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História Perfect Mistakes - Capítulo 3 - Louis e Nicole


Escrita por: whoishoran

Notas do Autor


Oieeeee, finalmente capítulo novo hein? Fiquei muto contente com os comentários e se nesse capítulo tivermos mais que cinco (ou no total da fic inteira) posto na segunda outro cap. Eu achei esse mais ou menos, e demorei porque estava sem inspiração. Só no final me animei e aproveitei para já escrever o outro :) Espero que gostem, e dessa vez vão conhecer os amigos "problemas" do grupo kkk. Ah eu mudei a sinopse, o que acharam? Tô pensando em mandar fazer uma capa mais legal porque né... hehehe
Espero que gostem. MUITOS FAVORITOS E COMENTÁRIOS POR FAVOR HEIN KKKK

Capítulo 3 - Capítulo 3 - Louis e Nicole


Fanfic / Fanfiction Perfect Mistakes - Capítulo 3 - Louis e Nicole

(Trilha sonora - Abertura ♪ The Great Escape – Boys Like Girls/Young, Wild and Free – Snoop Dog feat. Bruno Mars)

Abriu os olhos lentamente, não sentindo vontade ainda de acordar.

Virou a cabeça e pode ver que ainda eram oito e meia. Tinha acordado oito e meia em um sábado.

Resmungou sentindo-se ainda cansado da noite anterior. Ter ficado muito tempo na fogueira com os amigos, concluiu nisso.

Levantou-se finalmente. Vestiu uma blusa, e por cima um moletom sabendo que como sempre Brighton estaria gelado. Foi a procura do jeans, e assim que encontrou saiu do quarto.

Vazia. A casa estava vazia.

Desceu as escadas já sentindo-se acostumado com aquilo. Max deveria estar em algum bar, ou tentando curar algum machucado no rosto. Louis respirou fundo pensando no tio.

Achou seu skate jogado na sala, alcançou-o e saiu de casa.

Quando chegou a rua, procurou com os olhos rapidamente pela janela de Rebecca na lateral da casa, que era a única que conseguia enxergar, ainda estava fechada. Viu que o jipe de Harry ainda estava lá, significando que ambos estavam em casa provavelmente dormindo.

Desviou os olhos para a casa de Nicole, e sua janela estava aberta. Não iria lá, era mais do que obvio que não estaria em casa, e nem teria passado a noite por lá.

Estava sozinho, então. Pôs o skate no chão, e começou a andar. Pôs as mãos no bolso, e logo estava em movimento continuo. Admirou a cidade ainda em silêncio e vazia. Sendo normal aquilo, era bem cedo.

Gostava daquela sensação. Liberdade e um pouco de tempo para si mesmo. Observou as casas tranquilas e sem movimento. As ruas do mesmo jeito. O píer ainda fechado, pessoas ainda dormindo, comércios em silêncio.

Percebeu que uma padaria estava aberta, e parou no mesmo instante. Pediu o de sempre. Quatro rosquinhas, e dois cafés para viajem.

- Obrigado. – disse ao cobrador. Segurou o lanche nas mãos e andou com o skate mais rápido.

Quando seus olhos encontraram com o prédio branco um pouco à frente, um sentimento triste lhe ocupou. Tentou pensar em outra coisa, e logo estava lá na frente. 

- Bom dia, Lou. – um dos médicos que estava responsável da recepção lhe cumprimentou.

- Hey. – disse sem animação. – Ela está ocupada? – largou o skate ali no canto, e como sempre ninguém se importou.

- Não. – deu de ombros. Louis sorriu fraco e começou a caminhar pelo corredor branco. Passou pela área que apenas funcionários podiam entrar, mas sabia que ele estar lá não era nenhum problema.

Abriu a porta, e ela não percebeu sua presença.

- Tok. Tok. – disse e riu ao perceber seu susto. Deu a volta na mesa de aço, e parou a sua frente. De um jeito carinhoso, estendeu o doce e o café à ela.

- Lou! Que surpresa! – sorriu fraco, e era mais do que obvio como estava cansada de seu turno. Louis sentou-se ao seu lado na mesa, abriu a embalagem das rosquinhas e ela pegou o café.

- Oi, Mira. – disse finalmente.

