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História Percy Jackson Filmes - Presentes


Escrita por: JkTorcani

Notas do Autor


A felicidade da pessoa que não tem aula hoje...

Capítulo 36 - Presentes


Fanfic / Fanfiction Percy Jackson Filmes - Presentes

Nos dias de sábado, nas horas vagas, meu passatempo preferido era nadar, assistir filmes, jogar videogame ou simplesmente jogar conversa fora com Grover e os outros campistas. Mas isso foi antes de eu descobrir o beijo na boca. E o namoro.

Eu estava tendo um momento satisfatório e a sós com minha namorada. Estávamos deitados na minha rede de balanço, ela estava com a cabeça reclinada em meu peito, enquanto eu acariciava seus cabelos, já bagunçados, depois de uma sessão deliciosa de amassos na qual nós dois decidimos interromper ao concluir que quase havíamos ultrapassado um limite que apenas 1 semana de namoro, mesmo sólido, não suportaria.

A essa altura, com a calmaria de sua respiração, achei que Annabeth havia pegado no sono. Era uma boa hora para um cochilo, com o sol baixando no horizonte, e o clima se tornando mais ameno. Mas ela estava acordada, letárgica, porém acordada.

- Percy?

- Hum?

- Mais pra esquerda, por favor.

Soltei uma risada.

- Sou seu massagista agora? – mas acabei fazendo o que ela havia pedido, e isso a fez soltar um suspiro de satisfação.

Eu queria poder persuadi-la à dormir aqui essa noite, comigo. Em tão pouco tempo, me acostumei ao conforto de estar aninhado com Annabeth. Mas minha namorada afirmava que seria “contraproducente” às suas expectativas, pois ela esperava que não nos tornássemos aquele tipo de casal: grudento, meloso, sufocante e outros adjetivos do gênero.

Ela tinha meu apoio integral em relação à isso, uma vez que eu também acreditava que um namoro pegajoso era tudo, menos saudável. Mas era mais fácil para ela do que para mim, já que eu parecia ser o mais carente da relação.

- Quase na hora do jantar... – murmurou Annabeth contra minha camisa.

- Eu sei. Você não vê a hora de se livrar de mim...

Ela riu, antes de levantar a cabeça para me olhar nos olhos. Sua aparência não poderia ser mais sexy.

- Você é comovente. Mas é sério, temos uns 10 minutos...

Levei um dedo aos seus lábios, calando-a.

- Vamos aproveitar, então – puxei Annabeth para cima, pela cintura, e a beijei.

Era tão bom tê-la em cima de mim, poder beijá-la sem restrições.

Apenas 10 minutos de beijos não me satisfizeram completamente, mas de qualquer forma, eu já estava sentindo fome naquele momento. E ao chegarmos, de mãos dadas, no refeitório, o cheiro dos petiscos me inebriaram.

- Eu vou dar uma palavrinha com meus irmãos. Te vejo depois – ela me deu um beijo no rosto e se encaminhou para a mesa dos filhos de Atena.

Eu sentei ao lado de Tyson, na mesa dos filhos de Poseidon.

- E ai, grandão?

Ele direcionou seu único olho para mim, com um sorriso largo que indicava que estava saciado.

- Esse mousse de morango é ótimo, quer um pouco?

- De onde eu venho, o jantar vem antes da sobremesa, Tyson.

- Mas eu já comi o jantar – protestou ele.

Soltei um riso bufado.

“É claro que comeu” – pensei.

Eu estava prestes a falar algo para Tyson quando Thalia e Grover surgiram subitamente por trás de mim, e por obra do meu reflexo, eu não derramei todo o meu suco pela mesa com o sobressalto.

- Percy... – sussurrou Thalia, sentando ao meu lado. Ela olhou na direção de Annabeth, certificando-se de alguma coisa. Grover sentou ao lado de Tyson, e parecia bem mais tranquilo do que a filha de Zeus.

- Que foi? – quando Thalia olhou para mim, encontrei um mix de euforia e inquietação em sua expressão, ao contrário da passividade de Grover – O que você fez?

- Eu é que pergunto. O que você fez? – perguntou Thalia, com a voz estranhamente baixa, porém confiante.

