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História Percy Jackson o Guerreiro Sem Limites - Capítulo 153


Escrita por: mestrejiraiya19

Notas do Autor


Mestre Jiraiya chegando...

Venho reforçar a informação que quem quiser conhecer eu um pouco melhor, ou conhecer outros leitores de FIC, me mandem mensagem ou comentem, que adicionarei vocês com muito prazer no grupo do whatsaap. Também venho dizer que adicionei mais alguns capítulos no Wattpad, então confiram.

Começando logo com o crescimento da FIC, primeiros com os comentários, estávamos com 3.952 e fomos para 3.986. um aumento incrível de 34 comentários, estamos perto dos 4 mil, será que chegamos nesse capítulo? Ficaria muito feliz com isso... Agora enquanto aos favoritos, estávamos com 1.736 e fomos para 1.771, um aumento extraordinário de 35 favoritos... E agora as exibições, que foi de 410.864 para 419.114, foram 8.245, visualizações a mais... Enquanto a Listas de leitura, estávamos com 384 e subimos para 407. Isso é incrível, mesmo com meses sem postas, os números aumentaram significativamente, estou muito feliz com vocês.

Agora sim, os agradecimentos do ranking 3 de leitores mais velozes. Em primeiro lugar: ~AnaJulia_1305, muito obrigado pelos seus comentários.... Em segundo colocado: ~CaioVidiri, muito obrigado pelo seu comentário, meu amigo, aliais marcando presença consecutiva no Top 3... Em terceiro lugar: ~ SamuAguia, muito obrigado pelo seu comentário meu jovem... Queria poder agradecer todos individualmente, mas acho que demoraria algumas horas pra isso hahaha, espero que todos saibam o quanto gosto de seus comentários.

Agora sem mais delongas, fiquem com o capitulo.

Capítulo 153 - Capítulo 153


POV: Thalia Grace.

 

---Não muito bem, não é preciso e eu com certeza não posso passar os três, mesmo que eu leve um por vez. ---Disse Nico seriamente, respondendo à pergunta do Percy, Percy estava horrível, seu rosto estava com uma aparência verde doentia, ele mal conseguia andar direito, não tinha forças pra quase nada, ele realmente era um peso morto, tudo isso graças mim, a minha distração, deixei-me distrair por um segundo e o Percy teve que pagar o pato, agora ele está muito ferido, sofrendo muita dor, talvez ele até morra, eu me amaldiçoei centenas de vezes desde a batalha com as Queres, já não bastasse tudo que o Percy já fez por mim, ele se voluntariou para a grande profecia, teve a ideia de me tornar uma caçadora, o que me fez parar de envelhecer e nunca completar dezenove anos, assumindo ainda mais a possibilidade dele ser o Herói daquele profecia horrível, é como eu agradeço ele? Fazendo-o sofrer ainda mais, tento que se machucar para me ajudar, Thalia sua idiota, você é uma idiota por completo, nunca faz nada direito. Então Percy tirou do seu bolso algo, chamando minha atenção e me afastando daquele pensamento de culpe, eu olhei para sua mão, era um pedaço de Ambrosia, dos grandes, sem hesitar ele comeu, seu rosto ganhou alguma cor e sua respiração ofegante se normalizou um pouco.

 

---Bem, nesse caso. ---Disse ele se virando na minha direção e me encarando seriamente. ---Você não vai gostar nenhum pouco do plano B.

 

---Plano B? ---Perguntei confusa, mas qual era o plano A? ele estava agindo rapidamente por conta própria, e difícil pensar tão rápido quanto ele, ele é um gênio afinal de contas, nunca ele me ouvirá dizer isto em voz alta. Enquanto eu falava, Percy se ajoelhou e colocou o craveiro no chão. ---Mas que plano B....Percy o que você taaaaa.... ---Então sem esperar por uma resposta minha, o Percy me agarrou, claro que não do jeito que você está imaginando. Ele colocou uma mão no meu braço e a outra na minha perna, e sem hesitar ele me arremessou com muita força para o outro lado. ----AAAHHHHH... ---Gritei em pânico, voando por cima do rio a uns bons 10 metros de altura dele, eu tinha medo de altura, aquele maldito do Perseus sabia disso, mesmo assim ele me arremessou feito uma boneca velha. Eu estava desesperada, minha vontade era de me encolher, fechar os olhos e gritar o mais alto que eu podia, mas eu sabia que se não fizesse algo rapidamente, eu poderia me machucar seriamente.

