História Percy Jackson o Guerreiro Sem Limites - Capítulo 165

POV: Perseus Heitor Jackson.

Depois da minha pequena luta contra o filho de Héracles, Quíron não ficou muito contente com a forma que agi, tudo bem, eu até entendo seu lado, acho que fui um pouquinho extremista e infantil, porém, Quíron ficou feliz que eu tenha acabado a luta rapidamente, sem danos na arena e sem um ferimento muito grave em Jake, Quintus apareceu logo após a luta acabar, como imaginei ele estava com a Sra. O’Leary, assim que os campistas viram a gigantesca cadela infernal, eles foram dispersando rapidamente, indo para seus afazeres e treinamentos e eu fui finalmente tomar meu café da manhã, antes que passasse a hora, e eu perdesse o café da manhã, muito embora sendo o diretor, acho que poderia comer fora do horário comum, não é mesmo?. A manhã daquele dia foi passando calmamente, sem mais problemas, eu fui ajudar os campistas em seu treinamento, dei uma olhada nos filhos de Atena, muito embora quando estivesse lá, eu realmente não estava com a cabeça lá, fiquei imaginando quem seria aquele Dédalo, será que foi um vislumbre do passado? Uma pegadinha dos Titãs? Não sei ao certo, mas olhar para aqueles semideuses, filhos de Atena, me fazia lembrar de Dédalo. Fui acompanhar o treinamento de Arco e flecha dos campistas mais avançados, Zoë era a professora, então resolvi não me meter, Zoë era extremamente delicada nesse quesito, ela era sentimental sobre isso, desde que eu ganhei algumas disputas dela, sua honra como melhor arqueira, depois de Arty e Apolo, ficava em cheque, então ela não gostava de treinar comigo.

Então pensei em ir fazer uma pequena vistoria nos chalés, cobrir o básico, como pretendo fazer as gravações e ganhar bastante dinheiro, estava pensando em fazer novas melhorias para os Campistas, deixando-os ainda mais confortáveis, então eu passei na casa grande, mas especificamente na sala de Quíron e peguei uma lista de todos os campistas que estavam no Acampamento, uma lista atualizada, então me encaminhei direto para os chalés, passei direto pelos chalés 1, 2 e 3, sei que estes não precisam de nada, o chalé de Zeus estava vazio, Thalia preferiu ficar no das caçadoras, o de minha mãe, não estava mais sendo utilizado, e o de meu pai não precisa de melhorias, já que o único campista dele, estava bastante confortável. Então o próximo da lista era o da minha tia Deméter, o chalé é feito de um mármore escuro e amarronzado, possui tomateiros nas paredes e uma cobertura feita de grama de verdade, árvores das mais variadas frutas circundam o chalé, seu galhos entrando pelas janelas quase sempre abertas, dentro do chalé, havia um estrutura mais rustica, ao estilo casa de madeira mesmo, piso de madeira escura, o que na minha opinião dava um ar de beleza e conforto natural, fui entrando porta a dentro, outros Campistas não tinham autorização de entrar no chalé de outro deus, sem ser seu parente divino, pelo menos sem a permissão de algum campista daquele chalé, porém, sendo o novo diretor do Acampamento, estas regras não se aplicavam pra mim, não havia um único campista dentro do chalé, então pude fazer uma vistoria rápida, para a quantidade de 15 campistas, o chalé estava bem estruturado, todos tinham camas e colchões, na verdade tinha até algumas camas sobrando, havia espaço no chalé, estava bem organizado e limpo.

Então fui passando para o próximo chalé, o chalé número 5, de Ares tinha 30 campistas, um dos mais populosos do Acampamento, o chalé é de um vermelho-vivo mal pintado, o chalé tem seu telhado forrado de arame farpado, com uma cabeça de um gigante javali empalhada acima da porta central, espadas e facões foram entalhados no mármore escuro e decoram as paredes do lugar, entrando para dentro do chalé, podia se ver ainda mais decoração relacionado a guerra e armas, bem ao estilo de meu irmão, entretanto, também não havia nenhum campista no momento, desta forma comecei com a minha análise, todos os campistas tinham camas, e o chalé era bastante desorganizado, não era dos mais cheirosos, contudo, pareceu que não tinha grandes problemas, ou desconforto, mas senti um aperto no peito quando vi a cama de Clarisse, estava organizada, apesar de ter algumas camisetas de bandas de Rock em cima dela, então resolvi sair dali rapidamente, para não me sentir ainda pior.

