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História Pequenos Infinitos - Conexões


Escrita por: WilkensOficial

Notas do Autor


PENÚLTIMO CAPÍTULO....
Lembrando que Pequenos Infinitos terá uma sequência que encontra-se em desenvolvimento...

Outra novidade é que haverá um epílogo que escrevei tem poucas horas. O epílogo deve servir para conectar com outra narrativa que deve chegar muito em breve.


Boa leitura e até amanhã.


<3

Capítulo 39 - Conexões


Fanfic / Fanfiction Pequenos Infinitos - Conexões

Quando Vinícius ligou o carro para sairmos do cemitério, Max apareceu bem na frente, acompanhado por dois amigos e também pelo seu irmão mais novo, o Alex.

Vinícius olhou para mim. Ele estava pálido. Segurei sua mão com força e pedi que ele desse ré, mas era tarde demais. Max já estava quebrando as janelas do carro com uma barra de ferro.

- E aí veadinhos! – disse ele entre risos – Vão sair do carro ou querem que eu os obrigue?

Saímos do carro hesitantes enquanto Max nos olhava com nojo.

- Acho que eu nunca odiei tanto alguém quanto eu odeio vocês dois. Sinto nojo de ver vocês trocando carícias!

- O que você quer Max? – perguntou Vinícius se colocando na minha frente.

- Eu quero terminar o que comecei. Que bom que estamos em um cemitério, assim fica mais fácil enterrar os corpos. – ele disse isso e começou a rir para os amigos – Eu trouxe meu irmãozinho pra ele aprender o que é ser macho de verdade.

- Você tá louco! Deixa a gente em paz! – falei sem acreditar que aquilo estava acontecendo.

- Louco eu? Não, eu não estou louco. Louco era o seu pai que violentava alunas indefesas, mas agora ele está no inferno. – ele fez uma pausa – A propósito, eu acho que vocês receberam nossos recadinhos deixados naquele muquifo né?

- Recados? Tá falando da invasão e das pichações no apartamento do papai? – Max riu afirmando meu questionamento.

- Foi tudo ideia da Ellis e da Bruna. Elas odeiam vocês tanto quanto eu.

- SEU DESGRAÇADO! EU VOU TE MATAR! – tentei avançar em Max, mas Vinícius me segurou, se não fosse isso, Max teria acertado a barra de ferro na minha cabeça.

- Acho bom vocês não se alterarem, até porque ninguém vai proteger vocês. Ninguém gosta de veados mesmo. Vocês são o erro da humanidade. – ele fez o gesto de nos acertar e começou a gargalhar – Eu só queria saber porque vocês escolheram ser bichas ao invés de serem pessoas normais.

- Meu pai diz que a maioria das pessoas que hoje são homossexuais foram abusadas na infância ou na adolescência. Geralmente, quando se é criado sem a figura do pai, a criança cresce passa a procurar nas pessoas aquilo que ele sentia falta na figura paterna. No caso das meninas, é importante que o pai trate bem a mãe da criança para que ela possa ver como é bom ser mulher, é importante que ele a valorize sua feminilidade. A pessoa não nasce gay, a sexualidade é interrompida apenas por abusos ou por falta de uma família estruturada. – disse um dos cúmplices de Max.

- QUE MERDA É ESSA LUÍZ? VIROU UMA ENCICLOPÉDIA AMBULANTE? – berrou Max irritado – Bom, chega de conversa e vamos acabar com isso enquanto não tem ninguém vendo.

- TÁ MUITO ENGANADO MAX! – disse Laerte que se aproximava acompanhado de sua namorada, Vanessa. Eles definitivamente eram um casal chiclete surpreendente.

- De onde vocês vieram? – perguntei perplexo.

- Relaxa que agora é com a gente! – disse Laerte se colocando na minha frente e assoviando em seguida.

Não demorou para que vários rapazes e moças saíssem de trás das lápides, cada um parecia estar mais puto que o outro. O mais curioso de tudo era o fato de serem quase todos gays.

- QUE PORRA! – disse Max – TÁ CHEIO DE BICHA AQUI! ATÉ VOCÊ LAERTE… PORQUE?

- Porque o Renan e o Vini são meus amigos e não vamos permitir que um cretino mexa com eles!

- É isso aí! – disse Alex dando um chute nas bolas do irmão e se aproximando de mim.

Vinícius olhava para mim com um sorriso satisfeito enquanto eu continuava sem entender como aquele monte de gente tinha aparecido.

- Acabou pra você maninho! – agora, Sheila aparecia acompanhada de Gustavo e Amanda – Papai tá sendo preso nesse exato momento e nós vamos acertar nossas contas com você agora!

- Não, por favor, eu não fiz nada! – dizia Max quase se borrando de medo.