 

---VOCÊ PODE VOAR, SE CONCENTRE. ---Gritou Percy de algum lugar atrás de mim. Maldito, ele não devia ter feito isso, eu não vou conseguir me concentrar agora, não quando estou caindo em alta velocidade a mais de 10 metros do chão, pelo menos se eu morrer aqui, não vou ter que atravessar todo o processo dos mortos, já vou estar aqui, bem pertinho, que desperdício, virei caçadora, me tornei semi-imorta e agora estou prestes a morrer. Não vou morrer aqui e agora, eu sou filha de Zeus, deus dos céus, eu posso voar, tenho que vencer esse medo estúpido de altura e voar, eu posso, a habilidade está em mim, eu tenho esse poder. Me concentrei e respirei fundo, pensando em cair lentamente, pensando em pássaros, pensando nas correntes de ar ao meu redor e ordenando que elas me levassem para cima, de repente senti uma forte corrente me impulsionar para cima, ela começou a retardar minha queda, senti que estava descendo mais devagar, iria pousar em terra firme, segura e seca e com a minha memória intacta, acho que não poderia dizer que Thalia Grace voou, mas com certeza poderia dizer que ela caiu com estilo, eu já tinha controlado as correntes de ar antes, mas nunca fiz elas me elevarem para cima, não era exatamente a habilidade de voar que os filhos de Zeus tinham pelo que eu soube, mas caiu muito bem nesse momento de desespero e improviso. Assim que eu pousei do outro lado, senti meu peito se enfurecer de tal maneira, iria matar aquele idiota, iria dar um choque tão poderoso que iria fritar ele. Então ignorando minha perna bamba é o meu coração quase explodindo de medo, eu me virei na direção daquele maldito e comecei a gritar a todos pulmões.

 

---PERSEUS, QUANDO EU COLOCAR MINHAS MÃOS EM VOCÊ, EU VOU TE MATAR, VOU TE ELETROCUTAR MUITO, VOU FAZER CHURRASQUINHO DE VOCÊ... ---Comecei a gritar, eu podia sentir meu rosto queimando de pura raiva, ódio. Mas aquele maldito exibido, se virou para Nico e começou a me ignorar, aquilo me deixou ainda mais irritada, minha vontade era atravessar esse maldito Rio Lete, mesmo que fosse voando novamente e espancar aquele idiotia do meu primo. Ele disse algo para o Nico, mas eu não pude ouvir aqui do outro lado do rio, porém o que quer que fosse que o Percy disse, Nico negou rapidamente com a cabeça, então ele pareceu se concentrar, então Nico foi engolfado por sombras e desapareceu junto dela, ele viajou pelas sombras. Percy então se virou e ficou encarando o meu lado, então eu entendi o que estava acontecendo, Percy ordenou que Nico viéssemos pelas sombras, me virei e comecei a procurar o Nico do meu lado, mas nenhum sinal dele. ---CADÊ O NICO? ---Gritei para o Percy do outro lado, porém antes que ele pudesse me responder, Nico respondeu me surpreendendo.

 

---ESTOU AQUI. ---Disse ele aparecendo andando por trás das pedras, bem próximo de mim. ---Não saiu como eu queria, apareci lá longe. ---Disse ele chegando perto de mim. Ótimo, Nico e eu passamos o Rio Lete sem problemas, ambos bem e com as memórias intactas, agora só restava o idiota do Percy, quando ele chegasse desse lado, daria uns bons tapas nele, só para ele largar de ser mandão e idiota. Mas então eu olhei para ele, Percy tinha um olhar de receio, seu rosto já tinha voltado aquela cor doentia e verde, daqui eu podia vê-lo tremer, seu olhar distante me dizia que ele estava pensando em alguma ideia para ele passar, ele ainda não tinha nada em mente.

