História Perfect Mess - Saidahmo Saida Dahmo Samo - Três é par.

Eram cinco da tarde e eu estava no sofá assistindo filme, Dahyun estava no meu quarto, depois de muito insistir que voltaria pra casa, já que estamos meio brigadas. Óbvio que não deixei ela voltar, ainda mais sabendo que o Myung continua lá plenamente.

 Sana provavelmente estava em casa e não deu sinal de vida desde as últimas mensagens que trocamos. 

 Ouvi passos na escada e franzi o cenho ao ver Dahyun de cabelo solto, usando calça jeans branca e meu moletom preto. Calçava seu tênis branco.

-Aonde vai?.-Perguntei, a olhando de cima abaixo. Perfeita.

-Preciso passar em casa pra ver o Kyung.-Disse friamente. A olhei incrédula.

-Sério isso, Dahyun? E se você passar mal?

-Estou bem.-Deu de ombros, abrindo a porta.-Até depois.

-Até...-Resmunguei.-E me liga qualquer coisa.

-Talvez eu ligue pra Sana, já que você é a número três, né?.-Revirou os olhos, debochando. Respirei fundo e a ignorei, voltando a olhar meu filme.-O que foi? Você mesma que disse.

-Não estou afim, Dahyun. Vai logo.-Só ouvi a porta fechando.

 Dahyun POV:

Fechei a porta e caminhei rapidamente até o carro estacionado em frente à casa, entrei pela porta de trás e Sana sorriu ao me ver.

-Oi, mor.-Falei baixo, por causa do motorista. Sentei ao seu lado.

-Nossa, você está linda demais.-Me deu um beijo. Arregalei os olhos, estática.-Não se preocupa, amor.-Riu.-Suk é o motorista mais legal de todos.

-Sana é como se fosse uma filha pra mim, compartilhamos tudo por anos.-Ouvi a voz do senhor enquanto ele dirigia. Dei risada, sem acreditar.-O que acontece no carro, fica no carro.

-Perfeito então.-Falei, voltando a olhar minha namorada.

-E a Momo, como ela está?.-Sana perguntou com certo receio. Dava pra notar que estava triste.

-Ficou vendo filme no sofá, precisei mentir que vou ver o Kyung.

-Nem sei se o que vamos fazer é certo, não gostei nada do que ela disse...-Murmurou chateada.

-Mas você sabe que mentiu, Sana. Na real nós escondemos mesmo e eu entendo porque ela ficou assim, além do mais, a Irene beijou você. E nossa, só de pensar já me dá uma vontade de socar ela.-Respirei fundo, só em imaginar Irene beijando minha namorada.

-Eu só queria proteger ela, Tofu.-Fez um biquinho, deitando de lado a cabeça no meu ombro.

-Eu sei...-Fiz um carinho em seu cabelo.-Mas essa surpresa vai deixar ela feliz.

-Lembrando que não sei cozinhar, nem você.-Nós rimos.-Melhor pedirmos jockbal.

-Aí sim ela vai ficar feliz.

 Fomos até o shopping e eu estava torcendo pra não passar mal, mesmo o carro me deixando um pouco tonta. Nem falei pra Sana, apenas segui andando com ela. Fomos até uma joalheria.

-O que acha desse, hum?.-Perguntou concentrada olhando o colar pelo vidro. 

-Não sei, não é bem a cara dela.

-Pois é...-Murmurou.

-ESSE!.-Praticamente gritei, apontando para o colar em formato de coração. Era delicado, perfeito.-Nossa, mas que caro...-Arregalei os olhos, vendo o preço daquilo.

-Perfeito.-Sana disse e olhou para a moça do caixa.-Você tem mais desse?.-Perguntou, indicando o colar.

-Sim, chegaram hoje.

-Ótimo! Quero três.-Sorriu. A olhei incrédula.

-Três?!?!

-Claro, Dubu. Você achou que eu ia dar só pra Momo?.-Riu, tocando na pontinha do meu nariz. Senti minhas bochechas rosarem.

-Não precisa, Sana-ya.

-É um presente e você vai aceitar! Sem mais nem menos. Rum.-Franziu o nariz.-Era pra ser uma surpresa, mas você sabe que não aguento.

-Eu sei, também não consigo aguentar.-Dei risada.-Mas obrigada, eu queria poder beijar você agora...-Praticamente sussurrei, vendo um sorriso bobo em seus lábios.

 Quando saímos da loja, compramos mais algumas coisas para enfeitar e deixar tudo romântico..ou seja; super gay. Eu amo, não vou negar. Momo precisa se sentir especial, afinal, ela é e SEMPRE será especial na minha vida e na da Sana.

 Óbvio que antes de irmos embora, Sana e eu paramos na praça de alimentação. Pedi meu maravilhoso Mc Donalds e minha japonesa pediu sushi. Estávamos uma do lado da outra.

-BU!.-Demos um susto ao ouvir o grito atrás da gente. Nayeon ria da nossa cara.

-Que susto, vaca!.-Falei indignada.

-Já achei que era um assaltante.-Sana disse rindo.

-Um assaltante sempre fala “Bu” antes de assaltar.-Nayeon debochou, me fazendo gargalhar.

-Senta com a gente, engraçadinha.-Minha japonesa disse, apontando para a cadeira do outro lado da mesa.

-Cadê a Momo?.-Perguntou enquanto sentava.

-Está em casa.-Respondi, voltando a comer meu hambúrguer. Nayeon assentiu.

-O que faz aqui, louca?

-Estou esperando a Jeong. Vamos ver um filme.

-É muito bom ver vocês duas de novo.-Falei, vendo um sorriso bobo em seus lábios.

