História Percy Jackson o Guerreiro Sem Limites - Capítulo 99

POV: Perseus Heitor Jackson.

Eu me teletransportei para a cidade de Atlântida, qualquer humano normal teria sido esmagado pela pressão e congelado pelo frio, pelos milhares de quilômetros de profundida que eu estava agora, olhei mais ao fundo, mar adentro, mesmo os meus olhos sensitivos a calor, e tendo uma visão sobre-humana, graças a Atena, mesmo assim, não podiam ver muito além, na escuridão do mar, mesmo que estivesse de dia lá em cima, a claridade não chegava até aqui, eu sabia como funcionava o dia e a noite no fundo do mar, por não haver luz solar, a luz era feita artificialmente, fogo grego, esferas de energia, entre outras formas, mas o dia e a noite, era respeitado igualmente a superfície, mesmo os monstros e peixes precisam dormir, descansar, certo? Então eles usavam o mesmo fuso horário dos USA. Estive pensando, antes de vir, sinceramente estava impressionado de minha mãe, ter me deixado vir para guerra, quando ela disse aquelas palavras, quando conversamos no quarto dela, eu não esperava que eram verdadeiras, não que ela seja mentirosa, longe disso, mas entenda, dona Hera é dona Hera, a melhor mãe super protetora e irritante do universo, só que não posso esquecer do seu espirito de guerreira. Bem a cidade de Atlântida, era linda, magnífica, haviam várias casas, feitas de tantos tipos de materiais e cores distintas, as ruas eram um verdadeiro encanto, haviam pérolas e pedras preciosas por suas calçadas e ruas, era o lugar mais belo do mundo na minha opinião, talvez perdesse apenas para o Palácio de meu pai, em si. As ruas estavam tomadas de guerreiros, parece que meu Pai ou minha Avó, haviam mandado seus exércitos evacuarem os civis das ruas, que poderiam tornar-se campo de batalha, os guerreiros Tritões, eram um pouco diferentes do meu irmão Tritão, eles tinham uma aparência, um tanto assustadora, com rabos de peixe da cintura para baixo e corpos humanos da cintura para cima, exceto pela pele, que era azul, seus olhos eram de um verde brilhante, como aquele fluído que se coloca dentro daquelas pulseiras fluorescentes, e seus dentes eram como os de um tubarão. Comecei a caminhar em direção ao palácio, os Tritões que me viam, faziam uma breve reverencia e voltavam ao seus serviços ou apenas ignoravam e continuavam a fazer o que estavam fazendo, eu podia notar que eles não gostavam muito de mim, tudo bem, eu matei o deus deles é claro, normal eles não gostarem de mim.

---“Jovem príncipe.” ---Disse um enorme tubarão martelo, devia ter pelo menos uns 6 metros.

---A olá. ---Cumprimentei-o de volta, apesar de vários dos moradores do Olimpo, me bajularem e me chamarem de “príncipe” isso, “Herói” aquilo, eu nunca me acostumei, mas quando estava no mar, era ainda pior, todos, literalmente todos faziam isso, e devo admitir, que ainda era meio chocante, quando um tubarão cabeça de martelo passava por você o cumprimentava, e depois saía calmamente nadando, para sua vida cotidiana. Segui em direção ao Palácio, ainda por fora do pátio principal, era impressionante, as fortificações eram largas, torres, paredes, e armas de anti-carco, cheguei ao portão principal, suas dimensões eram enormes, devia ter 10 metros de altura por 20 de comprimento, feito de ouro puro, barras grossas, com dois enormes cavalos entalhados em desenho, era incrível, haviam dois enormes Tritões fazendo a guarda dos portões.

---Jovem príncipe. ---Disse os dois fazendo uma reverencia.

---Olá, eu gostaria de falar com meu pai e minha avó. ---Disse calmamente, eles assentiram e os portões foram abrindo.