O chalé número 6 de Atena, chalé era de um mármore pálido e branco, ornado com grossas colunas torcidas em tranças e vários galhos da enorme oliveira que fica a oeste do lugar, tinha um brilho fraco que emanava dele, sem conta a coruja entalhada na frente, com olhos de ônix negros, lá dentro o chalé ficava mais agradável e confortável, era um chalé extremamente organizado, limpo e confortável, passei meus dedos pelos moveis e não consegui notar nenhuma sujeira, Annabeth tem organizado muito bem seus irmãos, haviam 15 campistas nele, todos tinham seus nomes escritos nas camas, que estavam bem dobradas e suas roupas bem organizadas nos guarda roupas individuais ao lado da cama, havia a biblioteca mais ao fundo, onde havia várias prateleiras, repletas de livros e mais livros, todos bastante organizados e sem poeira nenhuma.

 Então eu parti para o próximo chalé, chalé de número 7, Apolo, o chalé parecia ser de ouro sólido e brilhava tão fortemente durante o dia que chega a doer os olhos, ainda mais quando o sol batia diretamente nele, sem as árvores para encobrir, ainda mais para meus olhos que são mais acostumados com o escuro, as paredes foram talhadas com milhares de notas musicais, sobressaindo-se, para dentro do chalé, ele se tornava mais comum e muito menos chamativo, haviam arcos e flechas para todo lado, como era de se esperar, e não tinha nada de especial, exceto que havia vários instrumentos musicais, dos mais variados tipos, até havia um piano mais ao fundo, mas como um todo, era um chalé bem grande e organizado, eram um dos chalés mais populosos do Acampamento, Apolo anda se divertindo bastante, havia cerca de 30 campistas, porém o chalé era bastante organizado, não me pareceu faltar nada aos campistas, nada de essencial é claro, estava mais preocupado se havia espaço e camas suficientes para todos os Campistas, e no chalé de Apolo estava bem na medida, então anotei para fazer algumas melhorias aqui, deixar umas camas extras, apenas por precaução.

O próximo chalé era o 8 de Ártemis, mas como não avistei nenhuma caçadora por perto, decidi que não era seguro entrar, Poseidon me livre de achar uma delas trocando de roupa ou seminua, elas iriam arrancar minhas cabeças, isso mesmo, no plural, elas não perdoariam, mesmo sabendo que foi acidente, outra coisa que me fez não arriscar entrar é que Ártemis com toda certeza não deixaria suas caçadoras desconfortáveis, dessa maneira apenas dei uma olhada por fora do chalé, era um belo chalé, e resolvi ir para o próximo. O próximo era o chalé número 9, do meu irmão Hefesto, o chalé era negro, com detalhes em metal, com chaminés no telhado, quem olhasse de relance, acharia que ali era uma forja, porém não era, embora houvesse uma, fui entrando porta a dentro, não havia nenhum campistas, mas havia alguns autômatos, de limpeza, uma espécie de aspirador de pó, que ia passando de um lado para o outro, limpando o piso negro, deixando-o extremamente brilhante, havia alguns monitores nas camas, o que me levava a crer que eles de alguma forma tinham sinal a cabo, havia mesas com inventos e maquetes de inventos, e apesar de ter muita coisa, era organizado e não uma completa bagunça, e mesmo que ele fosse o chalé mais populoso do acampamento, com 40 campistas, eu podia ver que eles não tinham problemas com superlotação, na época das reformas, sabendo da época em que Hefesto esteve solteiro, eu fiz o chalé bem grande, com mais espaço que todos os outros, e estou vendo que foi sabia minha decisão.

Então me encaminhei para o próximo chalé, o número 10, de Afrodite, em contra partida de Hefesto, ele foi de um dos chalés que sempre foram bastante povoados, para uns que tem menos, graças a fidelidade da deusa, porém a aparência de seu chalé dizia muito sobre ela, era um chalé rosa pastel, com cristais pendendo das janelas, há vários canteiros de rosas, sem espinhos, das mais variadas cores por perto, e estas aninham-se nas paredes, um perfume suave e adocicado estava por toda a parte, já dentro do chalé, ele tinha muitos espelhos, todo cantinho de semideus tinha um espelho, roupas sobre as camas, perfumes, e estás coisas de quem gosta muito de se arrumar, quase me peguei imaginando a minha pequena Antonieta entre seus irmãos, ela era um pouco vaidosa, como sua mãe. Então enquanto passava, vi uma foto em moldura de madeira, simples, porém a foto fez com que meu coração ficasse muito apertado.