Olhei para Grover, procurando alguma dica do assunto, mas ele apenas ergueu uma sobrancelha para mim enquanto apreciava o mousse que Tyson o havia oferecido. Voltei à Thalia.

- Por que eu teria feito alguma coisa?

Ela estreitou os olhos, voltou a espiar Annabeth, que estava de costas para nós, jantando tranquilamente, fora do alcance das nossas conversas.

- Percy... você por acaso sabe que dia é hoje? – Thalia perguntou, no mesmo tom baixo de antes.

Pensei um pouco. Ultimamente não importava muito que dia era, contanto que Annabeth estivesse comigo em todos eles. Romancista demais, não é? Talvez. Mas para um apaixonado, isso é irrelevante.

Agora, se eu fosse supor a data exata, eu estaria inclinado em...

- Dia 10? – sugeri.

- 11 – corrigiu Tyson, obtendo um relance de Thalia.

- Ok, dia 11 – voltei a minha concentração no jantar – o que tem de tão importante hoje? – olhei de volta para Thalia – e por que esse ar de repreensão?

- Que dia é amanhã? – minha amiga parecia uma desvairada agora.

E eu estava perdendo minha paciência.

- Se hoje é dia 11, amanhã será dia 12 – respondeu Tyson no meu lugar.

“Avá!” - pensei.

A expressão de Thalia só piorava conforme ela tentava, inutilmente, obter algo de mim que eu não fazia ideia do que era. Ela juntou as mãos em sinal de avidez.

- E o que acontece no dia 12 de Julho?

- Esquece isso, Thalia. De qualquer forma, acho que ele nem sabe – interveio Grover.

- Uou, espera. Parece importante. O que eu não sei? – perguntei. Tyson se mexeu para a frente, aparentemente tão desinformado quanto eu.

- Bem, Annabeth faz aniversário amanhã – Grover indicou minha namorada com a cabeça.

Eu ouvi aquilo, mas não acreditei.

“Como assim?” - pensei.

- Que!?

- Exato – Thalia chegou mais perto – então, o que você vai fazer a respeito?

Grover, cuja expressão demonstrava achar certo exagero na atitude de Thalia, se prontificou ao meu favor.

- Thalia, eu já disse, Annabeth não irá querer que façamos nada para ela – Grover entrou em uma batalha de olhares com Thalia, mas seu último argumento venceu a guerra – eu a conheço muito bem.

Pisquei. O meu suco não havia descido de forma correta.

- O que quer dizer com “eu a conheço muito bem”? – perguntei.

Eu sei. Esse é o tipo de pergunta que revela um namorado ciumento. Mas dada a fama de Grover em relação às garotas, não pude evitar.

Meu camarada sátiro apenas riu ao olhar para mim, o que não amenizou minha preocupação.

- Relaxa – pediu ele, mordendo o lábio inferior – o que eu quero dizer é que em todo o tempo que eu – ele apontou para si mesmo, lançando um olhar intenso para Thalia – passei no Acampamento, eu nunca vi Annabeth se preocupar com aniversários. Acho que a única pessoa que a presenteava era o pai dela. E também tinha o...

Ele parou bruscamente, olhando de relance para mim. Entendi à quem ele estava prestes a se referir. Luke.

- Tudo bem – elevou-se Thalia – o que você está sugerindo, Grover?

- Não era uma sugestão. Mas desde que acordou essa manhã, você vem martelando no meu ouvido de que deveríamos fazer uma festa. Ok, faça essa festa, mas não à transforme no Projeto X.

- E se eu convidasse algumas ninfas? – perguntou Thalia, super calma.

- Você tem a minha total atenção – disse Grover.

- Rá! Viu? Isso é tudo o que importa para você, não é mesmo? – acusou Thalia.

Uma parte do meu cérebro constatou o quanto esses dois, estranhamente, se assemelhavam à um casal de velhos discutindo. A outra parte, desejava esganá-los por serem tão divergentes em frente à uma única causa: me ajudarem a não ser o pior namorado do mundo.

Estalei os dedos na frente dos dois.

