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História Percy Jackson o Guerreiro Sem Limites - Capítulo 109


Escrita por: mestrejiraiya19

Notas do Autor


Mestre Jiraiya chegando....

Começando logo com o crescimento da FIC, primeiros com os comentários, estávamos com 2.131 fomos para 2.150 um aumento muito bom de 19 comentários.... Agora os Favoritos, de 886 fomos para 896 um aumento de 8 favoritos... E agora as exibições, que foi de 191.686 para 194.438 foram 2.752 visualizações a mais.

Agora sim, os agradecimentos especiais, em primeiro lugar, ~nicojackson18, marcando presença novamente em primeiro lugar, obrigado minha amiga linda.... Em segundo lugar, ~brunoYuji fico feliz com seu comentário, mano.... Em terceiro, ~GABYSJackson100, obrigado pelo seu comentário minha linda, marcando presença novamente entre os três primeiros...

Agora fiquem com o capitulo, espero que gostem.

Capítulo 109 - Capítulo 109


POV: Perseus Heitor Jackson.

 

Memórias Ligadas:

 14 anos atrás.

 

---Percy, meu amorzinho. ---Disse minha mãe, corri com meu cavalinho de madeira, até a cozinha onde minha mãe estava, assim que eu entrei cavalgando com meu amiguinho, vê minha mamãe, ela estava de costas para mim, mexendo na geladeira, guardando as compras, minha mãe era alta, muito alta, sua pele era branquinha como a neve que cai no natal, diferente da minha que era um pouco mais escura, seus cabelos loiros como o sol, desciam até a metade das suas costas, ela estava vestindo uma calça jeans preta, uma blusinha regata preta, com estampa de flores amarelas e usava um sandália feminina.

 

---Oi mamãe. ---Disse chegando perto dela, ela se virou na minha direção, seus lindos olhos, aquele cinza tempestuoso, era lindo e inteligente, mamãe era muito inteligente.

 

---Faz um favor para mamãe? ---Perguntou ela docemente, assenti positivamente, eu amava ajudar a mamãe. ---Mas tem que ser bastante forte para isso. ---Disse ela mostrando o braço, seu “muque”, como eu chamava, ela sempre me corrigia dizendo que aquilo era o Bíceps ou algo assim, mas eu preferia chamar de “muque”.

 

---Eu sou mamãe. ---Disse mostrando os músculos dos meus braços, fazendo-a rir. ---Igual ao papai. ---Disse orgulhoso com o músculo do meu braço.

 

---Sim, meu pequeno homem. ---Disse ela afagando com as mãos meu cabelo. ---Você é um homem forte, com certeza.

 

Memórias desligas.

 