 

---Venha Percy. ---Chamei ele. ---Ande! ---Ele parou de pensar e começou a caminhar lentamente na direção da água, ele logo alcançou o leito do rio, então sem hesitar ele começou a caminhar sobre a água, bancando Jesus Cristo, um passo depois outro, tudo estava indo bem, ele vinha lentamente, mas vinha na nossa direção.

 

---Será que ele vai conseguir? ---Perguntou Nico sussurrando baixinho, sua voz parecia estar com medo, eu também estava com medo pelo Percy, se ele caísse ali dentro, já era. ---Ele parece tão fraco. ---Não deu tempo de eu responder o Nico, ele mal fechou a boca e o Percy parou de caminhar, ele abaixou seu corpo, pensei que ele iria afundar na água, mas ele apoiou um joelho na água, ainda por cima dela.

 

---NÃO... ---Gritei assustada, mas ele se manteve firme. ---VAMOS PERCY, VOCÊ CONSEGUE.

 

---NÃO POSSO! ---Gritou ele de volta.

 

---Sim, você pode ---Retruquei de prontidão, vi Percy fazer tantas coisas impossíveis e incríveis, que não conseguia imaginar em ver ele falhar em atravessar um pequeno Rio como esse. ---Nós precisamos de você! ---Disse eu seriamente, tentando dar alguma força extra ao Percy, ele respirou fundo algumas vezes, então tentou se levantar, lentamente ele foi ficando de pé. ---Isso, isso, continua. ---Incentivei baixinho, não queria gritar e desconcentrar ele, ele precisava de toda sua concentração e força. Mas então o surreal aconteceu, Percy se desequilibrou e foi em direção a água, caindo de frente. ---NÃÃÃÃOOOOOO... ----Gritei a todos pulmões, mas era tarde demais, Percy mergulhou de cabeça na água, sumindo completamente do meu campo de visão e afundando na água escura.

 

---Droga, droga. ---Disse Nico entrando em pânico, ele colocou suas mãos na cabeça e andou de um lado para o outro.

 

---Por Zeus, PERCY, PERCY.. ---Comecei a gritar desesperada, comecei a caminhar na beira do Rio Lete, orando para Poseidon dar algum auxílio ao Percy. ---Poseidon, eu nunca orei pra você antes, mas por favor, ajude o Percy, ele precisa da sua ajuda, dei forças a ele, ele precisa sair da água.

 

---Thalia, Poseidon está batalhando no mar, duvido que ele possa ajudar o Percy....

 

---CALA BOCA, CALA BOCA. ---Gritei interrompendo Nico, seus olhos estavam vermelhos e seu nariz também. ---Percy não pode morrer assim, ele não merece morrer assim, não por um erro meu, não pela minha fraqueza, se for necessário eu pulo dentro dessa maldita água e busco ele nadando, mas o Percy tem que sobreviver. ---Disse chorando, desesperada, eu não podia deixar o Percy ir assim, eu tinha que fazer alguma coisa. Então comecei a ir em direção da água, eu acharia o Percy, mesmo que tivesse que nadar esse maldito Rio Lete todo.

 

---Thalia, espera. ---Disse Nico agarrando meu braço, tentei me desvencilhar dele, mas ele me agarrou com mais força.

 

---ME SOLTA NICO, EU TENHO QUE ACHAR O PERCY. ---Gritei alto, tentando me soltar dele, mas ele era mais forte do que parecia, então ele me abraçou com força, tentando me segurar. ----ME SOLTA, ME SOLTA. ---Gritei chorando.