- E aí amigo, vamos sair daqui? – disse Gustavo me dando um abraço e beijando meu rosto. Fiquei surpreso com o gesto dele.

- Vamos, mas… como foi que vocês armaram isso…

- Essa eu respondo. – disse Alex todo sorridente enquanto explicava sobre a invasão de Gustavo e Amanda na última madrugada – … e então, hoje de manhã invadi o escritório do papai e fiz uma cópia das filmagens principais da delegacia antes que ele apagasse, depois a Sheila levou as filmagens para a imprensa. Uma hora dessas, todos os pais envolvidos na morte do seu devem estar sendo presos. Toma, aqui está uma cópia do vídeo, caso você queira ver. – disse estendendo um pen drive para mim.

- Eu não quero lembrar dele dessa forma. – falei determinado a não ver aquelas imagens – Eu só tenho mais uma dúvida. Como vocês sabiam que Max estaria aqui?

- Eu escutei ele falando sobre isso com a Ellis por acaso – disse Vanessa – Daí eu contei pro Laerte, que contou pro Gustavo e então bolamos esse plano pra mostrar que a intolerância e a maldade nunca vão vencer, pois sempre seremos mais fortes!

- Obrigado. – falei recebendo um abraço coletivo e me sentindo a pessoa mais amada do mundo.

- O que faremos com eles? Acho que eles já apanharam o bastante. – disse Gustavo se referindo a Max e seus amigos que estavam quase inconscientes.

- Eu não me importaria de vê-los pedir desculpas de vocês de joelhos. – sugeriu Amanda com um olhar maldoso – A propósito, a Ellis e a Bruna também receberam o que mereciam.

- O que vocês fizeram com elas?

- Isso você nunca vai descobrir de mim Renan. – disse Amanda com um sorriso maléfico.

- Por favor. Eu imploro. – disse Max se rastejando – Eu não vou mais agredir ninguém, eu juro, só não nos batam mais.

- Beijem na boca um do outro e deixaremos vocês irem. – sugeriu Amanda – Mas beijem com vontade seus intolerantes de merda!

Max olhou para os amigos e arregalou os olhos quando viu que eles já estavam se beijando. Não demorou para que ele também beijasse os amigos. Claro que Amanda e os outros filmaram tudo pra usar como chantagem.

- Eu deveria obrigar vocês a chuparem o pau um do outro! Mas acho que dessa vez vocês aprenderam que se mexer com um, mexe com todos! VÃO EMBORA DAQUI! – berrou Amanda para eles, que saíram cambaleando.

Claro que eles não se tornariam pessoas melhores depois daquilo, mas pelo menos pensariam duas vezes antes de querer fazer qualquer maldade.

Apesar de todas as dores, apesar de todas as perdas, decidimos celebrar a vida e o amor recebido principalmente das pessoas que haviam partido.

Nossos amigos aguardavam na praia. Era uma tarde de domingo. Meu último domingo na cidade.

- E aí, está pronto? – perguntou Vinícius que usava só uma camiseta regata e short florido.

- Sim, só que… - mostrei para ele alguns papeis em minhas mãos – Eu tava vendo os documentos da pasta que a mamãe me deu naquele dia.

- E o que diz aí?

- Meu pai sofria de Transtorno Dissociativo de Identidade. Ela guardava esses exames há muito tempo e só me mostrou porque pensou que eu fosse ficar do lado dela.

- Mas ele não sabia disso?

- Mesmo mamãe tendo apresentado esses exames como prova a favor dele, parece que ele não lembrava. Ela nunca contou sobre isso porque achava tudo isso uma grande besteira. – respirei fundo – Ele tinha fases maníacas, fases depressivas… ele era uma mistura de sentimentos confusos, como um colecionador de máscaras. Os relatórios afirmam que ele só conseguia manter a sanidade quando estava perto do filho, nesse caso, eu. – suspirei lembrando do quanto eu me arrependia pelas brigas que causei.

- Então por isso ele foi inocentado. – disse Vinícius – Ele foi a maior vítima de toda essa história!

- E o que pretende fazer agora? O que você decidir, estarei do seu lado.

- Não sei, mas isso me deixa com um pouco de medo.

- Porque?

- Meu temperamento às vezes é como o do meu pai. Tenho medo de ter desenvolvido o mesmo problema que o dele e não saber disso.

Vinícius sorriu com mansidão.

- Eu vou me encarregar de manter sua sanidade, não se preocupe. – disse me dando um beijo – Vamos! Todo mundo está nos esperando.

Saímos da república, onde eu estava hospedado temporariamente e então fomos para a praia curtir um dos melhores finais de tarde que alguém poderia ter


Notas Finais




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