1. Spirit Fanfics >
  2. Peregrinos >
  3. 007

História Peregrinos - 007


Escrita por: mylaah

Notas do Autor


Oláá *acena*

Sétimo capitulo chegando para não deixar o final de semana passar em branco, e foi tão estranho ficar sem postar ontem, não sei bem, mas cá estou de volta.

Primeiramente, quero agradecer pelos favoritos que a fic vem recebendo, acho que induz minha criatividade ao máximo (tá, só um pouquinho). E por último, pode se sentir à vontade para dar uma olhadinha na oneshot MinaKushi, "At the Beginning" ;D

Capítulo 7 - 007


CAPITULO SETE

TEMARI

- Ah, me conte mais Temari-chan. Ele é charmoso igual aqueles galãs de filmes dos anos cinquenta?

- Pare de agir feito uma colegial apaixonada, Matsuri. Yamato é apenas um cara que quer me levar pra sair hoje, nada de mais.

- Desculpe. É que, eu nunca te vi assim em relação a um homem, quero dizer, outro dia você disse que são uma total perda tempo.

- São perda de tempo em relacionamento sério. Isso não quer dizer que não podemos nos divertir com eles de vez em quando.

- Você parece até um homem falando desse jeito – ela deu um sorriso frouxo, erguendo uma sobrancelha.

Me desapontei um pouco comigo mesma ao perceber na mesma hora que Matsuri tinha razão. Não podia deixar passar em branco o quanto eu me tornara insensível em relação aos homens. Mas confesso que apesar de levar tantos foras, boa parte da culpa era minha, pois eu sabia que aqueles panacas não estavam interessados em uma vida a dois comigo. É um instinto egoísta masculino, e eu nunca poderei mudar isso. Já o meu modo de agir para com outro homem estava mais do que ativado para não me deixar ser taxada de boba de novo.

- Vocês mulheres adoram complicar tudo – comentou Shikamaru num canto. Desde que ele tirara aquela folga, todos os dias ele aparecia na loja e ficava o dia inteiro incomodando. Tá, tá, algumas vezes ele se passava por vendedor e nos ajudava a fazer algumas vendas.

- E vocês homens, não vivem sem a gente – rebati, evitando olhar para ele. Shikamaru exalava juventude e preguiça, características bobas que me lembravam os caras que me fizeram de boba a muito tempo atrás.

- Você me irrita – falei, sem saber exatamente o que estava falando.

Ele fechou a cara pra mim no mesmo momento. – Tudo bem, nunca foi a minha intenção te agradar.

Me arrependi amargamente de ter dito aquilo assim que percebi a gravidade daquelas simples palavras e quando visualizei as costas de Shikamaru, saindo porta à fora.

Não consegui trabalhar bem aquela tarde. Realmente, não fora de maneira alguma, a minha intenção magoar Shikamaru daquela maneira. Queria que ele soubesse que não era nada pessoal. Dei um soco no balcão de atendimento, enraivecida.

E por que Shikamaru ficara tão zangado com a minha declaração? Minhas palavras importavam tanto assim para ele?

Dane-se. Eu é que não ia pedir desculpas. Não o insultei.

Pouco depois das dezoito horas, eu estava esperando Yamato aparecer para me levar para a tal amostra de arte da semana.

Conforme os minutos iam se passando, eu me sentia cada vez mais constrangida, parada na frente da loja, usando um vestido preto e o meu velho casaco roxo. O cabelo estava uma perdição, preso num coque vagabundo. Realmente, nunca mais irei sair com um cara depois do horário de trabalho.

Um belo carro preto encostou na calçada e Yamato desceu do mesmo, abrindo a porta do carona para mim. Ele fez uma cara de bobo assim que me viu.

- Desculpe, ainda não tenho palavras para descrever como me sinto sobre você – ele disse, já dentro do carro.

A tal amostra de arte estava acontecendo no imenso salão de festas do Hotel Yotsuba. Nem preciso dizer a grande quantidade de pessoas ricas, sofisticadas e estranhas que estavam espalhadas por lá. E já era a segunda vez na semana em que eu me sentia uma caipira. Mas eu devia confessar que os quadros expostos lá eram realmente, de chorar de emoção. O artista trabalhara com uma paixão feroz, era algo realmente novo.