 

---Calma Thalia, calma, vamos pensar em um jeito de ajudar ele, calma, Percy não ia querer que você perdesse toda sua memória fazendo essa idiotice, pensa nele. ---Disse Nico docemente, tentando me acalmar. Ele tinha razão, eu não posso simplesmente entrar no Rio Lete e sair nadando atrás do Percy, todos os sacrifícios que o Percy fez por mim, seriam em vãos se eu fizesse isso. ---Vamos pensar em algo. ---Disse Nico se afastando de mim, assenti lentamente, enxugando as lágrimas. Nico se afastou e começou a encarar a margem do Rio Lete, ele estava tentando pensar em uma forma de podermos ajudar Percy. De repente das margens do rio um corpo emergiu, vindo em direção a margem, para fora da água, assustando a Nico e a mim, que demos dois belos pulos para trás, o corpo cambaleou para frente e finalmente saiu da água, então ele caiu diante nossos pés, desmaiando logo em seguida.

 

---PERCY. ---Gritei feliz, correndo na direção do corpo, seu corpo estava completamente seco, sem nem uma parte molhada. ---Graças a Poseidon, ele ouviu minhas preces, ele não deixou o Percy se molhar. ---Disse sorrindo, encarando Nico feliz, ele também sorria feliz, encarando o corpo do Percy desmaiado, então Nico disse seriamente:

 

---Ele nós deu um belo susto, mas agora precisamos cuidar dele, antes que ele morra sem energia.

 

POV: Perseus Heitor Jackson.

 

O gosto de néctar me fez despertar, apesar do Néctar não ter um gosto específico, para cada um, tinha um sabor diferente, mas pra mim, era o sabor do chocolate quente da dona Hera. Meu ombro parecia melhor, ainda doía bastantes, porém menos do que quando estive acordado, mas havia um zumbido desconfortável em meus ouvidos, meus olhos ardiam como se estivesse com febre, o que provavelmente era o que eu tinha.

 

---Não podemos arriscar com mais néctar, ele já bebeu mais que qualquer outro semideus que eu já vi. ---Thalia dizia, sua voz transbordava preocupação, ela colocou a mão em meu rosto. ---Ele está tão quente, acho que ele vai explodir em chamas, se eu der mais néctar.

 

---Percy. ---Chamou Nico. ---Você pode me ouvir?

 

---Explodir em chamas, muito desagradável. ---Murmurei forçando meus olhos a abrir. ---Entendi perfeitamente. ---Eu me sentei devagar, minha cabeça estava doendo um pouco, talvez fosse o veneno ou o excesso de Néctar, só sei que ambos podem me matar. Meu ombro tinha novas bandagens, bem limpas e colocadas, Thalia havia caprichado refazendo os curativos, tinha que admitir que ela até tinha jeito para medicina ou enfermagem. Mexi meu ombro para ver a mobilidade dele, ainda doía, mas eu podia já mexer bem mais, porém sabia que era temporário, a maldição estava comendo meus estoques de energia rapidamente. De repente Thalia me apertou em um abraço de urso, fazendo meu ombro doer muito. ---AIAIAIAI.... ---Reclamei de dor, Thalia se afastou rapidamente e secou as lágrimas do seu rosto com as costas das mãos, ela sorria e chorava ao mesmo tempo.

 

---Desculpe, deuses, estou tão feliz que você acordou e está bem, graças aos deuses. ---Disse ela sorrindo feliz.

 

---Com certeza é muito bom acordar, mas não sendo esmagado por um abraço de urso, quando seu ombro está ferido. ---Disse rindo, eles me acompanharam.

 

---Mas e sua memória, esqueceu de alguma coisa? Está tudo bem? Lembra de tudinho, certo? ---Disse Thalia apressadamente, me olhando com preocupação.

 

---Relaxa, cara de pinheiro, lembro de tudo. ---Disse a ofendendo, ela fez uma careta quando eu disse seu apelido.

 

---Isso eu até preferia que você esquecesse, idiota. ---Resmungou ela, o que fez eu e o Nico rirmos, por fim ela deu um mínimo sorriso para minha brincadeira.

 

---Temos que ir andando, antes que fiquemos ainda mais sem tempo. ---Disse acenando com a cabeça para o craveiro que estava ao lado de Thalia, ela o pegou com cuidado o craveiro do chão, o craveiro apontava na direção da caverna, logo atrás de nós, porém agora a flor tinha apenas duas pétalas, como se fosse duas tristes orelhas de coelho.