- Tudo bem com você? – Miranda perguntou. Ele percebeu que ela estava mesmo cansada. O cabelo preto estava amarrado em um coque preto, meio bagunçado. As grandes olheiras estavam se juntando com as rugas no rosto, mas ainda assim ela parecia jovem.

- Uhum. – resmungou e mordeu o doce. – E você? Cansada, hum?

- Sim, está tudo bem fora isso. – deu de ombros. – Apareceu uma pessoa aqui ontem que tenho certeza que foi obra sua. – Lou riu e ela o olhou sério. – Isso não é engraçado!

- Parece que todas as vezes que eu venho aqui, seja para visitar minha m.... – parou de falar não querendo ir para aquele assunto. Mira assentiu perfeitamente entendo. – Ou para te visitar, você sempre reclama sobre isso.

- Por que você não arranja uma namorada bem legal, começa se dedicar mais na escola, e esquece essa coisa de matar pessoas? – sugeriu como sempre. Sorriu meiga e riu alto da expressão que o garoto fez.

- Estou bem assim. – disse baixo.

- Não parece ter tanta certeza sobre isso. – Miranda e ele quase ao mesmo tempo pegaram outra rosquinha.

- Como ela está? – perguntou ainda baixo, olhou a médica nos olhos intensamente.

- Você quer vê-la?

- Hoje não.

- Okay.... – concordou com a cabeça. – Ela está bem, andou fazendo alguns exames e estamos esperando pelos resultados. – explicou.

- Qualquer coisa me avise. – pediu como sempre, mesmo sabendo que Miranda faria isso mesmo que ele não quisesse.

- Agora me fale de você! – disse animada querendo acabar com aquele assunto mais triste. – Quais são as novidades? O que foi que aprontou? – eles riram alto com aquilo.

- Nada demais. Quer dizer, teve aquilo de ontem à noite... Foi legal, sempre é.

- Você não tem jeito mesmo. – empurrou sem ombro de leve. Antes que pudessem continuar conversando o celular de Louis tocou.

- Só um minuto. – disse e alcançou o aparelho no bolso. Becky na tela. – Alô?

- Hey, bom dia. – ouviu sua voz e pelo jeito ela tinha acabado de acordar. Sorriu sem graça ao ver que Miranda tinha uma feição divertida e um pouco maliciosa.

- Oi preguiçosa. – riu baixo. – Quinze minutos e estou lá ok?

- Combinado. – a garota desligou em seguida. Guardou o aparelho e voltou os olhos para Mira.

- Nem começa... – pediu e os dois riram mais uma vez.

- Da próxima vez vamos conversar sobre isso, me deve essa conversa faz tempo. – disse rindo.

- Então essa próxima vez vai demorar bastante. – brincou e levantou-se. – Venho aqui semana que vêm, pode ser? – falou mais sério.

- Não foge dos problemas, Lou. Isso não é bom. – Miranda disse séria também. Ele sempre fazia aquilo, fugia.

- Descansa, Mira. – se aproximou e beijou seu rosto.

- Er.... – ela pensou nas palavras, e Louis sorriu entendendo bem.

- Ele está bem, eu acho. Fique tranquila. – a acalmou. – Por que você não volta a sair com Max, hein?

- Estamos falando apenas se ele está bem ou não! – brincou rindo de leve. – É mais difícil do que parece.

- Droga. – resmungou. – Até mais. – abriu a porta e ouviu um até. Foi embora em seguida.

- Tchau, Lou. – o médio da recepção disse sem tirar os olhos do computador.

- Tchau. – pegou o skate e se foi.

Assobiava enquanto andava. Passou pela parte da cidade que era toda arborizada, e logo estava em seu lugar favorito.

Nem dava para perceber que estava na parte mais alta da cidade. Desceu do transporte em que se encontrava e começou a caminhar, com o skate em baixo do braço.

Passou pelas arvores, e chegou na região que havia vários bancos, e logo abaixo o morro. Dando vista para toda a Brighton.

- Hey Becky Tecky. – falou fazendo todas as palavras rimarem.

- Não me chame assim. – pediu. Ele riu, ela odiava aquele apelido. Sentou-se ao seu lado, e a observou. Jeans, jaqueta de couro como sempre, e um gorro. Sua feição estava sonolenta.