---Então o principezinho, vai juntar-se a nós na batalha? ---Disse uma voz de mulher atrás de mim, me virei e dei de cara com uma linda mulher, linda mesmo, senti meu estômago revirar, como se borboletas estivessem voando dentro dele, a mesma coisa que aconteceu comigo, quando estive com Louise, ou com a Nix, ou com a Annabeth, está mulher, tinha por volta dos 22 anos, 1.70cm, pele branca, cabelos vermelhos como sangue, lisos caindo pelas costas, seu rosto era lindo, de tirar o folego, porém sério, tinha lindos olhos azuis turquesas, que pareciam estar zangados, seu corpo estava escondido por uma armadura de bronze, com desenhos de tridentes, ela trazia seu capacete em suas mãos, ele tinha penachos verdes, sua armadura cor de Bronze e os penachos verdes, diziam que ela era um capitã, na sua outra mão, sua arma, uma Alabarda, era uma arma brutal, em sua extremidade superior, existem três lâminas, uma no topo, como uma lança e mais abaixo, duas lâmina de machado, uma um pouco menor que a outra, a arma é semelhante a um machado, grossa é boa para impactos.

---Sim, eu vim. ---Disse sorridente, fazendo-a revirar os olhos, em reposta. Nossa que mau humor danado, comecei a caminhar em direção ao palácio, mas a garota começou a me seguir, parece que eu consegui uma companhia. ---Parece que você me conhece.

---Quem não conhece o poderoso Príncipe, Perseus Heitor Jackson. ---Disse ela sarcasticamente. ---Filho de Poseidon e Hera, neto de Atena e Campeão de Héstia, herói do Olimpo, príncipe do Olimpo, príncipe de Atlântida, herdeiro do trono de nosso rei, Poseidon, terror do Kraken, matador de deuses... Esqueci de algum título? ---Perguntou ela zombando.

---É você me conhece bastante. ---Disse sarcasticamente. ---Mas eu não te conheço. ---Disse para ela.

---Eu sou Ligea, capitã das tropas de Tritões. ---Disse ela, então entendi por que todo aquele ressentimento, ela era subordinada do idiota do Tritão.

---Uau, uma capitã. ---Disse simpaticamente, tentando quebrar aquele clima chato e tenso. Mas ela revirou os olhos e continuou com a cara de mau humor, virei a atenção para o palácio, confesso que eles eram bonitos, mas a estressadinha era tão bela quanto o palácio, bem, o palácio em si, era tão grande quanto a cidade no monte Olimpo, com pátios grandes e abertos, jardins, e colunas de pavilhões, os jardins eram esculpidos com colônias de coral e plantas do mar brilhantes, vinte ou trinta construções eram feitas de abalone, branco, mas reluziam com as diferentes tonalidades de azul e verde, peixes e polvos entravam e saíam pelas janelas, os caminhos estavam forrados com pérolas brilhantes como enfeites de natal.

---Eu fico aqui, principezinho, não fuja como um covarde. ---Disse ela sorrindo sarcasticamente, olhei a construções, um templo com teto de coral vermelho enorme e bonito.

---Pode deixar, senhorita mau humor. ---Disse para ela, ela me olhou entediada e nadou na direção da construção, continuei meu caminho, eu nadei até o fim de um longo corredor e subi como um tiro para cima com um gêiser, chegando a um enorme templo, com um deque grande e aberto que tinha sido colocado como centro de comando. Haviam dois golfinhos parados de guarda costas, ambos com lanças de bronze na mão, assim que me viram fizeram uma reverencia e abriram a porta da sala pra mim, e de pé ao lado do mosaico no chão, este que mostrava um mapa exato das terras do palácio e o oceano ao redor, e estudando atentamente o mosaico, estavam Poseidon e Atena, vestidos exatamente igual eu vê no meu sonho, com armaduras completas, é ao lado deles, estava Roda, com seu 1.65 cm, linda maravilhosa como sempre, com seus cabelos negros esverdeados que iam até a metade das suas costas, vestida em uma armadura completa branca, com tridentes verdes desenhados, seu capacete estava ao lado, ele tinha penachos negros, o que dizia que a Roda era um General do meu pai, na sala também se encontrava o deus dos golfinhos, Delfim.

---Enquanto a Coto e Giges? ---Perguntou meu pai ao Delfim.