 

---O tempo está se esgotando, ainda bem que você acordou. ---Disse Nico seriamente, eu assenti positivamente.

 

---Já me dei ao luxo de descansar bastante, temos que ir andando. ---Disse seriamente, tentando me levantar.

 

---Cuidado, devagar. ---Disse Thalia, então me forcei a ficar de pé, Thalia me auxiliou a ficar de pé.

 

---Estamos perto, e estamos ficando sem tempo, precisamos apressar o passo, antes que eles consigam fugir levando a espada. ---Disse Nico seriamente. ---Você consegue andar? ---Perguntou ele me encarando, eu assenti positivamente a sua pergunta.

 

 

---Tenho que conseguir. ---Disse começando a caminhar. Então dei uma boa olhada a montanha que assomava acima de nós. Uma trilha de poeira se insinuava por uns trinta metros até a entrada da caverna. O caminho era pavimentado com ossos humanos, para dar um clima aconchegante. ---Estou pronto.

 

---Não gosto disso, estou com um mau pressentimento. ---Resmungou Thalia me apoiando com seu ombro, enquanto caminhávamos.

 

---Uma caverna assustadora. ---Comentei animadamente, tentando quebrar o clima pesado que havia se instalado. ---Melione a deusa dos fantasmas. Acho que não dá para piorar? ---Perguntei sarcasticamente, em uma espécie de resposta, o som de um assobio ecoou da montanha, de repente começamos a ouvir latidos de cães, porém eles soavam extremamente mais raivosos e altos que qualquer cão comum e vinham diretamente da caverna. ---Eu e minha incrível boca grande. ---Resmunguei irritado. Uma névoa branca veio da caverna, como se alguém tivesse ligado uma máquina de gelo seco, na neblina, uma imagem apareceu: uma mulher alta com cabelos louros e desgrenhados. Ela vestia um roupão de banho e tinha uma taça de vinho na mão. Seu rosto apesar de belo, era severo e desaprovador. Eu podia enxergar através dela, então sabia que era algum tipo de espírito, mas sua voz soava bastante real.

 

---Agora você volta, garota ingrata. ---Rosnou ela irritada, ela parecia estar falando com a Thalia, claro que era com a Thalia, ela era a única garota aqui, a menos que ela esteja confundido o Nico com uma garotinha. ---Bom, agora já é tarde demais! Não é mesmo, Thalia. ---Ela disse o nome da Thalia com muito desgosto na voz, com puro ódio.

 

---Está não é Melione. ---Exclamei confuso, eu já havia lido sobre a aparência dela, diz as lendas que ela era uma mulher diferente de qualquer outra, apesar dos mitos dizerem que ela era metade uma bela mulher, jovem e com a pele pálida, como um verdadeiro fantasma e sua outra metade era meio monstruosa, negra como carvão e sem vida como um verdadeiro difundo carbonizado, mas talvez isso fosse alguma espécie de poder de Melione, algo relacionado a ilusões, vindas dessa névoa dessa. Então eu ouvi mais latidos, agora eles pareciam estar mais próximos, com certeza eram cães infernais e vários deles. ---Precisamos sair desse campo aberto, aqui somos presas fáceis para que os cães, eles nos cercaram em segundos, vamos correndo, vamos Nico. ---Incentivei seriamente, enquanto comecei a caminhar rapidamente e com alguma dificuldade para mais perto de Melione, mas então notei que somente eu havia me mexido, me virei e encontrei Nico e Thalia paralisados. Ambos estavam estáticos, encarando o espírito no topo da montanha. ---Droga, não acredito nisso. Vamos Thalia. ---Chamei ela, mas ela não me deu ouvidos. Ela abaixou o arco.

 

---Mãe? ---Perguntou a Thalia com a voz chorosa, ela estava em total choque, seus olhos se encheram de água, sua respiração ficou ofegante, de repente, Thalia não era mais uma semideusa incrivelmente poderosa, ela mais parecia ser uma menininha assustada de uns sete anos. O espírito jogou no chão a taça de vinho, que se estilhaçou e desapareceu na neblina.