---Eu vou achar vocês, eu prometo. ---Disse pegando a foto com as mãos, a foto fez partir meu coração, uma dor, um medo, uma fraqueza me dominou em ver aquela foto, eu me lembrava da tarde maravilhosa que passamos os três juntos, fomos para o Central Park, fazer um piquenique, então achamos aquelas maquinas que tiram fotos instantâneas, então elas me arrastaram para dentro, e o resultado eu estava vendo em minhas mãos, nela estava eu, sorrindo largamente, enquanto estava sendo beijado no rosto por duas lindas mulheres, do lado esquerdo estava Drew e do direito Clarisse, sorri para a foto, embora estivesse sentindo meu rosto se banhar em lágrimas.

Meio atordoado, deixei a foto em seu lugar, e parti rapidamente para o próximo chalé, ainda enxugando as lágrimas, balancei minha cabeça e segui no sentido do próximo chalé, esse sempre fora um dos mais populosos, devido aos campistas indeterminados, sempre mantendo a média de 40 campistas ou mais, Quíron me disse que teve uma época que tinha mais de 50 campistas, então ele teve que ceder quartos na casa grande, para aliviar o chalé, mas pelo que vejo aqui na lista, hoje em dia tem 30 campistas, 27 são determinados e apenas 3 indeterminados, campistas que chegaram recentemente e não tem 13 anos ainda, pela anotação que li de Quíron, então espero que cedo ou tarde, eles sejam determinados, eu não tinha medo de estar faltando espaço no chalé, porque quando eu fiz a reforma, tomei cuidado em fazer o chalé de Hermes bem grande e espaçoso, para atender pelo menos 40 campistas com folga, talvez mais, com camas boas e algumas beliches também, o que poderia aumentar o espaço para uns 60 campistas, porém deixamos as partes de cima em um dos quartos da casa grande, como uma espécie de deposito, então não me dei ao trabalho de ir olhar este chalé.

Dei uma olhada na lista, notei que os outros chalés não tinham muito semideus, o chalé 12, de Dionísio, tinha apenas 15 campistas, porém a média dos chalés que construí, eram pra 20 campistas, algumas exceções eu fiz chalés maiores, tais como o chalé de Hefesto e Hermes, o chalé 13, de Hades, tinha apenas o Nico Di Angelo, então estava bem tranquilo, o chalé número 14, da deusa Íris, tinha apenas 10 campistas, o próximo chalé, as camas eram mesmo necessárias, com toda certeza, pois o chalé número 15, do deus Hypnos, tinha apenas 4 campistas, já o chalé 16, de Nêmesis, tinha apenas 2 campistas, e o chalé 17, da deusa Nice, tinha um número razoável de 10 campistas, já o chalé 18, era da minha irmã Hebe, deusa juventude, e assim, como nossa mãe, e extremamente fiel ao seu marido Héracles, mesmo que esse mereça levar um belo par de chifres. Já o chalé 19, da deusa Tique, tem um número razoável de campistas 13, já o chalé número  20, da deusa Hécate, não tem nem um semideus, assim como o chalé 21, da minha senhora Héstia, já o chalé 22, de Éris tinha 5 campistas, o próximo chalé era o 23, da Nix, que também se encontrava vazio, assim como o próprio coração da deusa, diga-se de passagem, balanceio minha cabeça, afastando aqueles pensamentos. Agora o próximo chalé, número 24, do maldito Héracles, era um problema, ele era assim como os outros, feitos para abrigar no máximo uns 20 semideuses, porém tinha mais que isso, 25 semideuses, e isso era um problema e tanto, teria que ir ver esse chalé mais de perto. Os outros chalés estavam dentro dos números máximo, o que mais chegava perto e devia ficar de olho, era o chalé, 27 do deus da medicina Asclépio, com 15 campistas, juntando os outros chalés até o chalé 35 de Melione, não dava mais que 15 campistas. ---Acho que preciso ir dar uma olhadinha de perto, no chalé de Héracles, os filhos dele não tem culpa de ser filho de alguém como ele. ---Disse desanimado, me encaminhando na direção do chalé 24, o chalé de Héracles era um dos mais chamativos também, ele era dourado como de Apolo, mas admito que não brilhava tanto, porém ele tinha estátuas, as paredes e a porta de entrada, com majestosos leões entalhados, com grandes jubas e dentes enormes, fui entrando porta a dentro, e para minha surpresa encontrei alguém deitado em um colchão no chão, era Jake, achei estranho que o conselheiro de chalé estivesse deitado em um colchão no chão. Ele não me percebeu no primeiro momento, então pigarreei alto, chamando sua atenção, assim que ele me viu, fez uma careta, não exatamente de raiva, foi mais de cansaço.

---Já não me humilhou o suficiente? Quer fazer mais? ---Perguntou ele, embora ainda continuasse deitado, olhando para o teto.