---“Já estão a caminho, eles são leais ao senhor.” ---Disse Delfim na sua voz estranha, mas como sempre, consegui entender. Eles estavam tão distraídos que não notaram minha presença no primeiro momento, mas com o barulho da porta se fechando, minha avó ergueu o rosto na direção da porta.

---Percy? ---Perguntou-me minha avó, quando me avistou.

---Ele não vem Atena, duvido que Hera deixe-o participar da guerra. ---Disse meu pai distraidamente, minha avó revirou os olhos e virou o rosto do meu pai na minha direção, eu acenei para ele. ---PERCY, o que faz aqui?

---Vim ajudar. ---Respondi sorrindo, ele sorriu feliz e veio nadando na minha direção, me deu um forte abraço, quando ele afastou, ele sorria, mais sorria muito, nem parecia que ele estava a tão pouco tempo, segundos atrás, com aquela cara séria, eu me senti bem por deixa-lo feliz.

---Ainda não acredito que você conseguiu convencer sua mãe, te deixar lutar. ---Disse meu pai incrédulo.

---Eu tive ajuda. ---Disse dando de ombros.

---De quem? ---Perguntou minha irmã Roda.

----Eu sabia que não seria fácil, e aproveitando a reunião, pedi para Zeus, e tive apoio de Héstia, Deméter, Ares, Hades...

---Hades? ---Perguntou meu pai incrédulo, assenti, ele sorriu. ---Meu irmãozinho, não para de me surpreender.

---É Zeus também. ---Disse dando de ombros.

---Mesmo assim, fazer Hera mudar de ideia? Não é nada fácil. ---Disse minha avó com os braços cruzados e me olhando esquisito. ---Por acaso, você não veio aqui escondido, veio?

---Claro que não, não tenho mais 10 anos. ---Disse revirando os olhos.

---Então, que bom saber, que sumir, sem dar aviso, deixando todos preocupados, é coisa de quem tem 10 anos? ---Perguntou ela, me fazendo corar. ---Incrível, como você cresceu 7 anos em poucas semanas. ---Disse ela sarcasticamente.

---Bem, isso é outra situação. ---Disse tentando mudar de assunto rapidamente. Agora mais perto do Mosaico, eu o analisei melhor, era incrível, um mosaico no chão mostrava um mapa exato das terras do palácio e o oceano em volta, todas as construções, e todos os seres, desde monstros marinhos, a peixes, literalmente tudo que tinha vida ou forma. ---Uau, isso e incrível, um mosaico real, só havia lido sobre eles. ---Disse fascinado.

---São muito úteis, uma vez que a cada movimento da batalha, cada combate, baixas, ele te mostra em tempo real, com uma exatidão quase perfeita, desde que esteja bem regulado. ----Disse minha avó. Naquele instante, o mosaico estava em constante movimentação, os seres em miniatura iam se movendo em grupos, de um lado para o outro, o exército de Tritões evacuando a cidade, eu podia ver uma grande parcela, indo sentido a uma enorme montanha.

---Pra onde estão levando os civis? ---Perguntei.

---Além das montanhas submersas, para a cidade de Rodes. ---Disse meu pai, já havia ouvido falar dessa cidade, foi uma cidade homenageada ao nome da minha irmã, inclusive seu palácio era lá, era uma cidade pequena, pelo que ouvi falar, nunca cheguei conhece-la pessoalmente. ---Quero segurar as tropas de Oceano aqui, não podemos deixar eles passarem, isso colocaria os filhotes e seres idosos demais para a batalha em perigo.

---Quanto tempo até o exército deles chegarem? ---Perguntei.

---“Uma semana, talvez menos até os monstros mais rápidos chegarem.” ---Disse Delfim, com sua voz de golfinho, assenti educadamente, olhei para o Mosaico novamente, haviam muitos Monstros marinhos, criaturas e seres no mosaico, mas tudo que eu via aqui não era o suficiente, haviam muitos, pelo menos 50 vezes mais, do que vê no Cruzeiro demoníaco de Cronos, mas comparado com o exército de Oceano, era minúsculo, não dava nem ao menos um terço do que vê no meu sonho, acho que estou sendo muito otimista com um terço.

---Pai, quanto do seu exército está aqui? ---Perguntei preocupado.

---Aproximadamente oitenta porcento, algumas tropas estão a caminho. ---Disse meu pai.