- Eu vou sempre te chamar assim. – disse sério e depois sorriu com a expressão decepcionada dela. – Sabe o que eu estava pensando? – começou animado.

- O que?

- Que nenhum de nós nunca namorou. – disse pensativo. Rebecca olhou para ele e riu alto. – O que foi? – acabou rindo. – Você tem um namorado escondido? – a pergunta saiu em um tom mais sério, e Louis estranhou sua própria reação.

- Claro que não. – controlou risada. – O que você disse foi engraçado. Mas é verdade... Sempre foi apenas nós quatro, sempre mesmo. – disse a última parte baixo.

- Acha isso ruim? – perguntou intrigado.

- Eu não sei. – deu de ombros. – Não é um pouco engraçado isso? Sempre eu, você, Nikki e Hazza. Sempre.

- Isso se chama amizade. – brincou e eles riram.

- É, pois é. – concordou. – Por que estava pensando nisso?

- Eu não sei. – disse sincero. – Como acha que seria? Digo, Harry tem Savannah mas não é sério...

- Depende de com quem fosse. Nikki não ficaria uma semana com o cara... – riram alto. – Hazza, nossa coitada da garota, não sei como Savannah aguenta... – riram mais uma vez. – Você...

- Não para, eu quero saber. – pediu. Becky o encarou. Louis fez o mesmo, não desviando dos olhos escuros dela. A garota sorriu mostrando a covinha, e ele fez o mesmo achando, como sempre, seu sorriso lindo.

- Eu não sei. – riu de leve. – Você é meu melhor amigo não consigo te imaginar com uma namorada.

- Isso é bom ou ruim?

- Eu ficaria feliz por você. – deu de ombros. – E eu? Como seria se eu tivesse um namorado? – perguntou rindo.

- Você... – se encararam novamente. – Eu teria que aprovar ele. – concluiu.

- Como é que é?

- Tô falando sério. – riu sem graça. – Ele teria que ter muita paciência para te ouvir sonhando alto, e principalmente para ouvir suas reclamações... – disse como se estivesse entediado.

- Você não presta. – empurrou sem ombro.

- E ele ia ter que aguentar seus dias de TPM, porque... Puta que pariu. – disse o palavrão baixo. Ele falava como se ela fosse a pessoa mais insuportável do mundo.

- Louis! – repreendeu.

- E como fui esquecer? Eu teria que aprova-lo para saber se ele sabe... – começou a se aproximar dela bem sério.

- Lou... – achou estranho.

- Para saber se ele sabe fazer cócegas em você. – disse e começou a fazer nela. Ambos começaram a rir alto da brincadeira. – Exatamente como eu faço.

- Para! Para com isso! – pediu rindo e tentando fazer com que ele parasse. Até que Louis finalmente deixou-a em paz.

- Esta avisada, Becky Tecky. Se tiver um namorado, só vai dar certo se eu aprovar. – falou e a olhou sério. Depois sorriu.

- Você é chato. – disse sorrindo também. Lou sentiu o celular começar a vibrar no bolso e alcançou-o.

- Harry. – disse em volta alta.

- Sempre. – Becky falou.

- Alô? – atendeu.

- Músculos.

- Cérebro. – era o apelido dos dois. – O que foi?

- Onde você está, Lou? Cabana lembra? – Harry sempre lembrando do que Louis esquecia. – Vem para cá, enquanto eu vou atrás de Nicole.

- Okay, chefe. – brincou. Hazza tinha a mania de nunca pedir por favor. – Estamos indo. – desligou em seguida. – Vamos? – ele e Rebecca levantaram-se em seguida.

 

- Você está me devendo, Nikki. – Bruce falou.

- Eu vou pagar. – protestou alcançando finalmente o cigarro da mão do homem, ele lhe fornecia drogas.

- Quem vai? Você não tem dinheiro...

- Meu amigo vai. – garantiu tentando mostrar tranquilidade. Bruce forçou uma risada.

- Você não tem amigos. – riu e ela teve vontade de socar seu rosto.

- Escuta aqui... – ficou na defensiva. Antes que pudesse dizer alguma coisa escutou a voz que sempre lhe salvava.

- Nicole... – repreendendo-a como de costume.

