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História Penny Lane - Two problematic men


Escrita por: angusyoung

Notas do Autor


+ me desculpem a demora é que teve alguns problemas meio pesados aqui em casa.
+ mais uma vez eu agradeço os comentários e agradeço por nao desistirem da fanfic, obrigada de coração.
+ eu estou com outra shortfic (gay dos rapazes) pra quem quiser ver: https://spiritfanfics.com/historia/hell-house-10885009
+ aproveitem!

Capítulo 16 - Two problematic men


Fanfic / Fanfiction Penny Lane - Two problematic men

+ Notas da autora: no ano de 1988 Axl Rose tentou se matar de acordo com sua namorada na época, Erin Everly, ele pôs uma arma em sua cabeça e disse que iria se matar de qualquer forma, isso realmente aconteceu. Mas de outra forma e sem Erin.

+

Rapazes, podemos conversar? – assim que Alan entrou entrou na sala de reuniões do estúdio já nos últimos dias de gravação do GNR Lies eu sabia que não podia ser boa coisa, quer dizer, Paradise City foi estrondoso, o clipe do ano, mas desde que os fãs morreram a energia da banda não voltou a ser a mesma, ainda festejavam como se não houvesse o dia de amanhã, ainda usavam drogas sem se preocuparem com nada, mas eu digo da energia em si, tudo ficou mais cinza. – Penny Lane, você poderia por favor se re...

– Ela não vai pra lugar nenhum, Alan. – Izzy o interrompeu se sentando na cadeira de frente para mesa e acendendo um cigarro, Alan assentiu com a cabeça e deu um suspiro. 

– O último show da turnê do Appetite antes de saírem em turnê com o Aerosmith e com o The Rolling Stones será em Indiana. – e foi essa a notícia que não foi nada boa. 

 Vejam bem, Axl e Izzy não voltaram para Indiana desde que chegaram em Los Angeles, de acordo com Izzy tudo o que vinha de Indiana não importava para ambos, quando Izzy fugiu de sua cidade para conseguir uma vida melhor ele prometerá que Lafayette era a cidade que pouco o importava e Axl quando foi atrás de Izzy decidiu jogar tudo da vida antiga para o lado de fora da janela. 

Por esse motivo quando Alan disse a notícia eu olhei para Izzy que virou seu rosto em direção a Axl e embora eu soubesse das poucas coisas que eles conversavam pelo olhar, daquela vez eu não pude saber o que eles estavam falando mentalmente.

– Nós vamos onde vocês forem. – Slash falou sendo prestativo e depois os olhei por mais uns segundos, Izzy franziu o cenho com ose perguntasse alguma coisa e Axl respondeu dando de ombros, então Izzy se virou para Alan.

– Um show não mata ninguém. – ele respondeu abaixando seu olhar para mesa e eu ufui até o seu lado passando minha em suas costas. 

– Saímos amanhã de manhã. – foi a última coisa que Alan disse antes de sair da sala e quando ele saiu tudo ficou em silêncio, Izzy abriu um espaço entre ele e mesa para que eu me sentasse em seu colo e assim eu fiz passando minha mão em seu rosto enquanto ele murmurava um "tudo bem, eu estou bem". 

 Os dois jamais admitiriam se algo estivesse erra ou se eles sentissem que havia algo de errado, eram orgulhosos demais para isso, mas eu tinha a sensação de que aquele último show do ano e da turnê do Appetite não seria nada bom, como Steven me avisou, uma série de merdas estava por vir e eu estava nesse meio mais do que envolvida, e você caro leitor que eu está vivênciando isso comigo se quer uma história feliz de uma banda entre amigos na qual sempre contam, onde todos riem e dizem "ah ok, só estão usando drogas e se divertindo" então saía, tudo apenas piora.

+

– Quando sairmos daqui vamos direto ao set de filmagens daquele filme do Eastwood na qual ele solicitou a presença de vocês. – Alan falou no camarim e eles assentiram.

 Eles não estavam nem um pouco no clima que costumavam, embora aquele lugar só trouxessem péssimas lembranças à Izzy e Axl, o restante também compartilhava dessa dor, uma coisa importante sobre os membros do Guns N' Roses: quando mexia  com um deles, então você mexia com todos. Isso era fato confirmado. Ninguém se sentia confortável em estar ali e a forma que Izzy teve de mostrar com o quanto não se sentia bem era ficando perto de mim e eu entendi isso como ele querer se agarrar a algo novo, algo do presente, algo que não o lembrasse Lafayette, por isso ele me mantinha por perto a cada minuto, quando fez a passagem de som ele não saiu de perto de mim, quando estava no camarim antes do show ele me agarrou e não me deixou sair de seus braços. O que não entendem é que o Izzy era emocional, demonstrava da sua própria forma, é claro, mas era, em todos os momentos em  que alguém dizia Indiana era como um incômodo, ele não queria estar lá assim como Axl que se fechou, não falou, não gritou e não se moveu.