---Isso não é o suficiente. ---Disse preocupado.

---Como assim? ---Perguntou minha avó.

---Eu tive um sonho, pressagio, no sonho eu vê as tropas de Oceano, eles tinham pelo menos o triplo do tamanho do nosso, talvez mais. ---Disse sem rodeios.

---Não vai ser uma batalha fácil, já sabíamos disso. ---Disse meu pai seriamente, ele apertou seu tridente com força na mão, pode ver os dedos da sua mão ficarem brancos, com a força que ele apertava sua arma divina. ---Muito dos nossos aliados, trocaram de lado nessa guerra, somente os mais leais continuaram do nosso lado.

---Entendo. ---Disse baixinho, isso era ruim, minha mãe tinha razão, Oceano era um sádico, calculista.

---Não façam essas caras de idiota. ---Disse minha avó irritada, chamando nossa atenção. ---Só por que eles tem um número maior de soldados, não quer dizer que eles já venceram, nem sempre quantidade, quer dizer qualidade, a guerra só vai acabar, quando o ultimo de nós não respirar mais. ---Disse minha avó animadamente. Sorri, ela sabia como animar as pessoas.

---Belas palavras, querida. ---Disse meu pai sorrindo, ele se virou para mim. ---Filho, vai falar com o Tyson, ele deve estar ansioso pra te ver, ele só perguntou de você nos últimos dias. ---Disse ele, me animei, estava com saudades do Grandão.

---Legal, estou morrendo de saudades dele. ---Disse indo em direção a porta.

---Não se entusiasme demais, a propósito, fique preparado para essa noite, vai ser importante. ---Disse ele voltando sua atenção para o Mosaico, parei e olhei para ele.

---O que vai ser importante? ---Perguntei confuso.

---Sua nomeação é claro, vamos te tornar um General das minhas tropas. ---Disse meu pai distraidamente, eu engasguei com a saliva, o que fez Roda e minha avó rirem, até mesmo Delfim, riu do seu jeito esquisito.

---COMO É? Está doido pai, eu acabei de chegar, nunca liderei um exército como esse, na verdade nunca liderei nada, não estou preparado pra isso. ---Disse apressadamente, Poseidon se virou, sorriu largamente e segurou nos meus ombros, apertando firme, olhou nos meus olhos seriamente, agora olhando nos olhos do meu pai, aquele verde-mar profundo, entendo como é quando eu olho seriamente para as pessoas, devo dizer que é bastante convincente, intenso e forte.

---Como não? Tu é o maior herói da atualidade, treinou com os melhores deuses, teve o melhor treinamento em batalha, com o deus da guerra, teve o melhor treinamento estratégico, com a própria deusa da estratégia em batalha, além é claro, de ser meu filho, você é meu herdeiro, está no seu sangue liderar, seria loucura minha não te fazer um General. ---Disse Poseidon, senti-me corar violentamente, o que fez Roda rir.

---Que fofinho, ele fica vermelhinho com elogios do papai. ---Disse ela rindo, mostrei o dedo do meio a ela, o que a fez gargalhar.

---Seu pai tem razão, meu querido. ---disse minha avó se aproximando, ela colocou a mão no meu ombro e sorriu confiante, seus lindos olhos cinza tempestade, estavam calmos e serenos, o que me passou tranquilidade. ---Sei que está pronto.

---Obrigado.

---Agora vai, divirta-se com Tyson, ele vai gostar, ele está nas forjas. ---Disse Poseidon sorrindo, assenti, fiz uma breve reverencia a Delfim, e dei um beijo no rosto de Roda.

---Mas tarde nós falamos. ---Disse ela sorrindo, me virei e dei um beijo na minha avó.

---Não se atrase, meu querido, aliais, o banquete com os líderes, vai ser antes, coisa que seu pai esqueceu, tu tem que estar presente também. ---Disse minha avó.

---É mesmo, havia me esquecido. ---Disse meu pai, ele sorriu pra minha avó. ---O que eu faria sem você.

---Provavelmente nada. ---Disse ela rindo, eles deram um beijo.