Mal ela sabia o quão fraco eu era, ela se sacrificará para salvar alguém como eu, um fraco, traidor, uma pessoa que não valia a pena. Depois da bronca que levei da Roda, ela me enviou para meu quarto, mandando que eu ficasse lá para descansar, assim fiz, mas não tinha intenção de obedece-la, finalmente havia chegado a hora, hora de ir para o princesa Andrômeda, hora de acabar com isso de uma vez. Abri a porta do meu quarto, olhei para o corredor, mais afrente era o quarto do meu pai e minha avó, mas com certeza eles não estão aqui agora, então seria a hora perfeita, parecia que não havia mais ninguém por perto. Agora, para fugir do palácio, não seria fácil, não poderia deixar minha avó e meu pai... bem, eu não tenho mais o direito de chama-los assim, já que estou indo trair eles, me juntando a Cronos, então, melhor dizendo Poseidon e Atena, não poderia deixar eles notarem isso, a princípio eu pensei que o Mosaico, estaria focado na batalha, cerca de quilômetros de distância do palácio, se tivesse um pouco de sorte, é saísse por trás, sentindo contrário de onde a batalha estava ocorrendo, indo em direção a cidade de Rodes, não seria visto pelo Mosaico, mas isso era ingênuo de se fazer, com certeza Atena e Poseidon me viriam sair, é o pior talvez Estige me visse, é me mataria antes mesmo de chegar ao Princesa Andrômeda, então me restava apenas uma última alternativa, um ritual de sangue, que aprendi lendo o livro roubado da sessão restrita do Olimpo, Sangue, copilado por Hécate a deusa da magia, eu sabia a magia perfeita para isso, magia essa chamada de Ocultação divina, está magia ou ritual, tem a função de esconder sua presença dos monstros, Titãs ou deuses, nenhum deus, mesmo sendo seu parente divino, não poderá te rastrear, mesmo que use de ferramentas de procura muito eficazes, como por exemplo o Mosaico real, está magia oculta até mesmo a comunicação mental ou a percepção dos usos de poderes, isto me permitiria teletrasportar em chamas daqui, sem ser notado, mas essa magia ainda me dava um bônus, quando Cronos entrasse dentro do meu corpo, mesmo que eu morresse no processo ou meu corpo fosse destruído de uma vez, minha mãe, pai, avó, nenhum deles, conseguiriam sentir isso, no fundo isto me fez sentir-me um pouco melhor, mas ela tinha suas limitações também, a ocultação será temporária, um dia inteiro, 24 horas, haviam alguns requisitos para essa magia, ela diferente da magia de troca, não precisa que o processo seja feito cem por cento com sangue humano, pode ser feito com sangue animal também, com a peculiaridade de ter de que sacrificar o animal no processo, decidi não usar um animal, até por que não poderia invocar um vivo usando meus poderes derivados de Héstia, e também não poderia sair do meu quarto para buscar algum, então usaria o meu próprio sangue em todo processo, pois de qualquer forma, teria que usar o meu sangue, já que um dos requisitos é uma gota de sangue do que quer ser ocultado. Peguei Contracorrente do bolso, minha caneta esferográfica simples, destampei ela, a caneta cresceu em minhas mãos até que eu estava segurando uma espada grega de Bronze Celestial, com um 1,55cm de comprimento e punho de duas mãos envolvido em couro, a lâmina brilhava ligeiramente, lançando uma luz dourada, fiz um corte no meu ante braço esquerdo, sangue derramou do ferimento, diretamente no chão, eu lembrava perfeitamente como era o símbolo, o desenho do ritual, eu comecei a desenhar o símbolo no chão, com meu próprio sangue, ele era redondo, mais o menos do tamanho de uma roda de bicicleta, haviam várias formas e palavras escritas dentro dele, palavras escritas em Grego Olimpiano, as mesmas palavras do cântico que viria a seguir. Quando eu fiz o ultimo detalhe, escutei a porta do meu quarto sendo aberta, virei rapidamente para avistar uma das serviçais do palácio, uma ninfa, ela era bela, longos cabelos verdes como algas, corpo belo, cheio de curvas, ela trazia consigo uma bandeja, cheia de comidas e coisas gostosas, eu até podia sentir o cheiro.

 

 

---Senhor General. ---Disse ela distraidamente, então ela notou o desenho de sangue no chão, minha mão coberta de sangue, seus olhos se arregalaram é ela derrubou a bandeja da sua mão.

 

 

---Droga. ---Exclamei me levantando rapidamente e indo até ela e a agarrando, coloquei uma de minhas mãos em sua cabeça, a mão que não estava suja de sangue.

 

 

---SOCORRO. ---Gritou ela se debatendo, tentando escapar dos meus braços, eu comecei a me concentrar no poder oriundo de Héstia, controle de emoções em massa, comecei a transmitir pensamentos tranquilizadores, fazendo com que ela parasse de fazer força para escapar, depois emoções sonolentas a ela, não demorou muito para que a Ninfa caísse em um sono profundo. Seria um problema, se ela me dedurasse, conta-se para alguém que me viu desenhando com sangue o chão do meu quarto, mandariam alguém atrás de mim.

 

 

---Desculpe, eu sinto muito mesmo. ---Disse tristemente a segurando-a em meus braços, a peguei no colo e levei até minha cama, deitei a Ninfa delicadamente nela, apesar dela ser um problema, desde que eu acabe o ritual antes de sentir falta dela, tudo acabará bem. Voltei para o meu desenho de sangue no chão, é continuei com o processo, agora, só faltava recitar o cântico, enquanto derramava o sangue do beneficiado pela ocultação, no caso eu, bastava apenas um gota, é pronto, estava feito. Comecei a recitar o cântico do desenho, ele era em Grego Olimpiano, aproveitando já do meu ferimento, eu derramei mais algumas gotas de sangue, o desenho começou a brilhar, bilhar em vermelho muito forte, então começou a sumir, eu senti uma leve pressão no meu ante braço esquerdo, quando olhei para ele, pude ver um desenho, em vermelho vivo, gravado na minha pele, logo acima do ferimento, nele estava escrito em Grego Olimpiano, “oculto”. Pronto, estava feito, eu estava oculto de todos, deuses, monstros, Titãs até mesmo de Deuses primordiais, pelas próximas 24 horas, mais o menos. Usando do meu poder derivado de Héstia, me teletransportei dali, para um penhasco próximo ao palácio, dei uma última olhada para Atlântida, ela estava toda apagada e sem vida, tão diferente de como foi um dia, linda, magnífica, me dava um sentimento ruim, de pena, dei uma última olhada para o Palácio do meu pai, haviam várias criaturas de um lado para o outro, se preparando para a batalha, para luta, alguns feridos, soldados que acreditavam em mim e eu estava apenas um passo de trair todos eles, mas com certeza o que mais me doía era trair meu pai, minha avó, minha família. Senti meu peito se afunda de dor e eu comecei a chorar, não podia mais me controlar. ---Eu sinto muito, não pode ser forte como você queria que eu fosse, mamãe.