 

---Isso mesmo, menina, agora estou condenada a vagar pela Terra, e isso é tudo culpa sua! Onde você estava quando eu morri? Por que fugiu quando precisei de você?

 

---Eu... eu... sou fraca... Mamãe. ---Disse Thalia abalada, ela estava totalmente fora de combate, na verdade ela está totalmente fora de si.

 

---Thalia. ---Chamei alto, sacudindo ela, mas ela não voltou ao normal, ela estava extática. ---Ela é apenas um fantasma, não é real, ela não pode machucar você.

 

---Sou mais que isso, sou muito mais que um mero fantasma. ---Rosnou o espírito. ---Thalia sabe.

 

 

 ---Mas... você me abandonou, mamãe. --- Thalia argumentou.

 

---Menina desprezível! Fugitiva! ingrata!

Fraca. ---Disse o fantasma insultando Thalia, a cada palavra Thalia se encolhia, chorando.

 

---Pare! ---Nico deu um passo à frente com a espada desembainhada, mas o espírito mudou de forma e o encarou. Este fantasma era mais difícil de enxergar. Era uma mulher em um vestido de veludo negro, fora de moda, com um chapéu combinando. Usava um colar de pérolas e luvas brancas, e seus cabelos escuros estavam presos para trás. Nico parou onde estava.

 

---Você, você também não... ---Comecei a dizer, mas já era tarde demais, Nico travou onde estava.

 

---Meu filho, meu doce e amado Nicolas. ---Disse o fantasma na forma da nova mulher. ---Morri quando você era tão pequeno, apenas um recém-nascido, desde então eu assombro o mundo com pesar, pensando em você e em sua irmã, minha pequena anjinha Bianca.

 

---Mamãe? ---Disse Nico chorando.

 

---Não, é minha mãe. ---Murmurou Thalia, como se ela ainda visse a primeira imagem.

 

---Por Hades, que maldição. ---Disse irritado e bastante preocupado. Meus amigos estavam indefesos, presos em ilusões e eu estava fraco e debilitado por causa do ferimento e a espada de Hades estava prestes a sair do Submundo e causar um caos lá em cima, eu tinha que fazer algo. ---Chega, tenho que deter Melione. ---Disse eu, apesar da dor, levantei minha espada e andei em direção ao fantasma. ---Você não é a mãe de ninguém! ---O fantasma se virou para mim, a imagem tremeluziu e eu vi a deusa em sua verdadeira forma, era exatamente a mesma forma que eu havia lido nos livros, sua metade direita era pálida, da cor de giz branco, como se tivessem drenando todo o seu sangue, a outra metade, a esquerda era negra como piche,  parecia uma pele de múmia carbonizada. Ela usava um vestido e véu dourados, seus olhos eram órbitas negras, vazias, e quando eu olhei lá dentro tive a sensação de ver minha própria morte, vê meu corpo sem vida ao lado de Zoë. Melione forçou seu poder em mim, podia sentir que ela tentava entrar na minha mente e ver meus fantasma e me colocar em uma ilusão, mas eu a mantive afastada, enquanto caminhada na sua direção lentamente.

 

---Onde estão os seus fantasmas? ---Quis saber ela, irritada.

 

---Meus fantasmas, eu tenho muitos, mas não vou deixar uma deusa como você ver dentro de mim. ---Disse me aproximando mais. Porém o sorriso presunçoso voltou aos lábios de Melione.

 

---Malditos devotos e descendentes de Hera, imaginei que sua força mental fosse forte, mas não imaginei que você pudesse me manter longe dessa forma, fez parecer fácil. ---Disse ela seriamente, mas apesar daquilo, eu não entendi o porquê dela estar tão tranquila.

 

---Pois é, esse foi seu erro, duvidar das minhas habilidades. ---Disse eu seriamente, agora eu estava a poucos metros dela, mas ela mantinha o sorriso presunçoso nos lábios.