---EI EI, ainda tenho pesadelos do quarto jaula, por favor não me façam fazer mais anos de terapia. ---Disse seriamente, o que fez minha avó corar.

---PERSEUS. ---Gritou ela irritada.

---Até mais. ---Disse mandando um beijinho, e saindo porta afora rapidamente, ainda pude ouvir Roda gargalhar alto. Fui em direção as forjas, ela ficava um pouco afastada do palácio, mas não era muito longe, fui nadando, a forja era enorme, uma enorme construção em estilo grego, feita de mármore negro, alta, pois a maioria dos ferreiros eram ciclopes, de longe eu podia ver as bolhas que subiam constantemente para superfície, ouvir as constantes marteladas, sons de metal no metal, quando cheguei mais perto, pude ouvir o som do fogo, alto e quente, qualquer outro filho de Poseidon, teria problemas em entrar ali dentro, apesar de sermos um pouco mais resistentes a calor e fogo do que um semideus comum, não éramos imune, eu era graças a ser campeão de Héstia, a porta da entrada tinha dois enormes tridentes entalhados nelas, mas estavam abertas, dentro da forja, havia um tipo de magia que não deixava a água do mar entrar, havia fogo e barulho ensurdecedor, vários ciclopes e outras criaturas construindo espadas, escudos, armaduras e muitas outras coisas, a forja estava a todo vapor.

---RÁPIDO, SEUS MOLENGAS, A GUERRA NÃO VAI ESPERAR. ---Gritou um Ciclope, ele era maior que os outros, muito maior do que o Polifeno, que era até então, o maior Ciclope que havia visto, mas este era maior, devia ter uns 12 metros de altura, ou mais, musculoso e enorme, seus cabelos eram pretos e longos, assim como sua barba, seu enorme olho azul no meio da testa era feroz, ele usava roupas maltrapilhas e tinha cara de mau, então este era o chefe, eu nunca o havia visto pessoalmente, mais este era Arges, o brilhante, filho de Gaia e Urano, ele e seus dois irmãos Bratos e Estéropes eram os mais velhos Ciclopes, mais velhos que os Titãs, irmãos dos Hecatônquiros, também conhecidos como Centimanos, estes Ciclopes foram trancados no Tártaro por seu pai, Urano, por medo do incrível poder deles, Arges e seus irmãos, foram usados nas batalhas ao longo do tempo, porém eram descartados de volta ao Tártaro, após a vitória, assim os Titãs fizeram, para derrotar Urano, Zeus e seus irmãos os retiraram do Tártaro, para que eles pudessem ajudar na batalha contra os Titãs, para derrubarem seu Pai Cronos e os Titãs do poder, assim que conseguiram, foram nomeados ministros dos Deuses e ferreiros permanentes do Olimpo, Arges ficou aqui no comando da Forja de Poseidon, Bratos foi para o submundo é Estéropes para a forja principal do Olimpo. Uma vez tentei conhecer Estéropes, mas ele é muito mal humorado, Hefesto advertiu que era perigoso ir importuna-lo na forja principal no Olimpo, mau cheguei conhece-lo pessoalmente, apesar de achar ter visto um enorme ciclope ao longe no fim da reunião a alguns dias atrás, mas me parece que pelo jeito, Arges também é mal humorado. 

---Olá Arges, poderoso líder das forjas de Poseidon. ---Disse reverencialmente, monstros antigos, gostavam desse tipo de bajulação, eu não me importava em parecer antiquado ou puxa saco. Ele olhou na minha direção, com cara de mau, fiz uma breve reverencia para ele.

---Quem é você, pequenino? ---Perguntou Arges, sua voz era extremamente grossa e irritada, mas antes que eu pode-se responder a perguntar do Ciclope, fui esmagado em um abraço de quebrar ossos, Tyson não havia perdido nem um pouco sua enorme força, na verdade estava ainda mais forte.

---Ty..SON.. Pre..ciso re...respirar. ---Tentei falar para ele, ele me soltou do abraço e sorriu para mim, confesso que estava tão feliz em ver o Grandão, ele havia ficado ainda maior, agora devia ter mais de 2 metros, seus cabelos iam até o ombro e eram estilo Dread, tinha uma cor castanha clara, seu enorme olho castanho esverdeado, estava em puro êxtase, ele estava ainda mais forte e musculoso, mais do que eu agora, suas roupas continuavam maltrapilhas, como sempre.