 

Memórias ligadas:

 

---Sim, mamãe, o que tenho que faze? ---perguntei para ela.

 

---Vai no carro pra mamãe, lá fora e pegue a última sacola de compras no carro, mas está pesado...

 

 

---Deixa comigu. ---Disse a interrompendo. ---Eu e o cavalinhu vamus cunsegui. ---Disse saindo correndo montado no cavalinho de madeira. Ainda pude ouvir a risada da mamãe. Corri até nosso caro, ele era grande e azul claro, ele estava aberto, pude ver a sacola no banco de trás, corri até ela e a puxei para baixo, mas quando ela saiu do banco, ela pesou muito e foi direto pro chão, quase me levando junto, mamãe tinha razão, ela era muito pesada mesmo, tentei a puxar para cima com apenas uma das mãos, mas ela mal se mexeu. ---É agora? ---Perguntei para eu mesmo, eu tinha que levar, peguei com as duas mãos e tentei levantar a sacola, ela levantou, mais era realmente muito pesada, eu tenho que levar, eu disse que conseguiria para mamãe, preciso provar para ela que sou forte, comecei a levar a sacola para minha mãe, depois que eu consegui tira-la do chão, pareceu ser mais fácil, levei rapidamente em direção a minha mãe, logo avistei ela. ---Mamãe, eu disse que ia consegui, sou muito forte. ---Disse quando estava perto dela, ela riu alto, é pegou a sacola das minhas mãos, a colocando em cima da mesa.

 

---Sim, você é realmente um homenzinho muito forte, como seu pai. ---Concordou minha mãe, aquele elogio dela, me encheu de felicidade, ainda mais a comparação com meu papai, meu pai é um grande deus, deus rei dos mares, Poseidon é minha avó, mãe da minha mamãe, é Atena, deusa da sabedoria, eu ainda não os conheço, mas mamãe sempre me conta histórias sobre eles. ---Mas existe mais de um tipo de força, meu querido.

 

---Tem mais? ---Perguntei confuso.

 

 

---Sim, meu amor, tem muitas mais, além da força bruta. ---Disse minha mãe, então ela se ajoelhou na minha frente, ficando quase da minha altura. ---Mas a principal delas, é a força para proteger o que é importante para você. ---Disse ela colocando a mão no meu peito.

 

---É como eu façu isso? Como façu para ficar mais forte, para pruteger o que é importante para mim?

 

 

---Sendo um homem bom. ---Respondeu ela.

 

 

---Sendu um homem bom. ---Disse pensativo.

 

 

---Sim, meu amor. ---Disse minha mãe sorrindo. ---Um homem bom faz um círculo a seu redor e cuida dos que estão dentro dele: sua mulher, seus filhos, sua mãe.

 

---Minha mãe? ---Perguntei sorrindo, ela assentiu sorrindo. ---Fique aqui mamãe. ---Disse para ela, ela assentiu sorrindo, sai correndo para o meu quarto, é peguei um giz de cera verde, voltei correndo, minha mãe ainda estava no mesmo lugar, ajoelhada no chão, me olhando com uma sobrancelha levantada. Fui até ela é comecei a rabiscar o chão, fazer um círculo ao nosso redor.

 

 

---O que você está fazendo, meu bebê? ---perguntou ela, eu não respondi, até acabar o círculo em volta dela.

 

 

---Pronto. ---Anunciei, parando em sua frente. ---Minha mamãe está dentru do meu circulu, aqui dentro, eu vou te proteger.

 

Memórias desligadas:

 