 

---Como eu disse, eu imaginei essa possibilidade... ---Começou ela dizer, de repente eu ouvi um rosnado vindo atrás da deusa, de dentro da caverna, 3 Cães Infernais enormes apareceram, eles eram do tamanhos de cavalos, toneladas de músculos e sede de sangue, eles eram parecidos com os Mastiffs, só que com dentes muito maiores e olhos vermelhos como sangue. ---Então tomei a liberdade de trazer meus meninos. ---Disse a deusa sorridente, ao lado dela um dos Cães parou, ele era mais alto que a deusa, ela bateu na lateral do Cão Infernal, o monstro rosnava pra mim, babando uma baba preta misturada com vermelho, acho que o vermelho era de sangue, esse pensamento não me animava em nada. ---Acho que você morre primeiro que seus amigos, a neblina demora um pouco, eles tem uns 10 minutos até perderem a consciência e 15 pra morrer. ---Olhei para meus amigos, a neblina parecia ficar espessa em volta de seus pés, enrolando-se em suas pernas como se fosse uma videira. As cores pareciam sumir de suas roupas e do rosto, como se eles também virassem sombras, enquanto ambos discutiam com os fantasmas de suas mães. O cão infernal latiu, chamando minha atenção. ---Ora, ora, monstro de estimação dos Olimpianos, se eu fosse você, se preocuparia com os meus meninos, não com seus amigos. ---Orientou a Deusa, respirei fundo e imaginei na minha Sai da mão direita, fazendo-a aparecer na minha mão, iria deixar aquela arma do meu lado ferido e com o braço esquerdo, eu atacaria com Contracorrente. Afinal de contas, se for pra cair, vou cair lutando. Me virei pra deusa é disse.

 

---Se você fosse eu, não seria tão horrorosa. ---Insultei ela, enquanto me colocava em posição de combate.

 

---Ora seu semideus ridículo, você vai morrer, agora. ---Rosnou a deusa irritada, eu quase pude ver seu lado branco, ficar vermelho de raiva com meu insulto. ---Ataquem agora. ---Ela não precisou dizer mais nada, todos os cães vieram na minha direção rapidamente, o que estava ao lado dela chegou mais rapidamente perto de mim, eu o ataquei com Contracorrente, mas ele saltou para trás, desviando do meu ataque com certa felicidade, o outro cão voou por cima do primeiro, literalmente, ele veio voando alto, vindo na minha direção, por reflexo levei minha Sai de Ferro Estígio pra cima, para me proteger, a Sai entrou bem na barriga do cão infernal, mas o peso do enorme cão já estava em cima de mim, então fomos os dois para o chão, rolando com violência na areia dura do submundo, eu sentindo muita dor, meu lado direito quase explodindo em dor por causa do impacto do enorme cão, porém o cão explodiu em pó dourado. Rolei no chão e fiquei de joelhos, felizmente ainda tinha ambas as armas em mãos, um brilho branco esfumaçado pairava entre a poeira dourada, ele foi sugado pela lâmina na minha mão, como uma espécie de ceifadora, os cães rosnavam pra mim, eles pareciam estar um pouco assustados pela rapidez que havia derrotado um deles.

 

---Nada mau, nada mau mesmo. ---Disse Melione rindo, ela batia palmas nos olhando, mas ela realmente não parecia impressionada com a minha luta e a rapidez que destrói um dos seus preciosos cães infernais. ---Mas aposto que esse ferimento está doendo bastante, quanto mais energia você usa, mais perto da morte fica, seu corpo não está se recuperando como devia, não com esse ferimento feito pelas Queres. ---Ela fez uma falsa careta de pena, o que sinceramente pareceu bastante assustador e nada acolhedora. ---Elas são bem venenosas.

 

---Não se ache demais, você manda esses cães infernais fazerem seu trabalho, covarde, porque você não luta comigo. ---Disse a desafiando, talvez fosse melhor enfrentar esses cães do que enfrentar ela em sua forma divina, mas talvez se eu a derrota-se rapidamente, poderia salvar meus amigos.