---Percy, Percy, você cumpriu o que prometeu, sabia que você ia cumprir, você nunca mente. ---Disse Tyson muito feliz.

---TYSON. ---Gritou o Ciclope de trás de nós. ---Quem é ele?

---Esse é meu irmãozão mais velho, Percy. ---Disse Tyson feliz, o barulho das marteladas e do arder do metal, foi substituído por murmúrios de “príncipe”, é as coisas começaram a se agitar entre os outros Ciclopes e seres, que estavam na forja.

---CALADOS, VOLTEM AO TRABALHO. ---Gritou Arges, os outros Ciclopes voltaram a trabalhar novamente, o enorme Ciclope se voltou para nós, ele parecia bastante irritado, ele olhou para o Tyson, depois para mim, mas de repente sua expressão se suavizou. ---Então, o que te traz aqui, jovem príncipe?

---Aah... eu só queria falar com Tyson, cumprir uma promessa que fiz. ---Disse meio atordoado para o Ciclope. Era incrível como os monstros ou seres mitológicos me tratavam diferente, só por saberem de quem eu era filho, alguns poderiam querer me matar, outros me tratavam como se eu fosse da realeza, sinceramente, se eu pudesse escolher, preferia que eles me atacassem.

---Eu sabia que você viria, sempre soube, só demorou demais. ---Disse Tyson feliz, pulando de um lado para o outro, ele olhou para Arges e disse. ---Chefe, posso mostrar minhas criações ao meu irmão, ele também entende, na verdade ele é o melhor.

---Não, claro que não, eu só arranho. ---Disse para o outro Ciclope, apesar de adorar criar coisas, eu não queria ficar preso nas forjas, não enquanto uma batalha estava acontecendo do lado de fora.

---Pode sim, desde que não atrapalhem o trabalho dos outros. ---Disse Arges coçando sua barba.

---Pode deixar, não vamos atrapalhar. ---Disse para Arges, até que perto do seu irmão Estéropes, ele era simpático. Tyson agarrou meu braço e me arrastou para seu canto, onde seu martelo e sua bigorna estavam, junto ao seu forno de barro negro, onde as chamas ardiam com muita intensidade, mais a frente havia uma janela, que dava direto ao oceano, no forno de barro, havia uma lâmina de uma espada, ainda estava bem no começo do processo, a lâmina mal havia tomado uma forma. O calor aqui dentro era insuportável, qualquer outro semideus teria problemas de estar aqui, somente os filhos de Hefesto, ou no meu caso, campeão de Héstia, suportavam tanto calor.

---Eu trabalho aqui. ---Disse Tyson orgulhosamente, ele apontou mais ao fundo, onde haviam já algumas espadas já prontas. ---Aquelas eu fiz hoje. ---Ele correu até lá e pegou uma delas, me trouxe e me entregou. ---Então, está boa? ---Comecei analisar a arma, sua empunhadura era simples, feita de couro negro, mas bem trabalhado, o pomo da espada era feito de Bronze, e tinha um desenho de um tridente nela, o que dizia claramente, que era uma espada do exército de Poseidon, a Guarda de mão da espada era forte e grande o suficiente para a proteção da mão do usuário, bem no começo da lâmina de Bronze Celestial, havia o nome “Tyson” entalhado no metal, a lâmina estava bem afiada, seu corte parecia impecável e afiado, equilibrei a espada no dedo, o peso da lâmina e do cabo estava perfeitamente balanceado, não vinha nenhum tipo de erro na arma, não era exatamente uma arma digna de Reis, mas como não era esse o propósito inicial da arma, já que era destinada para os exércitos, era uma espada de um pouco mais de um metro, simples e mortal, perfeita na minha opinião.

---Nota 10, está perfeita, meu irmão. ---Disse para ele, ele sorriu largamente, corando violentamente.

---Obrigado.