- Hey. – falou animada. Jogou os braços ao redor da cabeça de Harry e ficou com o corpo junto ao dele. – Ta vendo? Não tenho mesmo amigos, tenho um namorado.

- Mas o que...? – Hazza resmungou não entendendo.

- Cala a boca. – Nikki cochichou, e o encarou como se pedisse por ajuda. Harry arqueou uma sobrancelha não gostando da ideia, mas logo já tinha passado um dos braços pela cintura dela, e a segurava para não cair. – Ele vai pagar. Agora. Não é, Harold? – olhou intensamente ele.

Hazza colocou a mão no bolso, e alcançou a carteira. Segurou algumas notas, e antes que pudesse contar o dinheiro, Bruce se aproximou e arrancou de sua mão.

- Ei! – protestou nervoso. Bruce virou-se e o encarou sério. Pela sua feição era melhor não dizer mais nada.

- Não faça nada, Harry. – Nicole falou passando a mão pelo seu ombro querendo aclamá-lo.

- Vamos embora. – disse de mau humor. Os dois sem se afastarem começaram a andar, saindo daquela rua. – Você não bebeu não é? – perguntou olhando-a sério.

Nikki as vezes sentia que ele fazia o papel de um pai que ela não tinha. Respirou fundo e tentou mostrar-se bem. Negou com a cabeça e riu em seguida.

- Claro que não. – deu de ombros. Tragou o cigarro de maconha e deixou a fumaça se misturar com o ar gelado.

- Nicole...

- Nicole... Você sempre fala meu nome assim, arrastado... – brincou enquanto caminhava na frente dele. Riu mais uma vez da feição de Harry, se aproximou quando eles já estavam longe da periferia e o encarou sério também. – Quer um cigarro? – quebrou o silêncio e riu da própria piada.

- Que história aquela de namorado? – perguntou intrigado.

- Ele disse que eu não tinha amigos. – revirou os olhos. – Inventei qualquer coisa... Por que, hum? – sorriu maliciosa. Dessa vez quem estava perto era Harry, encarando-a. – Gostou?

- Talvez. – entrou na brincadeira e sorriu com malicia também.

- É com certeza, Harold! Daríamos muito certo um com o outro. – ambos riram alto. Passaram em uma rua, que havia um poste e junto à ele uma caixa de som.

- Nem começa. No meio da rua não... – Harry pediu já imaginando. Nicole sorriu divertida. Ela se entretida com o humor e pedidos do garoto.

- Você não é uma boa companhia. – falou sincera. – Sempre desanimado, que droga Harry.

- Me dá esse cigarro. – pediu de saco cheio.

- Não. – se afastou rindo.

- Me dá isso! – segurou-a e conseguiu alcançar. – Fui eu que paguei.

- Cala a boca. – empurrou seu ombro. Se afastou dele e ficou o observando tragar o cigarro. Harry colocou na boca, inspirou, fez uma careta e então tossiu.

- Ah meu deus. – resmungou. Sem perceber, jogou o cigarro no chão e pisou em cima.

- Harry! – protestou alto. Tinha ficado nervosa de verdade. Empurrou seu ombro com mais força, enquanto o garoto ria. – Seu idiota!

- É só um cigarro. – falou. Se ele ao menos soubesse como um simples cigarro fazia bem a Nikki, como aquele objeto prejudicial a saúde a fazia esquecer um pouco as coisas, ele não teria jogado no chão.

- Você é um besta! – empurrou seu ombro mais uma vez. Hazza segurou seus pulsos e a impediu de continuar.

- Para com isso, Nicole. Você que é uma besta de ficar assim por uma porcaria. – olhou-a sério, ela fez o mesmo.

- A propósito, o que você veio fazer aqui?

- Como é que é?

- Eu não te liguei, não fiz nada. Por que apareceu? – conseguiu se desvencilhar dele, cruzou os braços, e ficou observando-o.

- Você sempre esquece, hein? Cabana, sábado de manhã. Lembra?

- Eu preciso ir para casa. – virou-se lembrando daquele pequeno detalhe.

- Você só pode estar brincando, né? – Hazza já estava se estressando. Odiava quando ela fazia aquilo.

- Harry, depois eu vou lá. Preciso ir para casa. – o olhou de relance, e começou a andar. Correu para alcançar o ônibus, deixando Harry sozinho nervoso.