 

---Lutar com você? ---Perguntou ela rindo. ---Não, não, você não entendeu nada. ---Disse ela divertida, então uma ideia ruim me ocorreu. --- Você está muito atrasado, monstro de estimação dos deuses. ---Informou Melione. Olhei de relance para o Craveiro nas mãos de Thalia, ela ainda segurava a planta enquanto estava em transe, outra pétala caiu do craveiro, restando apenas uma. ---O acordo já foi feito.

 

---Que acordo? ---Perguntei a Melione, ela riu da minha cara com vontade.

 

---São tantos fantasmas, eles desejam ser livres, assombrarem a todos os lugares, quando Cronos comandar o mundo, estarei livre para andar entre os mortais durante o dia e a noite, semeando o terror como eles merecem.

 

---Onde está a espada de Hades? ---Insisti seriamente. ---Onde está Jápeto?

 

---Perto daqui. ---Assegurou ela rindo. ---Eu nunca quis deter você, e não deterei, pois não será preciso, apenas estou dando algum tempo ao Titã. Em breve Percy Jackson, você terá muitos fantasmas, muitos mais e se lembrará de mim.

 

---Sua maldita traidora. ---Disse irritado partindo para cima dela, mas quando fiz isso, um dos Cães Infernais se pois entre nós, rosnando ferozmente, mas eu não tinha tempo a perder, tinha que acabar com ambos rapidamente e ir atrás da espada. Então continuei pra cima do monstro, ele partiu pra cima de mim, mostrando seus enormes dentes, estoquei minha espada nele, bem na cabeça, a lâmina entrando bem fundo em sua enorme cabeça. Ele ganiu de dor e explodiu em pó dourado, ouvi o rosnado do último cão e o vi com os cantos dos olhos, vindo na minha direção rapidamente, ele saltou no ar, pulando em cima de mim, eu girei em meus joelhos, me abaixando um pouco, então com Contracorrente e o fatiei em dois, ele explodiu em pó dourado, que caiu sobre mim. Me coloquei de pé e encarei a deusa monstruosa na minha frente, ela estava ainda sorrindo, então sem dizer nenhuma palavra eu ataquei Melione com minha espada, tentando quebrar a ilusão que ela estava fazendo com meus amigos. Como o esperado, ela se afastou rápido, a neblina ao redor de Thalia e Nico se dissipou. Eles olhavam para a deusa como se só agora vissem o quanto ela era medonha.

 

----O que é isto? ---Thalia quis saber, ela olhava confusa pra Melione e pra mim, desviando seu olhar entre nós, ela parecia estar procurando algo ou alguém. ---Onde minha mãe...

 

---Era um truque. ---Nico respondeu, Thalia se ajoelhou colocando sua planta rastreadora no chão e fazendo que seu Arco aparecesse. ---Ela nos enganou. Thalia armou uma flecha e mirou na deusa.

 

---Se você abrir uma passagem para o mundo, acha mesmo que Cronos vai recompensá-la? Ele vai lançá-la no Tártaro com o restante dos servos de Hades. ---Disse Thalia irritada, Melione mostrou os dentes.

 

---Sua mãe estava certa, Thalia. ---Disse a deusa dos fantasma. ---Você é uma menina cheia de raiva, boa em fugir, nada além, disso. ---A flecha voou, e a deusa dissolveu-se em neblina, deixando para trás apenas o silvo de sua risada, a flecha passou entre a neblina e atingiu as rochas e partiu, inofensiva.

 

---Fantasma idiota. ---Resmungou Thalia. Eu podia jurar que ela estava realmente abalada, os olhos pareciam avermelhados, as mãos tremiam. Nico também estava impressionado, como se estivesse sofrido uma grande desilusão.

 

---O ladrão... ----ele conseguiu dizer, todos nossos olhos se voltaram para o Craveiro. ---Provavelmente está na caverna. Precisamos detê-lo antes que ele consiga... ---Naquele instante, a última pétala do cravo caiu. A flor ficou preta e murcha. Eu sussurrei derrotado:

 

---Tarde demais.


Notas Finais


voltando a todo vapor....


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