---Não, eu não vim te humilhar, estou apenas passando nos chalés, verificando se está tudo bem, se todos os campistas estão bem instalados, sabe, se todos tem camas pra dormir, basicamente. ---Disse seriamente, então ele se virou pra mim. ---Porque está deitado no chão?

---Não é da sua conta, pode dar meia volta e ir embora, eu cuido do meu chalé e dos meus irmãos, não preciso da droga da sua ajuda. ---Disse ele levemente irritado. Eu me coloquei no lugar dele, não seria nada fácil pra mim, receber ajuda de alguém que acabará de me humilhar e me espancar na frente de muitas pessoas.

---Eu posso te dizer uma coisa?

---Não, não tenho nada pra ouvir de você, agora por favor, dê o fora daqui do meu chalé. ---Disse ele irritado. ---Quíron mandou eu relaxar no chalé hoje, sem atividades e ficando bem longe do novo diretor.

---Eu sei que eu sou a última pessoa que você quer ver agora, mas eu tenho que pedir desculpas pra você. ---Ele levantou sua cabeça novamente e me olhou meio incrédulo. ---Sei que é difícil de acreditar, mas falar aquelas coisas pra você, não foi fácil pra mim...

---Ora, quem imaginaria que seria tããão.. ---Ele prolongou a palavra, deixando extremamente palpável o sarcasmo. ---Difícil humilhar alguém, com toda certeza deve ter sido uma dor insuportável, quase demais pra suportar. ---Não deixei me irritar com aquilo, afinal de contas, eu realmente não tinha nada contra Jake.

---Eu sei que ter ouvido, foi um milhão de vezes pior, mas eu só queria dizer que realmente não me senti nenhum pouco melhor em fazer aquilo, muito pelo contrário, eu só queria proteger o Alex, acabei agindo por impulso, não deveria ter feito aquilo, então, realmente eu queria me desculpar, você também é um dos campistas do meu acampamento, também tenho que proteger e ensinar você, então, por favor, me perdoe. ---Disse fazendo uma breve reverencia com a cabeça, tentando transmitir que estava me sentindo culpado por tê-lo magoado daquela forma. Entretanto não fui suficiente para convencer ele, Jake me olhou seriamente, meio confuso, talvez tentando decifrar se eu estava continuando a mentir, para tentar engana-lo ou magoa-lo ainda mais, decifrar se eu estava pregando uma peça de mau gosto nele, ou apenas dizendo a verdade.

---Você está mesmo falando sério? ---Perguntou ele por fim.

---Sim, estou. ---Disse Seriamente. ---Sabe, eu passei por muita coisa na minha vida, posso aparentar ter apenas 17 anos, como você, porém na verdade, em minha mente e nas minhas memórias, eu tenho mais que o dobro disso, e mais da metade foi sendo torturado, não me orgulho em dizer isso, mas a dor ensina muito, as melhores lições de vida são ensinadas nos momentos difíceis e mais cruéis da vida das pessoas, eu vou te confessar uma coisa, eu, o dito pelos outros o grande guerreiro, maior herói da atualidade, e todos esses títulos inúteis que você já ouviu sobre mim, não passo de um fracassado, perdedor.

---Fracassado? Perdedor? Você? Seus feitos são incríveis, queria eu ter tido a oportunidade e o poder para fazê-los, fazer apenas metade do que fez. ---Disse Jake me olhando seriamente.

---Trocaria toda essa glória, grandes feitos e vitórias, pelas vidas das pessoas queridas que perdi ao longo desse caminho, minha mãe, a Yeasmin, a Phoebe e pôr fim a minha namorada, Ligea. ---Disse tristemente, agora Jake estava sentado em seu colchão, me olhando com pena. ---Na maior parte do tempo, eu tento não me odiar, é difícil não odiar, pessoas, deuses, monstros ou mesmo os Titãs, é tão difícil não adiar, essas coisas quebram o meu espirito, quem eu sou, parece que elas tem prazer em me ver sofrer, o único sentimento que faz sentido na minha cabeça é ódio, mas eu sei o que o ódio faz com um homem, especialmente nós semideuses, ele te despedaça, te transforma em uma coisa que você não é, que você jurou a si mesmo que não seria, eu jurei que não seria um monstro, eu tento não odiar, não me curvar pelas coisas horríveis que sinto no meu coração, não ser o que a vida tem me tornado, as vezes eu falho nessa difícil, porém simples tarefa, como hoje, como o que fiz com você, nesses momentos, nos meus erros, eu não sei se sou ainda um humano ou se já sou um... ---Não tive coragem de terminar, de dizer o medo que sinto. ---Enfim, eu odeio minha vida cheia de lutas, a raiva, o ódio, as coisas ruins que fiz, eu não sei se posso ser chamado de herói, essa é a verdade.