-Não aguentava mais seu choro todos os dias na ligação.-Sana disse.

-Nem me fala...-Suspirou.-Mas agora está tudo bem. Ela está tentando ser mais romântica e eu tento ser mais paciente.

-Namoro é isso mesmo..-Falei, a vendo concordar com a cabeça.-E vocês se amam, não tem motivos pra dar errado.

-Verdade.-Ela sorriu.-Vou comprar alguma coisa, me bateu uma fome ver vocês comendo.-Rimos.-Já volto.

 Sana e eu ficamos conversando, enquanto ela roubava minhas batatas. Ouvimos nossos celulares ao mesmo tempo.

                 |Líderes Gostosas De Torcida|

[Nayeon]: Estava no shopping e encontrei duas gays. {foto-Sana e Dahyun sentadas na praça de alimentação}

 Arregalei os olhos e olhei para a Sana.

-É agora que a Momo vai infartar.-Falei, estática.

-E eu também. Fodeu. Cadê a Nayeon? Ela tem que excluir isso agora mesmo!

-Tarde demais...-Falei, mostrando o celular.

         |Líderes Gostosas de Torcida|

[Moguri]: kkkk :D

-Vou matar essa garota!.-Sana disse indignada. Seu rosto estava vermelho.

-Ela não tem culpa, amor. Não xinga ela, nem diz nada.-Falei cautelosa, fazendo carinho em seu ombro.-Só vamos embora logo e falar com a Momo.

-Certo...-Suspirou.

 Nayeon apareceu com um sorvete em mãos.

-Precisamos ir. Amanhã nos falamos na escola!.-Falei, levantando e pegando as sacolas.

-Bom filme. Manda beijo pra Jeong.-Sana disse.

-Beijos, meninas! Mandem beijo pra Momo.

 Sana POV:

 Depois da foto da Nayeon, Dahyun e eu resolvemos ser mais rápidas possíveis. Já que meus pais não estavam em casa, preparamos algo bonito no meu quarto. Juntamos tudo que cada uma gosta. Nós três amamos chocolate; Momo ama morango e uva. Sem contar na champanhe, que pra mim, é a melhor parte. Acendemos algumas velas e jogamos as pétalas por cima da cama.

-Ok, já podemos abrir uma empresa de decoração, hum?.-Dahyun disse, me fazendo rir.-Ficou perfeito. Ela vai amar tanto.

-Vai mesmo...-Suspirei, reparando no que arrumamos.-Como vamos trazer ela até aqui?

-Fala que estou passando mal e preciso da ajuda dela.-Torceu os lábios.

-Não é uma má ideia.-Fiquei pensativa, pegando o celular.

     |Em chamada com Moguri]

-Momo! Eu preciso que você venha aqui em casa.-Fingi um certo desespero.

-Não.-Disse firme.

-É sério, a Dahyun está muito mal. Vem pra cá, por favor.

-Eu não!

-VEM AGORA!.-Dei um grito, desligando a chamada. 

-O que foi isso?.-Dahyun disse rindo, vindo até mim.-Ela está muito brava?

-Muito.-Resmunguei.-Mas é por uma boa causa.

-Você está linda.-Me beijou, logo abraçando minha cintura.

-E você é linda.-Beijei o topo da sua cabeça.-Amo você.

-Amo você, amor.-Me olhou, dando um sorriso fofo.-Vamos descer e esperar nossa bravinha.

 Quando descemos, dei uma olhada no espelho e apenas retoquei meu batom nude. Ajeitei o cabelo e ouvia Dahyun cantando uma música baixinho enquanto sentava no sofá.

-Acho que ela chegou...-Falei, vendo um farol pela janela.

-Veio na velocidade do flash.

 Quando abrimos a porta, Momo estava com os olhos vermelhos, bochechas rosadas e vestia o pijama lilás. Ela nos olhou e vi seus olhos marejarem.

-Por que mentiu pra mim, Dahyun? Podia ter falado que ia sair com a ela. Não tem problema nenhum! E você poderia ter me convidado, Sana, mesmo estando brigadas eu posso muito bem querer sair pra comer algo. Vocês estão cansando de mim?

-Momo, claro q...-Tentei falar, mas fui interrompida.

-Eu sei que as vezes falo merda, e sei que sou uma pessoa difícil de lidar. Eu sei que antes era só você duas, e eu sinto muito se baguncei o relacionamento de vocês, mas se estão cansando de mim, por favor não me excluam da vida de vocês desse jeito. Não queria que o bilhete da Irene me afetasse, mas só consigo pensar na porra do número três. Não posso mais viver sem as duas, e nem quero imaginar. Não terminem comi...

-MOMO!.-Dahyun disse alto, a fazendo parar de falar. Moguri chorava muito e eu sentia meu coração minúsculo.-Não vamos terminar com você!

-Nunca.-Falei, a puxando pra um abraço. Dahyun a abraçou também, fazendo a japonesa ficar no nosso meio.-Amor, não diga essas coisas. Você não bagunçou nada entre eu e a Dahyun, você simplesmente deixou tudo melhor.

-Sana e eu nunca vamos cansar de você. Como iríamos viver sem a melhor pessoa da nossa vida?.-Dahyun disse enquanto secava as lágrimas dela. Momo respirou fundo, se recompondo.

-Me desculpa, amor. Sei que você estava tentando me proteger, mas quando vi a Irene, eu...

-Eu sei...-Falei, lhe dando um beijo.-E me desculpa também. Eu deveria ter contado.

-E que se foda a matemática!.-Dahyun disse, nos fazendo olhar pra ela.-Se o número três não é par, a partir de agora ele é.