- Por favor! Concentrem-se em mim, agora. O que faremos? – Grover estava prestes à dizer algo, porém... – primeiro a Thalia. Desculpe, cara – ele não pareceu ofendido, apenas deu de ombros e voltou a comer.

Thalia pareceu satisfeita, sendo a primeira à opinar.

- Certo. Temos exatamente 1 dia para fazer tudo, o que já é mais do que o bastante – ela olhou para Grover, assumindo uma expressão contida – Grover... tem razão em um ponto: a festa deverá ser pequena. O que implica em poucos convidados, ou seja, nada de ninfas.

Grover ia protestar, mas eu o impedi, erguendo um dedo em sinal de silêncio. Thalia continuou.

- Na verdade, a lista de convidados se resumiria à nós quatro – ela fez um sinal indicando eu, Grover, Tyson e ela mesma – e os outros filhos de Atena.

Pareceu digno. Mas ela não parou por ali.

- Tem que ser uma surpresa e deveríamos fazer isso no chalé dela – ela olhou diretamente para mim – o que nos leva a sua tarefa. Terá que distraí-la enquanto arrumamos tudo – ela me lançou uma piscadela – sei que vai adorar sua tarefa. Grover e Tyson cuidarão da comida, e “cuidar” não significa “comer” – Tyson pareceu mais afetado do que Grover – eu cuido do resto. Vou falar com a galera de Atena.

Apropriado. Mas ainda faltava uma questão.

- E os presentes? – perguntei.

Thalia pareceu não processar. Ela bufou.

- Hã, é distinto. Acho que não precisamos enche-la de presentes. Annabeth nos mataria.

Para ela era fácil falar. Era só pegar algo do closet dela, uma jaqueta ou um kit de maquiagem, embrulhar em papel decorativo e voilá: um baita presente. Acrescentando o fato de que ela era a amiga e não o namorado. Sim, fazia sentido ela estar fazendo pouco caso.

O que eu daria à Annabeth?

Eu não poderia simplesmente sair pela frente do Acampamento e seguir até Manhattan, chegar em uma loja e escolher algo na minha linha de orçamento. Ou poderia?

- O que eu darei à ela, Grover? – puxei meu amigo pelo ombro, logo depois de finalizarmos o jantar. Estávamos frente à sua cabana de madeira.

Eu havia dado um longo e sofrido beijo de boa noite em Annabeth. Longo, pois eu beijei-a como se fosse o último beijo da noite. Sofrido, porque realmente seria o último da noite.

Grover me lançou um olhar malicioso, tirado do fundo da alma.

- Cara, não. Sem essas... ideias. Estou falando sério.

Ele suspirou.

- Ah, que tal... um colar ou uma pulseira?

- Onde eu posso arrumar isso por aqui? – fiz um gesto indicando o Acampamento.

Grover pensou por uma eternidade. Dava tempo de ir ao meu chalé e preparar um chá, depois retornar para ouvir sua “grande ideia”. Talvez uma luz tenha se acendido no meio dos chifres dele.

- Já sei. Cara, o Tyson. Ciclopes confeccionam várias coisas. É só você pedir à ele.

Considerei seu plano. Não precisava ser um presente exagerado. Eu poderia participar da elaboração, e ajudar Tyson a me ajudar.

Dei um tapinha no ombro de Grover.

- Valeu, cara. Vejo você amanhã.

 

 

Eu não queria interromper Tyson em seu sono, mesmo se tratando de tempos quase desesperados.

- É claro que eu ajudo você, irmão. Mas nunca fabriquei jóias – ele baixou a cabeça, parecendo frustrado – não sou como os outros experientes ciclopes.

“Você também não mata semideuses para comer” – comparei, em pensamento.

Segurei-o pelos ombros.

- Tudo bem, grandão. Eu já sei por onde começar.

- Onde estamos indo? – perguntou Annabeth, enquanto andávamos de mãos dadas pela praia. Um antigo sonho meu.

Já era dia 12, e eu estava me saindo bem, fingindo que não fazia a menor ideia de seu aniversário. Ela não parecia decepcionada com a minha falsa falta de congratulação. Mas eu tinha certeza de que ela sabia que estava fazendo 18 anos hoje. Talvez estivesse ocultando suas emoções.