---Mas você salvou o mundo, mais de uma vez, cara, tu fizeste muito mais coisas boas do que ruins...

---E isso de alguma forma deveria me fazer sentir-me melhor? ---Perguntei o interrompendo. ---Porque eu não consigo me sentir melhor com esse pensamento.

---Eu acho que sim, não sei, ao meu ver, faria sim. 

---É, se consegue pensar assim, é uma sorte incrível, acredite. ---Disse seriamente. ---Às vezes a maior batalha que um guerreiro pode enfrentar, é dormir tranquilamente a noite, aceitar a si mesmo, tentar se amar, esse é o verdadeiro peso, o fardo que um herói tem que carregar, bem, pelo menos eu penso assim, pelo menos eu tenho que conviver com esse fardo. ---Disse forçando um sorriso, tentando transmitir de alguma forma, confiança, talvez dizer sobre aquilo, não tenha sido a melhor ideia, mas eu meio que agi por impulso, nem sempre consigo conter o lado impulsivo de meu pai.

---Você é um cara legal, é uma boa pessoa. ---Disse Jake chamando minha atenção, forcei um sorriso para ele. ---Eu aceito suas desculpas, afinal de contas, eu também estava errado, agi mau, não devia ficar enchendo o Alex, ele é um cara legal também, acho que eu também devo desculpas a ele.

---Deve sim, assumir isso, também te faz um cara legal, Jake. ---Disse sorrindo para ele, que devolveu o sorriso. Acho que acabei de fazer um amigo. ---Então, agora me diga, o que você está fazendo deitado no chão?

---A bem, não temos camas para todos os campistas, Quíron até ofereceu um lugar na casa grande para alguns de nós, mas o Sr. D, disse que se ainda houvesse lugares no chão do chalé, ainda caberia mais campistas, e ele queria sossego na casa grande e que não era culpa dele, que o idiota do meu pai, não para de fazer filhos e mais filhos. ---Ele fez uma careta. ---Cá entre nós, o Sr. D, tem razão, mas na hora eu não me controlei, falei algumas bobagens pra ele, então como castigo, ele disse que não poderia ser adicionado novas camas nesse chalé, mas Quíron conseguiu trazer alguns colchões escondidos.

---A bem, Dionísio é um idiota. ---Cochichei de volta para ele, o fazendo rir. Deixar pobres campistas dormirem em colchões, quando tinha cama para todos. ---Não se preocupe, vamos dar um jeito nisso também. ---Olhei para meu relógio, estava quase dando a hora do almoço, tinha que ir almoçar com minha mãe. ---Ei, preciso ir, agora, tenho um compromisso. ---Jake assentiu para mim, então me virei e comecei a caminhar rapidamente, mas antes que eu pudesse sair pela porta.

---Percy. ---Jake me chamou, me virei e o encarei, ele estava sorrindo para mim. ---Você é um cara legal.

---Tu não és o primeiro que diz isso. ---Disse rindo, ele me acompanhou.

------------------------------------------ Quebra de Tempo. -------------------------------------------------------------------------------------------