Quão inocente eu era naquela época, pensava que somente desenhando o círculo, tudo estaria resolvido, eu seria o homem bom e forte para proteger minha mãe, mau eu sabia, que poucos meses depois, eu fracassaria, não seria forte o bastante para proteger ela, veria minha mãe engasgar no seu próprio sangue até morrer, ela que morreu me protegendo daquele maldito cão infernal, ela teve coragem e honra para fazer o que era certo, mas enquanto a mim? Logo todos saberiam o quão fraco e ruim, eu sou. Eu finalmente cheguei ao Princesa Andrômeda, ele estava ancorado no meio do Oceano Atlântico Norte, me esperando para o ritual, ao longe avistei o Princesa Andrômeda, brilhava no horizonte na escuridão da noite, um enorme cruzeiro iluminado de amarelo e branco, de longe você acharia que era apenas um navio de festas, não o quartel-general do Senhor Titã, quando cheguei mais perto dele, pela frente, pude notar a gigante figura na proa, uma donzela de cabelos negros em uma túnica grega, amarrada com correntes, com um olhar de horror em sua cara, era Andrômeda. Controlei a água em volta do meu corpo, ordenando-a que me levasse para cima, então um chafariz de água me jogou para cima, direto para o convés do navio, eu pousei dentro dele, entre uma dúzia de monstros surpresos, eles provavelmente não me notaram, graças a magia de ocultação, que escondia meu cheiro até dos monstros, estava invisíveis a eles ou melhor dizendo, sem cheiro. Olhei para os monstros surpresos, a princípio pensei ser uma dúzia de Dracaenaes, mas então notei que não eram, elas eram sempre mulheres meio-cobras, mas estes eram homens, eu conhecia estes, são os Geminis, eles assim como as Dracaenae, são híbridos entre as cobras e o ser humano, eles são a parte masculina desse tipo de monstro, por assim dizer, para a reprodução da “espécie” necessita de ambos os sexos, certo? Então, este era o caso desses monstros horrendos, da junção de uma Dracaenae é um Gemini, nasce um novo monstro, se for “homem”, nasce um Gemini, se for “mulher” nasce uma Dracaenae, muito nojento e assustador, diga-se de passagem, mas, na aparência deles, eles eram bastante semelhantes as suas “esposas”, seus corpos sofrem algumas modificações, sua pele, no geral, é mais escorregadia e tem uma tonalidade esverdeada, seus olhos ofídicos têm o dote de senso de calor, e sua língua é bifurcada, iguais uma Dracaenae, porém, ao invés de duas caldas ou ao invés da pernas, os Geminis, tinham apenas uma espessa e musculosa cauda serpentina, no restante eram muito parecidos, eu sabia mais uma coisa, os Geminis, costumam viver solitários ou em grupos pequenos, pois eles não se dão muito bem com suas parceiras, eles tentam na maior parte do tempo se matar, o que é um pouco estranho, já que eles são praticamente a mesma coisa, eles assim como as Dracaenaes são carnívoros e extremamente ferozes, também haviam outros monstros, como alguns Ciclopes, Chupa-cabras, Cocatriz, entre outros vários, eles ficaram me encarando, assustados, cochichando entre eles, coisas como: “Quem é” ou “O que ele é, não sinto nada vindo dele.”, eles falaram, mas não ousaram me atacar, eles estavam em dúvida do que eu era, já que não tinha cheiro nenhum, podia aparentar ser um meio-sangue, talvez humano, deus, qualquer coisa. Então dentre eles, vê alguém se aproximando, atrás dos monstros, era um garoto, não era muito alto, 1.65cm, magricelo, sua pele branca, corpo magro e pequeno, ele tinha cabelos castanhos e bagunçados, ele estava vestido em típicas roupas de adolescente, camisa preta sem desenho, calças jeans azuis, e tênis de corrida preto, ele veio andando na minha direção, os monstros foram saindo da sua frente, como se ele fosse uma espécie de líder, mesmo com sua aparência fraca, os monstros o respeitavam, assim que ele chegou perto, pude ver seu rosto melhor, mesmo no escuro da noite, eu via tudo perfeitamente, graças meu olhar aguçado, ele aparentava ter por volta dos 16 anos, seu rosto era cheio de sardas, e seus olhos eram verdes, ele abriu um largo sorriso, e disse.

 

 

---Seja bem-vindo, senhor Perseus. ---Disse o garoto, assim que ele disse isso, os monstros se agitaram.

 

---Filho de Poseidon? ---Perguntou um dos Ciclopes mais pertos.

 

---Sssim, já ouvi falar dele. ---Disse um dos Geminis, eles também arrastavam o “s” quando falavam, assim como as Dracaenaes. ---General dos exércitosss de Possseidon, o asssasssino de deusssesss.

 

---Sssim, masss o que ele faz aqui? Por que não tem cheiro. ---Cochichou outro Gemini.

 

---SILÊNCIO. ---Gritou o garoto, fazendo os monstros ao nosso redor se calarem. ---Desculpe por isso, eles não tem cérebro, só pensam em comer.

 

 

---É, eu sei, já tive alguma experiência com eles. ---Disse seriamente.

 

 

---Sim, bom, creio que é uma honra conhecer uma lenda como você, todos seus incríveis feitos... ---Começou a dizer o garoto, olhei para ele seriamente, com cara de poucos amigos, fazendo-o se calar. ---Bem, creio que não esteja de bom humor, mas se está aqui, creio que veio se juntar ao nosso lado...

 

---Só me leve até Cronos. ---Disse o interrompendo, ao mesmo tempo que não aguentava mais lutar e sofrer, eu me enfurecia só de imaginar no que estava prestes a fazer. ---Agora.