-Que tal os quadros? – Yamato se aproximou de mim e me entregou uma taça de vinho. – Até que são interessantes, não?

- São incríveis – admiti bobamente, deslumbrando uma tela à minha frente. – O artista trabalhou não só o pincel, mas o seu coração... Ele... Eu consigo sentir sua necessidade de se expressar.

- Ele está aqui, gostaria de conhecê-lo?

- Ahn, acho que mais tarde. Não quero parecer uma amadora de arte pobretona e mal interpretada.

- Como você quiser – ele deu um gole no vinho.

O tempo ia passando e Yamato havia percebido que eu estava desconfortável perto de tanta gente tão diferente, tanto social quanto culturalmente de mim. Dado isso, ele e as taças grátis de vinho foram a minha companhia da noite.

- Temari, acho melhor eu te levar pra casa – ele disse, passando o braço em volta da minha cintura, me salvando de uma queda desastrosa até o chão. – Vem, me dá essa taça.

- Não, sai. Não são nem onze horas ainda – o empurrei para o lado e perdi o equilíbrio, me segurei numa planta que apareceu do meu lado. – Só me traz mais desse vinho maravilhoso... Ich.

Eu havia esquecido o quão sofisticado e delicioso era um vinho tinto envelhecido duzentos anos.

- Você fica ainda mais cheia de vida quando está bêbada – ouvi ele rir enquanto passava seu braço ao redor da minha cintura e o meu braço ao redor de seu ombro. – Acho que a amostra de arte acabou para nós hoje.

Com uma careta e soluçando alegremente, deixei que Yamato me guiasse até seu carro. Ainda tonta e exposta como eu estava, não deixei de sentir um carinho por aquele homem que me sentava no banco do seu carro e colocava a mão sobre minha testa, testando minha temperatura.

- Você ficará bem, só precisa descasar . Acha que consegue me dizer onde fica sua ca... – eu o interrompi, avançando em sua direção e pressionando meus lábios sobre os seus com força.

- Eu sei que você quer isso – sussurrei entre seus lábios, já sentada em seu colo. Meus braços estavam pesados, mas eu consegui leva-los até seu peito e desabotoar sua camisa.

- Eu quero e muito – ele dizia, suas mãos em minha cintura me puxavam e afastavam ao mesmo tempo. Antes que eu pudesse ter me livrado da sua camisa, Yamato segurou meu pulsos e me afastou, encostando minhas costas no volante, ambos ofegantes. – Eu não posso fazer isso, Temari... Não seria certo com você... Estou louco para te possuir, mas não aqui, não dessa forma.

Permaneci calada, meus olhos estavam pesados demais. E minha cabeça estava começando a doer. Encostei a testa em seu ombro e soltei um longo suspiro. Yamato me ajudou a sentar de volta no banco do carona, vislumbrei ele abotoando sua camisa antes de sussurrar meu endereço e apagar completamente.

HINATA

Dei uma ultima olhada no meu reflexo sem graça no espelho antes de disparar pelo quarto, mas quando estava na metade do corredor, lembrei do pequeno embrulho azul em cima da penteadeira. Voltei para o quarto e peguei o mesmo, quase certa de que meus olhos brilhavam ao encarar aquele papel de presente que carregava um conteúdo um tanto pesado.

O cachecol que eu passara semanas tricotando para o Naruto. Um simples apetrecho  de vestuário feito com as minhas mão e com o qual eu dera tanta atenção e apreço inestimável, apenas imaginando qual seria a reação do Naruto ao recebe-lo de mim.

Na noite passada, após eu declarar meus sentimentos à ele, minha intenção era entregar o cachecol e esperar a sua reação. Mas algo em mim me fez travar após ouvir sua recusa. Agi como uma covarde e voltei para casa com o presente que tanto ansiei para entregar a ele pessoalmente.

O apertei com força entre meu peito e o coloquei dentro do guarda-roupas.

A copa-cozinha estaria vazia se não fosse à exceção do primo Neji , sentado atrás da bancada, muito concentrado nos seus cadernos e livros e Pusheen, o novo gato branco gordo de Hanabi, que dormia preguiçosamente embaixo dos pés de Neji.

- Esse gato não devia ficar aqui – falei enquanto ia até o refrigerador e pegava uma garrafa d’água.

