assim, mas está na hora de fazermos a troca do soro e mais alguns exames.

— Claro.

— Vamos tomar um café enquanto eles realizam os exames? - Severus perguntou e ela apenas assentiu. Soltou a mão do pai e caminhou até a porta.

Severus passou a mão pelas suas costas, a repousando na curva da coluna e a mantendo próxima a ele. Um gesto simples, mas que fazia muito bem à Hermione.

— E então, vai me contar como saiu de Moscou e apareceu aqui no hospital? - ela perguntou assim que ambos tinham seus copos de café em mãos e se sentavam no sofá próximo ao quarto de John.

Ele sorriu um pouco sem graça.

— Bem, a verdade é que eu e seu pai acabamos nos tornando amigos depois daquele primeiro encontro. Eu passei a visitá-lo alguns dias na semana para que nós jogassemos xadrez ou para conversar sobre futebol.

Hermione o olhava incrédula.

— E por que nenhum de vocês dois me contou sobre isso?

— Porque não era da sua conta. - disse com um sorriso malicioso e ela o olhou feio - Você nunca perguntou, e não é como se eu e John tivéssemos combinado de te esconder aquilo como um segredo.

Ela ainda não conseguia acreditar naquilo. Seu pai e Severus andavam amiguinhos, eles teriam muito o que explicar depois daquilo.

— E depois de um tempo deixei o meu contato na lista da clínica, para que me ligassem caso alguma coisa acontecesse ou caso ele precisasse de algo, ou se ele quisesse falar comigo. Quando me ligaram hoje eu estava no aeroporto esperando uma conexão para Nova York. Cancelei tudo na mesma hora e vim o mais rápido que pude.

Ela lhe sorriu. Nunca imaginaria que ele, ou qualquer pessoa no mundo, além de Harry e Gina, fariam uma coisa daquela. Se sentiu tão bem e emocionada que precisou se segurar para não abraça-lo de novo. Ela seria eternamente grata a ele.

— Só não imaginei que estivesse sozinha aqui.

Ela suspirou.

— Harry e Gina estão em um chalé nas montanhas e o telefone não tem rede por lá. E Draco...o celular dele só cai na caixa postal.

— Sinto muito. Não deveria ficar sozinha em um momento como esse.

— Eu não estou sozinha. Você está aqui comigo e tudo vai ficar bem.

Ele deixou escapar um dos seus raros sorrisos.

— O médico está vindo. Venha! - ela o chamou e eles se levantaram. - E então doutor, como ele está?

— Felizmente a febre começou a reduzir. Não foi muito, mas para ele qualquer melhoria é uma grande vitória Srta.

Aquelas palavras aliviaram um pouco o coração dela, e o fato de Severus estar ao seu lado, segurando sua mão contribuira com toda certeza.

— A UTI não será mais necessária, mas ficaremos de olho nele o tempo todo. Se desejarem ir para casa, para um banho ou para dormir o resto da noite, nós ligaremos ao amanhecer.

— Não obrigada. Eu vou continuar ao lado dele. Muito obrigada Dr. Phillips!

— Tudo bem, se notarem alguma alteração é só chamar. Boa noite!

— Obrigado! - agradeceu Severus e Hermione sorriu.

Entraram no quarto e ela se sentou na poltrona ao lado do pai e Severus no sofá ao lado.e

— Severus, talvez você deva ir para casa. Está cansado da viagem, deve estar querendo um banho e descansar. O pior já passou e eu tenho certeza de que vai ficar tudo bem agora.

— Não se preocupe comigo, eu estou bem. Você é que parece estar cansada. Venha aqui! - chamou indicando o sofá onde ele estava. - Descanse um pouco.

— Não posso, preciso ficar de olho no papai. - ela disse firme.

— Eu ficarei, venha! Você sabe que precisa dormir um pouco.

Ela acabou cedendo e foi se sentar ao lado dele.

— Só porquê eu não tenho dormido bem essa semana. - soltou e se arrependeu no mesmo instante, afinal o motivo de suas pertubações estava bem ali ao seu lado.

Ela corou, mas rezou para que ele não tivesse percebido.

— Tudo bem. Só descanse. - ele disse a ajudando a se agasalhar ali. Severus a abraçou e ela deitou sobre o seu peito, com o casaco dele a cobrindo.

— Eu vou só tirar um cochilo rápido. Me chame se precisar de algo.

Ele assentiu.

— Fico feliz que esteja aqui. - ela finalizou com um bocejo e antes que ele contasse até três ela já estava dormindo.

— Eu sempre vou estar aqui por você Hermione. Sempre. - ele disse acariciando os cabelos dela.

Naquela noite Hermione não teve sonhos, nem pesadelos. Ela apenas dormiu calma e tranquilamente.

Enquanto isso, John começara a acordar quando o sol surgiu. Ele olhou para Severus e a filha dividindo o sofá. Os dois homens trocaram um olhar que dizia tudo que eles precisavam saber, e com um sorriso John voltou a dormir. 


Notas Finais


E então? Felizes? Espero que sim.
Sejam bem legais e me digam se estão gostando.

Bjos!


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