 

---Sim, claro, bem, vem comigo. ---Disse ele sem graça, ele se virou e começou a caminhar mais adentro do navio demoníaco, começamos a passar entre os monstros, eles sempre me olhavam assustados, surpresos, passamos por centenas de monstros, isso somente no convés superior, imagina o quanto mais havia aqui, caminhamos em silêncio até que uma pergunta se formou novamente em minha cabeça, algo que eu gostaria de saber.

 

---Onde estão os dragões aquáticos? ---Perguntei para ele, ele me olhou seriamente.

 

---Imaginei que isso te deixaria curioso, eu fiquei sabendo da luta que você teve com aquele dragão, é como as coisas acabaram, tenho que dizer, você foi incrível em lutar com aquela animal poderoso. ---Disse ele seriamente me olhando, pude notar uma coisa nesse garoto, ele no mínimo me admirava, os meus feitos. ---Enquanto a sua pergunta, eles não são exatamente os dragões mais fáceis de domesticar, eles são livres e poderosos, fazem o que querem, mesmo deuses não podem controlar os dragões, ainda mais os aquáticos.

 

---Mas porque eles recuaram? Ordens de Cronos? ---Perguntei curioso.

 

---Não, pelo menos que eu saiba, lorde Cronos não os comandava, nem mesmo lorde Oceano, na verdade, eles simplesmente entraram na batalha contra Poseidon, atacando os Ciclopes, você apareceu e lutaram, eles foram embora e sumiram depois daquilo.

 

 

---Então eles não estavam sobre as ordens de Oceano? Nem Cronos? ---Perguntei totalmente confuso, o garoto magricelo balançou a cabeça negativamente. Aquilo me pegou de surpresa, o que aqueles dois faziam ali, se eles não estavam sobre as ordens de Cronos, estavam sobre as ordens de quem? Porque não acabaram comigo? Por que eles reverenciaram a mim? Eram tantas perguntas sem respostas.

 

 

---Eu sou Alabaster Torrington. ---Disse o garoto magricelo novamente, interrompendo meus pensamentos. ---Infelizmente, filho de Hécate.

 

 

---Hécate? Hum, já conheci sua mãe, ela é uma ótima deusa. ---Disse distraidamente, mas isso o fez parar de imediato e virar na minha direção, seus olhos verdes tinham um brilho estranho, o que me fez automaticamente dar um passo para trás, aquele brilho no olhar, eu reconhecia, era ódio puro, olhos cheios de raiva e dor.

 

 

---Ótima?! ---Rosnou ele. ---Odeio ela, aquela maldita, eu ainda vou ter minha espada enfincada nela, bem fundo, em seu estômago. ---Eu podia ver que ele odiava muito sua mãe, com todas as suas forças, seus olhos demonstravam aquilo, um ódio incrível, vendo aquele brilho no olhar dele, eu sabia, ele era poderoso.

 

 

---Há duas coisas que deixam alguém verdadeiramente forte, uma deles é o amor, a vontade de proteger as pessoas ao seu redor. ---Disse para ele, ele me olhava atentamente o mesmo brilho doentio nos olhos. ---É a outra é o ódio, a vingança, a vontade de matar algo, alguém, ambas deixam o semideus ainda mais poderoso.

 

 

---Então, qual delas te motiva? Qual delas te motivou a ser tão forte, como é hoje em dia? ---Perguntou ele, aquilo me pegou de surpresa, nunca havia parado para pensar nisso antes.

 

 

---Já estive a procura de vingança, vivendo pelo ódio é já estive a procura de paz, querendo proteger pessoas importantes para mim, vivendo por amor, eu não sei, qual deles motiva mais. ---Disse pensativo, ele se virou e voltou a caminhar, eu comecei a segui-lo, então ele disse:

 

 

---Eu só conheço viver pelo ódio, isso me tornou forte, me fez ser um homem forte.

 

Memórias ligadas:

 

---Minha mamãe está dentru do meu circulu, aqui dentro, eu vou te proteger. ---Disse confiante, o que fez minha mãe rir alto.

 

---Sim, meu bebê, eu sei que você vai me proteger, assim como eu te protejo, certo? ---Perguntou ela animada.

 

 

---CERTO. ---Gritei feliz, o que a fez rir, ela me pegou no colo e ficou de pé, ela me deu um demorado beijo no rosto.

 

---Agora, amor, como dizia, um homem bom faz um círculo a seu redor e cuida dos que estão dentro dele: sua mulher, seus filhos, sua mãe. ---Disse ela apontando para ela. ---Outros homens fazem um círculo maior e põe dentro dele seus irmãos, irmãs e amigos.

 

---Sim, eu vou ter muitos amigos, vou proteger todos eles.