Então resolvi ir atrás de Quíron, antes de sair para almoçar, pois estava meio perdido no Acampamento, confesso, tudo estava indo perfeitamente bem, que me parecia que o diretor do Acampamento era realmente desnecessário, acho que porque o Sr. D, realmente não fazia nada, então todos se adaptaram a não precisar dele, então entendi a verdadeira definição de inutilidade para um deus, definição essa que se enquadrava perfeitamente nesse deus, no sentido possível e impossível da frase: “não precisar de um deus inútil”. Depois disso fui atrás de Tyson, que já havia começado o trabalho do nosso projeto, vou deixar a parte mais mecânica para ele fazer, a parte mágica, eu irei fazer, eu levei o Tyson para o meu arsenal, para que ele pudesse trabalhar na forja, queria que o trabalho ficasse escondido dos olhos dos semideuses, pelo menos até estar pronto, forneci um material mais resistente, diretamente do meu arsenal, para que Tyson pudesse começar os trabalhos. Fomos junto de Emuna para o Olimpo, especificamente para o Palácio de minha mãe, almoçar junto dela, ela ficou extremamente feliz com a presença de Tyson, dessa forma nos quatro almoçamos a lasanha especial de dona Hera, com bastante alegria, conversando bastante sobre coisas aleatórias, fazendo brincadeiras entre nós, especialmente entre eu e Emuna, onde minha mãe fazia questão de fazer perguntas extremamente vergonhosas, ou contanto fatos aleatórios e vergonhosos da minha infância para Tyson, que ria o tempo todo, daquela sua forma espalhafatosa, porém mesmo estando sofrendo um bullying gratuito, eu estava contente em ver uma parcela pequena da minha família reunida, comendo animadamente. Por um instante me senti nostálgico e um pouco triste, em lembrar daquele almoço a algum tempo atrás, onde quase toda minha família estava aqui, nessa mesma mesa, almoçando felizes e Ligea estava junto, mais feliz do que nunca, mas agora, ela não está mais entre nós. Emuna sentindo meu pequeno momento de tristeza, segurou a minha mão por de baixo da mesa e sorriu, transmitindo confiança e carinho, então fiz questão de afastar tais pensamentos tristes da minha cabeça e apenas curtir o momento de felicidade, felicidade que estava me sendo proporcionado nesse exato momento. Depois do gostoso almoço em família, me despedi de minha mãe, talvez por estar tão nervoso com o que tinha que fazer nessa tarde, e com o medo de dona Hera descobrir, minha mãe pareceu mais normal e mais calma, sobre a briga de Dona Hera e o maldito do Zeus, da próxima vez que o vir, farei questão de dizer algumas boas verdades, bem naquela cara de pau divina dele, ele mexeu com a deusa errada, ninguém magoa a minha mãe e sai impune, nem mesmo ele, Zeus, o rei dos deuses. Deixamos Tyson de volta no meu arsenal, demorou um pouco pra explicar sobre tudo aquilo e que meu arsenal era dentro de uma caixa de sapato, porém ele tinha de tudo lá, pra ficar dias afio e trabalhando a vontade, ele ficou muito animado e já começou a desenvolver, para que ele pudesse continuar com o nosso projeto, depois eu e Emuna fomos para a praia de Coney Island, no Brooklyn, era uma área um tanto afastada da cidade, para não cometermos nenhum crime de nudez, ou algo do gênero.

 Eu me encontrava sentado em um cadeira, observando as pessoas indo e vindo, era uma loucura, devia ter pelo menos umas 20 pessoas somente na organização e segurança, câmeras indo de lá pra cá, Emuna supervisionando e dando ordens para seus subalternos, tudo parecia estar indo rápido demais, porém ao mesmo tempo parecia que tudo estava devagar na minha mente, minha adrenalina estava subindo, a cada segundo que se passava e chegávamos mais perto do momento de começar com as gravações, eu ficava mais nervoso, pensamentos de traição e desonra bombardeavam minha cabeça, eu não consegui fazer sexo com a Emuna, apenas uma pessoa e que eu tinha plena certeza que me amava, mesmo sendo apenas com ela, me senti traindo a confiança e a memória de Ligea, desonrando nosso amor, como se tudo que tivemos, não passou de fogo de palha, agora eu teria que fazer sexo com várias garotas, eu começava a duvidar que conseguiria mesmo participar das gravações do filme, estava tendo convicção que acabaria tendo outra crise e começaria a chorar no meio das gravações, mas em contraponto, eu tinha que ser forte e conseguir fazer o filme, eu necessitava bastante do dinheiro das gravações, para o Acampamento, para as reformas que os campistas precisavam para melhorarem sua vida. Minha cabeça estava a mil, dezenas de pensamentos bombardeavam minha mente, incertezas, dúvidas e medo, mas de repente, senti uma mão apertar a minha, era Emuna, em sua forma de Ester, ela sorriu docemente pra mim, tentando transmitir confiança.

---Percy, para de pensar essas coisas, apenas relaxe, curta o momento, as garotas que vão participar são extremamente lindas, gostosas. ---Disse Emuna sorrindo para mim, forcei um sorriso para ela, tentando não deixar transparecer todo o nervosismo que eu estava sentido.

---Eu vou conseguir. ---Disse em voz baixa, minha voz saiu meio chiada e rouca, então eu limpei a garganta e disse mais alto. ---Eu vou conseguir, vou fazer este filme, serei o melhor ator pornográfico que já existiu.

---É assim que se fala. ---Disse Emuna sorrindo. ---Eu vou trazer as meninas para conversar com você, para se conhecerem, quebrarem o clima, elas são profissionais, vão te fazer relaxar.

---Certo, parece uma ótima ideia, mas eu realmente estou bem, confiante, vou conseguir, vou fazer o filme, eu já fiz coisas bem pior, vida ou morte em jogo, fazer um filme não é problema pra mim. ---Disse estufando o peito e tentando ser o mais confiante possível. ---Certa vez tive que fazer sexo por informação com uma deusa, então fazer sexo pelo Acampamento, será moleza. ---Emuna sorriu e se virou para ir buscar as garotas. Eu realmente não acredito que ela aceitou essa resposta falsa de mim.