---O jovem Tyson, era ótimo ferreiro quando chegou aqui, um pouco devagar apenas, entretanto com o passar do tempo, evoluiu muito é rapidamente. ---Disse Arges nos olhando. ---Hoje em dia ele é um dos mais velozes, e melhores forjadores daqui, na verdade um dos melhores que eu já vê.

---A obrigado, chefe, aprendi com os melhores. ---Disse Tyson timidamente.

---Deixa de bobagem, eu disse que você era o melhor, olha por exemplo seu escudo. ---Disse mostrando meu relógio de pulso, apenas um mostrador branco e prata e uma pulseira de couro preto, era estiloso e simples. ---Forte, bonito e leve, salvou minha vida muitas vezes.

---Que bom, que bom. ---Disse Tyson feliz. ---Quero que você me conte sobre suas aventuras, quero que me conte tudo que fez, irmãozão. ---Disse ele feliz, senti uma pontada no peito, eu não acho que podia contar tudo a ele, fiz coisas que não me orgulho em dizer.

---Claro, vou contar tudo. ---Menti. ---Mas você pode sair assim?

---Claro, claro, podem ir, Tyson está liberado por hoje. ---Disse Arges, dando um sorriso sujo, seus dentes eram grandes e pretos, acho que aqueles dentes nunca viram uma bela escovação ou um enxaguam-te bocal.

---Ah obrigado. ---Disse Tyson surpreso, ele não esperou outra palavra de Arges, ele segurou em minha mão e me arrastou para fora da Forja correndo, quando já estávamos mais afastados, ele parou sorrindo.

---Por que saímos correndo? ---Perguntei para o Tyson.

---A o chefe é muito nervoso, de mau humor, ele é legal, mas é exigente demais. ---Disse Tyson. ---Conte-me, quero saber das suas aventuras. ---Pode parecer paranoia minha, mas eu quase pude ver algum tipo de malicia no olhar do Tyson, quase como se ele já soubesse de algo. Pensei em mentir, dizer que nada havia acontecido, que estive apenas descansando, mas não consegui mentir, Tyson apesar de tudo, viu muita coisa ruim, viveu muita coisa ruim, apesar de seu jeitão de criança, sabia que ele não era uma criança comum, comum é claro para uma criança Ciclope, então resolve contar tudo. Olhei em volta, a cidade já estava completamente vazia, mesmo que estivéssemos longe dela, não queria que mais ninguém além do Tyson ouvisse a história, sentei em uma pedra, Tyson sentou do meu lado.

---Na tarde em que você partiu, na mesma noite, Thalia Grace, filha de Zeus, saiu de dentro do Pinheiro, graças aos poderes do Velocino de ouro, a Thalia em se é muito legal, um pouco mau humorada e explosiva, mas eu gosto dela, ela estava confusa e triste...

---Então você ajudou ela? Sabe, deixando ela feliz. ---interrompeu Tyson, olhei para ele, eu podia notar, que ele estava com medo da minha resposta, não sei bem o que contaram a ele, mas parece que ele está diferente.

---Claro, eu ajudei ela. ---Confirmei sorrindo.

---Isso, você ajuda as pessoas, as pessoas boas. ---Disse Tyson sorridente.

---Claro, não podemos deixar de ajudar as pessoas boas, nunca, certo? ---Ele assentiu sorrindo. ---Depois que a Thalia já estava bem feliz, eu iria partir atrás de Anfitrite.

---Para matar ela? Ela merece, ela não teve pena da Yeasmin, ela é uma pessoa malvada, pessoas malvadas não merecem coisas boas. ---Disse Tyson com seu olho ficando vermelho, por causa do choro, vou ser sincero, nunca ouvi uma frase que fizesse mais sentido do que está que o Tyson disse, “pessoas malvadas, não merecem coisas boas”.

---Exatamente, mas antes de matar Anfitrite, eu encontrei uma pessoa, uma amiga, o nome dela é Annabeth, você vai gostar muito dela. ---Disse para Tyson, ele sorriu feliz.

---Eu quero conhecer ela, e a Thalia Grei..ice, também. ---Disse ele atrapalhadamente, apesar de tudo, e bom ver que algumas coisas nunca mudam.

---Elas vão gostar de você. ---Disse para ele, então parei e pensei, talvez Annabeth não, Ciclopes a machucaram e a caçaram por muito tempo, mas Tyson era diferente.