 

Memórias desligadas.

 

No fim, eu não tive nem tempo de ter esposa e filhos, não consegui ser este homem que ela achou que eu seria, eu nem ao menos consegui me resolver no quesito amor, relacionamento, teve Luana, uma das pessoas que mais me magoou na minha vida, Clarisse, Drew, Annabeth, Louise, ou então, Nix, não consegui me resolver com Nix, com nenhuma delas, pensar em Nix, me fazia sentir-me ainda pior, ela sofreria as consequências desta minha traição, ela me ressuscitou para que? Para que eu servisse de marionete do Cronos, todas as pessoas, meus amigos, pessoas que gostavam de mim, como o pessoal do Acampamento, todos os meus amigos lá, Nico é Bianca Di Angelo, Charles, Silena, Quíron, Clarisse, Drew, Zoë, Luana, Connor, Grover, meu irmão, amigo, Annabeth, minha promessa que fiz a ela, eu a protegeria, eu disse que ela faria parte da minha família, mas cá estou eu, prestes a trair minha família, todos eles, Ares, meu irmão, meu mestre, ele me treinou todos aqueles anos para que? Para eu ser apenas um boneco ou ainda pior, me ver virar-me contra os deuses, Zeus, ainda mais agora que as coisas entre nós está tão boas, ele que faz minha mãe tão feliz. Minha tia, Deméter, ela que sempre foi como uma segunda mãe, me bajulando e mimando, me enchendo de presentes, ela me considerava como um filho, se Hera não me adotasse, ela me adotaria, eu simplesmente a amo. Hefesto, meu irmão, que cuidou de mim, que brincava comigo, que foi meu irmão mais velho de verdade, chato e brincalhão, Afrodite, que acabou de reconquistar meu irmão, estava tão feliz, eles estavam tão felizes, Roda, minha pequena, minha princesa, ela que me bate, me xinga, mas me ama acima de tudo ou então Antonieta, aquelas orbes vermelhas fogo, a pureza daquele pequeno ser, eu não podia deixar nada machucar ela, nunca, ainda mais se esse alguém fosse eu mesmo, meu corpo, não, eu não podia fazer isso, me entregar a Cronos, as pessoas que se sacrificaram por mim, como Yeasmin, que morreu tentando me salvar da Anfitrite, Phoebe, assim que lembrei dela, levei minhas as contas em meu pescoço, olhei para a conta que fiz em homenagem a Phoebe, ela tinha o fundo preto, acima, entalhado no metal, havia o desenho, quase tão lindo quando a mortalha da Phoebe, o desenho de um meio sol amarelo ouro, e uma meia lua, azul viva, ambos estavam juntos, dividindo o mesmo espaço, fazendo o perfeito Yin e Yang, um completando o outro, este conta foi minha forma de homenagear Phoebe, ela que morreu na missão, para salvarmos Ártemis e Annabeth, minha irmãzinha, ela morreu, toda aquela culpa estava me corroendo, a cada passo que eu dava para perto da traição final, além de todos esses que me amavam, havia todas as pessoas do mundo, Cronos mataria todos, é eu estava facilitando as coisas para ele, por um instante me senti tentado a mudar de ideia, não podia trair todas aquelas pessoas importante para mim, pessoas que eu amava, que se sacrificam por mim.

 

 