- Não desconte sua frustração no pobre animal – Neji escrevia com uma mão e tomava um gole de café na caneca que segurava com a outra, os olhos concentrados no caderno.

-N-não sei do que está falando – dei de ombros, desviando o olhar para o chão.

- Eu a conheço a ponto de saber quando sofre por um coração partido, Hinata. – Ele soltou um longo suspiro e se virou para mim, largando a caneta e a caneca.

Senti toda a minha falsa confiança que eu havia erguido para enganar os outros e a mim mesma desabar de novo. Corri até ele e o abracei com força, chorando e enterrando meu rosto em seu ombro. Neji não demorou para me abraçar de volta de forma carinhosa, reconfortando-me.

- E-ele disse que não é o h-homem c-certo pra m-mim – solucei em seu ombro.

- É de se admirar a escolha dele, Hinata – ele disse calmamente. E, percebendo que eu não tinha nada para contra dizer-lhe, ele continuou. – Muitos homens que estivessem na situação de Naruto, poderiam ter aceitado seus sentimentos e começado um relacionamento com você, uma vez que você é uma bela jovem. Você pensaria estar feliz vivendo um romance com o homem que ama enquanto ele estaria se divertindo as suas custas e do seu sentimento... Naruto, no entanto, percebeu no mesmo instante o grau dos seus sentimentos por ele, já sabendo que, nas circunstancias atuais, não poderia fazê-la feliz como merece, retribuindo seus sentimentos. Acredito que ele tenha pensado inteiramente em você ao fazer tal escolha.

Me afastei e olhei para Neji, ele sorria. Dei uma última fungada antes de sorrir e ele enxugar uma lagrima minha.

- Agora você vai estudar – ele disse. – E vai esquecer aquele atendente de Starbucks enquanto estiver em horário de aula e com seus amigos, que tanto querem o seu bem.

Uma vez segura dentro do gigantesco campus na universidade. Não consegui parar de acreditar no que Neji dissera. E no quanto aquilo poderia ser verdade, meu coração estava elétrico demais para ajudar em alguma coisa. Antes sozinha do que sofrer as dores agudas de um relacionamento vazio e cheio de interesse.

Embora de todo modo, eu não estava nem um pouco pronta para encarar Naruto de novo tão cedo.

Descobri da pior maneira possível, que nos veríamos mais rapidamente do que eu jamais imaginara.

Enquanto dobrava a esquina do corredor da secretaria, o encontrei, ele e o seu fiel cachecol verde com listras brancas, na bancada da secretaria. Levei a mão à boca para suprimir uma exclamação e senti braços fortes me agarrarem por trás e me colocarem contra a parede oposta a da secretaria.

- Kiba-kun – anunciei com a mão sobre o peito arfante. – Por que fez isso?

- Você quase desmaia na frente do Uzumaki Naruto – ele disse. E completou com um olhar triste e um sorriso nada convincente. – Ele tem um forte efeito sobre você, não é?

- S-sabe o que ele faz aqui? – Perguntei vacilante.

- Você deveria saber, afinal, saíram juntos ontem  - ele sorriu, fechando seus olhos. Kiba era uma pessoa muito extrovertida e calma. Confesso que ainda não sei como Sasuke-kun conseguiu deixa-lo tão irado.

- H-Hinata? – E-era a voz do Naruto. – Nossa que legal, nem acredito que vamos estudar no mesmo campus.

Ele era tão caloroso e ativo que quase caí de joelhos ali mesmo. Meu ar faltou e eu senti meu rosto esquentar enquanto começava arfar.

- Você está bem? – Perguntaram Kiba e Naruto ao mesmo tempo.

-E-estou... – forcei-me a falar.

- Não, você não está – Kiba foi rápido em passar um braço ao redor dos meus ombros e o outro embaixo dos meus joelhos antes que eu caísse. Minha respiração estava fraca e eu já não conseguia ver as formas com clareza.

- Acho melhor eu ir junto, deixe que eu cuide dela – pude distinguir a voz preocupada de Naruto atrás de mim.

- Vá para a sua reunião de calouros, Naruto – disse Kiba. – Eu cuidarei da Hinata de agora em diante.

Tudo estava ficando e escuro e asfixiante.

Naruto...


Notas Finais


Tomorrow da minha amada vampira Avril Lavigne é o tema da vez.

Até a próxima *acena*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...