Respirou fundo quando o automóvel começou a se mover. Sentou em um dos assentos e encostou a cabeça na janela. O dia mal havia começado e ela sabia que já tinha feito burradas.

Brighton sendo pequena e vazia naquele horário, fez o ônibus parar rapidamente onde ela descia.

Nicole caminhou em direção à sua casa prestando atenção em sua aparência. A roupa deveria cheirar a fogo, da fogueira da noite passada, a bebida que tomou pela madrugada, e ainda ao cigarro que estava fumando a alguns minutos.

- O que estou fazendo? – resmungou pensando em suas atitudes de menos de vinte quatro horas. Chegou finalmente a casa, e abriu a porta.

A sala estava arrumada, tudo brilhando e no lugar. Pode ouvir o barulho de xícaras e quando virou o rosto percebeu que os dois tomava café. Ao lado, como sempre, as malas. 

- Onde é que você estava? – sua mãe percebeu sua presença e ela desejou que aquilo não tivesse acontecido. – Nicole! O que diabos aconteceu com você? E se algum vizinho te viu desse jeito? O que irão pensar? – levantou-se rápido e caminhou até ela. 

- Eu sinto muito, foi uma longa noite.  – deu de ombros, a mãe sempre se importando com a opinião dos outros. Seus olhos encontraram com Jordan, seu padrasto. Os cabelos loiros dele estavam como sempre ralos, a camisa social limpa e ele vestia calça colarinho preta passada.

- Por acaso você se esqueceu que dia é hoje, Nikki? – Jordan levantou-se e trouxe junto consigo toda a bagagem.

- Não? Eu só passei para mudar de roupa.

- Bom mesmo. – disse rígido. Ela quase revirou os olhos mas se segurou. Desviou a visão dele, não aguentando encará-lo mais, e voltou-se para a mãe.

- Você já está indo? Chegou ontem... – disse triste.

- Nicole. – ela falou séria. – Não sei do que você reclama. Tem dinheiro, tem casa, tem escola, tem tudo que precisa...

- Esse não é o problema! – protestou. Não quero ficar sozinha, só não quero ficar sozinha.

- Nós voltamos semana que vêm e depois...

- Victória. – Jordan repreendeu-a e a mulher parou de falar.

- Depois o que? O que vão fazer depois? – perguntou apressadamente.

- Nós precisamos ir. – Jordan abriu a porta e pôs as malas para fora.

Nem um deles estavam nem ai para onde ela passara a noite no fim, não se importavam para onde ela iria e como vivia tão bem ou tão mal daquela maneira. Eles estavam mais preocupados com a empresa que ficava bem longe de Brighton e com a aparência que ela andava.

- Não se esquece do Tony, hum? – falou séria cruzando os braços.

- Estou saindo em cinco minutos. – disse. Os observou sair de casa, fecharem a porta e partirem. – De novo. – falou baixo. Chutou o chão e começou a caminhar em direção a escada. Subiu rapidamente, indo para o banheiro em seguida. 

Entrou no chuveiro o mais rápido que conseguiu, e foi atrás de uma roupa. Jeans, coturno preto, e uma blusa preta de mangas longas bem quentes. Ajeitou os cabelos loiros e deixou-os soltos.

Não se importou em comer alguma coisa, apenas certificou-se de pegar mais uma blusa, um cachecol e sair. 

Terminou de se arrumar enquanto corria pela rua indo até o ponto de ônibus.

 

Desceu e aquela mesma sensação de tremor interno passou pelo seu corpo. Suspirou pesado e começou a caminhar. Sentiu o celular vibrar e o alcançou.

Onde você está?

Xx Hazza

Ele mesmo nervoso continuava sempre se preocupando com ela. Desligou o aparelho, sem nem mesmo responder.  

Andou por aquela rua vazia pensando o que diria. Chegou a casa marrom escura, com três degraus antes da porta, e pensou em dar meia volta e ir embora.

Mas precisava fazer aquilo, sua mãe na verdade tinha aquela tarefa, mas que acabou sobrando para Nicole. Respirou fundo mais uma vez, e foi até a porta.

- Tem alguém em casa? – disse ao entrar. Lá parecia tudo melhor. Sem álcool por perto, sem bagunça, sem sujeira, sem energias ruins.