---Agora, continue a história, você matou aquela malvada? ---Perguntou ele.

---Sim, eu matei.

---Que bom, assim ela não vai mais fazer nenhuma maldade. ---Disse Tyson seriamente, as vezes era difícil de acreditar que ele já era maduro assim. ---O que mais?

---A teve algumas outras aventuras, mais nada demais, quero saber de você, como andam as coisas? Fez novos amigos?

---Sim, claro. ---Disse Tyson sorrindo largamente. ---Todos os Ciclopes da forja, são meus amigos. ---Disse ele orgulhosamente, de repente seus olhos se acenderam de felicidade. ---Você quer ver Arco-íris?

---Mas é claro que eu quero ver ela. ---Disse sorridente. Assim que chegamos nos estábulos, uma enorme construção, enorme e verde, parecendo um templo grego, mas lá dentro, era um enorme espaço, aberto sem baias, onde vários Hipocampos vivam, eles eram livres para ir e virem, lá eles tinham alimentos e cuidados especiais, era um lugar legal, no momento haviam poucos animais, acredito que a grande maioria estava trabalhando na evacuação, servindo de montaria a guerreiros, alguns poucos animais estavam ali naquele momento, um deles era um enorme Hipocampo, um corcel totalmente branco, apenas na parte de cima, a metade de baixo, era de corpos prateados de peixe, com escamas reluzentes e nadadeiras de arco-íris na cauda, era um lindo animal, ele se agitou e veio nadando na direção do Tyson, os dois rodaram e brincaram na água, apesar do tamanho da Arco-íris, eu nunca a ouvi falar, ela deve ter algum tipo de bloqueio ou algo assim. Logo os dois acalmaram-se e Tyson a trouxe para mim.

---Oi Arco-íris, e bom vê-la novamente. ---Disse acariciando o enorme Hipocampo, que ficou feliz.

---“Então, o jovem Príncipe está de volta.” ---Disse uma voz na minha mente.

---Espera, desde quando você fala Arco-íris? ---Perguntei surpreso, o que fez Tyson rir alto. ---Do que está rindo?

---Olhe para traz. ---Disse Tyson, me virei e vê de quem era a voz na minha mente, atrás de mim, um enorme Hipocampo estava parado, quase tão grande quanto Arco-íris, mas era diferente de qualquer outro Hipocampo que conheci, este era um corcel negro de enormes olhos verdes, crina longa, sua metade traseira era de um corpo prateados de peixe, com escamas reluzentes e nadadeiras da cor do arco-íris na cauda, este era Meia-Noite, um rebelde Hipocampo, que eu conheci a muitos anos atrás, que sempre ajuda quando estou no mar.

---Meia-noite, meu velho amigo, que bom ver você aqui. ---Disse indo em sua direção, passei a mão entre suas orelhas, sem medo.

---“E bom vê-lo novamente.” ---Disse Meia-noite na minha cabeça, estava feliz em ver ele novamente, então me concentrei e invoquei alguns poucos torrões de açúcar, sabia que dependendo da quantidade, poderia causar cólica nele, mas um ou dois não iria fazer mal, eu ofereci para ele, ele comeu contente.

---Você vai precisar de uma montaria adequada, já que vai se tornar um General. ---Disse Tyson, olhei para ele espantado, ele deu de ombros sorrindo feliz. ---Papai me disse, que iria te nomear um General, quando você viesse para o mar.

---Então ele já tinha isto em mente. ---Aquele velho cabeçudo, sempre está um passo à frente de mim.

---Papai é sábio. ---Disse Tyson dando de ombros, acho que a única pessoa que o Tyson admirava e respeitava, mais do que eu, era nosso pai. ---Ele vai dar uma bela surra, naquele titã idiota, do Oceano.

---Mas é claro que vai. ---Disse sorrindo para Tyson, não tinha tanta confiança assim, mas sei de uma coisa, isso só vai acabar quando eu não poder mais respirar. Voltei minha atenção para o Meia-noite. ---Então, aceita me ajudar, velho amigo?

---“Sim, eu aceito, Príncipe.”