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História Perdão filho. - Eu te considero um amigo...


Escrita por: Milena_MR

Capítulo 48 - Eu te considero um amigo...


Fanfic / Fanfiction Perdão filho. - Eu te considero um amigo...

 

As semanas foram passando e estando na mesma roda de amigos, Naruto e Toneri podia até se considerarem mais próximos. Com o tempo o menino de olhos e cabelos bem claros percebeu como o loiro era engraçado e gostava de brincar com os amigos. Com o tempo a primeira impressão que ele teve do mar bravo se desfez. Assim, a cada trabalho que eles faziam o clima estava cada vez mais leve e divertido. E quanto menos eles esperavam, tinham se transformado em parceiros de estudos no colégio. 

Dessa forma, vendo o loirinho sentado uma cadeira e apoiado o corpo em uma grande mesa, o Ōtsutsuki se aproximou. 

-Vai ter prova amanhã, cara. - Toneri fala para o loiro concentrado no celular. 

-Vamos estudar o roteiro inteiro hoje? - O menino pergunta sem desviar o olhar do jogo. 

-Sim. Na real que vamos só revisar. - Toneri fala curioso com o que prendia tanto a atenção do parceiro de estudos. - O que você está fazendo? 

-Jogando aquele jogo que você me falou semana passada. - Naruto respondeu concentrado e sem perceber que o amigo sorriu. 

-Você não disse que parecia chato? 

-Eu dei uma chance e achei legal. - O dono dos olhos cor do mar fala antes de fazer uma cara triste. - Ah, não! Morri. - Ele completa chateado pondo o celular na mesa. 

-Você me parece um mal perdedor. - Toneri fala e Naruto sorri levemente. 

-Ninguém gosta de perder. - O menino responde e vê o amigo concordar. - Acho que essa prova vai ser fácil. - Ele completa pegando o roteiro e vê o amigo olhar para ele. - O que foi? 

-Você sempre usa luvas. Estamos quase no verão. - Toneri fala e o amigo suspira. 

-Eu queimei minhas mãos a um tempo atrás. Eu uso luvas porque não quero que as pessoas me perguntem sobre a cicatriz. Eu nem lembro quando me machuquei. 

-Entendi. - O dono dos olhos e cabelos bem claros fala pensativo. “A uns meses o papai me falou que estava defendendo a mulher que sequestrou e machucou o Naruto. Eu nunca falei disso porque não quero que ele ache que de novo que eu estou agindo de má fé, mas é estranho. Ele não parece acusar a mãe da Sakura nas poucas conversas que ela foi citada.”  

-O que foi, Toneri? - Naruto fala olhando nos olhos do menino. “Ele está mais distraído que o normal. Será que aconteceu alguma coisa?” 

-Nada, nada. Vamos começar a estudar. - “Melhor não tocar nesse assunto. É delicado de mais para eu me intrometer.” Toneri pensou pegando o livro. 

-Tu... Tudo bem. - Naruto respondeu não se sentindo convencido. 

Assim eles decidiram estudar a tarde toda, contudo, por volta das 16 horas os dois estavam com fome, mas não queriam ir para suas respectivas casas antes de finalizar tudo.  

-Mano, vamos comer um hambúrguer no shopping? O restaurante do colégio fechou cedo para manutenção e eu não aguento estudar com fome. - Toneri falou com um certo desespero. 

-É melhor mesmo comermos alguma coisa no shopping. Ainda falta um terço do conteúdo e eu to com fome também. - Naruto concordou. 

-Ótimo. - O menino de cabelos e olhos bem claros falou se levantando. - Você já experimentou os sanduíches da hamburgueria nova do shopping? - Ele completa sorrindo e o loiro sorri sem graça. 

-Eu não como pão, cara. Lembra que eu não como comida que tem glúten?

-Esqueci que você era cheio de frescura. - O menino de cabelos e olhos bem claros fala e o amigo arqueia a sobrancelhas. 

-Não é porque eu não quero. Eu não posso. - O loirinho se defende e o amigo o olha surpreso. - Eu tenho duas doenças autoimunes. 

-Eita. Sério? - Toneri fala surpreso e Naruto ri da reação do rapaz. 

-Sim, eu como temaki ou sushi. O bom do shopping é que temos várias opções. - Naruto sugeriu. “Estudamos muito e eu fiquei com fome. No shopping com certeza tem muita opção!”  

-Fechou. - “O Naruto, definitivamente, não é o que eu pensei. ” 

 

Assim, eles foram ao shopping, comeram e conversavam hora sobre a prova, hora sobre os jogos, quando a curiosidade começa a consumir Toneri.  

-O que foi? - Naruto pergunta ao ver o amigo olhando para suas mãos. 

-Nada, nada. - O menino tenta disfarçar. 

-Fala logo. Eu não vou ficar chateado se você fizer alguma piada de mal gosto sobre minhas luvas. - Naruto fala em um tom descontraído. 

-Até parece que eu brincaria com isso. - Toneri fala sério e o sorriso do amigo diminui.  

-O que você quer saber? - Naruto pergunta ficando apreensivo. “Ele provavelmente vai me perguntar algo que eu não sei. Algo que eu não lembro.” O menino pensa imaginando o que estava por vim. 