---Perseus. ---Disse Alabaster interrompendo meus pensamentos. ---Chegamos. ---Anunciou ele, eu travei, senti meus batimentos se acelerarem, o sangue pulsar em meus ouvidos, eu reconhecia aquele lugar, aquela porta, daria diretamente aquele maldito lugar, ali onde foi a primeira vez, que realmente tirei a vida de alguém, ali o Cris Rodrigues deu seu último suspiro, e foi minhas mãos e minha espada, foi ali que dei um passo mais perto de me tornar um monstro, o segundo grande passo, eu me senti impotente, derrotado, amedrontado e fraco, eu não tinha mais forças para lutar, para continuar a batalha. Ele abriu a porta, assim que ele fez isso, eu pude ver novamente ali dentro, a sala tinha um clima pesado, o ar pesado, mais pesado do que nunca, o camarote era lindo em si, com seus objetos caríssimos, o que era a parte linda: enormes janelas curvas ao longo da parede dos fundos, dando para a popa do navio. Mar verde e céu azul se estendiam até o horizonte. Um tapete persa cobria o chão. Dois sofás de pelúcia ocupavam o meio da sala, uma cama com dossel em um canto e uma mesa de jantar de mogno no outro e outras coisas, mas ao mesmo tempo que tinha essa beleza, era horrível, a parte horrível: sobre uma plataforma de veludo no fundo sala havia um caixão dourado de três metros, um sarcófago, decorado com cenas de cidades da Grécia Antiga em chamas e heróis morrendo de modo pavoroso, apesar da luz do sol que se filtra pelas janelas, o caixão fazia a sala inteira parecer fria, ele emanava ainda mais energia maligna que antes, era o sarcófago de Cronos, mas o pior é que o cômodo não estava vazio, estava cheio, cheio de pessoas horríveis, é agora estava chegando a pior delas, eu, assim que entrei eu reconheci Travis, ele não havia mudado muito, aparentava seus 18 anos, suas expressões élficas de filhos de Hermes, ainda estavam lá, intactas, só seu rosto estava mais maduro, é ele tinha uma barba rala castanha nascendo em seu rosto, seus cabelos tinham crescido, estavam perto do ombro, liso e castanhos escuros, assim como seus olhos, castanhos escuros, ele já não era tão magro, havia ganhado alguns músculos, devia agora estar com 1.80cm, vestia a camisa polo preta, calça jeans e tênis, estava parado encostado na parede do lado oposto, de braços cruzados, me olhando e sorrindo, mas com toda certeza ele não era o que mais preocupava, mas ao meio da sala, duas figuras chamaram minha atenção, uma delas era o Titã Oceano, um homem jovem, por volta dos 25 anos, pele clara, uma longa barba negra, seus cabelos negros e lisos, desciam pelas costas, no topo da sua cabeça, havia chifres que mais pareciam duas pinças de caranguejo, seu peito estava nu, ele era musculoso, já sua parte de baixo, era como de uma serpente negra, de pelo menos 8 metros, grossa e musculosa, ao seu lado, estava Cronos, seu corpo estava diferente dos meus sonhos, era mas como um tipo de holograma, miragem, era meio translucido, eu podia ver os objetos por ele, mas tirando isto, ainda era o mesmo, igual das outras vezes que o vê, por volta dos 25 anos, ele era alto, 1.90cm, sua pele era muito branca, pálida, ele tinha cabelos brancos como a neve, lisos e longos, caindo por suas costas, ele tinha uma barba grande e branca, seu corpo era muito musculoso, forte, ele estava com seu peito nu, ele usava um saiote preto, que ia até a metade das pernas, ele usava um tipo de sandália antiga, elas subiam em muitas tiras, por sua panturrilha, ele tinha algo semelhante em seu antebraço, tiras de coros por todo antebraço. Cronos foi o primeiro a me notar, ele abriu um largo sorriso, ele me olhava com aqueles olhos assustadores, que emanavam energia, totalmente brancos, sem pupila ou íris, apesar de tudo aquilo, meus olhos se fixaram no chão daquele maldito lugar, naquela mancha de sangue no carpete, sangue de Cris Rodrigues, o primeiro ser humano que tirei a vida, senti meu peito se afundar em dor novamente.

 

 

---Percy, meu neto, estávamos a sua espera. ---Disse Cronos saudosamente.

 

---Senhor Cronos, trouxe-o imediatamente ao senhor. ---Disse Alabaster ao meu lado, fazendo uma reverencia a Cronos.

 

 

---Sim, garoto, você fez um bom serviço em traze-lo até aqui. ---Disse Cronos ao garoto. ---Que bom que tu veio, vejo que teve que usar uma magia de ocultação, imagino que seja da Hécate?

 

 

---Sim. ---Disse casualmente, mas meus pensamentos não estavam em Cronos, eles estavam naquela mancha de sangue, ela puxava minha total atenção, como se fosse uma droga de imã, torturando meus pensamentos.

 

 

---Ela te ensinou isso? Pessoalmente? ---Perguntou Alabaster se intrometendo, eu me virei para ele, o brilho de ódio no seu olhar estava ainda mais vivo.

 

 

---Não, eu aprendi lendo um livro escrito por ela, roubado na sessão restrita do Olimpo. ---Disse para ele, seu olhar diminuiu um pouco. Achei melhor omitir que Hécate me ensinou pessoalmente a manipular a nevoa e era uma boa amiga.

 

 

---Você roubou o livro sangue? ---Perguntou Oceano, me virei na sua direção.

 

---Sim, roubei. ---Disse firmemente.

 

---Incrível, você não para de me surpreender, Percy. ---Disse o holograma de Cronos feliz, aquele pensamento, não me fez sentir-me melhor.

 

 

---Cronos, mais uma coisa, quero que você poupe a filha de Hefesto e Afrodite, Antonieta, Tyson também e Roda, esse é meus termos. ---Disse para Cronos.