- É só um passeio. Temos que aproveitar os momentos livres, não?

Ela sorriu.

- Sim, mas... bem, poderíamos ir para o seu chalé. Ou o meu, se você quiser.

Era a hora da discrição.

- Nada de chalés. O dia está lindo hoje, vamos desfrutar.

- Hã, em técnica, a tendência é os dias serem sempre do mesmo jeito por aqui. O clima do Acampamento não muda – argumentou ela.

Eu teria que ser bem mais convincente.

Passei meu braço ao redor de seus ombros, puxando-a para mais perto.

- Eu quero dizer que... quero estar ao ar livre. Em sua companhia – beijei seu rosto.

 

Andamos até pararmos próximo ao lugar onde eu costumava vir para tentar uma comunicação com meu pai. Nos sentamos nas pedras, à beira do lago.

Annabeth parecia um pouco ansiosa.

- Algum problema? – perguntei.

Definitivamente ela estava agitada, mas no sentido contente.

- Minha mãe falou comigo hoje – contou Annabeth, formando um sorriso em seus lindos lábios.

Aquela inveja, não bateu. Eu não sentia tanta necessidade de falar com Poseidon, eu sabia que ele estava olhando por mim.

Fiquei feliz por ela, e ao mesmo tempo, preocupado. Annabeth havia me dito, quando estávamos nos conhecendo há meses atrás, que Atena costumava contata-la em “momentos de aflição”.

Annabeth estava aflita?

- Isso é ótimo. E... vocês duas conversaram muito?

Ela aparentou refrear algo mentalmente, pela demora de sua resposta.

- Ah... apenas o básico, sabe? Perguntou se estava tudo bem comigo.

Eu não duvidava de que Atena gostaria de saber do bem estar da própria filha, mas havia algo mais.

E a conclusão me atingiu como um soco. Bem, dois socos, no caso.

Havia duas coisas que ela havia omitido. Primeira: Atena parabenizou-a pelo aniversário de 18, e ela não me diria isso, pois queria que eu me lembrasse da data ou, na verdade, não queria que eu soubesse. Segunda: elas conversaram sobre nós. O nosso namoro.

Se Atena fosse aquele tipo de mãe...

- Annabeth... você contou à ela sobre nós dois?

Ela pareceu surpresa com a pergunta, mas só surpresa mesmo. Annabeth sabia ser praticamente inexpressiva quando queria.

- Bem, não havia nada à contar. Ela já sabia.

Pisquei.

- E?

Ela olhou para os lados, confusa.

- E o quê, Percy?

Bufei.

- E... e quando ela planeja vir aqui me matar? – brinquei. Na esperança que ficasse apenas na brincadeira mesmo.

Annabeth olhou para baixo. Aquilo em seus lábios era um beicinho?

- Queria que ela viesse – desejou ela, em tom melancólico.

Ergui as sobrancelhas. Achei que ela havia dito que tinha sentimentos positivos por mim...

- Nossa...

- Ah, não – ela riu – não pra isso. Pare, Percy. Ela não mataria você. Minha mãe reconhece que já sou uma adulta, e que posso escolher meus próprios caminhos, até aqueles que envolvem o coração.

“Ufa” – pensei.

- Sei que queria que ela a visitasse. Filhas gostam da presença materna, eu acho – comentei.

Annabeth abraçou os joelhos.

- Se fosse apenas isso... – ela murmurou baixo.

Ignorar aquilo me doía. Eu queria parabeniza-la, leva-la para algum lugar onde a ausência da mãe dela não a incomodasse e beija-la com amor.

Mas eu teria que esperar até a hora da festa surpresa, e o único lugar onde ela não iria querer Atena por perto, seria a minha cama. Eu não iria sugerir isso.

Mas eu podia beija-la.

- Annabeth.

- Hum? – ela estava de olhos fechados, seu semblante assumiu uma expressão de paz.

Coloquei uma mecha de cabelo atrás de sua orelha, e cheguei mais perto dela, assoprando seu rosto, causando um sorriso.