-Você tem raiva dela? Da Mebuki. - Toneri fala olhando as mãos do amigo e o mar se volta para ele. 

-Como você sabe o nome da mamãe? - Naruto pergunta impressionado e o menino suspira. 

-Meu pai é um dos advogados dela. - Toneri fala e o loirinho arregala os olhos. - Não nos considere ruins, por favor. Eu não contei isso para te assustar. - O menino completou se defendendo. “Droga. Eu acho que eu ferrei tudo. Ele vai pensar que eu estou contra ele. Eu e minha curiosidade.”  

 

Ouvindo aquilo, Naruto passou um tempo para reagir. Tudo que ele conseguia pensar era na esperança de rever a mãe. Assim, sem conseguir conter a animação, ele pega nas mãos do amigo. 

-Cara, eu preciso de um favor seu. - Naruto fala sem saber se sorria ou lacrimejava. 

-Um favor? - Toneri falou estranhando a reação do amigo. “Ele não parece com medo ou com raiva.” 

-Sim. - O mar confirmou. 

-Mas minha família e nossos amigos não podem saber. - Naruto pede e o amigo o lança um olhar desconfiado. 

-Isso não me parece bom. 

-Relaxa. Eu só quero me encontrar com a mamãe. 

-Como assim cara? Você não tem medo dela? - Toneri fala surpreso. “O mais lógico seria que ele nunca mais quisesse ver ela.” 

-Não.  - Naruto falou prontamente e o amigo o analisou. 

-Mano. - “O Naruto é doido.” 

-É complicado. Ela não é má pessoa. Ela cometeu alguns erros, mas se arrependeu. - O loirinho fala defendendo a mãe para o amigo. 

-O que você quer?  

-Eu quero me encontrar com ela. - Naruto repetiu e Toneri o olha incrédulo. 

-Você enlouqueceu? Pelo que eu sei ela fez muita coisa ruim a você. - O Ōtsutsuki fala sem entender o pedido do loiro. 

-Por que você está tão preocupado? Você nem gosta de mim. - Naruto brinca tentando acalmar o amigo.  

-Naruto. - Toneri chama sério. - Você pode não acreditar, mas eu te considero um amigo. - Ele completa sincero e o mar o olha se sentindo culpado. 

-Eu estava brincado. Eu também te considero um amigo. - O menino falou sincero. 

-Você ainda está com raiva por aquela brincadeira sem graça de três meses atrás? - Toneri perguntou querendo esclarecer as coisas ao amigo. 

-Não, eu juro que aquilo já passou. Na época eu fiquei chateado porque eu não lembro de nada e quando eu vi que você me enganou, eu fiquei com receio disso acontecer sempre e eu não conseguir distinguir. - Naruto fala sincero sobre um de seus medos e o amigo suspira. 

-Eu não pensei por esse lado. Desculpa, de novo. - Toneri fala se sentindo culpado ao entender o loiro. 

-Já passou. - Naruto falou sorrindo. 

-Sim. - O menino de cabelos e olhos bem claros fala e retribui o sorriso. 

-Mas, cara, me ajuda a falar com a mamãe. - O loiro insistiu. 

-Ela está presa, Naruto, e você precisaria da autorização do seu pai. Você é menor de idade. -Toneri fala e o amigo suspira perdendo a esperança. 

-Ele nunca vai deixar. - O loirinho constata triste.  

Vendo como o dono dos olhos cor do mar ficou chateado com aquela informação Toneri tenta pensar em uma solução. 

-Posso ver com meu pai se você pode, pelo menos, entregar uma carta a ela. - O menino fala e o rosto do loiro volta a transbordar alegria. 

-Perfeito. Obrigado, cara. - Naruto falou sorrindo e Toneri suspirou. 

-Só não se machuca. Eu confesso que eu tenho até medo de pensar em como isso pode dar ruim. 

-Nada vai dar ruim. - Naruto falou confiante e o amigo sorriu.  

-Espero que dê tudo certo.  

-Eu também. - O loirinho fala feliz. 

Assim, eles conversaram por algum tempo, depois voltaram a escola e ao anoitecer ficaram satisfeitos por terem finalizados o conteúdo inteiro da prova. 

 

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No dia seguinte, após a prova, Naruto entregou uma carta que ele tinha feito para Mebuki e entregou a Toneri. Cerca de uma semana depois, o loirinho mal conseguia conter a ansiedade ao receber finalmente uma resposta.   

Assim, em seu quarto, a noite, o menino não conteve o sorriso de felicidade ao ler atentamente cada palavra daquela carta tão pequena, mas tão significativa. 

  

“Oi meu filho, recebi sua carta e fiquei muito feliz. Fico feliz que as coisas estão indo bem em casa, que todos da nossa família estão bem, que você esteja bem. Por aqui, eu estou bem na medida do possível. Não precisa se preocupar. Estou confiante que, em breve, conseguirei sair desse lugar. Também sinto muitas saudades suas. Eu amo você, meu filho.” 

 

Ao reler tudo várias vezes, Naruto era uma mistura de sorriso e lágrimas. 

-Eu vou te ajudar, mamãe. Eu vou mostrar ao pessoal daqui de casa que a senhora se arrependeu. - Ele fala abraçando a carta.  

 

 



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