 

 

---Sem problemas, pouparei ela e quem mais você quiser, meu neto, assim como sua mãe, Hera. ---Disse Cronos firmemente, sorrindo para mim. ---Esse foi nosso combinado, eu cumprirei com a minha palavra. ---Assenti positivamente, por mais que eu sentisse-me mau, saber que minha mãe, Tyson, Roda e Antonieta sobreviveriam, me dava algum consolo, mostrava-me que eu não era tão egoísta assim, que eu só não pensava em mim, em minha paz. ---Bem, em todo caso, vamos começar logo com esse processo, Oceano, meu irmão, deixo as coisas contigo. ---Disse ele para o outro Titã, que assentiu positivamente.

 

 

---Deixe comigo. ---Disse Oceano, o holograma do corpo de Cronos, começou a desaparecer, em um brilho branco, que foi sendo levado sentido ao caixão dourado, até sumir por completo. ---Certo, Perseus, vamos começar com o processo. ---Dizendo isso, o Titã estralou os dedos, então um recipiente com água se formou ao lado do caixão dourado, recipiente de vidro, com água dentro, grande o suficiente para eu estar dentro. ---O nome do processo que vamos fazer aqui é possessão permanente, vamos passar a essência e consciência de Cronos, para seu corpo, para garantir que a carga não te exploda, por causa do seu fraco corpo mortal, vamos te colocar naquele caixão de água. ---Disse ele apontado para o recipiente ao lado do caixão dourado. ---Nele tem água sagrada, límpida, a mais pura possível, cheia de poder do mar nela, que irá fortalecer seu corpo e ajudar a curar instantaneamente, lembre-se você tem que dizer sim a ele, se não ele não poderá entrar, ele pode forçar, mas isso danificaria seu corpo ainda mais.

 

 

---Entendo. ---Disse para ele, ele fez um sinal para que eu fosse para a banheira, assim fiz, caminhando para ela, eu entrei dentro e me sentei, respirei fundo. Meus pensamentos começaram a divagar novamente, eu comecei a pensar em todos os meus erros, deixar minha mãe morrer, depois a Yeasmin e por fim, Phoebe, todas elas morreram por minha causa, tentando me proteger ou por que eu não as protegi como devia, aquilo me fazia sentir muita tristeza e raiva, mas era raiva de mim, tristeza de mim, ou então pensar nas vidas que eu tirei, Cris Rodrigues, Tritão, Anfitrite e por fim, Swirl, apenas uma criança, um pobre monstro filhote, aquilo foi a gota de água para eu saber que eu não tinha mais salvação, mesmo os deuses não podiam mais me salvar, ninguém poderia, pensar em tudo isso, me fazia sentir que isso era o certo a fazer, entregar minha alma a Cronos, eu não aguentava mais dor, como ele mesmo disse, já sofre demais, demais, merecia um descanso, uma paz no final. ---Estou pronto. ---Disse firmemente, olhando para Oceano, que assentiu positivamente, mas não era verdade, não estava nem um pouco pronto, apesar de saber de toda a dor que eu causei, por exemplo a dor que eu causei a Roda, eu havia tirado seu irmão e sua mãe dela, havia feito eles mudarem, ou então a dor que eu causei em Singer, tirando seu filho dele, matando Swirl, como Singer ficou alucinado de ódio, raiva e luto. Então eu lembrei de algo, de como Singer poupou minha vida, de como eu havia prometido a ele nunca mudar, eu havia prometido, promessas, promessas a muito feitas voltaram a minha mente. ---Eu prometi.

 

 

Memórias ligadas:

 

---Mas meu amor, depois destes, existe mais um homem, eles são raros, muito raros, estes são tão fortes é poderosos quanto os deuses, ou até melhor. ---Disse minha mãe seriamente.

 

 

---Até melhor? ---perguntei fascinado, os deuses eram as coisas mais incríveis e importantes desse mundo, pelo menos foi o que minha mãe havia me dito.

 

 

---Sim, estes homens têm um grande destino, devem fazer ao redor deles mesmos um círculo que inclua muito, muito mais gente, inclusive os próprios deuses.

 

 

---Os próprios deuses? ---Perguntei fascinado.

 

 

---Sim, até mesmo os deuses.

 

 

---Mamãe, qual deles você acha que eu sou? ---Perguntei inocentemente.

 

 

---Qual deles, eu acho que você é? ---Perguntou ela, eu assenti positivamente, ansioso esperando sua resposta. ---Eu não acho, tenho certeza, você será o último, será o homem com o grande destino, dentro do seu círculo, você colocará muita, mais muita gente. ---Aquelas palavras, me encheram de força, de vontade.

 

 

---Eu prometu, mamãe, eu serei esse homem.

Memórias desligas:

---“Então, Percy meu neto, você está pronto para seu descanso merecido?” ---Escutei a voz de Cronos em minha mente, perguntando. ---Somente dizer sim, meu garoto, você aceita minha essência e consciência em seu corpo?


Notas Finais


EIIITA


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