Peregrina
Encontro-me perdida
em pensamentos vastos,
realidade desiludida
como paragens sem pasto.
dos mundos que não pertenço,
descobertos ou inventados,
de intrusa apareço,
sem ter meus passos notados.
discreta reinvento todos,
de acordo vou seguindo passo.
faço-me parte de todos,
e a mim, aventuras repasso.
Reescrevo minha vida,
transformo meu passado
e prevejo cada vinda,
de acordo meu agrado.
Me coloco entre as linhas,
onde os fatos são silêncio,
e planto minhas vinhas
sem alterar o extenso.
Nos arranjos me divirto
luto e danço, sorrio e choro,
destruo e salvo, canto e grito,
morro e vivo, congelo e corro.
Sou tudo e sou nada
guerreira e mera camponesa
anjo e alma penada
nômade e burguesa
E após muito sofrer e sorrir
para casa retorno
sem esquecer as sensações a florir
no lugar ao qual sempre contorno
Pois não é longe, nem difícil o caminho,
para novos e velhos mundos.
seja ele de imagens ou palavra,
surreal ou a este distinto,
de tristezas ou amor e carinho.
pertencente à vida ou aos submundos
em campos de batalha ou terra que se lavra
com razão ou com instinto.
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