– Vamos pessoas! – Doug os chamou e eles se levantaram.

 Eu os acompanhei até o palco e acalmei meu namorado até que ele entrasse no palco junto com Duff e Slash, depois me virei para Axl que estava de óculos escuros e não disse uma palavra para mim apenas subiu no palco e lá em  cima eles eram outras pessoas, roqueiros, não se importavam com nada, não estavam nem aí e os fãs não faziam a menor ideia da guerra pessoal que eles estavam enfrentando naquele instante. Ninguém nunca soube. 

+

 Eram três da manhã quando Doug entrou no meu quarto sem bater e totalmente desesperado, Izzy estava tomando banho, olhei para Doug sem entender o que estava acontecendo enquanto ele tentava recuperar o ar e falava tudo embolado.

– Ei, tudo bem, respira. – eu falei me levantando e indo até Doug que se abanou e respirou fundo.

– Axl... Ele precisa de você, ele só quer falar com você. – foi o que ele disse e eu arregalei meus olhos.

 Seja o que fosse, não era bom.

– Fale com Izzy, não deixe-o entrar no quarto de Axl.– eu mandei e Doug assentiu enquanto eu corria para fora do quarto indo até o de Axl no andar de cima. 

 Quando cheguei no corredor onde estava seu quarto Duff estava parado na frente da porta dele com a mão na maçaneta, eu parei de correr andando até a porta, Duff me olhou e colocou o dedo indicador na frente da boca pedindo para que eu fosse silênciosa e depois abriu a porta para mim, assim que eu entrei eu não gostei do que vi, embora eu tivesse que me desesperar o que fiz foi parar na entrada e engolir a seco, eu não arregalei meus olhos ou gritei, apenas levantei as mãos e tentei mantêr a calma. 

 Axl Rose estava com uma arma apontada para a sua cabeça enquanto seu rosto estava molhado, ele estava sentado na cama e parecia bem tranquilo com o ferro em sua cabeça.

– Axl...

– Ele me fodeu, me fodeu por trás tantas vezes eu perdi as contas, tudo aqui nesse maldito lugar que eu chamei de casa por tanto tempo. – ele falou entre um soluço e eu lentamente fui até ele ficando na sua frente.

– Quem? – perguntei.

– Meu pai e meu padrasto, dois imbécis, eles me estupravam e depois fingiam que nada havia acontecido e que eu seria uma pessoa normal, bom eu sou maniaco depressivo o que eles diriam agora? – ele perguntou me olhando e eu fiquei chocada, completamente, mas não demonstrei nenhuma expressão, apenas assenti com a cabeça. – eu tinha que ir pra igreja todos os dias da semana com o corpo doendo enquanto olhava a imagem de Jesus pensando que esse ditador celestial me odiava porque o lugar que eu vivia... Aqui, era o próprio inferno, passei a acreditar que a violência doméstica era a coisa mais normal  da droga desse mundo porque batiam na minha mãe, um pesadelo sem fim. – quando ele terminou de falar eu me ajoelhei na sua frente passando minhas mãos em seus joelhos e dei um longo suspiro.

– Eles não estão mais aqui Axl, nenhum deles, ninguém vai te obrigar a fazer nada...

– Não? Me dizem que meu temperamento é ruim e que eu tenho que fazer o que querem, eu tenho que agradar e...

– Você é seu próprio dono, ninguém vai te dizer como deve agir e pensar, eu prometo à você que vai ficar tudo bem, nós vamos embora amanhã e tudo isso vai passar. – eu sussurrei a ele que olhou para mim e respirou fundo.

– Você promete? – ele perguntou e eu assenti com a cabeça como uma confirmação. – promete pra mim que não vai me abandonar, eu preciso que fique do meu lado. – e meu coração se partiu em mil pedaços, novamente eu assenti com a cabeça confirmando.