---Não, não aceitei mesmo. ---Respondeu ela lendo minha mente novamente, enquanto andava rebolando para o outro lado, sem se virar para me encarar, ela ainda disse mais. ---Mas confio nas minhas garotas.

---Espero que esteja certa. ---Disse desanimado, minhas esperanças estavam cada vez menores. ---Mas eu não posso desistir agora, não posso. ---Eu ficava cochichando comigo mesmo, bem baixinho. Eu ficava repetindo essa frase, como uma forma de oração, mantra, embora não soubesse exatamente para qual deus orar, e mesmo assim achava que não era uma boa ideia, deixar algum deus saber disso, meu medo de Dona Hera acabar descobrindo era grande demais.

---Então você é o nosso companheiro de filmagem hoje? ---Disse uma voz atrás de mim, estava tão distraído que nem havia percebido as três belas mulheres que haviam se aproximado de mim. Me virei e encarei as três um tanto surpreso, devia admitir Emuna estava certa, eram lindas. A primeira garota que estava um pouco à frente das outras, era uma mulher extremamente linda, devia ter por volta dos 1,60cm de altura, uns 25 anos, sua pele era escura, mas não chegava a ser tão escura como a de Paláimon, era um pouco mais clara, como se misturasse café com leite, colocando leite no café, até atingir a tonalidade linda da sua pele, seus olhos eram de um castanho brilhante, muito bonito também, seu cabelo era liso, castanhos escuros, longos, descendo sobre seus ombros, seu sorriso era belo, ela já estava de lingerie, um conjunto preto com prata, extremamente provocante, ainda mais em contraste com sua pele e com seu lindo corpo, ela tinha pernas grossas e quadril largo, sua cintura era fina, seus seios não era dos grandes, mas não eram pequenos também. ---Meu Deus. ---Disse ela me encarando, o que me deixou um pouco desconfortável. ---Ester disse para nós que você era lindo, mas não disse o quanto lindo você é, você é muito lindo, parece um deus grego ou algo assim.

---Ahhh... muito obrigado. ---Disse meio sem jeito, nunca fui muito bom com elogios, ainda mais sendo comparado aos deuses. ---Muito prazer, meu nome é Percy. ---Disse sem jeito, oferecendo minha mão para ela cumprimentar.

---Aiii, mais que meigo, além de lindo, ele é todo educadinho. ---Disse a outra mulher atrás dela, está era um pouco mais madura, por volta dos 40 anos, mas era tão linda quanto a primeira, ela era um pouco mais alta, pelo menos 1,75cm, seus cabelos eram alaranjados, quase vermelhos, longos e lisos, sua pele era branca, seus olhos eram azuis brilhantes e seu sorriso era charmoso, ela também estava usando uma lingerie vermelha, que fazia muito contraste com sua pele branca e corpo escultural, ela tinha seios fartos e redondos, pernas grossas e cintura fina, uma mulher extremamente linda. As três garotas riram, como se eu fosse uma espécie de animalzinho fofinho e engraçadinho.

---Para gente, ele é um sonho. ---Disse a primeira garota, então ignorando a minha mão, ela se aproximou e passou os braços ao redor do meu pescoço, deixando seu rosto bem próximo do meu. ---O prazer é todo meu lindinho, meu nome é Rachel. ---Disse ela me dando um sorriso caloroso, e sem esperar por uma resposta, ela colou nossos lábios, me pegando de surpresa, não foi exatamente um beijo, foi mais um selinho rápido.

---Sempre sendo a atirada. ---Disse a última garota revirando os olhos, apesar dela ser a mulher que aparentava ser a mais madura, ela era extremamente linda, devia ter por volta dos 45 anos, ela era mais alta que as outras duas, da minha altura, cerca de 1,82cm, sua pele era branca, seus cabelos eram longos e loiros como cascatas de ouro, seus olhos eram castanho escuro, ela usava uma lingerie extremamente sexy, azul escura, seu corpo era realmente escultural, quase exagerado, ela até me lembrava um pouco o corpo de Clarisse, porém não tão musculoso na parte de cima, mas os seios eram enormes, redondos e extremamente lindos, suas pernas eram grossas e torneadas, sua cintura fina e abdômen quase definido. ---Prazer em te conhecer, meu nome é Julia.

---É o meu é Maria. ---Disse a garota ruiva.

---Prazer em conhece-las. ---Disse meio sem jeito.