- Estamos aqui, meu amor. – aquela voz doce era bem diferente da que costumava ouvir quando chegava. Sorriu fraco, e andou até a cozinha.

- Nikki! – sua voz de criança se destacou, e o sorriso no rosto da garota aumentou muito mais. Em segundos, o menino de sete anos apareceu correndo em sua direção. Agarrou sua perna em seguida.

- Tudo bem, Tony? – agachou-se e o abraçou forte. – Quero te ver. – disse. Se afastou e olhou-o bem de perto. Tinha os mesmos olhos azuis dela, e alguns de seus traços. O tom de cabelo era exatamente igual.

- Você sumiu. – ele a abraçou mais uma vez e pareceu que não iria soltar mais. Nicole se levantou segurando-o no colo com dificuldade, e caminhou.

- Oi vó. – disse e lhe beijou a testa.

- Você finalmente apareceu, Nikki! – Maisie, a moça mulata que trabalhava lá disse animada.

- Er... Escola. – mentiu. - Está bem difícil. – fez o irmão descer do colo, e o encarou. – Me espera lá fora? E pense em uma boa história ok?

- Combinado. – instantes depois o menino já estava se direcionando para o jardim.  Ela sorriu e depois voltou-se para vó e Maisie.

- Como ele está? – perguntou.

- Fala de você todos os dias. – Maisie disse rindo. – Mas você sabe que o autismo não tem cura, Nikki.

- Eu quero ajudá-lo. – disse preocupada.

- Então por que não aparece mais vezes? Sabia que todas as vezes que você vem, ele fica melhor? – a vó disse sorrindo fraco. Nicole sentiu-se sem graça e teve vontade de chorar, mas mais uma vez lembrou-se que não seria fraca.

- Tony deve estar me esperando. – quebrou o silêncio tristemente. – Eu vou ficar com ele. – olhou-as e saiu do cômodo.

(...)

- Tá, eu vou. – Becky cansou de ouvir os dois discutirem. Ao levantar-se, Louis e Harry a encararam.

- Sério? – disseram ao mesmo tempo.

- Vocês estão brigando para quem vai comprar comida... – riu da situação. – Eu vou. – vestiu o casaco. – Já volto. – saiu em seguida.

- E é por isso que Rebecca é minha irmã. – Harry brincou e ambos riram.

- Como está a Savannah, cérebro? – Lou perguntou malicioso.

- Músculos, ela é incrível. – respondeu no mesmo tom. Harry arquitetava os planos, por isso cérebro. Louis, era bom com as armas e força, sendo assim os músculos.

- Vocês não são sérios, né? – fez uma careta.

- Claro que não! Não sirvo para namorar. – deu de ombros jogando uma bolinha de pular para cima. – Alias, falando em Savannah.... Acho que tinha combinado de encontrar com ela.

- Harry você é muito idiota. – Lou falou rindo.

- Nos vemos daqui a pouco ok? – levantou-se rapidamente.

- Fechado. – concordou. Harry abriu a porta e ao mesmo tempo Nicole apareceu.

- Não fala nada. – Nikki pediu sem encará-lo.

- Eu hein. – Harry resmungou. Saiu rapidamente.

- Oi. – Louis disse seguindo com os olhos Nicole entrar, e sentar-se.

- Oi. – respondeu e ficou à sua frente no chão, uma mesa os separava.

- Está tudo bem? – perguntou estranhando.

- Sei lá. – deu de ombros. – Tem cigarro? – Lou alcançou dois no bolso, lhe entregou um, e acendeu o outro para ele. – Você não faz ideia de como é difícil viver a minha vida.

- Qual é? – Louis riu. – A minha não é lá muito fácil.

Nikki riu e deixou seu corpo cair no chão, ficou olhando para o teto. Louis fez o mesmo. Admiravam o teto cheio de fotos coladas dos quatro. Crianças, pré-adolescentes, e em suas fases atuais. Os quatros juntos, sempre.

- Que se foda tudo isso. – Lou resmungou.

- Isso ai. – concordou animada. – Ainda deve haver um propósito para as coisas serem tão difíceis. – pensou alto.

- Eu espero. – assentiu. Antes que pudessem dizer alguma coisa, a porta se abriu rapidamente e ambos levantaram-se.