 Ele deu um suspiro lento e abaixou a arma de sua cabeça a colocando em cima da cama e eu pude ficar mais um pouco aliviada, eu me levantei o abraçando e consequentemente me sentando em seu colo, ele passou seus braços pela minha cintura enquanto escondia meu rosto em seu ombro, eu fiquei assustada e morrendo de medo, embora eu não tivesse dito isso a ele naquele momento ele soube porque percebeu que eu tremia enquanto o segurava junto a mim, aquele abraço foi um marco para nós dois, estávamos assustados e completamente perdidos naquele instante e foi como tirarmos forças um do outro.

– Fique comigo, por favor. – ele murmurou no meu ouvido e eu neguei lentamente com a cabeça.

– Ele ainda precisa de mim. – respondi no mesmo tom de voz e Axl entendia que Izzy precisava de mim tanto quanto ele.

 Quando eu me separei de seus braços eu fui até o lado de fora onde Izzy esperava, ele passou por mim colocando suas mãos em meu rosto me perguntando se estava tudo bem e depois foi até Axl o envolvendo em um abraço, então eu fechei a porta do quarto porque como Duff já havia dito, eu nunca vi amigos que se amavam tanto sem nem ao menos saber.

+

Se tudo se acalma? Quando tudo iria ficar bem? Eu não sabia, foi durante as gravações do filme do Eastwood em Los Angeles que eu soube que minha presença na banda era o mesmo que nada.

 Eu estava no meu apartamento em um dia de domingo qualquer esperando Izzy voltar, ele havia ido buscar "um negócio" que eu sabia muito bem o que era até porque Slash e Steven estavam lá e eles só estavam lá quando iam ficar doidões, na maioria das vezes acontecia quando eu não estava em casa, naquela noite em especial a namorada de Duff e de Steven haviam me chamado para sair e eu não pude negar porque queria ser legal com elas, por isso meu apartamente ficaria todo para eles, só que a felicidade deles não durou por muito tempo e nem o meu descanso. 

Era quase final do ano quando Steven Adler teve uma overdose, no meu apartamento perto da Sunset Strip, era quase final do ano quando a maca onde tinha Steven deitado correu pelo hospital comigo logo atrás e os meninos esperando na outra sala, era quase final do ano quando Slash se sentiu culpado e Izzy se calou. Novamente. Era quase final do ano quando eu fiquei inquieta na sala de espera tentanto ter alguma noticia de Steven, Slash se desculpava várias e várias vezes, Duff tentava acalma-lo enquanto Izzy e Axl não diziam uma palavra sequer.

 Era qual final do ano quando o médico nos chamou dizendo que Steven teria que ficar de repouso, mas ele estava bem, eu me alivei assim como os outros, quase final do ano quando eles foram embora do hospital na madrugada de segunda-feira dizendo que teriam que gravar as cenas para o filme do Eastwood e eu disse que iria ficar.

 Quase final do ano quando entrei em seu quarto e Steven estava dormindo com uma agulha em seu braço e um equipamento verificando seus batimentos cardíacos, Steven Adler parecia outra pessoa ali deitado como se o que tivesse passado fora apenas um contra-tempo, nesta mesma época em que também fiquei chocada quando os outros memgros saíram do hospital me deixando ali sozinha com o bateirista deles só para que fossem gravar um filme, foi a primeira vez que minha decepção com Izzy se tornou ainda maior.

 Eu me sentei ao lado de Steven e o observei enquanto ele dormia, estava muito calmo assim como seus batimentos, e era quase final do ano quando Axl entrou na sala e se sentou ao meu lado me fazendo ficar ainda mais surpresa, ele deu um sorrisinho para mim e depois deu de ombros.

– Eu amo esse cara. – foi o que ele disse pra mim.

 Depois me pediu para que eu dormisse um pouco e foi o que eu fiz, dormi me encolhendo naquele pequeno sofá do hiospital, mas o que mais me comoveu foi o que aconteceu quando acordei, acordei bem devagar e sem fazer barulho e foi no mesmo momento que Steven abriu os olhos.

 Steven olhou para Axl também surpreso e Axl abriu um sorriso.

– Essa foi por pouco, Stee. – o ruivo falou com um enorme sorriso e Steven chorou.

 Talvez porque ele não esperava Axl lá, talvez porque estava vivo, a razão eu nunca vou saber de verdade, ele só chorou e o abraçou como se aquile fosse o momento mais especial que ele já tivera, anos depois você pode ler essa cena descrita pelo próprio Steven em seu livro. Por que estou contando isso? Porque para vocês saberem o final de Steven Adler na banda, eu preciso contar o que aconteceu antes. 

+

Conte até dois e tragédias vão acontecer, conte até três e tragédias vão se multiplicar, mas conte até cinco que você saberá.



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