- Vem cá – puxei-a para um beijo, suave, porém apaixonado.

- Foi uma tarde maravilhosa – comentou Annabeth enquanto voltávamos para a área principal do Acampamento. O sol estava se pondo, lentamente, no horizonte. Provavelmente eram quase 7:00 horas.

Passamos essa “tarde maravilhosa” nos beijando bastante. Se Thalia me pedisse mais tarefas assim, que envolviam distrair Annabeth, eu aceitaria com maior felicidade.

Thalia havia dito que tudo estaria pronto até as 7:30. Então eu ainda teria 30 minutos de distração.

- O que acha de irmos ao meu chalé agora? – ofereci.

Annabeth sorriu.

- Você nunca está satisfeito, não é? – ela suspirou – Mas tenho que ir ao meu chalé agora, tomar um banho. Está quase na hora do jantar.

“Pense rápido, Percy. E agora?”

- Tome banho comigo.

- Que? – indagou ela.

Espera. Que?

- Não... quero dizer... não juntos. Tome banho no meu chalé – esclareci.

Eu sabia que era uma oferta ousada, mas a expressão dela se atenuou.

- Oh, eu não sei... – ela olhou na direção em que ficava seu chalé, depois se virou para mim – tenho que pegar as minhas roupas.

- Eu posso emprestar minhas roupas para você.

Ela ia dizer algo quando Thalia chegou, com ar despreocupado.

- Pessoal, estava procurando vocês. Annabeth, você poderia me emprestar sua braçadeira de proteção? A minha rasgou – pediu Thalia, gentil.

- Mas não há treinos de Arco e Flecha agora – argumentou Annabeth.

Thalia abriu a boca, mas ainda parecia escolher qual desculpa daria.

- Sim, mas... eu vou fazer um treino extra, para aperfeiçoar mais rápido as minhas técnicas – explicou ela. Se eu fosse dar uma nota na performance de Thalia ao mentir, eu daria um 6. Ela deixou a desejar.

Por um momento, Annabeth aparentou estranhar o comportamento da amiga.

- Depois diz que eu sou a centrada em treinos – retrucou Annabeth, de brincadeira, claro – vamos até o meu chalé – ela olhou para mim, e sorriu – Percy, eu posso ir ao seu chalé depois, se quiser.

Thalia que estava atrás de Annabeth, naquele momento, me lançou uma piscadela. Aquele era o sinal de que tudo estava pronto.

- Ah, eu acompanho vocês duas.

Annabeth ergueu as sobrancelhas.

- Mesmo?

- Sim – confirmei.

- Vamos, então – avançou Thalia.

Foi apenas um acender de luzes e...

- Surpresa! – exclamou os 14 convidados, aglomerados na cabana, agora, enfeitada de Annabeth.

Uma faixa branca com os dizeres “Feliz Aniversário” escritos em dourado atravessava o alto do cômodo principal. Malcolm estava segurando um bolo branco de 2 andares, repleto de estilhaços de bombons na cobertura de chocolate.

Como era uma festa destinada a Annabeth, e ainda por cima uma festa de 18 anos, não houve ninguém com chapéus de cones decorativos ou confetes. Mas o entusiasmo era notável. Talvez fosse raro festas de aniversário no Acampamento.

A cara de surpresa de Annabeth valeu a pena.

- Ah seus... – ela não encontrou um adjetivo adequado para nos classificar, mas sorriu quando Grover lhe deu um abraço de urso, seguido de Malcolm, seu meio-irmão.

Thalia praticamente voou em Annabeth.

- Feliz aniversário – as duas amigas se abraçaram.

Tyson, que havia segurado o bolo no lugar de Malcolm, se aproximou. Duas velas ocupavam o topo do bolo, a vela do número 1 e o 8. Ambas acesas.

- Alguém precisa fazer um desejo – falei.

Annabeth parecia sem jeito, com todo aquele apreço e consideração. Seus irmãos e irmãs sorriam para ela.

Minha namorada pensou por um momento antes de assoprar as velas, e clamores de comemoração encheram o lugar.

 

Foi uma excelente festa, e um dos momentos mais agradáveis que eu já tive no Acampamento, pois Annabeth estava feliz.