- Armas, gravador e casacos. – era Harry, ofegante.

- O que aconteceu? – Nicole perguntou.

- Um maluco está aqui na frente... – Becky adentrou com um pacote de comida, deixou ali de qualquer jeito. – Segurando uma arma, dizendo que vai entrar em algum lugar e matar todo mundo.

- Você está bem? – Louis perguntou nervoso, já pegando uma arma também.

- Cheguei a tempo. – Hazza tranquilizou-os. – Alguém precisa descobrir o nome dele, ou o sobrenome. E tira-lo daqui rápido, precisamos ir para longe.

- Eu vou. – Nikki se candidatou. – Acho que consigo arrastá-lo até o beco, pode ser?

- Fechado.

- Eu, Lou e Hazza vamos logo atrás. Qualquer coisa, estaremos lá. – Rebecca sugeriu pegando o gravador e uma arma também. Harry fez o mesmo e os quatro saíram em seguida.

- Bem que podíamos ir em alguma festa depois, não é? – Nicole sugeriu dando uma tragada no cigarro. – É sábado, gente! Vamos nos animar! – pensar em festas, baladas, qualquer coisa, era o melhor para esquecer o resto.

- Passo essa. – Becky foi a primeira a negar.

- Vou ficar com a Savs. – Hazza disse.

- Eu topo. – Lou concordou com a ideia. Seria bom, seria muito bom.

- Uhu! – Nikki comemorou. Encontrou com os olhos do homem, ao mesmo tempo que aconteceu com os outros. Ele parecia jovem, e tinha o cabelo quase ruivo. Estava resmungando algumas coisas baixos, enquanto andava de um lado para o outro com uma arma.

- Aqui vamos nós... – Lou disse. Nicole encarou os amigos, certificou-se de que a arma estava em seu bolso e caminhou até lá.

- O que você quer? – o rapaz perguntou de imediato, e ela percebeu que ele segurou a arma com mais força.

- Quero ajudar. – deu de ombros e se aproximou ainda mais, não tinha medo.

- Não quero ajuda, quero apenas matar. – protestou. Louis mesmo distante, prestou bastante atenção em suas palavras. Intensas, doloridas, e com certezas. Parecia desesperado por ver sangue, exatamente como ele.

- Bom, somos dois. – sorriu fraco. O rapaz pareceu gostar de Nicole e abaixou a arma. Ela se aproximou dele, ficando bem perto. – Que tal a gente dar uma volta? E bolar um plano para matar alguém?

- Tá, tá, tá bom. – gaguejou. Sua feição era de pânico.

- Então... – disse alto, e os três começaram a caminhar na direção dela. Becky ligou o gravador, agradecendo por ele conseguir pegar sons a longa distância. Nicole caminhava no meio da rua vazia, e sabia que logo chegaria ao beco.  Rebecca, Louis e Harry iam bem atrás sem fazer barulho. – Preciso saber o nome do meu parceiro. – o seduziu passando acariciando seu ombro.

- Carton, eu sou o Dave Carton. – se apresentou.

- Nicole. – disse animada. Ofereceu o cigarro, e o rapaz aceitou no mesmo instante. – Já matou alguém? Ou é iniciante?

- Eu não sou daqui, na verdade. Vim de Londres, entrei na minha antiga escola e atirei em todos os professores. – contou rápido demais. Ele estava sobre grande uso de drogas e bebida. Nikki por um instante quase o olhou com pena, mas isso não seria bom.

- Por que você veio para cá? – perguntou.

- Ouvi dizer que há grande números de assassinatos, por aqui.  E que as drogas eram de boa qualidade. – respondeu Dave.

- Falaram certo. – brincou e eles riram. Ela percebeu que Lou estava bem atrás deles, muito perto. Fez um sinal para que ele não fizesse nada. – Por que você matou tanta gente, Dave? Por que quer matar tanta gente? – o tom de sua voz saiu como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo, como se ela tivesse orgulho do que estava perguntando.

- Acho que é um jeito de eu ficar bem. Às vezes parece que só eu estou sofrendo, então... Por que não matar as pessoas, e vê-la sofrer? – disse e a encarou sério. – Você está fazendo muitas perguntas. – estranhou, levantou a arma e apontou para sua cabeça.