---É seu primeiro filme, correto? ---Perguntou a mulher mais velha, Julia.

---Assim, é meu primeiro filme. ---Disse sorrindo sem jeito. Sem esperar por um convite ou mesmo uma liberação, Rachel sentou no meu colo, passando os braços ao redor do meu pescoço e se apoiando.

---Ai que fofo, então nós seremos suas primeiras parceiras? ---Perguntou ela eufórica, eu assenti lentamente, encarando-a. ---Eu vou ser bem gentil com você, tipo namoradinha, você nem vai sentir a diferença.

---Aaa... obrigado. ---Disse meio gaguejando. Com o canto dos olhos, notei que Maria passou atrás de mim, ela massageou meus ombros, estavam bastante tensos.

---Você está tão tenso, relaxe mais Percy, não iremos morder. ---Disse ela ainda me massageando. Então ela se aproximou e deu um leve beijo em meu pescoço, roçando levemente seus dentes na minha pele, me fazendo arrepiar-me um pouco. ---A menos que peça com jeitinho, por favor, me peça com jeitinho. ---Disse ela dando mais uma roçada com seus dentes em meu pescoço, me fazendo arrepiar-me ainda mais.

---Aaaa... bem.... ---Comecei a gaguejar como um completo idiota.

---Você por acaso, também é virgem? ---Perguntou-me Julia.

---Não, não sou virgem. ----Disse rapidamente. Falei tão rapidamente que realmente pareceu que eu era um virgem.

---Então apenas relaxe, isso é apenas nervosismo de primeira filmagem, você irá se sair muito bem. ---Disse Julia se aproximando também, ela chegou mais perto e disse em voz baixa, somente para nós quatro ouvirmos. ---Caso não consiga uma ereção, você pode tomar um azulzinho, não se preocupe, quase todos os atores tomam na primeira vez.

---Aaaa, mas comigo, nenhum ator precisou tomar, meu rebolado é especial. ---Disse Rachel, então para comprovar o que disse, ela se esfregou lentamente em mim. ---Qualquer um se excita. ---Disse ela sorrindo pervertida pra mim. Por um instante pânico tomou conta de mim, eu não senti meu “amigo” se animar, ele estava mais morto do que eu, se por um acaso, dona Hera descobrisse esse filme. Ela continuou rebolando, mas nada de meu “amigo” se animar. Sem esperar por permissão, Rachel enfiou a mão na minha calça, e deu uma apertada em meu membro.

 ---Epa, calma ai. ---Disse surpreso.

---Bem grande. ---Disse Rachel massageando meu membro, mas para meu desespero eu não o sentia mostrar sinal de vida. ---Mas ainda está bobão, vamos garoto, hora de ficar esperto. ---Ela continuou me masturbando, mas não estava adiantando.

---Me dá sua mão aqui, deixa eu te ajudar. ---Disse Julia, ela pegou minha mão direita, e colocou em seu peito, por dentro da Lingerie, mesmo minha mão não conseguia apertar todo aquele enorme peito, sua pele era macia e quente, era quase um sonho de tão gostoso. Porém para aumentar ainda mais meu desespero, mesmo sendo com peitos grandes e enormes, que tanto amo, eu não consegui me animar. ---Isso não é um bom sinal.

---Ele está muito tenso, olha isso, nem consigo apertar seus músculos. ---Disse Maria ainda tentando massagear meu ombro. Eu tirei minha mão dos peitos da Julia, e pela primeira vez, em toda minha vida, me senti melhor em não apertar um peito. Por Poseidon, o que está acontecendo comigo?

---Nada, nenhum sinal de vida no garotão. ---Disse Rachel desanimada, se levantando do meu colo. ---Acho que ele vai ter mesmo que apelar pro azulzinho.

---O que é esse azulzinho? ---Perguntei confuso.

---Viagra, sabe, é um estimulante pra ficar excitado, tu nunca ouviste falar disso? ---Perguntou Maria surpresa.

----Não, eu realmente nunca precisei antes. ---Disse desanimado. Por Poseidon, eu nunca precisei disso, eu nunca me senti impotente, nunca fui deixado na mão pelo meu amigo.

---Nervosismo de estreia, não se preocupe, não é nada demais. ---Disse Julia fazendo carinho em meu rosto. Eu sorri amigavelmente pra ela. ---É só você falar com a Ester, ela te arruma um.

----Assim, ainda mais porque ela vai participar do filme, ela vai querer algo realmente duro, afinal de contas faz anos que ela não participava das gravações como uma atriz. ---Disse Rachel animada.

---Emu... digo Ester vai participar do filme?