Depois que terminou, e todos haviam ido embora, eu retirei a faixa de aniversário e os pratos e copos enquanto Annabeth estava no chuveiro.

- Obrigada por hoje – agradeceu ela, saindo do banheiro, completamente vestida.

- Agradeça à Thalia, a ideia foi dela. Aliás, por que você não disse nada? – perguntei.

Ela sentou em uma confortável poltrona bege ao lado de uma estante de livros.

- Ah, eu não queria que vocês se dessem o trabalho de planejar algo, como uma festa – Annabeth parecia quase tão sem jeito quanto no momento em que a surpreendemos. Ela puxou um papel decorativo de uma lata de lixo próxima – e principalmente que me presenteassem.

Sentei na poltrona que ficava de frente com a dela.

- O que você ganhou?

Ela olhou em volta, procurando por algo, e apontou para uma peça de roupa dobrada em cima de uma mesa de vidro.

- Uma jaqueta jeans da Thalia...

Eu queria enforcar a Thalia...

- ... ganhei do Malcolm um exemplar com os dados arquitetônicos dos monumentos da Atenas clássica. Uma flauta decorativa do Grover, um cartão do Tyson – ela sorriu e se esticou para puxar um envelope azul em cima da estante – que eu irei ler daqui a pouco. E – ela apontou para um escudo de bronze ao lado de um arco e mais uma pilha com 4 livros – os outros.

Cada um presenteou-a com seus típicos atributos sem fugir as características de Annabeth. Thalia, A Garota das Jaquetas. Grover, O Tocador de Flauta. Tyson, e sua doce forma de impressionar. Malcolm e seus meios-irmãos, Os Filhos de Atena com grande fixação por livros e equipamentos de combate.

Mas ainda faltava um presente, um que eu não sabia se encaixaria na lista de desejos de Annabeth, mas esperava que ela gostasse.

Puxei do bolso uma pequena caixa de bronze maciço. Annabeth estava analisando o envelope de Tyson.

- Ei, aqui – ofereci à ela, surpreendendo-a.

Seus olhos azuis brilharam.

- Percy – sua voz era suave – você não precisava ter...

- Eu sei. Mas mesmo assim... abra – apontei para a caixa.

Ela hesitou ao olhar para mim, mas sorriu enquanto abria o presente. Ali dentro, havia um cordão de couro negro com um pingente de coral vermelho, que eu e Tyson elaboramos depois de um longo mergulho nas profundezas do reino de nosso pai.

O sorriso de Annabeth se alargou ao conferir o cordão. O pingente de coral continha um brilho gracioso, quase se equiparava ao brilho dos olhos de sua dona.

- É lindo – exclamou ela.

Levantei-me da poltrona.

- Aqui, deixe-me colocá-lo em você – ela se levantou, ajeitando seus cabelos lisos para o lado.

Abri o fecho do cordão e posicionei-o em seu pescoço. Annabeth soltou seus cabelos, e segurou o pingente, admirando-o. Ela se virou para mim.

- Obrigada – ela colocou uma de suas mãos em minha nuca, puxando-me para ela. Nos beijamos com paixão.

Era o aniversário de Annabeth, mas quem estava recebendo o melhor dos presentes era eu.

Em fato, cada momento com ela era um presente.

 

 


Notas Finais


Então lindos, a previsão do próximo cap. é dia 27 (Quarta-feira). Amo Vocês.

(P.S: Vocês já perceberam que na fic eu uso o substantivo chalé para se referir às moradias dos campistas. Bom, é assim nos livros, mas no filme Ladrão de Raios, os campistas moravam em tendas e em Mar de Monstros deu a entender que eles moravam em chalés. Daí eu... já não sei mais kkkkk, coloquei como chalé mesmo.)

Segue o elenco...

CAST
Percy Jackson - Logan Lerman
Annabeth Chase - Alexandra Daddario
Grover Underwood - Brandon T. Jackson
Tyson - Douglas Smith
Thalia Grace - Paloma Kwiatkowski
Malcolm (filho de Atena) - Matthew Daddario (entendedores...)


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