- Dave... – gelou. Segurou a arma no seu bolso, e a levantou também em direção a sua garganta.

- Cala a boca! – ele gritou. Nicole podia sentir o cano em sua testa, e a cada segundo um calafrio maior passava pelo seu corpo. Procurou por Louis olhando sobre o ombro de Dave, e o encontrou.

Lou olhou impaciente para Harry e Rebecca, a mesma assentiu indicando que o lugar estava limpo. Não havia ninguém no beco, ninguém por perto, nenhuma testemunha.

Louis pensou sozinho, e lembrou-se das palavras do rapaz. Ver os outros sofrerem vazia com que o próprio sofrimento diminuísse.

Levantou a arma carregada, e apontou para a cabeça de Dave, encarou Nicole rapidamente.

Quase ao mesmo tempo que a garota se abaixou deixando Carton confuso, Lou apertou o gatilho. Uma, duas, três vezes. Como era na cabeça, sabia que estava morto.

- Vamos embora. – Nicole falou e os dois saíram correndo em direção aos outros.

(...)

- Eu vou daqui a pouco. – disse.

- Okay, nos encontramos lá. – Nicole falou animada. Se afastou em seguida. Louis entrou em casa, e desejou ter ido para a balada direto.

- O que diabos está acontecendo aqui? – protestou alto. Max, seu tio estava no chão com a boca ensanguentada. E ele, em pé com o punho cerrado e uma leve mancha no olho.

- Lou. – disse parecendo não contente em vê-lo.

- Pai. – falou sério.

- Que arma na sua mão é essa? – protestou inconformado.

- Tendo um pai como você, ele está mais do que certo em andar com uma. – Max defendeu Lou. O pai dele virou a cabeça, do filho para o irmão ainda no chão, e chutou seu estomago.

- Escuta aqui! – Louis caminhou até ele e empurrou-o. – Você está na nossa casa e não tem direito de fazer isso!

- Não fale dessa maneira comigo!

- Lou, vá embora. Estou bem. – Max pediu levantando-se, cambaleando.

- Hoje eu vou. Mas da próxima vez... Os intrusos que saem. – olhou furioso para o próprio pai. Abriu a porta e saiu. Jogou a arma no jardim, em um lugar que ninguém podia ver.

Olhou para sua casa rapidamente pensando se Max estava mesmo bem. Suspirou fundo e apenas uma coisa veio em sua cabeça, apenas uma para que ele esquecesse aquilo, o hospital, as palavras da Dave antes de morrer, de Miranda e tudo que que se ligava à ela.

Correu rapidamente, não se importando com o frio e a pequena falta de ar.

Em minutos chegou no local que tinha combinado com Nicole. Procurou com os olhos qualquer grupo de pessoas sabendo que todas elas teriam uma coisa de seu interesse.

- O que você tem? – perguntou a um garoto. Ele mostrou com as mãos e fez sinal para o preço. Louis assentiu não sentindo-se orgulhoso de fazer aquilo, mas pensou imediatamente Foda-se.

Ingeriu o pó branco em segundos, sentindo-se por um instante um pouco tonto. Entrou na balada em segundos, sem pagar entrada ou qualquer coisa.

Deixou a música lhe lavar para qualquer lugar longe dali, qualquer lugar sem problemas. Sentiu a droga começar a fazer efeito quando tudo começou a girar. Agradeceu por aquilo, sem problemas um instante.

 

Nicole tomou o copo de bebida todo de uma vez sem ligar. Dançava no ritmo da música, tentando fazer com que aquilo fosse a única coisa importante. Afastando tudo que lhe atormentava.

 

É, eles tinham uma maneira além da morte de esquecer. 


Notas Finais


BUMMMM o que acharam? Alguém já shippa Nicole e Harry (Narry ou Hikki? ai mds kkkk) ou quem sabe Lou e Becky (Bou ou Lecky hahaha). O próximo cap é só de um personagem hehe algum palpite? O que acharam da perturbada Nicole? Ou do mal morado porém misterioso Louis? Ai socorro kkkk quero opinião de vocês, já devem ter percebido o quão isso é importante para mim né? Espero mesmo que tenham gostado, até mais, beijoooooos <3


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